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Categoria: julho 8, 2017

José Agripino mantém apoio ao governo e diz que DEM não vai ‘precipitar’ saída de Temer

Agripino Maia

AGRIPINO DIZ QUE O DEM NÃO VAI “EMPURRAR NENHUMA SOLUÇÃO” PARA A SAÍDA DE TEMER Foto: Beto Barata/Estadão – 06.07.2011

O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), afirmou que o partido mantém o apoio ao governo e não vai “precipitar” um eventual afastamento do presidente Michel Temer. Segundo ele, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é o primeiro na linha sucessória da presidência da República, a legenda não vai “empurrar nenhuma solução” para a saída de Temer.

Agripino disse que, caso a denúncia seja aceita pela Câmara e Temer seja afastado, o DEM vai apenas seguir o que determina a Constituição e “manter seu compromisso com o País”. Nesse caso, Maia assumiria o cargo por até 180 dias até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o caso. Se Temer for condenado, o democrata também é considerado o candidato o favorito em caso de eleição indireta.

Na quinta-feira, 6, o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (CE), fez um aceno a Maia, dizendo que ele tem condições para garantir estabilidade ao Brasil até a eleição de 2018. O tucano também avalia que o governo Temer caminha para a ingovernabilidade e defende o desembarque da legenda.
Fonte: Estadão

Cunha entrega cardápio completo de delação na próxima semana; presidente do Senado é citado

O EX-PRESIDENTE DA CÂMARA, EDUARDO CUNHA, DIZ QUE A SUA DELAÇÃO SERÁ UM MARCO NA HISTÓRIA DA LAVA-JATO (FOTO: ED FERREIRA)

Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, o advogado Délio Lins e Silva, defensor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem um encontro marcado com a PGR no início da próxima semana. Apresentará, pela primeira vez, o cardápio completo da proposta de delação do peemedebista. O conteúdo não compromete só Michel Temer e alguns de seus ministros, mas também a cúpula do Congresso. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), é citado. Cunha trata a própria colaboração como um marco na história da Lava Jato.

Cunha e Eunício são adversários no PMDB. O senador chegou a processar Cunha e sempre o tratou com desprezo. Nunca pertenceram ao mesmo grupo político.

O volume de informações juntadas pelo peemedebista é tão grande que os advogados Pedro Ivo Velloso e Ticiano Figueiredo decidiram desembarcar da defesa de Cunha. Délio tocará sozinho as tratativas com os investigadores.

Cunha dedicou especial atenção a adversários de seu Estado, o Rio. Segundo aliados, Anthony Garotinho (PR) é citado em diversos trechos.

Cunha tem dito que, após sua colaboração, a expressão “siga o dinheiro” cairá em desuso. “Será siga o bandido”.

O ex-deputado espera concluir as negociações com a Procuradoria até o fim deste mês. A PGR avisou que ou fecha com ele ou com Lúcio Funaro.

Apenas três deputados da bancada federal do RN declaram voto a favor da denúncia contra Temer

Segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo, dos oito integrantes da bancada federal potiguar na Câmara dos Deputados,  apenas os deputados federais Rafael Motta (PSB), Zenaide Maia (PR) e Antônio Jácome (PODE) declararam que vão votar a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer, acusado de corrupção passiva.

Os demais, optaram por não responder ou dizer que ainda estão indecisos. A indecisão é a postura externada pelos deputados Felipe Maia (DEM) e Walter Alves (PMDB).

Já Rogério Marinho (PSDB), Fábio Faria (PSD) e Beto Rosado (PP) não quiseram responder ao questionamento  feito pelo jornal paulista.

Fonte: Estadão

Governistas começam a esboçar governo de transição de Rodrigo Maia

BRASILIA, DF, BRASIL, 04-04-2017, 19h00: Plenário da câmara dos deputados durante votação de projeto que cria regras para utilização de aplicativos de transporte individual, como o Uber. O autor do projeto é o dep. Carlos Zaratini (PT-SP) e o relator o dep. Daniel Coelho (PSDB-PE). O dep. Rodrigo Maia )DEM-RJ) preside a sessão. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)

PRIMEIRO NA LINHA SUCESSÓRIA DO PALÁCIO DO PLANALTO, RODRIGO MAIA PODERÁ ASSUMIR TEMPORARIAMENTE O CARGO POR ATÉ SEIS MESES

Com a possibilidade de o presidente Michel Temer não reunir apoio suficiente para se manter no cargo, os partidos da sua base começaram a discutir a configuração de um governo de transição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O principal consenso é o de que a nova gestão teria que manter os ministros da equipe econômica, Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento).

Maia tem simpatia por Meirelles e Dyogo, que defendem as mesmas bandeiras que ele. De acordo com aliados, é essencial que ele faça um aceno ao mercado financeiro, garantindo a continuidade da linha econômica e se comprometendo com as reformas.

Nesta sexta-feira (7), mensagens publicadas por Maia em redes sociais já foram interpretadas por agentes de mercado como a conduta que deverá ser adotada pelo parlamentar caso o presidente seja afastado temporariamente.

Em viagem à Argentina, ele escreveu que é preciso “tranquilidade” para sair da crise e que não pode ficar satisfeito “apenas” com a reforma trabalhista. “Temos [as reformas da] Previdência, tributária e mudanças na legislação de segurança pública”, afirmou.

Interlocutores de Temer telefonaram para Maia nesta sexta. Segundo a Folha apurou, eles disseram ao presidente da Câmara que reconhecem que ele tem sido leal, mas deveria orientar seus aliados para não ficar marcado como traidor.

Primeiro na linha sucessória do Palácio do Planalto, Maia poderá assumir temporariamente o cargo por até seis meses caso a Câmara e o STF (Supremo Tribunal Federal) aprovem o recebimento da denúncia por corrupção passiva contra Temer. O afastamento só se dá após análise da Justiça, mas antes é necessária uma autorização da Câmara por ao menos 342 votos.

Para integrantes da base governista, apesar de inicialmente se tratar de uma gestão provisória, Maia teria de fazer mudanças na equipe ministerial para se descolar da administração anterior, mas não poderá passar a imagem de um ruptura total, já que há a possibilidade de Temer ser inocentado pelo STF e retornar ao posto.

Segundo aliados do parlamentar, para garantir uma administração com apoio no Poder Legislativo, Maia teria de abrir espaço para partidos de esquerda como PT, PC do B e PDT, que, embora digam que ele teria que aceitar discutir a pauta de reformas, têm participado da articulação para que assuma o Palácio do Planalto. Além disso, ele não poderá desprezar o PMDB, sigla de Temer.

O partido comanda o Senado, com Eunício Oliveira (CE), e chefiaria também a Câmara com Fábio Ramalho (MG), hoje vice.

Nas palavras de um senador peemedebista, Maia poderá até se tornar adversário do PMDB, mas não deve se comportar como um inimigo, o que poderia implodir antecipadamente uma eventual aliança para a sucessão presidencial de 2018.

Para estabelecer identidade própria, a ideia defendida é a de que Maia faça trocas na chamada cozinha do Planalto e coloque nomes de sua confiança e descolados de Temer em pastas como Casa Civil, Secretaria de Governo e Secretaria-Geral.

Ele, contudo, não poderá se desfazer de figuras-chave da atual gestão, como Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Aliados de Maia querem que eles sejam deslocados para outras pastas na Esplanada, o que garantiria foro privilegiado a ambos, já que são alvos de investigação na Lava Jato.

A base governista conseguiu nesta sexta-feira (7) atingir o quórum mínimo para abrir uma sessão da Câmara, o que pode ajudar a manter o cronograma de votação da denúncia contra o presidente.

A previsão é que o relatório sobre a denúncia seja votada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na próxima semana.

Fonte: Folha de S. Paulo