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Categoria: março 13, 2018

Tribunal de Contas determina indisponibilidade de bens de ex-diretor do Idema no valor de R$ 897 mil

O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN) determinou cautelarmente a indisponibilidade patrimonial do ex-diretor administrativo do Idema, Gutson Reinaldo Bezerra, no valor de R$ 897,2 mil, pelo prazo de 1 ano, em virtude de indícios de desvios em convênio firmado com a Fundação de Apoio à Pesquisa do RN (Fapern). A indisponibilidade tem como objetivo garantir o ressarcimento de danos ao erário.

De acordo com os termos do voto (Processo 2918/2015), proposto pela auditora Ana Paula de Oliveira Gomes, e acatado pelos demais membros da Segunda Câmara, o corpo técnico da Diretoria de Administração Indireta “trouxe amplo elenco de vícios jurídicos relativamente aos convênios 17/2013, 3/2011, 11/2009, 1/2011 e 2/2011”, identificando “desvio de verbas públicas mediante repasse de remunerações/bolsas destinadas a agentes sem qualquer vínculo jurídico com o IDEMA (ou com as entidades conveniadas)”.

O relatório de auditoria do corpo técnico da Diretoria de Administração Indireta aponta para a existência de repasses financeiros em benefício de 29 pessoas físicas que não tinham qualquer vínculo com o Idema ou com entidades conveniadas. Foram realizadas, de acordo com parecer do Ministério Público de Contas, 323 transferências bancárias com evidências de irregularidades.

A medida cautelar decretada pela Segunda Câmara é fruto de auditoria desmembrada de investigação promovida pela Diretoria de Administração Indireta, no seguimento da Operação Candeeiro, do Ministério Público Estadual, acerca de desvios de recursos ocorridos no Idema. O Tribunal de Contas do Estado determinou, no processo principal, em outubro de 2016, a indisponibilidade dos bens de 27 empresas e 17 pessoas físicas envolvidas em pagamentos irregulares da ordem de R$ 34,9 milhões.

Detran fiscaliza circulação de veículos em seis municípios da região Agreste

O Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) concluiu mais um cronograma de ações de fiscalização direcionado as cidades do interior do Estado. As intervenções foram realizadas no Agreste Potiguar e contemplou os municípios de Santa Cruz, Japi, Jaçanã, Nova Cruz, Santo Antônio e Brejinho. A iniciativa busca contribuir com a segurança viária e combater ilícitos nas RNs.

As rodovias estaduais fiscalizadas pelos os técnicos do Detran em parceria com o Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) foram as RNs 003, 023, 092, 120 e 316. As fiscalizações resultaram na apreensão de 23 veículos e 35 autos de infração de trânsito foram lavrados. Mais de 94% das infrações registradas nas blitzen foram de natureza gravíssima.

Um fator notado pelos técnicos do Detran é que a maior parte dos veículos apreendidos foram retomados para devolução aos devidos proprietários, já que, além das irregularidades verificadas pela fiscalização, os carros e motocicletas foram vendidos sem a realização legal da transferência para o comprador. “Há casos em que o veículo passou por vários donos sem fazer a transferência do titular e o proprietário fica recebendo notificações sem saber a localização do automóvel”, explicou o subcoordenador de Fiscalização do Detran, César Pedrosa.

No total, foram fiscalizados 678 veículos onde foram averiguadas a documentação do condutor (CNH) e do automóvel (CRLV). A ação também inspeciona os equipamentos de segurança a exemplo de capacete para os motociclistas e o uso de cinto de segurança. São ainda repassadas orientações e instruções sobre as normas de conduta e circulação no tráfego urbano e rural.

STF aceita denúncia, e Jucá torna-se réu em processo ligado à Odebrecht

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou hoje (13), por unanimidade, denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o senador Romero Jucá (MDB-RR) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em um desdobramento da Operação Lava Jato. Com isso, será aberta uma ação penal, e o senador passa, pela primeira vez, a figurar como réu no STF.

Jucá foi delatado pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Claudio Mello Filho. Segundo o executivo, a Odebrecht fez, em 2014, uma doação eleitoral oficial de R$ 150 mil ao diretório regional do MDB em Roraima, ao mesmo tempo em que discutia com o senador a aprovação, no Congresso Nacional, de duas medidas provisórias (MPs) em benefício da empresa.

Para o MPF, o dinheiro foi doado em contrapartida à atuação política de Jucá, que propôs emendas para modificar os textos das MPs 651 e 656, ambas de 2014, de modo a garantir benefícios fiscais ao grupo Odebrecht.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que representa Jucá, afirmou durante o julgamento que o MPF pretende criminalizar a atuação regular do senador como parlamentar. Ele também leu trechos da delação em que se baseou a denúncia, argumentando que, em nenhum momento, Cláudio Melo Filho afirmou, cabalmente, que a doação eleitoral fora contrapartida pela modificação das medidas provisórias.

Governo quer vacinar 10 milhões de adolescentes contra meningite e HPV

O Ministério da Saúde lançou hoje (13) a Campanha de Mobilização e Comunicação para a Vacinação do Adolescente contra HPV e Meningites. Cerca de 10 milhões de jovens estão sendo convocados a comparecer aos postos de saúde para serem imunizados.

Devem receber a dose contra o HPV meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Já a faixa etária de imunização contra a meningite C foi ampliada e passa a ser de 11 a 14 anos. Até o ano passado, eram imunizados apenas meninos e meninas de 12 e 13 anos.

“A campanha está completamente de acordo com a mudança de foco que estamos implantando no Ministério da Saúde, que é priorizar a prevenção”, avaliou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, explicou que a vacina estará disponível o ano inteiro para adolescentes e não em um período pré-definido. A campanha será de esclarecimento e conscientização para que o público alvo compareça aos pontos de vacinação.

Com o slogan “Não perca a nova temporada de vacinação contra a meningite C e o HPV”, a campanha será veiculada de 13 a 30 de março por meio de filme, jingle para rádios, outdoor, envelopamento em metrô e ônibus, peças digitais e conteúdos para redes sociais, cartazes e folders.

Vacinação nas escolas

Durante coletiva de imprensa, Barros cobrou maior participação dos gestores municipais e das escolas no processo de imunização, já que adolescentes configuram um público-alvo que dificilmente procura os centros de saúde.

A pasta informou que já enviou ao Ministério da Educação material informativo sobre ambas as doenças. A proposta consiste em estimular os professores a conversar com alunos e familiares sobre o tema.

“Nesta campanha, vamos pedir ao MEC que solicite às escolas o envio ao Ministério da Saúde da programação de vacinação em cada unidade escolar”, completou o ministro.

HPV

Dados do ministério apontam que, desde a incorporação da vacina contra o HPV no Calendário Nacional de Vacinação, 4,9 milhões de meninas completaram o esquema com a segunda dose, totalizando 48,7% do total de público na faixa etária de 9 a 14 anos.

Com a primeira dose, foram vacinadas 8 milhões de meninas nessa mesma faixa, o que corresponde a 79,2%. A pasta alerta, entretanto, que a cobertura vacinal só está completa com as duas doses.

Já entre os meninos, 1,6 milhão foram vacinados com a primeira dose, o que representa 43,8% do público-alvo.

No Brasil, são estimados 16 mil casos de câncer de colo do útero por ano e 5 mil óbitos de mulheres associados à doença. Mais de 90% dos casos de câncer anal e 63% dos cânceres de pênis são atribuídos à infecção, principalmente pelo subtipo 16.

Presidente do STF diz que não vai se submeter a pressões políticas

A ministra Cármen Lúcia disse que o papel da mulher na sociedade avançou muito, mas que ainda precisa vencer obstáculos. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse hoje (13), em São Paulo, que “não se submete a pressões”, ao ser questionada sobre a ação de políticos em relação à tramitação de processos em segunda instância.

Ela deu a declaração ao participar do encontro Mulheres no Poder: A Questão do Gênero na Justiça Brasileira, promovido pelo jornal Folha de São Paulo. Enquanto era aplaudida, uma mulher da plateia gritou “Lula na cadeia”.

Em relação às críticas feitas pela presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, contra o STF, a ministra  reagiu dizendo que sempre lutou pela democracia e que todos têm o direito de se manifestar, porque, caso não pensasse dessa maneira, estaria contrariando o que sempre defendeu: a liberdade de expressão.

“Lutei a minha vida inteira pela liberdade de expressão e pela democracia; não é agora que, quando sou o sujeito que recebe a crítica, que eu iria mudar” disse. Segundo a presidente do STF, “as críticas às vezes mais contundentes, às vezes mais ácidas” resultam dessa luta democrática.

Indulto de Natal não é comentado

Sobre a decisão de ontem (12) do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, sobre o indulto de Natal, a ministra Cármem Lúcia disse que – por uma questão ética por ser parte votante no processo – não poderia se pronunciar.

Do encontro de hoje também participaram a ministra da Advogacia Geral da União (AGU), Grace Mendonça, e a ministra do Supremo Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha.

Elas e a ministra Cármen Lúcia disseram que o papel da mulher na sociedade avançou muito, mas que ainda carece de luta para vencer obstáculos, principalmente, no que se refere à desigualdade no mercado de trabalho.

Número de venezuelanos em busca de asilo aumenta 2.000% desde 2014, diz Acnur

A agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), lançou esta terça-feira (13) novas orientações para os governos que estão recebendo pessoas da Venezuela. Desde 2014, o número de venezuelanos à procura de asilo aumentou 2.000%. A informação é da ONU News.

A porta-voz do Acnur, Katerina Kitidi, disse em Genebra que, apesar de estas pessoas não serem refugiadas, também precisam de proteção internacional. O maior número de candidatos de asilo encontra-se nas Américas.

A Acnur desenvolveu um plano de resposta regional que inclui oito países das Américas e do Caribe. Segundo a agência, “os governos têm sido generosos na sua resposta, mas as comunidades de acolhimento estão sob uma pressão cada vez maior e precisam urgentemente de apoio robusto.”

A agência da ONU pede aos Estados que “adotem medidas pragmáticas de proteção do povo venezuelano, como alternativas legais de permanência, incluindo vistos e autorizações temporárias”. Estes programas devem garantir acesso aos direitos básicos de cuidados de saúde, educação, unidade familiar, liberdade de movimento, abrigo e trabalho.

A Acnur “elogia todos os países que já introduziram estas medidas” e explica que “é crucial que estas pessoas não sejam deportadas ou forcadas a regressar.”

Crise humanitária

Em outra abordageme da crise venezuelana, o diretor executivo do Programa Mundial de Alimento (PMA), David Beasley, falou que a situação no país “é um desastre humanitário”. Segundo ele, apenas numa localidade 50 mil pessoas deixam o país de forma legal todos os dias. No total, um milhão de venezuelanos já abandonou o país.

Beasley acredita que “a questão é quão pior vai ficar” a situação. Segundo ele, “vai tornar-se muito pior” antes que os venezuelanos possam começar a regressar a casa. A Venezuela atravessa uma crise econômica e política que tem deixado a sua população com pouco acesso a comida, medicamentos, serviços sociais ou forma de subsistência.

Legalidade

A agência da ONU informa que 94 mil venezuelanos resolveram a sua situação legal no último ano, mas outros “centenas de milhares continuam sem qualquer documentação ou permissão para permanecer legalmente nos países de asilo.”

A porta-voz do Acnur, Katerina Kitidi, disse que esta situação “torna estas pessoas particularmente vulneráveis a tráfico, exploração, violência sexual, discriminação e xenofobia.” Segundo ela, ajudar estas pessoas é uma questão de justiça, porque “a Venezuela tem a tradição de acolher milhares de refugiados.”

Veto ao projeto “Bairro Seguro” é derrubado e moradores poderão bloquear ruas

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Os vereadores de Natal derrubaram em sessão ordinária desta terça-feira (13) o veto integral do Executivo Municipal ao Projeto de Lei n° 158/2017, da vereadora Nina Souza (PEN), que institui o Programa Bairro Seguro. O projeto permite que moradores instalem equipamentos de sinalização e bloqueie vias. O Executivo alegou que o projeto é inconstitucional e que vai gerar incongruência nas vias da cidade.

Foram 15 votos contrários ao veto e 2 favoráveis, com uma abstenção. Os vereadores que votaram favoráveis à matéria e contrários ao veto concordaram com os argumentos do prefeito Carlos Eduardo. “O veto não poderia ser mais acertado porque há inconstitucionalidade ao restringir o acesso das pessoas ao bem de uso comum. Outra questão é de mérito: dados da UFRN, da ONU e de Ministérios que trabalham com a causa, afirmam que quanto mais deserta fica uma área, mais perigosa e insegura se torna. O crime organizado vai conseguir organizar seu domínio e programar suas ações”, contrapôs a vereadora Natália Bonavides (PT).

Aqueles que defenderam o projeto alegaram que é uma forma da população conseguir se defender da violência e criminalidade, inclusive, relataram que já ocorrem situações de fechamento de vias na cidade, mesmo de modo informal. A autora da proposta explicou que a intenção não é impedir as pessoas de circularem nas ruas que vierem a ser bloqueadas, visto que a ideia é fazer um controle do acesso a essas vias. “Queremos dar esse instrumento à população. O direito de ir e vir do natalense já foi cerceado pela violência. O projeto não diz que é para ser feito de modo qualquer. Precisa da anuência de 80% dos moradores da rua, do controle feito pela secretaria de transportes e que não sejam ruas de comércio ou vias de transporte coletivo”, explicou Nina Souza. Uma vez derrubado o veto, o presidente da Câmara, vereador Raniere Barbosa (PDT) deverá promulgar a lei.

Na sessão desta terça-feira também foi aprovado projeto que dispõe sobre atendimento prioritário aos portadores de doenças raras e genéticas, de autoria do vereador Bispo Francisco de Assis (PRB); e os que criam a “Semana de Conscientização sobre Microcefalia” e o “Dia Municipal os Protetores de Animais” de autoria, respectivamente, do ex-vereador Aldo Clemente e do vereador Sandro Pimentel (PSOL). Além da aprovação de títulos de cidadania, também foi aprovada proposição da vereadora Eleika Bezerra (PSL) que sugere denominar a nova unidade hospitalar a ser construída pela UFRN em Natal como “Hospital Universitário da Mulher Wilma de Faria”.

Pré-candidatura de Maia não atrapalha a pauta do Congresso, diz Eunício

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, avaliou nesta terça-feira (13) que o lançamento da pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, à Presidência da República não influencia e nem atrapalha em nada a pauta do Congresso.

“Acho que nada vai influenciar nessa questão, pela responsabilidade que nós temos, tanto ele, quanto eu, de tocar a pauta do Congresso Nacional. Candidatura não pode influenciar nisso. Eu acho até que dinamiza, para que essas matérias que são importantes, que falam com a sociedade brasileira, que dialoguem com a sociedade brasileira, possam efetivamente ser votadas aqui o mais rápido possível”, disse Eunício.

Ainda sobre a pauta, o presidente do Senado disse tem conversado muito com Maia. “O Senado votou todas as matérias de microeconomia e quase todas as matérias da questão de segurança pública. Não tem vaidade de ser pauta do Congresso, tem que ser da Câmara para o Senado e do Senado para a Câmara. Como nós estávamos desde o ano passado com a pauta de microeconomia e segurança pública, nós adiantamos algumas coisas aqui. A Câmara estava com outra pauta [no ano passado], que era a Previdência e as duas denúncias contra o presidente da República, então atrasou um pouco, mas o Rodrigo disse que vai fazer um mutirão [para votar as propostas na área de segurança]”, adiantou Eunício Oliveira.

O senador também acrescentou que aguarda que as matérias já apreciadas pelo Senado tenham andamento na Câmara e que outras sejam liberadas dos deputados para os senadores, como é o caso da proposta que cria o Sistema Único de Segurança Pública. O texto deve ser votado esta semana na Câmara e seguirá para o Senado, onde também tramitará em regime de urgência.

Entre as propostas que estão na pauta do Senado esta semana está a que trata do Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens, PLS 240/2016. O plano pretende, em um prazo de dez anos, reverter os altos índices de violência contra os jovens negros e pobres, que lideram o ranking de mortes nessa faixa etária no país. Para o senador, a pauta de segurança precisa fugir da ideia de ampliar penas. “Nós tenos que encontrar caminhos para que essas penas sejam cumpridas e não apenas ampliar as penas”, ressaltou Eunício.