TJ/RN decide quarta-feira se Ricardo Motta retorna para a Assembleia Legislativa; defesa diz que “as expectativas são as melhores”

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DECIDE QUARTA-FEIRA SE RICARDO MOTTA RETORNA PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Se prevalecer o que está escrito Na Constituição Federal, que proíbe a suspensão de mandato de parlamentar sob investigação, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte deverá, nesta quarta-feira, dia 12, julgar favoravelmente o pedido de retorno do deputado estadual Ricardo Motta (PSB) para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. De acordo com advogado Tiago Cortez, defensor do parlamentar, as expectativas para o regresso de Ricardo Motta ao exercício do mandato são as melhores possíveis, sob o ponto de vista jurídico.
Motta foi afastado das atividades parlamentares pelo prazo de 180 dias por determinação da Corte estadual, após pedido feito pelo Ministério Público Estadual.
Cortez explica que a recente decisão do ministro Marco Aurélio Mello (Supremo Tribunal Federal), que autorizou o retorno do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para o Senado e, consequentemente, ao exercício das atividades de seu mandato, vem consolidar a tese que a defesa de Ricardo Motta vem enfatizando desde o inicio do processo.

THIAGO CORTEZ: “RICARDO MOTTA NÃO PODERIA TER SIDO AFASTADO DO MANDATO”
“Ricardo Motta não poderia ter sido afastado do mandato. A suspensão da sua atividade como parlamentar teve como base a delação de um cara, que o próprio Ministério Público reconheceu que necessita de tratamento psiquiátrico profundo, em um intervalo de apenas sete dias após a delação”, destaca.
CONDENAÇÃO PRÉVIA
O presidente do PSB em Natal e também advogado, Araken Farias, ao ser contado pelo BLOG DO FM, destacou que está confiante de que o Tribunal de Justiça do RN será favorável aos argumentos do advogado Tiago Cortez.
“A gente tem que lembrar que não pode haver interferência entre os poderes. Não há dúvidas de que os deputados, senadores, vereadores, prefeitos e governadores podem ser investigados com a autorização dos Tribunais – e é isso que a própria sociedade tem que cobrar. No entanto, o afastamento de um parlamentar sem o julgamento do processo é inconstitucional”, disse.

ARAKEN FARIAS: “AFASTAMENTO DE UM PARLAMENTAR SEM O JULGAMENTO DO PROCESSO É INCONSTITUCIONAL”
Para Araken Farias, é interesse da Assembleia manter a atuação dos 24 deputados e não ficar apenas com 23, até porque, segundo ele, o Regimento Interno diz que tem que ter os 24 parlamentares.
“Politicamente, eu vejo que há o interesse da Assembleia em que Ricardo reassuma sua cadeira, e, juridicamente, não vejo porque manter o afastamento do deputado”, assinalou.
Na opinião de Farias, o afastamento de Motta foi uma violação da Constituição Federal, além de sugerir uma prévia condenação de um parlamentar que ainda não foi julgado. “Para mim, só o afastamento por si só, já é uma condenação prévia”, enfatiza.








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