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Categoria: agosto 1, 2017

Vereador Sandro Pimentel protocola CEI da Iluminação Pública nesta terça

 

Na volta dos trabalhos legislativos na Câmara Municipal de Natal, o vereador Sandro Pimentel (PSOL) irá protocolar pedido de abertura de Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar possíveis irregularidades no uso da taxa de iluminação pública em contratos da Prefeitura com prestadoras de serviço. A primeira sessão da Câmara, após o recesso, acontece nesta terça, 01/08, a partir das 15h30.

A intenção do vereador é analisar contratos feitos entre a Prefeitura e empresas prestadoras de serviço que foram pagos a partir de recursos da COSIP (Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública). Segundo a Lei Orçamentária Anual, o valor arrecadado com essa taxa obrigatória de iluminação é de, aproximadamente, R$ 50 milhões por ano. Esse recurso é de uso exclusivo para manutenção e expansão da rede de iluminação pública da cidade.

A CEI da iluminação pública acontece após o Ministério Público do Rio Grande do Norte ter deflagrado a Operação Cidade Luz, que investiga desvios de mais de R$ 22 milhões na Secretaria de Serviços Urbanos. Para o MP/RN existem indícios de superfaturamento nos contratos fechados entre a Prefeitura e empresas que prestam serviços de iluminação pública em Natal.

Segundo o vereador do PSOL, a intenção é apurar os contratos do último ano da gestão Micarla de Sousa (2012), da primeira gestão de Carlos Eduardo (2013-2016) e da atual gestão do Prefeito. “É necessário, diante das denúncias apresentadas pelo Ministério Público, que a Câmara cumpra seu papel e investigue as relações do executivo com empresas prestadoras de serviço, além de esclarecer para o povo de Natal como está sendo usado o dinheiro arrecadado com a taxa de iluminação”, afirmou.

Para ser aberta, CEI precisa de dez assinaturas

Para ser aceito, o pedido de abertura da CEI precisa de, pelo menos, dez assinaturas de vereadores. Após esse trâmite, cabe a Presidência da Câmara indicar o presidente, relator e membro que conduzirão a investigação. Após formada a comissão, ela tem 90 dias para apresentar o relatório final, que é aprovado pelos membros e segue para apreciação do plenário, composto por 29 vereadores. Caso a Comissão não conclua os trabalhos em 90 dias poderá pedir prorrogação das atividades por igual período.

Procuradoria-Geral da República volta a pedir prisão de Aécio Neves ao Supremo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou ontem (31) no Supremo Tribunal Federal (STF) com novo recurso pedindo a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG). A PGR pretende anular decisão anterior do ministro Marco Aurélio, que negou outro pedido de prisão e determinou o retorno do parlamentar, no mês passado, às atividades no Senado.

É o terceiro pedido sucessivo feito pela procuradoria para prender o senador. Dois foram rejeitados desde a homologação da delação premiada da JBS. A questão será analisada pela Primeira Turma da Corte, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, além do relator.

Em caso de nova decisão que rejeite o pedido de prisão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor do pedido, pede que seja restabelecido o afastamento de Aécio das atividades no Senado.

No mês passado, Marco Aurélio manteve decisão anterior de negar o pedido de prisão preventiva do senador, mas proibiu Aécio de deixar o país e de fazer contato com outros investigados ou réus no processo.

A defesa do senador Aécio Neves informou que ainda não teve acesso à manifestação da PGR, “mas segue tranquila quanto à manutenção da decisão do ministro Marco Aurélio que, ao revogar as cautelares impostas contra o Senador, promoveu precisa aplicação das regras constitucionais”. “A renovação de pedido de prisão contra o senador Aécio representa clara e reprovável tentativa de burla ao texto expresso da Constituição Federal”, diz nota assinada pelo advogado Alberto Zacharias Toron.

Antes da decisão de Marco Aurélio, Aécio Neves estava afastado da atividade parlamentar por uma decisão do antigo relator do caso, ministro Edson Fachin. Aécio foi citado pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, e um de seus depoimentos de delação premiada. Joesley contou aos procuradores que Aécio lhe pediu R$ 2 milhões para pagar despesas com sua defesa na Operação Lava Jato.