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Categoria: outubro 26, 2017

CNBB repudia e classifica de desumana portaria sobre trabalho escravo

O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner. Foto: Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) classificou nesta quinta-feira (26) de desumana e considerou um retrocesso a Portaria 1.129 do Ministério do Trabalho, que alterou as regras para classificação e combate ao trabalho escravo.

“Tal iniciativa elimina proteções legais contra o trabalho escravo arduamente conquistadas, restringindo-o apenas ao trabalho forçado com o cerceamento da liberdade de ir e vir. Permite, além disso, a jornada exaustiva e condições degradantes, prejudicando assim a fiscalização, autuação, penalização e erradicação da escravidão por parte do Estado brasileiro”, disse em nota a CNBB, que repudiou a portaria.

O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, disse que a medida “diminui a força no combate ao trabalho escravo” por mudar a definição do que seja essa prática e os modos de averiguação e punição. Para o bispo, as pessoas não devem ser tratadas como objetos de ganância. “A pessoa humana tem a sua grandeza, tem a sua dignidade, e nós todos, eu creio, como sociedade brasileira, queremos cuidar dos nossos irmãos e irmãs que trabalham e trabalham em um trabalho pesado, que nós não desejamos que seja forçado.”

A nota da CNBB reconhece a importância da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a “portaria da escravidão”, conforme intitula a confederação, e destaca que o país “tem o dever de repudiar qualquer retrocesso ou ameaça à dignidade e liberdade da pessoa humana”.

Vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger alertou que essa defesa não deve ser feita apenas pelos bispos, mas assumida por todos os “que, conscientes de seus direitos, devem assumir o seu protagonismo perante as realidades do mundo”. “Tudo aquilo que fizermos de forma pacífica e dentro do que o Estado de Direito permite é válido, e não podemos ficar só esperando soluções vindas do alto, no sentido de altas autoridades, mas temos que mostrar que, como cidadãos, temos o direito de nos manifestar.”

Investigação

Apesar de suspensa pelo STF, a portaria que propôs mudanças nas regras de combate ao trabalho escravo continua provocando reações. Na quarta-feira (25), o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) decidiu instaurar comissão de apuração de condutas e situações contrárias aos direitos humanos para investigar o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Esta é a primeira vez que o colegiado abre um procedimento apuratório, recurso previsto na Lei 12.986/2014, regra que criou este órgão de Estado.

Segundo o CNDH, a abertura do procedimento decorre “das ações reiteradas adotadas pelo ministro, desde o início de sua gestão, que criam dificuldades ao processo de erradicação do trabalho escravo no país, como na ação voltada à não publicação da lista suja e, mais recentemente, com a publicação da Portaria MTB nº 1.129/2017”. O ministro ainda não foi notificado.

Senado aprova projeto que agiliza processo de adoção

O plenário do Senado aprovou em votação simbólica nessa quarta-feira, 25, o Projeto de Lei da Câmara 101/2017, que promete agilizar os procedimentos para adoção de crianças e adolescentes. O texto será enviado para sanção do presidente Michel Temer.

O projeto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mudando uma série de procedimentos e formalizando prazos para reduzir a burocracia na adoção.

O projeto concede licença-maternidade de seis meses para mulheres que adotarem ou obtiverem guarda judicial para fins de adoção de adolescentes – atualmente o direito é exclusivo para quem adota crianças. Também estende aos empregados a estabilidade provisória das grávidas. Em fase de amamentação dos filhos adotivos até seis meses de idade, elas também terão direito a dois descansos de meia-hora cada na jornada de trabalho.

Prazos – A norma prevê uma reavaliação a cada três meses, por uma equipe multidisciplinar, de crianças e adolescentes que fazem parte de programas de acolhimento familiar ou institucional, para fins de reintegração ou colocação em família substituta.

O período máximo de acolhimento institucional, em abrigos, não poderá se prolongar por mais de 1 ano e 6 meses, salvo por autorização de um juiz.

O estágio de convivência para adoção será de 90 dias, podendo ser prorrogado pela Justiça de Infância e da Juventude. Se os pais adotivos residirem fora do País, o prazo varia entre 30 e 45 dias, mas deve ser cumprido no Brasil. O tempo estabelecido para a conclusão da adoção é de 120 dias, podendo ser prorrogado uma vez pelo mesmo período.

O texto prioriza nos cadastros de candidatos pessoas interessadas em adotar crianças e adolescentes com deficiência, doença crômica ou necessidades específicas de saúde, além de grupos de irmãos.

Outra inovação é a previsão legal do apadrinhamento, por parte de pessoas maiores de idade não inscritas em cadastro de adoção e empresas, de crianças e adolescentes acolhidas em abrigos, orfanatos ou famílias.

A prioridade será dada para menores com chances remotas de reinserção familiar ou colocação em família adotiva. A intenção é dar às crianças uma convivência externa aos ambientes e apoio social, educacional, financeiro e cognitivo, entre outros.

A nova lei também autoriza o cadastro para adoção de bebês recém-nascidos e dos que não forem procurados pela família biológica em até 30 dias. A proposta original é de autoria do deputado Augusto Coutinho (SD-PE) e foi relatada pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), no Senado.

No Cadastro Nacional de Adoção, há cerca de 7,4 mil crianças. E há no País mais de 46 mil crianças que vivem em quase 4 mil entidades acolhedoras credenciadas na Justiça, aponta o Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas.

Fonte: Estadão

Sociedade brasileira é “patrimonialista” e “machista”, afirma Cármen Lúcia

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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou hoje (26) que o fato de ocupar a chefia de um dos poderes da República não passa de um dado “circunstancial” num país cuja sociedade permanece em grande medida “patrimonialista, machista e muito preconceituosa com a mulher”.

As declarações foram dadas durante um seminário sobre as mulheres na Justiça, realizado na Embaixada da França, em Brasília. Compunham a mesa a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça.

Cármen Lúcia respondeu a uma felicitação do embaixador da França, Michel Miraillet, que destacou que o Brasil é um dos poucos países com mulheres ocupando quatro cargos de cúpula no Judiciário. Além das três que compunham a mesa, ele contou ainda a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz.

A presidente do STF ressaltou que a presença de mulheres na cúpula do Judiciário pouco teria significado para além de uma coincidência histórica numa sociedade “que não se acostumou que o nome autoridade não se declina, não tem sexo”. Ela revelou já ter sido barrada, por exemplo, de entrar na casa de amigos por funcionários que esperavam por um homem, jamais imaginando a possibilidade de que a presidente do Supremo fosse uma mulher.

A ministra lembrou que a presença de mulheres na cúpula do Judiciário brasileiro não se reflete nos números do Judiciário, que tem muito menos juízas e procuradoras mulheres do que homens. Tampouco, disse, se reflete na representação política, ressaltando a baixa presença feminina no Congresso.

Cármen Lúcia, Grace Mendonça e Raquel Dodge foram unânimes em destacar a imposição de uma vida quase “monástica” às mulheres que almejem cargos de liderança. De acordo com elas, há um constrangimento constante da sociedade brasileira para que a mulher priorize as relações afetivas e a família, acima da própria realização pessoal, o que não ocorre, nem de perto, em relação aos homens.

“O simples querer feminino é encarado como uma forma de ousadia”, disse Grace Mendonça. “Ainda que ocupando um cargo que tenha uma percepção de autoridade, ainda somos vistas, sim, com estranheza”.

Em sua fala, Cármen Lúcia fez questão de destacar que a face mais grave desse constrangimento social em relação à mulher se expressa no feminicídio.

“Continua havendo mulheres mortas, e não apenas pelos companheiros , mortas por uma sociedade que não vê que a mulher não é a causadora do feminicídio, que é um homicídio causado somente por ela ser mulher”, disse.

População é convidada para oficinas de mobilidade urbana em Parnamirim

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano – SETRA continua realizando,desde a última segunda-feira (23), oficinas para debater o Plano de Mobilidade Urbana. Até amanhã (27), toda a população é convidada a dar sua contribuição.

Nesta sexta (27/10), as oficinas acontecerão das 10h às 12h, no CAIC, em Rosa dos Ventos, para os moradores de Passagem de Areia, Bela Parnamirim, Rosa dos Ventos e Santa Tereza; e das 14h às 16h, na Escola Municipal Jacira Medeiros, em Nova esperança, para os moradores de Vale do Sol e Nova Esperança.

Hoje (26), o evento foi realizado na Escola Municipal Josafá Sisino Machado, no bairro Parque Industrial. “As contribuições das propostas da população serão levadas à audiência pública que planejamos para o mês de novembro, para pensar nas melhorias para a mobilidade urbana em nosso município”, disse o Secretário da SETRA, Marcondes Pinheiro.

Coube à empresa Start planejar o diagnóstico desta necessidade, a serviço da SETRA. O resultado está sendo apresentado nestas oficinas, com projeções das necessidades de mobilidade urbana até o ano de 2037.

“O plano prevê a implantação de ciclovias, ciclofaixas, sinalizações, faixas preferenciais, reformas em marginais, construção e reformas de calçadas e muitas outras iniciativas”, disse a coordenadora técnica Sara Costa.

A população participou do debate hoje, em Emaús. “Aqui precisamos planejar melhor as rotas dos transportes coletivos e repensar a necessidade de voltar a ter a passarela que tínhamos por aqui e que foi retirada, nas imediações de onde hoje existe o viaduto no bairro”, disse a aposentada Graziella Grillo.

Gastos de brasileiros no exterior aumentam 32,6% em setembro

Os gastos de brasileiros no exterior chegaram a US$ 1,716 bilhão, em setembro, e acumularam US$ 14,145 bilhões nos nove meses do ano, informou hoje (26) o Banco Central (BC). Os resultados superaram em 32,6% e em 15,9%, respectivamente, os gastos registrados em iguais períodos de 2016. As despesas mensais foram as maiores para o período desde setembro de 2014, quando ficaram em US$ 2,377 bilhões.

O chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Renato Baldini, explicou que o dólar mais barato que no ano passado estimula as viagens ao exterior. Ele acrescentou que a recuperação da economia ainda é gradual e deve influenciar as viagens ao exterior ao longo do tempo.

“A recuperação da atividade é um fator que justifica o aumento dos gastos com viagens, mas a taxa de câmbio é um fator mais determinante”, disse. Baldini disse ainda que não se espera grandes variações na taxa de câmbio nos próximos meses.

Já as despesas de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 407 milhões, em setembro, e em US$ 4,360 bilhões de janeiro ao mês passado. Com os gastos de brasileiros no exterior maiores que os de estrangeiros no país, a conta de viagens internacionais ficou negativa em US$ 1,309 bilhão, no mês passado, e em US$ 9,785 bilhões, no acumulado do ano.

Os dados das viagens internacionais fazem parte da conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) das transações correntes. Em setembro, o país registrou superávit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo.

O resultado positivo ficou em US$ 434 milhões. No mesmo mês de 2016, houve déficit de US$ 504 milhões. No acumulado deste ano, as transações correntes registraram saldo negativo de US$ 2,706 bilhões, contra US$ 13,590 bilhões em igual período de 2016.

A conta de serviços costuma registrar saldo negativo. Em setembro, o déficit ficou em US$ 2,879 bilhões e nos nove meses, em US$ 24,335 bilhões. Por outro lado, o superávit comerciale chegou a US$ 4,918 bilhões, no mês passado, e a US$ 51,224 bilhões, de janeiro a setembro.

O balanço das transações é formado também pela conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) que apresentou saldo negativo de US$ 1,995 bilhão, em setembro, e de US$ 31,318 bilhões, no acumulado do ano.

A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou positiva em US$ 390 milhões, em setembro, e em US$ 1,723 bilhão, no acumulado do ano.

Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir esse déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no país (IDP), porque recursos são aplicados no setor produtivo do país. Em setembro, esses investimentos chegaram a US$ 6,339 bilhões e acumularam US$ 51,758 bilhões, nos nove meses do ano.

Baldini destacou que a tendência é de continuidade do processo de redução do déficit em transações correntes, que deve ficar abaixo da projeção do BC de US$ 16 bilhões deste ano.

“A verdade venceu”, diz Temer em vídeo ao agradecer deputados

Um dia após o plenário da Câmara ter rejeitado a segunda denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente da República publicou nas redes sociais um vídeo afirmando que o Brasil teve suas “instituições testadas de forma dramática nos últimos meses” e que “no fim, a verdade venceu”.

No vídeo divulgado na tarde de hoje (26), Temer agradeceu aos parlamentares que reafirmaram o compromisso com o governo na votação de ontem (25) e disse que agora é hora de ter foco no que interessa ao povo brasileiro. Para o presidente, “a normalidade do país nunca foi afetada e agora prossegue ainda mais forte”.

Segundo ele, uma ponte para o futuro “sólida, firme e resistente” está em construção. Ele segue dizendo que essa ponte começou a ser construída em 2015 e que hoje é realidade na vida dos brasileiros com resultados visíveis. Ao citar os resultados, Temer falou da retomada do crescimento da economia após um período de recessão e a queda da inflação e dos juros.

“A economia voltou a crescer depois da maior recessão da nossa história. Essa é a maior obra de meu governo. Com a melhora da economia, estamos reencontrando os empregos, os investimentos estão voltando, o consumo das famílias está crescendo”, disse.

E completou “estamos consolidando avanços na educação e na saúde. Os programas sociais continuam e serão sempre minha prioridade. Os salários recuperaram o poder de compra”.

Segundo Temer “o trabalho venceu a recessão. A perseverança derrotou o medo”. Temer diz que na presidência tem o compromisso de fazer com que o país seja cada vez mais respeitado no cenário internacional e amplie a credibilidade para atrair investidores nacionais e estrangeiros, gerando emprego e renda.

Para Temer, serão gerados mais empregos nos próximos meses, com a aprovação da reforma trabalhista e, assim, “o crescimento [do país] é certo e seguro”. O presidente finaliza o vídeo dizendo que, com a ajuda do Congresso Nacional e de todos os brasileiros, será possível fazer ainda mais.

Votação

Na votação de ontem na Câmara, o plenário rejeitou por 251 a 233 votos o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o presidente Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha e o ministro da Secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco.

Com o resultado, o processo fica suspenso enquantoTemer estiver no exercício do mandato de presidente da República, ou seja, até 31 de dezembro de 2018.

Deputados alertam bancada federal para solucionar problemas causados pela seca

O deputado Vivaldo Costa (PROS) se pronunciou, na sessão desta quinta-feira (26), na Assembleia Legislativa, sobre as ações sem sucesso do governo federal no combate aos efeitos da seca na região Seridó do Rio Grande do Norte. Ele questionou a qualidade da adutora construída para abastecer os municípios de Acari e Currais Novos, e a funcionalidade da adutora de Caicó.

“Desviaram a obra da Caern para o DNOCS, que não tinha conseguido resolver o problema de Acari e Currais Novos. E a de Caicó era para captar água da barragem Marzagão, mas não foi”, relatou Vivaldo, cobrando ação da bancada federal. “Por isso que o povo de Caicó está sofrendo”, afirmou ele justificando que a adutora foi ligada à Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no Vale do Açu, que tem dado prioridade ao abastecimento à fruticultura.

Vivaldo disse que já estava cansado das tentativas para encontrar soluções para o problema da seca no Rio Grande do Norte. “São muitas reuniões que não levam a nada, só conversa fiada. Precisamos de seriedade para fazer as coisas”, criticou Vivaldo, denunciando que a Barragem Armando Ribeiro não libera água para as adutoras. “Entre consumo humano e fruticultura, mesmo o setor gerando muito emprego, a prioridade é o consumo humano. Isso precisa ser investigado”, afirmou Vivaldo.

O deputado Nelter Queiroz (PMDB) fez um aparte para lembrar que lutou pela construção de uma adutora de engate rápido em Jucurutu, que foi feita pela mesma empresa que executou as obras da adutora de Acari e Currais Novos. “A empresa foi contratada pelo DNOCS e as obras não deram certo em Acari e Currais Novos, quanto mais numa pequena adutora como a de Jucurutu”, ressaltou o deputado, explicando que a adutora também não funcionou. Nelter lembrou que o Governo do Estado construiu poços para reduzir a retirada de água da Armando Ribeiro Gonçalves, e que, ao contrário do que afirmou Vivaldo, a barragem não tem água. “A adutora que vai até Patu está parada porque não tem água”, disse o deputado.

“A bancada federal tem que dar um murro na mesa e cobrar. Salvaram Temer ontem, mas infelizmente não conseguem nada para o Estado”, alertou o parlamentar, dizendo que as promessas feitas para o Rio Grande do Norte são sempre descumpridas com o intuito de aliados do Palácio do Planalto desgastarem o Governo do Estado. “Líderes como Aluízio Alves, Nélio Dias e Fernando Bezerra estão fazendo falta ao Rio Grande do Norte. Estamos sofrendo pela falta d´água sem precisão porque fizemos as coisas erradas”, concluiu Nelter, chamando atenção para a falta de força da bancada federal do Estado.

O deputado Tomba Farias (PSB) também fez um aparte chamando atenção para o que ele identifica como “projetos mal feitos”, e para o comodismo da bancada federal que esperava que 2017 seria um ano de inverno. Tomba disse que a falta d´água fez o município de Santa Cruz perder 300 empregos este ano, já que uma empresa que queria se instalar na região, teria um consumo de 100 mil litros de água por dia para funcionar. “Tem dinheiro para resolver os problemas do presidente da República na véspera de seu julgamento, mas não tem para solucionar questões do Estado”, falou.

Tomba ressaltou a dificuldade do Rio Grande do Norte receber verbas federais, mas lembrou que recursos da ordem de R$ 154 milhões já foram destinadas para a Saúde estadual, mas nada mudou no setor até agora. “Não vemos nenhuma solução para os problemas da Saúde no Estado”, criticou.

O presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), também aparteou o discurso do deputado Vivaldo Costa para lembrar que a seca sempre foi um dos temas discutidos com frequência pelo Legislativo Estadual. Ezequiel ressaltou o sofrimento da população das regiões mais secas, causados pela “ineficiência do poder público” para resolver os problemas que a natureza não consegue solucionar, já que as chuvas que caíram foram “tímidas” e insuficientes para reabastecer os mananciais do Estado.

O deputado Ricardo Motta (PSB) fez o último aparte do discurso, enaltecendo a luta do deputado Vivaldo Costa em defesa dos sertanejos. Vivaldo encerrou o discurso lembrando à Mesa Diretora da Casa que tem repetido em seu programa de rádio, veiculado em vários municípios do Seridó, a ação do presidente Ezequiel Ferreira, quando de sua interinidade como governador, ao incluir o município de Caicó na lista de beneficiados com construção de adutora. “A inclusão foi rápida, só que fizeram e captaram a água do lugar errado”, concluiu Vivaldo, referindo-se ao DNOCS.

Prefeitura de Parnamirim faz parceria pioneira no Brasil com Agência Espacial

Parnamirim será a primeira cidade do Brasil a receber um projeto piloto do Centro Vocacional de Tecnologia Espacial, o CVT-E, que será inaugurado no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno – CLBI no próximo dia 13 de novembro, em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura – SEMEC.

Para isso, foi montada uma cidade espacial no CLBI, com 10 hangares, compostos por alojamentos, dormitórios, refeitórios e espaços para oficinas específicas, como a de propulsão de foguetes e a de observação do planeta Marte e da Lua, por meio de telescópios.

“A ideia é despertar nos alunos do 9º ano, a vocação espacial, que já é característica do nosso estado, que há mais de 50 anos, conta com estrutura do CLBI”, diz a Secretária Municipal de Educação e Cultura, Francisca Henrique.

A meta é alcançar mil alunos num prazo de 18 meses, a partir de 2018. De acordo com Marco Antônio Rezende, chefe da unidade regional da Agência Espacial em Natal, o projeto está priorizando a parceria com Parnamirim, com a SEMEC e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, campus municipal.

“Estaremos realizando um projeto semelhante ao que a Agência Espacial Americana, a NASA, realiza por meio do seu Space Camp, ensinando por meio de oficinas, conceitos de astronomia, física, robótica, engenharia, gestão, e Biologia, entre outros”, disse Rodrigo Leonardi, Coordenador de Pesquisa e Observação de Inovação da Agência Espacial em Brasília.

Os professores da rede pública de Parnamirim e do IFRN serão capacitados para identificar os alunos que serão selecionados para participar das oficinas. O critério será a inclinação para assuntos aeroespaciais e não exatamente, os melhores desempenhos escolares.

Após a implantação do projeto nas escolas públicas da rede municipal de ensino em Parnamirim, a Agência Espacial pretende formar novas turmas com a rede privada de ensino e outras instituições.