Irlandês se enterra vivo e transmite impressões de dentro do túmulo pelas redes sociais
Para muitas pessoas, a simples ideia de ser enterrado vivo já é suficiente para causar pesadelos. Mas um irlandês passou três dias a três palmos do chão.
John Edwards se voluntariou para deitar em um caixão que foi fechado e enterrado no terreno de uma igreja de Belfast, capital da Irlanda do Norte.
Mas ele não esteve sozinho lá embaixo – o caixão foi especialmente adaptado para que ele pudesse transmitir a experiência ao vivo pelas redes sociais.
Durante as 72 horas, ele alcançou pessoas ao redor do mundo com a ajuda do Skype, Facetime e uma câmera ao vivo.”Foi absolutamente inacreditável”, disse ele ao jornal irlandês Belfast Telegraph. “Eu falei com pessoas na China, Brasil, Índia, Nigéria, Canadá, Equador e Austrália”.
MENSAGEM AOS DESESPERADOS
Seu objetivo foi enviar uma mensagem de alento e esperança a pessoas em desespero. Edwards, de 61 anos, é um ex-dependente de drogas e ex-alcóolatra que não bebe há mais de duas décadas.
No passado, enfrentou abuso sexual, viveu na rua, recebeu tratamentos para distúrbios mentais e sobreviveu a várias overdoses.
Ele também sobreviveu a dois cânceres e a um transplante de fígado após desenvolver hepatite C por causa de uma agulha contaminada.
Depois de passar pelo que descreveu como um “incrível encontro com Deus há 27 anos”, ele criou vários centros cristãos de reabilitação e abrigos para moradores de rua.
Seu hábito de se enterrar vivo é “meio que um truque”, mas ele acredita que a iniciativa tem uma mensagem série por trás.
“Quero chegar ao maior número possível de desesperados”.
Edwards perdeu mais de 20 de seus amigos por conta de abuso de drogas e de álcool e suicídios. Hoje, ele se dedica a aconselhar e rezar com pessoas em situações de desamparo e desespero.
Por três dias, sua mensagem de “esperança” saiu do túmulo do terreno da igreja de Willowfield. Ele recebeu chamadas, mensagens de texto e e-mails de pessoas que buscam ajuda.
Edwards não é claustrofóbico, mas, antes da experiência, estava um pouco apreensivo sobre ser enterrado vivo.
“Quando a tampa é fechada, você está sob o solo e ouve a terra cobrindo o caixão…é estranho”, admitiu.
TUDO OCORREU BEM
Depois de ser desenterrado, ele contou ao jornal irlandês que se sentia um pouco “tonto e trêmulo”, mas que estava bem.
A estrutura de madeira usada na experiência era mais espaçosa do que a média dos caixões – com 2,4m de comprimento, 1m de altura e 1,3m de largura.
Ela estava equipada com um banheiro improvisado e um tubo que garantia acesso a ar e a passagem de água e alimentos.
Este não foi o primeiro autoenterro de Edwards. No ano passado, ele passou três dias em um caixão sob o solo na cidade de Halifax, na Inglaterra.
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