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Categoria: janeiro 23, 2018

TCE determina bloqueio de contas do FUNFIRN e aumenta valor de multas por novos saques

Conselheiro Paulo Roberto Chaves Alves

O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN) determinou o bloqueio dos recursos referentes ao Fundo Financeiro do RN (FUNFIRN) e negou a aplicação da Lei Complementar Estadual nº 620/2018, que permitia o uso das aplicações financeiras mantidas com recursos da previdência estadual pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Rio Grande do Norte. O Executivo também terá 30 dias devolver valores porventura sacados em virtude da Lei Complementar 620/2018.

As multas impostas ao governador do Estado, em virtude de descumprimento das decisões do TCE, foram elevadas para R$ 14.272,55 por dia, em caso de novos saques no fundo financeiro, e R$ 10 mil por dia em caso de não devolução do que porventura já tenha sido utilizado. Os valores fixados em decisões anteriores eram de R$ 3 mil. O presidente do IPERN também poderá ser multado por descumprimento no valor de R$ 10 mil.

De acordo com o voto do relator, conselheiro Paulo Roberto Chaves Alves, aprovado por unanimidade na sessão do Pleno realizado nesta terça-feira (23), o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal deverão ser notificados com urgência acerca da impossibilidade de utilização dos recursos financeiros aplicados em fundos de investimentos. A decisão acolhe integralmente representação assinada pelo procurador-geral do Ministério Público de Contas, Ricart César Coelho dos Santos.

O conselheiro Paulo Roberto Chaves Alves destaca no voto a resistência do Executivo em cumprir decisões anteriores da Corte de Contas. que também proibiam saques no fundo financeiro. “Deve-se registrar ainda a recalcitrância do Poder Executivo Estadual em cumprir a Decisão deste Tribunal até o presente momento, ao mesmo tempo que envia a Augusta Casa Legislativa Estadual projeto de lei que versa sobre o mesmo objetivo e com os mesmos fundamentos do conjunto legal já apreciado e negado sua aplicação por esta Corte de Contas no exercício de seu controle difuso de constitucionalidade”, disse.

“Não deve a administração pública sob o argumento da crise financeira, que reconheço, é patente e robusta, fazer uso de meios que se encontram à margem do pilar imprescindível da Federação e do nosso ordenamento jurídico, que é a Constituição Federal de 1988. Nem tampouco caminhar em senda distante de um dos seus princípios basilares, o princípio da legalidade”, apontou o relator.

“Sabemos que logo seremos chamados a intervir novamente no RN”, diz comandante do Exército

O comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, afirmou hoje (23) que a existência de setores da sociedade que pedem intervenção militar no Brasil sinaliza a gravidade dos problemas que o país enfrenta.

“Isso, na minha opinião, é um termômetro da gravidade do problema que estamos vivendo no país. Intervenção militar seria um enorme retrocesso”, disse Villas Bôas, em palestra no Seminário Brasil: Imperativo Renascer, realizado na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro.

O general Villas Bôas citou uma pesquisa de opinião que apontava o apoio de mais 40% da população à ideia de intervenção e disse que tal adesão, por outro lado, reflete a confiança desses setores da população nas Forças Armadas. “Interpreto também aí uma identificação da sociedade com os valores que as Forças Armadas expressam, manifestam e representam”, acrescentou. De acordo com o general, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica são também “guardiões da identidade nacional”, que ele considera estar em um caminho de fragmentação.

Villas Bôas destacou que o tema defesa não teve relevância nas últimas campanhas políticas. Para tentar inverter esse cenário, o general disse que o Exército tem dialogado com candidatos à Presidência da República. “Estamos fazendo contato com os candidatos mais ou menos consolidados, e oferecendo consultoria e ajuda para que trabalhem nesse sentido.”

Na visão do comandante do Exército, existe no país uma percepção de que a soberania nacional não sofre ameaças, o que faz com que o debate sobre defesa não tenha apelo na sociedade. “Somos o único grande país não beligerante. Este é o lado ruim de uma coisa boa. Nos falta o sentimento de um projeto nacional.”

Rio Grande do Norte

Entre as funções das Forças Armadas no país, Villas Bôas mencionou o emprego de militares em operações como as de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), em curso atualmente no Rio de Janeiro.

No caso do Rio Grande do Norte, onde as Forças Armadas atuaram três vezes em menos de dois anos, o general disse acreditar que as operações vão ser necessárias novamente. “Em um ano e meio, fomos empregados três vezes no Rio Grande do Norte e, nesse espaço de tempo, não houve nenhuma modificação estrutural no sistema de segurança pública daquele estado. E nós sabemos que logo seremos chamados a intervir novamente.”

Deicor cumpre mandados contra investigado por roubos a bancos em 10 municípios

A Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) cumpriu dois mandados de prisão contra Roberto Menezes de Queiroz, investigado por ter participado de roubos a bancos, em 10 cidades, dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. Roberto Menezes foi preso em flagrante no dia 02 de janeiro, por policiais militares do 9o. Batalhão de Polícia Militar quando estava circulando em Natal, juntamente com mais dois homens armados, em um veículo adulterado. No mesmo dia, policiais da Deicor conseguiram cumprir um dos mandados contra Roberto e na última sexta-feira (23), mais um mandado de prisão foi cumprido em seu desfavor.

De acordo com a Deicor, Roberto Menezes possui cinco mandados judiciais devido aos crimes cometidos pelo mesmo e tem procedimentos criminais abertos em todas os municípios. A investigação feita pela Divisão Especializada descobriu que ele atuou criminalmente nas cidades de Sítio Novo, São José do Mipibu, Goianinha, Touros, São Miguel, João Câmara e Canguaretama (Rio Grande do Norte); nas cidades de Belém e Malta (Paraíba) e na cidade de Novo Lino (Alagoas).

Felicidade e Liberdade com Leandro Karnal em teatros pelo Brasil

O pensador contemporâneo apresenta palestra em março de 2018 no Rio de Janeiro, Recife, Natal, Fortaleza e São Paulo

Sucesso de público em sua última passagem pelo Rio Grande do Sul, Leandro Karnal já tem novas datas no Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Natal (RN), Fortaleza (CE), São Paulo (SP) com realização de Kratos Klio e Opus Promoções. O historiador pop, com mais de um milhão de seguidores no Facebook, ministrará palestra que tem como tema Felicidade e liberdade: a busca por um mundo de significados reais. As palestras ocorrerão nos seguintes dias e locais: dia 01 de março, no Teatro Bradesco Rio (Rio de Janeiro / RJ); dia 07 de março, no Teatro RioMar Recife (Recife / PE); dia 08 de março, no Teatro Riachuelo (Natal/RN); dia 09 de março, no Teatro RioMar Fortaleza (Fortaleza/CE); dia 13 de março, no Teatro Bradesco (São Paulo/SP). Confira o serviço completo abaixo.

No encontro com o público, o pensador analisa diversas propostas sobre a liberdade humana e a busca de um mundo de significados reais. O que guia a nossa vida? Quem ousa ser livre e quem se considera feliz? Pode funcionar uma sociedade na qual a felicidade se tornou um imperativo absoluto? Como as redes sociais influenciam ideais de felicidade e de autonomia pessoal? Afinal, onde está a vida plena? Essas e outras questões serão abordadas na palestra, assim como a mudança dos valores que definem uma vida bem-sucedida em cada momento da história

SOBRE LEANDRO KARNAL

Leandro Karnal é historiador, doutor em História Social pela USP e professor na UNICAMP.  É reconhecido em todo o país como importante intelectual e formador de opinião. Participa frequentemente de programas como o Jornal da Cultura, Café Filosófico entre outros.  Alguns de seus livros estão entre os mais vendidos do Brasil, como Todos Contra Todos; Diálogo de Culturas; Pecar e Perdoar; A Detração – Breve Ensaio Sobre o Maldizer; História dos Estados Unidos e Conversas Com Um Jovem Professor. É colunista fixo do jornal O Estado de São Paulo e tem participações diárias nas rádios e canais de TV do grupo Bandeirantes. Sua página do Facebook ultrapassou 1 milhão de seguidores e seus vídeos e frases circulam pela internet com enorme popularidade.

Falta de informações do Governo atrasa votação de matérias na CCJ

Para dar celeridade à apreciação das matérias incluídas na pauta de convocação extraordinária da Assembleia Legislativa, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) fez uma reunião ordinária, logo após a extraordinária, nesta terça-feira (23). No entanto, por falta de informações solicitadas ao Governo do Estado para o embasamento da apreciação e votação dos deputados, apenas um projeto foi votado: o que trata das diárias operacionais do sistema de segurança pública.

Relatado pela deputada Larissa Rosado (PSB), a proposta foi modificada com emendas, sendo a principal a que reduz a carga horária de oito para seis horas. O deputado Galeno Torquato (PSD) questionou que essa emenda já tinha sido vetada pelo Executivo, em matéria que tramitou no ano passado.

“Isso já foi vetado pelo Governo e segundo o líder da bancada se a emenda for incluída mais uma vez, será vetada. O mais importante é o aumento do valor da diária”, argumentou o deputado Galeno.

No contraponto, deputados da bancada de oposição afirmaram que era para o Governo ter esperado a apreciação do veto e não ter incluído uma nova matéria na convocação extraordinária. A matéria com as emendas segue agora para as comissões de Finanças e Fiscalização e de Administração, Serviços Públicos e Trabalho.

Por falta de informações até agora não encaminhadas pelo Governo, as mensagens 183/18 que dispõe sobre o regime próprio da Previdência e 050/18, que trata da Previdência Complementar dos Servidores, baixados em diligência pelo deputado Kelps Lima (Solidariedade) serão apreciadas amanhã (24). O deputado disse que se as informações não chegarem, o seu voto será pela inconstitucionalidade das matérias.

Também por falta de informações, a matéria da mensagem 159/18, que trata da renegociação de dívidas com o BANDERN e o BDRN, foi retirado da pauta

Participaram da reunião os deputados Márcia Maia (PSDB), Kelps Lima, Galeno Torquato, Albert Dickson (PROS), Larissa Rosado, José Adécio (DEM), Nélter Queiroz (PMDB) e Fernando Mineiro (PT).

Projeto da Potigás é aprovado com divergências sobre emenda e vai para plenário

O Projeto de Lei encaminhado pela mensagem governamental186/18, que trata da autorização para o Estado alienar as ações representativas do capital social da Companhia Potiguar de Gás (POTIGÁS), foi aprovado nesta terça-feira (23) em reunião extraordinária da Comissão de Justiça e Redação (CCJ).

A matéria já tinha sido apreciada na Comissão, mas voltou para nova votação, pelo fato de ter recebido uma emenda encartada na Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF), pelo deputado George Soares (PR), garantindo aos empregados públicos efetivos da Companhia a permanência no emprego, mesmo após a alienação das ações.

Em seu parecer na reunião desta terça-feira, o relator deputado Galeno Torquato deu o seu parecer pela inconstitucionalidade da emenda. Na votação não houve consenso. Quatro deputados acompanharam o relator, pela inconstitucionalidade e dois foram contrários ao relator. Como não houve unanimidade a matéria segue para votação final em plenário.

“A matéria já tinha tramitado em todas as comissões e voltou para a CCJ em função da emenda encartada na Comissão de Finanças e Fiscalização. As opiniões foram divergentes e agora a decisão, de acordo com o regimento da Casa será do plenário que apreciará o projeto original e a emenda”, disse a deputada Márcia Maia (PSDB), presidente da CCJ.

Participaram da reunião os deputados Kelps Lima (Solidariedade), Galeno Torquato (PSD), Márcia Maia, Albert Dickson (PROS), Larissa Rosado (PSB) e José Adécio (DEM).

Plenário aceita apreciar mais duas mensagens e aprova projeto para recuperar dívidas

O plenário da Assembleia Legislativa aprovou a unanimidade, nesta terça-feira (23), a inclusão de mais duas mensagens governamentais para serem avaliadas durante a atual convocação extraordinária: a apreciação de um abono salarial para os servidores públicos, ativos e inativos e pensionistas, para compensar o atraso do 13º salário, que não foi pago em dezembro do ano passado e as extinções da Emgern e Emprotur, Empresa de Gestores de Ativos e Empresa de Promoção Turística do Rio Grande do Norte, respectivamente.

Os deputados estaduais também aprovaram com a maioria de votos, após discussão nas comissões e no plenário, a mensagem 176 proposta pelo governo, que transfere ao setor privado responsabilidade pela cobrança de dívidas emitidas até 25 anos atrás. A chamada securitização da dívida.

Em votação sequente, também a maioria de votos (17 a 4), a criação do Fundo Especial de Créditos Inadimplidos e Dívida Ativa (FECIDAT-RN). O objetivo é recuperar algo em torno de R$ 1,5 bilhão de créditos que o governo não consegue obter através do sistema de cobrança convencional.

O Fundo quer deter os créditos lançados, tributários ou não. A securitização é o ato de transformar uma dívida qualquer com determinado credor em dívida com compradores de títulos no mesmo valor. Com isso, o governo quer repassar a uma empresa privada a responsabilidade pela cobrança de créditos a que tem direito e que ao longo dos anos foram se acumulando.

De acordo com o deputado José Dias (PSDB), com a aprovação do projeto, será feita uma concorrência pública e a empresa vencedora ficará responsável pela cobrança desses créditos. “Saberemos o estoque da dívida, quanto será arrecadado e daremos ao Governo um instrumento de arrecadação”, disse.

Fernando Mineiro (PT) reclamou da ausência de informações sobre o montante da dívida e o detalhamento sobre a gestão do FECIDAT-RN. Kelps Lima, do Solidariedade, fez uma advertência ao plenário. “A aprovação desta mensagem é a oferta de um cheque em branco a um governo que é um desastre administrativo que sequer encaminhou as informações devidas à Assembleia”, disse.

A deputada Márcia Maia (PSDB) e Getúlio Rêgo (DEM) reforçaram que apesar de não confiarem na atual gestão governamental votaram favoráveis a matéria em virtude de possibilitar um novo mecanismo de arrecadação para o Poder Executivo tentar diminuir a crise econômica e fiscal pela qual passa.

Confiança do empresário do comércio em janeiro sobre 15% na comparação com 2017

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 110,1 pontos em janeiro, mantendo-se acima da zona de indiferença, que é de 100 pontos, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que apura o indicador.

Na comparação com dezembro, o índice aumentou 1,1% na série com ajuste sazonal. Na comparação com a janeiro do ano passado, o aumento foi de 15%. O ajuste sazonal é feito para permitir a comparação mensal do nível de atividade do comércio e da atividade econômica em geral, após serem observadas as diferenças entre os comportamentos periódicos, segundo a CNC.

Para o economista da confederação Bruno Fernandes, a evolução das condições da economia brasileira favoreceu o resultado. “A melhora gradativa das condições econômicas, o recuo nas taxas de juros, a inflexão do mercado de trabalho e a trajetória favorável da inflação proporcionaram uma elevação da confiança do empresário no curto prazo”, disse.

O subíndice que mede a avaliação do comerciante sobre as condições atuais teve alta de 1,7% na série com ajuste sazonal. Esse dado também manteve o avanço na comparação mensal. Na comparação anual, o índice teve um aumento ainda maior: 41,9%. Apesar do aumento, o índice somou 53 pontos em janeiro, abaixo dos 100 pontos, portanto ainda na zona negativa, segundo a CNC.

Expectativas

O Índice de Expectativas do Empresário do Comércio também registrou aumento em janeiro. Em relação a dezembro, o indicador subiu 1,7%; e na comparação anual, 5,9%. Segundo a entidade, o componente segue como o único subíndice da pesquisa acima da zona de indiferença, com 151,3 pontos.

Nas perspectivas de curto prazo em relação ao desempenho do comércio (+5,6%), da própria empresa (+4,5%) e da economia (+7,8%) houve melhoras se comparados ao mesmo período de 2017. Para 82,7% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos próximos seis meses.

O subíndice que mede as intenções de investimento do comércio teve alta de 2% em janeiro. Em relação ao mesmo mês de 2017, a elevação foi de 11,8%, com destaque para o aumento da intenção de investir na empresa (+21%).

O levantamento também indica que há maior intenção de contratar funcionários (+12,2%) do que em janeiro de 2017 e também mais intenção de renovar os estoques (+3,8%).

Estoques

O nível dos estoques está acima do que esperavam vender para 27,5% dos comerciantes consultados em janeiro. O percentual é menor do que o de dezembro (27,9%). Conforme a CNC, o resultado que indica insatisfação quanto ao nível dos estoques tem caído mês a mês e converge para a média histórica do indicador, de 24,8%.

Vendas

A CNC estima que o volume de vendas do comércio varejista ampliado tenha crescido 3,9% em 2017. Para 2018, a previsão é de alta de 5,1%, no comércio, o que pode levar ao maior crescimento das vendas desde 2012, segundo a confederação.