Operação da PRF começou hoje e vai até a Quarta-Feira de Cinzas. Foto: Imagem de Arquivo/Agência Brasil
Com a chegada do carnaval, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) começou hoje (9) a intensificar a fiscalização nas rodovias federais de todo o Brasil. A Operação Carnaval vai reforçar o policiamento preventivo em locais e horários de maior incidência de acidentes e de criminalidade, além de diminuir o fluxo dos veículos de carga. A operação vai até Quarta-Feira de Cinzas (14).
De acordo com a PRF, devido ao grande número de veículos nas rodovias federais, além do uso abusivo do álcool por ser um período de festas, o Carnaval é um dos períodos mais críticos do calendário nacional de operações da corporação.
A PRF informou também que vai intensificar a fiscalização nas condutas consideradas mais graves como: ultrapassagens indevidas, excesso de velocidade e falta de equipamentos de segurança, como capacete – para motociclistas –, cinto de segurança ou cadeirinhas para crianças.
De acordo com um levantamento divulgado pela PRF, os estados da Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina responderam por 29,64% do total de acidentes de natureza grave nos carnavais dos últimos cinco anos e possuem os trechos mais violentos para este período. Só em 2017 a PRF registrou mais de mil acidentes de trânsito durante o carnaval, sendo 323 acidentes graves e 140 mortes.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública orienta os motoristas a descansar antes de dirigir nas estradas, checar as condições do automóvel mesmo para pequenas viagens, usar sempre o cinto de segurança, se informar a respeito das condições climáticas.
Restrição a veículos de carga
O ministério informa ainda que, por conta da grande movimentação nas estradas, a Polícia Rodoviária vai restringir, em determinados dias e horários, o trânsito de veículos de cargas.
Os horários de restrição são: das 16h às 22h na sexta-feira (9), e das 6h às 12h no sábado (10) e na quarta-feira (14).
A movimentação financeira gerada pelo carnaval deve registrar crescimento em 2018, aponta CNC (Fernando Frazão/Agência Brasil)
O maior feriado do calendário brasileiro vai aquecer corpos, ruas e também a economia. Após três anos em queda, a movimentação financeira gerada pelo carnaval deve registrar crescimento em 2018. Ao todo, R$ 6,25 bilhões devem ser injetados na economia, se confirmada a previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Já o Ministério do Turismo estima que a festa envolva 11 milhões de turistas, entre os quais 400 mil estrangeiros.
Uma dessas pessoas que virão de longe é a artista francesa Anna Bouillet. Ela disse que espera viver o carnaval brasileiro como um sonho. “Estranho”, “chocante” e “de intensa felicidade” são algumas das palavras que ela usa para resumir toda essa expectativa. O destino será o carnaval do Recife, cujas imagens evitou ver antecipadamente para “ter uma experiência total”.
“Imagino que a cidade inteira está parada e todo o mundo lá fora a dançar e a festejar. A música por todo lado. Imagino uma espécie de loucura coletiva, de uma energia incrível partilhada entre as pessoas”, relata Anna, que depois da festa viajará por outras cidades e regiões do país.
Quanto aos foliões brasileiros, o Ministério do Turismo informou à Agência Brasil que eles tendem a fazer deslocamentos curtos. “Em um país de dimensões continentais, o turismo inter-regional e interestadual tem grande força”, informou.
Setores econômicos
Neste ano, 85% de toda a receita gerada no carnaval devem vir dos segmentos de alimentação fora do domicílio, tais como bares e restaurantes (R$ 3,6 bilhões); transporte rodoviário (R$ 1,03 bilhão) e serviços de alojamento em hotéis e pousadas (R$ 705,6 milhões), detalha estudo da CNC. As atividades artísticas, esportivas e de lazer devem somar R$ 497,3 milhões. As pessoas que contratarão agências de viagens em busca de festas ou de descanso aportarão R$ 173,8 milhões.
Para a CNC, a principal razão para a reação no setor está no comportamento recente da inflação. Como resultado desse movimento, o estudo estima a contratação de 19,3 mil trabalhadores temporários entre janeiro e fevereiro de 2018, 8,9% a mais do que no carnaval de 2017 (17,7 mil). O segmento de serviços de alimentação deverá oferecer cerca de 70% das oportunidades de emprego, com 13,7 mil postos.
Quem também aproveita essa época do ano são as artistas. No Distrito Federal, as designers Gabriela Alves e Luciana Lobato aproveitam a época para ampliar a divulgação da marca Conspiração Libertina e, com isso, levar mensagens políticas para as ruas. A ideia surgiu em 2015, quando três amigas fizeram tatuagens temporárias sobre diversidade, feminismo e negritude.
“A nossa ideia foi falar sobre feminismo no cotidiano, se identificar para o mundo”, explica Gabriela. O resultado: tatuagens esgotadas. Neste ano, prevendo maior comercialização dos 34 tipos de imagens que foram produzidas, elas se juntaram a outras artistas e ativistas feministas ou LGBTs e instalaram uma loja física, em Brasília, para facilitar as vendas e aproveitar o momento ímpar.
“Durante o ano, as nossas vendas não geram renda nenhuma. São valores revertidos para a própria marca ou para apoiar movimentos sociais, tanto que a gente fala que somos um negócio social. Agora, no carnaval, como as vendas aumentam muito, a gente consegue tirar algum dinheiro para a gente”, disse. De acordo com a designer, em 2017 a marca faturou R$ 24 mil. Neste ano, ela espera que as mensagens gerem R$ 34 mil.
Estados
O Rio de Janeiro é o estado que concentrará a maior parte dos recursos, R$ 1,9 bilhão. De acordo com a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), além dos tradicionais desfiles de escolas de samba na Marquês de Sapucaí, haverá 437 blocos em seis dias de folia na capital. A expectativa é de que cerca de 6,5 milhões de foliões participem da festa, sendo 1,5 milhão de turistas.
No Rio, a prefeitura ficou responsável pela infraestrutura necessária para os desfiles dos blocos autorizados, o que envolve colocação de banheiros químicos, cercamento de monumentos e espaços públicos, controle do tráfego e atuação da Guarda Municipal. A Riotur estima ter aportado R$ 60 milhões, contando com o que veio da iniciativa privada.
São Paulo está em segundo no lugar no quesito investimentos. O estado também é palco de desfiles de escolas e bloquinhos de rua, que neste ano chegarão à marca histórica de 491 apenas nas ruas da capital. Tudo isso gerará R$ 1,7 bilhão, de acordo com a expectativa da CNC. Já a Prefeitura de São Paulo estima que quatro milhões de pessoas participem da festa.
O terceiro estado com maior volume de recursos também está no Sudeste. Minas Gerais deve gerar R$ 567,6 milhões. Além da capital, Belo Horizonte, a expectativa é que as festas nas cidades históricas, como Ouro Preto, palco do Bloco Zé Pereira dos Lacaios, o mais antigo do Brasil, com 150 anos, animem visitantes.
A Bahia (R$ 516,6 milhões), o Ceará (R$ 292,7 milhões) e Pernambuco (R$ 200,2 milhões) dão seguimento ao ranking da CNC.
Enquanto o Rio de Janeiro deve ter um faturamento 10,5% menor do que o registrado em 2017, o Ceará pode registrar mais de 9% de acréscimo. Um das explicações possíveis é o crescimento do carnaval em estados que não tinham essa tradição. No Ceará, este ano, haverá shows de 13 artistas locais e nacionais, desfiles de 14 agremiações de maracatu e seis escolas de samba, além de blocos de rua e outras atrações.
Municípios
Apesar da maior expectativa de faturamento, a crise econômica ainda marca os municípios brasileiros, por isso muitos resolveram dar outras prioridades para seus recursos. Pesquisa da
Confederação Nacional de Municípios (CNM) junto a 3.426 municípios, 61,5% do total, aponta que 1.649 não contribuirão com o carnaval em 2018. O número equivale a 65,4% das cidades analisadas.
Mais de 50% dos gestores responderam que a existência de outras prioridades foi o motivo para não garantir suporte financeiro ao evento. Já 45,5% apontaram a falta de recurso destinado ao carnaval e outros 7,9% disseram ter outra demanda da sociedade.
A Confederação Nacional de Municípios concluiu que os mais atingidos são os municípios com até 50 mil habitantes. Para a Confederação, por serem cidades pequenas, são “os que mais dependem dos repasses das transferências constitucionais, sendo assim priorizam outras áreas”.
O até então treinador com trabalho mais duradouro do futebol brasileiro, Luizinho Lopes, não é mais técnico do Globo Futebol Clube. A assessoria do clube divulgou a informação na tarde desta sexta-feira (9), às vésperas do duelo contra o Potiguar de Mossoró, no domingo (11), em partida válida pela sexta rodada da Copa Cidade do Natal.
Luizinho comandou o Globo por 57 partidas, obtendo 28 vitórias e um aproveitamento de 55% dos pontos disputados. Ao seu comando, a Águia de Ceará-Mirim conquistou os vice-campeonatos Potiguar e Brasileiro da Série D, ambos em 2017.
O novo treinador do clube, de forma interina, será Renatinho Potiguar, que chegou ao clube em 2014 para atuar como meia.
Na manhã desta sexta-feira (09), a Secretaria de Educação e Cultura do RN, através de decreto do Governador Robinson Faria, prorrogou por dois anos o concurso referente ao edital 001/2015, que oferta vagas para os cargos de professor e especialista em educação, realizado no ano de 2015. O decreto foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Governo do Estado.
O concurso, que estava em vigor desde o dia 8 de março de 2016, quando seu resultado foi publicado também no Diário Oficial, era válido até o dia 8 de março de 2018.
Até outubro de 2017, a Secretaria já havia convocado 4.968 candidatos deste concurso. Só no ano passado, 1.498 professores foram convocados para atuar no ensino de diversas disciplinas nas escolas da Rede Estadual de Educação. Já em 2016 e 2015, foram convocados 1.982 e 1.488, respectivamente.
Os recursos para o pagamento dos candidatos, convocados e ainda não convocados, estão garantidos e são oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação –Fundeb.
A primeira edição de 2018 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) teve 2,11 milhões de estudantes inscritos. O total de inscrições chegou a 4,12 milhões, pois cada participante pode fazer até duas opções de curso.
Os números são menores que no ano passado, quando foram registrados 2,49 milhões de inscritos e 4,88 milhões de inscrições. No entanto, o número de vagas de graduação oferecidas neste ano em universidades públicas por meio do Sisu registrou um recorde, com 239,3 mil vagas em 130 instituições.
Do total de vagas ofertadas, 103,9 mil foram destinadas para a Lei de Cotas e 17,3 mil para as ações afirmativas próprias das instituições de ensino superior. Do total de inscritos, 58,2% são do sexo feminino e 41,8%, do masculino.
Instituições
Das 130 instituições que participam do Sisu, 30 são instituições públicas estaduais (um centro universitário, sete faculdades e 22 universidades) e 100 são públicas federais: dois centros de educação tecnológica, uma faculdade, 61 universidades e 36 institutos federais de educação, ciência e tecnologia.
Os cursos com os maiores números de inscrições em todo o país foram medicina (235.508), administração (221.413) e direito (218.470).
O estado com o maior número de inscritos foi Minas Gerais (538.530), com 30.336 vagas. O Rio de Janeiro aparece na sequência, com 332.497 inscritos e 16.762 vagas. A Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG) ficou no topo das instituições de ensino, com 155.386 inscrições, seguida pela Universidade Federal do Ceará (UFCE), com 145.638 inscrições.
O Sisu é o ambiente virtual criado pelo MEC para selecionar estudantes para vagas em instituições públicas de educação superior com base nas notas registradas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Podem concorrer todos os que fizeram as provas de 2017 do Enem e obtiveram nota acima de zero na redação.
Pai e filho foram mortos a tiros na manhã desta sexta (9), em Macaíba (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Pai e filho foram assassinados na manhã desta sexta-feira (9) próximo a um açude na cidade de Macaíba, Região Metropolitana de Natal. De acordo com a polícia, um homem suspeito de participação no crime foi preso.
Os dois corpos foram encontrados por volta das 10h30 desta sexta (9) à beira do Açude do Vilar, que fica à margem da BR-304. Ainda segundo Cavalcanti, a investigação aponta que o motivo do crime foi uma desavença.
O homem preso foi levado à delegacia e a Polícia Civil segue atrás dos demais suspeitos do duplo homicídio.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), informou hoje (9) que o presidente Michel Temer assinou projeto de lei que garante a abertura do Orçamento para liberação de auxílio de R$ 2 bilhões para as prefeituras. Depois de se reunir com Temer, nesta sexta-feira, o senador comunicou pelas redes sociais que vai pautar a votação do projeto para o dia 20 de fevereiro, em sessão do Congresso Nacional.
“Acabo de sair do Palácio do Planalto com uma grande notícia para os municípios de todo o país. Conseguimos, junto à Presidência da República, a assinatura do PLN [Projeto de Lei do Congresso Nacional] que prevê a liberação R$ 2 bilhões em auxílio financeiro para as prefeituras. Conforme me comprometi com os prefeitos, o projeto será votado no próximo dia 20, em sessão do Congresso Nacional”, disse.
O projeto prevê a destinação de R$ 2 bilhões para as áreas de saúde, educação e desenvolvimento social.O repasse do dinheiro deverá ser feito conforme critérios do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que considera o número de habitantes da cidade.
A data marcada por Eunício para que o projeto seja votado coincide com o dia previsto pela base governista para início da votação da reforma da Previdência na Câmara. O anúncio da liberação dos recursos para auxiliar alguns municípios foi feito pela presidência no fim do ano passado, no âmbito das negociações pela aprovação da emenda que altera as regras de acesso à aposentadoria.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu hoje (9) negar habeas corpus no qual da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta impedir eventual prisão após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal. No entanto, Fachin enviou a questão sobre a prisão em segunda instância para julgamento no plenário da Corte.
Ao negar o habeas corpus, o ministro entendeu que o caso de Lula não pode ser analisado por ele antes de uma decisão definitiva do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A defesa de Lula pretende derrubar a decisão do vice-presidente do STJ, ministro Humberto Martins, que negou pedido para impedir a eventual execução provisória da condenação do ex-presidente, após o último recurso que será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre.
Martins entendeu que a decisão do TRF4 garantiu que Lula não será preso antes da apreciação do último recurso, e, dessa forma, não há urgência que justifique a concessão da medida cautelar.
Condenação
No dia 24 de janeiro, o TRF4 confirmou a condenação de Lula na ação penal envolvendo o tríplex no Guarujá (SP) e aumentou a pena do ex-presidente para 12 anos e um mês de prisão. Na decisão, seguindo entendimento do STF, os desembargadores entenderam que a execução da pena do ex-presidente deve ocorrer após o esgotamento dos recursos pela segunda instância da Justiça Federal. Com o placar unânime de três votos, cabem somente os chamados embargos de declaração, tipo de recurso que não tem o poder de reformar a decisão, e, dessa forma, se os embargos forem rejeitados, Lula poderia ser preso.
No habeas corpus, a defesa do ex-presidente discorda do entendimento do STF que autoriza a prisão após os recursos de segunda instância, por entender que a questão é inconstitucional.
“Rever esse posicionamento não apequena nossa Suprema Corte – ao contrário – a engrandece, pois, nos momentos de crise, é que devem ser fortalecidos os parâmetros, os princípios e os valores. A discussão prescinde de nomes, indivíduos, vez que importa à sociedade brasileira como um todo. Espera-se que este Supremo Tribunal Federal, a última trincheira dos cidadãos, reafirme seu papel contra majoritário, o respeito incondicional às garantias fundamentais e o compromisso com a questão da liberdade”, argumentam os advogados.
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