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Categoria: agosto 31, 2017

Delação de Funaro retorna ao STF para homologação por Fachin

A Procuradoria-Geral da República (PGR) devolveu hoje (31) ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a delação premiada do operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro, apenas um dia após o magistrado ter enviado o documento para que fossem feitos ajustes pelos procuradores.

Como o acordo de delação encontra-se sob sigilo, os detalhes sobre os ajustes solicitados por Fachin não foram divulgados, mas a rapidez com que o documento retornou ao STF indica se tratar de uma correção simples.

A delação de Funaro chegou pela primeira vez ao STF na última terça-feira (29). A expectativa é que o acordo seja homologado em breve por Fachin, autorizando que os depoimentos do operador sejam utilizados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em novas denúncias contra políticos, entre eles, o presidente Michel Temer.

Funaro é testemunha-chave em investigações envolvendo Temer, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ainda os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima.

O operador é processado pela Justiça Federal em Brasília como resultado de três operações da Polícia Federal (PF) – Greenfield, Sépsis e a Cui Bono? – que envolvem suspeitas de desvios de recursos públicos e fraudes na administração de quatro dos maiores fundos de pensão de empresas públicas do país: Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios). O analista financeiro também foi citado nas delações da empresa JBS.

Militares brasileiros começam a deixar o Haiti

Depois de 13 anos ajudando a reorganizar as forças de segurança do Haiti e a controlar a violência e os efeitos da instabilidade política local, as tropas brasileiras começam a deixar hoje (31) o país caribenho.

Na noite desta quinta-feira, uma cerimônia na capital, Porto Príncipe, marcará o início oficial da desmobilização do batalhão brasileiro. O evento contará com a presença do ministro da Defesa, Raul Jungmann, que viajou para o Haiti na companhia de uma comitiva formada por militares e civis.

“À meia-noite do dia 1º de setembro, encerraremos oficialmente as operações. Isso quer dizer que, a partir de 2 de setembro, nenhum soldado brasileiro sairá às ruas armado para realizar patrulha ou qualquer operação”, disse o comandante da missão, general Ajax Porto Pinheiro, em entrevista à rádio Verde Oliva, do Exército brasileiro.

O cronograma de desmobilização prevê que 85% dos 981 militares brasileiros no país sejam trazidos de volta ao Brasil até 15 de setembro. Os outros 152 militares soldados e oficiais ficarão encarregados de proteger as instalações brasileiras e cuidar das últimas medidas administrativas necessárias à repatriação de todo o material e equipamento brasileiro até 15 de outubro, quando também deixarão aquele que é considerado o país mais pobre das Américas e um dos mais carentes do mundo.

“Acredito que estamos saindo no momento certo, em meio a um longo período sem manifestações de rua, sem embates políticos violentos, com índices de criminalidade mais baixos e sem as gangues estarem atuando há meses. Acredito que estamos deixando um país em condições de seguir seu próprio caminho e que esta estabilidade se manterá”, acrescentou o general, destacando que as forças de segurança haitianas ainda vão precisar de mais investimentos nacionais para reforço de pessoal e aparelhamento, mas já têm condições de manter a lei e a ordem.

Segundo resolução do Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU), todo o efetivo militar da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) deve deixar o país gradualmente, até 15 de outubro, quando a operação será oficialmente encerrada. Após esta data, a ONU instituirá no país a Missão de Apoio à Justiça (Minujusth, da sigla em francês), cujo objetivo será apoiar o fortalecimento das instituições judiciárias; o desenvolvimento da Polícia Nacional e o monitoramento, relato e análise da situação dos direitos humanos.

De acordo com a ONU, o Poder Judiciário haitiano ainda é pouco transparente e registra muitos casos de corrupção e impunidade, e o sistema prisional tem condições insalubres. De janeiro a julho de 2017, por exemplo, 137 presos morreram no Haiti em decorrência de condições desumanas, superlotação e quadros de doenças como cólera e desnutrição grave. Atualmente, mais de 72% dos detentos aguardam julgamento e metade destes está presa há mais de dois anos.

Histórico

Desde junho de 2004, quando foi escolhido para comandar o braço militar da missão de estabilização formada por tropas de 16 países, o Brasil enviou ao país cerca de 37,5 mil militares. O maior contingente é o do Exército, que mobilizou 30.359 homens e mulheres. A Marinha enviou 6.299 militares e a Aeronáutica, 350. Vinte e cinco militares brasileiros morreram durante o período, incluindo dois generais.

Quando recebeu o convite do Conselho de Segurança da ONU para liderar a Minustah e ajudar a restabelecer a segurança e a normalidade institucional, após a turbulência política que culminou com episódios de violência durante protestos e manifestações políticas e com a consequente renúncia do então presidente Jean Bertrand Aristide, eleito em 2000, o governo brasileiro enxergou a oportunidade de, além de ajudar o Haiti, projetar a imagem do Brasil internacionalmente, o que coincidiu com o projeto estratégico de tentar consolidar a liderança regional do país.

Ao longo dos anos, principalmente no início da missão, não faltaram críticas à iniciativa. Como as de entidades que classificavam a presença militar estrangeira como uma ação intervencionista, que desmobilizava a capacidade do Haiti de encontrar soluções democráticas para seus próprios problemas políticos.

Em 2006, o então ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, enfatizou, durante reunião com representantes de 16 países e de 11 organizações internacionais, que a ação internacional deveria focar no combate à pobreza e no fortalecimento da capacidade do Estado haitiano de prestar serviços à população, com “bulldozers [escavadeiras] e betoneiras ocupando o lugar dos carros de combate”.

Tragédias

Em janeiro de 2010, quando o Haiti foi devastado por um terremoto de 7 graus na escala Richter, a situação humanitária se agravou e a ajuda internacional se tornou ainda mais necessária. Mais de 220 mil pessoas morreram, entre elas a médica brasileira Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e o diplomata brasileiro Luiz Carlos da Costa, vice-chefe da missão de paz da ONU.

Cerca de 300 mil pessoas ficaram feridas e mais de 1,5 milhão de haitianos ficaram desabrigados. Em meio à destruição, uma epidemia de cólera se alastrou entre a população provocando uma nova onda de violência que precisou ser contida com o uso da força.

Infelizmente, a tragédia haitiana ainda estava longe do fim. Em outubro de 2016, o país foi atingido pelo Furacão Matthew, que afetou cerca de 2 milhões de pessoas, matando centenas delas. O furacão também destruiu sistemas de água e esgoto recém-construídos, provocando inundações e agravando os problemas de saúde pública.

O efetivo da Minustah foi novamente acionado para desobstruir estradas bloqueadas e levar água, comida e medicamentos à população de comunidades isoladas, além de, mais uma vez, ajudar na reconstrução de casas e da infraestrutura afetada.

Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, de 2004 até o fim de 2016 o Brasil investiu cerca de R$ 2,5 bilhões na Minustah. Cerca de R$ 431,3 milhões foram reembolsados pela ONU.

“Esta é a mais importante missão de paz para as Forças Armadas do Brasil. Desde a Guerra da Tríplice Aliança [ou Guerra do Paraguai, de 1864 a 1870] não enviávamos para uma missão no exterior tantos militares quanto nesta. Também não tínhamos perdido tantos homens desde a Segunda Guerra Mundial. Pelo efetivo, pelo que representou, pelos resultados, pelo fato de o Brasil ter liderado a missão por tanto tempo – o que é um fato inédito na história da ONU, esta é a missão de paz mais importante de que o Brasil já participou”, disse o general Ajax Porto Pinheiro.

Fonte: Agência Brasil

Em conferência no Instituto Brasileiro de Petróleo no Rio, Beto apresenta projeto que resgata cadeia produtiva do petróleo onshore

O deputado federal Beto Rosado explicou, nesta quinta-feira (31), o Projeto de Lei 4663/16, que prevê a venda dos poços maduros os quais a Petrobrás não tem mais interesse de explorar, em conferência de imprensa do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo (ABPIP), no Rio de Janeiro.

O parlamentar informou que a proposta prevê as condições para o leilão dos campos maduros. Ele explicou que o Projeto tramita atualmente na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, onde teve alguns entraves, os quais já estão sendo resolvidos.

De acordo com Beto, a retomada da produção de Petróleo nos campos maduros hoje inativos é fundamental para a economia dos Estados produtores, gerando royalties para Estados e Municípios, emprego e renda para a população.

“Nossa luta pela aprovação deste projeto tem sido incansável na Câmara dos Deputados. Encontramos alguns obstáculos, que estão sendo vencidos com debate e diálogo. A aprovação dessa matéria é uma necessidade dos produtores, dos Estados, dos Municípios e do Brasil. Vamos em frente”, enfatizou o parlamentar.

ABC confirma Itamar Schulle como o novo técnico

O ABC confirmou na tarde desta quinta-feira (31), Itamar Schulle como novo técnico do clube. Schulle assume a vaga deixada por Márcio Fernandes. Nas duas últimas temporadas ele trabalhou no Botafogo da Paraíba e tem passagens pelo futebol da região Sul. O treinador chega nesta sexta-feira (1°) em Natal.

Rodrigo Maia diz que parlamentarismo ainda não está em discussão, mas defende plebiscito

O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 31, durante evento no Rio de Janeiro, que, por enquanto, a adoção do parlamentarismo não está sendo discutida no Congresso Nacional. O democrata defendeu, no entanto, a realização de um novo plebiscito para decidir sobre a adoção desse regime no Brasil.

“Esse é um tema que não está sendo tratado nesse ambiente da reforma política. Muitos políticos defendem o parlamentarismo, que já foi derrotado. Nós tivemos uma Constituinte que gerou um plebiscito. Acho que, se tiver que ter maioria no Congresso para voltar a discutir esse tema, nós deveríamos voltar a ouvir a sociedade. Nesse momento, como já estamos no final desses quatro anos, o importante é que a gente construa um sistema eleitoral para 2022 que seja racional e dê legitimidade ao processo, até para a gente discutir o parlamentarismo”, disse.

Na avaliação de Maia, discutir parlamentarismo “com esse sistema eleitoral, com essa composição política fragmentada, de mais de 25 partidos, não será um bom parlamentarismo”.

E argumentou: “Não que os partidos não tenham legitimidade, mas é muito difícil administrar um Congresso com mais de 20 partidos Organizar o sistema eleitoral dará as condições para que num futuro plebiscito a sociedade volte a discutir esse assunto.”

Ele informou que para valer para as eleições 2018, o prazo final para a aprovação da reforma política, em discussão no Congresso, é dia 7 de outubro.

Crise econômica diminui geração de lixo pela primeira vez em 13 anos

A geração de lixo no Brasil reduziu 2,04% em 2016 na comparação com 2015, segundo panorama divulgado hoje (31) pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Foram gerados 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos no ano passado.

Carlos Silva Filho, presidente da Abrelpe, não atribuiu a redução do lixo à conscientização ambiental da população, mas à crise. “É a primeira vez que temos decréscimo de resíduos sólidos no Brasil desde 2003, fruto da crise econômica, que afetou diretamente o poder de compra da população e trouxe, como consequência, o menor descarte de resíduos sólidos.”

Outro aspecto negativo atribuído à recessão econômica foi o aumento do uso de lixões, com 2.976 ainda presentes em todo o país. Tiveram destinação inadequada, em 2016, 81 mil toneladas de lixo. O uso de lixões a céu aberto cresceu de 17,2% em 2015 para 17,4% no ano passado.

Os aterros controlados, que ainda existem no país, são semelhantes a lixões, por vezes cercados, com cobertura de terra para esconder os resíduos, mas sem captação de gás e chorume. Houve ligeiro aumento, passando de 24,1% em 2015 para 24,2% no ano passado. O tratamento de lixo ideal, em aterro sanitário, feito em ambiente confinado para reduzir o volume de resíduos conforme os anos, caiu de 58,7% para 58,4%.

Sete municípios, não revelados pelo panorama, abandonaram o uso de aterros sanitários e passaram a usar lixões, em razão da redução de receitas municipais. O custo do uso de aterro gira em torno de R$ 90 a R$ 100 por tonelada. “É uma economia burra, pois deixa de pagar o aterro, mas, automaticamente, vai contaminar o meio ambiente e a pessoas, vai pagar mais no Sistema Único de Saúde”, disse o presidente da Abrelpe.

Segundo o panorama, 96 milhões de pessoas terão a saúde afetada por contaminação dos lixões. “São doenças como alergias, infecções estomacais, doenças causadas por vetores que se proliferam no lixo como dengue, zika, chikungunya, câncer, pressão arterial. Bastante preocupante.”

A coleta seletiva no Brasil estava presente em 69,3% em 2015, e registrou ligeiro aumento em 2016, passando a 69,6%. Entre as regiões brasileiras, o Sul foi o que mais implementou coleta seletiva (89,8%), seguido pelo Sudeste (87,2%), Norte (58,4%), Nordeste (49,6%) e Contro-Oeste (43,3%).

Ministério Público Federal denuncia ex-aluno por pichar muro da UFRN

O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) denunciou o ex-aluno Flávio Louzas Rocha por ter pichado paredes do Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Deart/UFRN), no final de 2014. Para o MPF/RN, o ato caracteriza o crime de dano ao patrimônio da União (art. 163, do Código Penal). Como a pena mínima para o crime não extrapola o limite de um ano, o MPF pede a suspensão condicional do processo por dois anos, desde que haja a reparação do dano causado à UFRN.

De acordo com o inquérito policial instaurado para investigar o caso, no final de 2014, houve ocupação nas dependências do Deart por um grupo de manifestantes, composto por alunos e ex-alunos da instituição. Na ocasião, em que os alunos reivindicavam melhorias, foram feitas várias pichações nas paredes no departamento. No momento, não foram identificados os autores, entretanto, posteriormente à ocupação, a Vigilância da UFRN localizou uma pessoa pichando uma parede, na saída do prédio. O momento foi fotografado por um dos vigilantes. Ao abordar o suspeito, Flávio Louzas Rocha, verificou-se a existência de latas de spray na bolsa dele.

Apesar de ter negado a autoria das pichações, o denunciado, ao ser interrogado, confirmou ser ele mesmo e sua então companheira na fotografia registrada pela vigilância. “Diante das provas colhidas nos autos, demonstra-se que o denunciado Flávio Louzas Rocha foi o responsável pela pichação realizada em uma das paredes do Deart”, conclui a denúncia do MPF.

Suspensão condicional – A suspensão condicional do processo pode ser solicitada pelo MPF, quando da apresentação da denúncia, se o acusado não responder a outro processo criminal. É necessário ainda que não tenha sido condenado por outros crimes, para que cumpra determinadas condições em troca da extinção do processo. No caso, as condições serão determinadas em juízo, durante audiência admonitória.

Precatórios: TJRN determina bloqueio de R$ 52 milhões das contas do Estado por dívidas de 2016

O presidente do Tribunal de Justiça do RN, desembargador Expedito Ferreira, determinou hoje (31) o bloqueio de R$ 52 milhões nas contas do Estado do Rio Grande do Norte em razão das parcelas em atraso devidas pelo Estado para o pagamento de precatórios referentes ao ano de 2016.

Diante da situação de crise econômica vivenciada no RN, o presidente do TJRN determinou que o bloqueio do montante de R$ 52.122.506,84 aconteça em quatro parcelas, sendo a primeira no dia 29 de setembro, no valor de R$ 13.030.626,71, e as demais no dia 29 de cada mês, até dezembro de 2017.

No último dia 25 de abril, o Estado do RN havia apresentado proposta de pagamentos mensais no valor de R$ 500 mil para o pagamento de precatórios. Na ocasião, os procuradores do Estado argumentaram que além da grave situação financeira, houve um crescimento severo de bloqueios e sequestros judiciais, o que dificultava o planejamento financeiro do Estado.

Em sua decisão, o desembargador Expedito Ferreira esclarece que o regime especial de pagamento de precatórios prevê o pagamento anual correspondente ao percentual de 1,5% da receita corrente líquida do Estado, em parcelas mensais, “valor que supera enormemente o valor sugerido como pagamento mensal”.

“O valor apresentado, R$ 500 mil a cada mês, sequer é suficiente para o pagamento do repasse mensal a que o Estado está obrigado a realizar no ano de 2017, no total de R$ 8.337.711,94, objeto, inclusive de outro procedimento de bloqueio e sequestro, não sendo capaz nem de amortizar a dívida referente ao exercício de 2016, o que, a grosso modo, é prejudicial ao próprio Estado, em razão da incidência de juros e atualização monetária do acervo de precatórios”, destaca o presidente.

Quanto ao procedimento de sequestro referente às dívidas de 2017 (Processo nº 2017.001749-2), as quais somam cerca de R$ 66 milhões, o Estado requereu a utilização dos recursos dos depósitos judiciais para o pagamento de precatórios. O magistrado da Corte de Justiça concedeu, no último dia 28, prazo de 30 dias para a finalização das habilitações.