TUANE SERÁ DESTAQUE DO ÚLTIMO CARRO DA ROCINHA/ FOTO FABIANO ROCHA
A nudez não será castigada. Evangélica, Tuane Rocha, de 34 anos, vai reviver no desfile da Rocinha, da Séria A, uma das cenas sensuais mais lembradas da folia carioca. A mulata aceitou o convite e vai desfilar nua (usando apenas uma calcinha) debaixo de uma grande cascata d’água. Numa alusão ao carnaval de 1991 da Imperatriz Leopoldinense, do carnavalesco Viriato Ferreira, enredo da escola da Zona Sul do Rio.
TUANE TEM SALMO TATUADO NO CORPO/ FOTO FABIANO ROCHA
— Demorei duas semanas para dar a resposta para a Rocinha. Pensei na minha filha, conversei com meu pastor. Como é um trabalho profissional, todos apoiaram. Não vejo como um simples exibicionismo do meu corpo — afirma Tuane, que frequenta há cinco anos os cultos da igreja Projeto Vida Nova.
Mesmo com 18 anos de Sapucaí, a passista garante que será sua primeira vez com o corpo totalmente despido na Avenida do Samba. E, talvez, seja sua última aparição. Tuane quer se “aposentar” do carnaval.
— Quero voltar a estudar. Dedicar-me a outros projetos pessoais. Preciso tirar meu diploma de atriz da gaveta — brinca.
Ela virá no último carro alegórico da Rocinha, a cerca de dez metros de altura. A alegoria criada pelo carnavalesco João Vitor Araújo, de 31 anos, trará ainda outras referências ao carro original de Viriato Ferreira, como os cachos de banana.
— Foi uma cena muito marcante. Eu tinha que criar novamente. Vamos encerrar o desfile bem — garante João.
SEM TAPA-SEXO E COM APLIQUE NO CABELO
Para ser bem fiel ao desfile original, Tuane andou fazendo pesquisas e assistindo a vídeos da apresentação da Imperatriz da época. A partir disso, ela decidiu colocar um aplique no cabelo, para que ele ultrapasse a faixa do seu bumbum. Foi assim que, em 1991, a modelo Melissa Benson se apresentou na Verde e branco. Além disso, ela não colocará tapa-sexo: será apenas uma calcinha.
COM 18 ANOS DE CARNAVAL, PASSISTA GARANTE QUE SERÁ A PRIMEIRA VEZ QUE DESFILARÁ NUA/ FOTO FABIANO ROCHA
— A Melissa usou uma calcinha com uma pedrinha só. A minha não vai ter uma pedrinha só, vou colocar várias, mas vai ser só isso. Nem maquiagem eu vou usar. Quero que fique bem perto do que foi na época — conta.
O efeito da cascata será garantido com 500 litros de água, que será reaproveitada a todo momento. Ou seja, não haverá desperdício na Sapucaí. A Rocinha será a primeira agremiação a desfilar no sábado de carnaval.
IGREJA DIZ QUE NÃO HOUVE LIBERAÇÃO
Em nota divulgada nesta terça-feira, a Igreja Projeto Vida Nova afirmou que nenhum pastor da denominação autorizou Tuane Rocha a desfilar nua no desfile da Rocinha. O Projeto Vida Nova ainda reitera que “repudia a nudez como exploração do corpo, assim como toda festa que cultua deuses pagãos e exalta a carnalidade”.
A ABERT DIVULGOU HOJE O RELATÓRIO ANUAL 2016 VIOLAÇÕES À LIBERDADE DE EXPRESSÃO/ FOTO MARCELLO CASAL
O total de casos de violência contra profissionais de imprensa registrados em 2016 foi 65,51% superior ao de 2015. É o que revela um relatório divulgado hoje (21) pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
Apesar do número de assassinatos ter caído de oito para dois casos de 2015 para 2016, o total de casos de violações à liberdade de expressão no Brasil saltaram de 116 para 192 ocorrências, atingindo diretamente a 261 trabalhadores e veículos de comunicação.
Com 67 ocorrências – contra 64 registradas no ano passado -, as genericamente chamadas “agressões” são a forma mais comum de violência registrada contra os jornalistas. Sobretudo contra os empregados de emissoras de TV. Em seguida vem os casos de ofensas (22); ameaças (19); condenações/decisões judiciais (18) que impedem jornalistas de apurarem um assunto ou divulgar suas descobertas; intimidações (17); ataques/vandalismos (17); censura (12); detenções (7); atentados (6); roubos e furtos (4) e um caso de assédio sexual.
Segundo a entidade, a maior parte das agressões é cometida por agentes públicos, principalmente por policiais, guardas municipais e outros agentes de segurança. “A maioria dos ataques aconteceu durante manifestações [políticas] e, infelizmente, partiu de autoridades públicas, sobretudo de agentes de segurança, que aparecem como os grandes responsáveis por esse tipo de violência contra os profissionais de imprensa”, disse o presidente da Abert, Paulo Tonet de Camargo, defendendo a necessidade das autoridades de segurança capacitarem as forças policiais para lidar com jornalistas no exercício de suas funções.
Os participantes dos protestos políticos, seguidos por políticos e detentores de cargos públicos, também figuraram entre os grupos que mais ameaçaram, intimidaram e agrediram profissionais de comunicação no ano passado. “Alguns setores da sociedade têm uma dificuldade de compreender o real papel dos meios de comunicação no Estado Democrático de Direito. O papel da imprensa não é o de ser, em nenhum momento, o protagonista do processo que está em discussão, mas sim reportar os fatos que estão acontecendo”, acrescentou Camargo.
DADOS INTERNACIONAIS
As ocorrências registradas em 2016 colocam o Brasil entre os países mais perigosos para o exercício do jornalismo, conforme apontam entidades internacionais como a organização Repórteres Sem Fronteiras, segundo a qual o Brasil é o segundo país mais violento da América Latina, atrás apenas do México.
Mesmo que, pela primeira vez desde 2012, o número de mortes tenha diminuído em comparação ao ano anterior,
A Press Emblem Campaign (PEC), uma organização não governamental (ONG) formada por jornalistas de várias nacionalidades que atua como consultora das Nações Unidas, colocou o Brasil entre os dez países de maior periculosidade para a profissão em todo o mundo, mesmo que, pela primeira vez desde 2012, o número de mortes no país tenha diminuído em comparação ao ano anterior.
Quando analisados os dados entre 2012 e 2016, o país figura na 6ª posição do ranking da ONG, à frente das Filipinas, da Índia, do Afeganistão e de Honduras.
“Difícil compreender como um país democrático e com leis e instituições em funcionamento como o Brasil pode superar um cenário de terror como o afegão”, pondera o texto do relatório da Abert.
CENSURA
O tipo de censura mais comum em 2016 foi a proibição do trabalho jornalístico por agentes de segurança que impediram os profissionais de apurar determinados temas ou de simplesmente entrar em locais onde apurariam fatos e registrariam imagens. O problema é mais perceptível nas regiões Sudeste e Norte.
Entre os 11 censores identificados estão policiais, políticos, bombeiros, médicos, manifestantes, estudantes e até o diretor de um clube de futebol. Para a Abert, a heterogeneidade dos que atuaram para impedir o livre exercício da profissão demonstra a enorme dificuldade das pessoas em conviver com a transparência e a divergência de opiniões.
Em muitos casos, os profissionais de imprensa foram obrigados a se desfazer de imagens que contrariavam os interesses dos envolvidos nas apurações. Caso do repórter fotográfico Marcus Mesquita, do site MidiaNews, de Cuiabá (MT), obrigado por agentes de segurança pública a apagar as fotos feitas durante o velório de um policial militar.
NOTÍCIAS FALSAS
O presidente da Abert falou ainda sobre sua preocupação com a propagação de notícias falsas pela internet e a responsabilidade de sites que veiculam essas informações.
“A proliferação de notícias falsas na internet por veículos de comunicação que dizem ser plataformas de tecnologia, demonstra que o jornalismo profissional nunca foi tão importante. A edição [apuração] é a garantia da credibilidade da informação. Hoje, empresas de tecnologia que não contam com nenhum profissional apurando as notícias se transformaram em empresas de mídia e divulgam notícias falsas. Por isso propomos que se alguém quer, empresarialmente, vender publicidade em cima da divulgação de notícia, deve ser definido como veículo de comunicação e deve estar sujeito à regulamentação do setor”.
O MINISTRO LICENCIADO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA, ALEXANDRE DE MORAES, INDICADO PARA CARGO DE MINISTRO DO STF, PASSA POR SABATINA NA CCJ NO SENADO FEDERAL/ FOTO MARCELO CAMARGO
Ao responder as primeiras perguntas de parlamentares na sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Alexandre de Moraes, indicado para a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF), negou que já tenha sido advogado da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e que tenha plagiado a obra de um jurista espanhol. Segundo ele, essas informações são calúnias e injúrias.
Moraes disse que jamais foi advogado do PCC e que essa informação é equivocada e foi disseminada na internet. “Jamais fui advogado do PCC e de ninguém ligado ao PCC”.
Moraes, que está licenciado do cargo de ministro da Justiça, relatou que o escritório onde era sócio-administrador tinha vários clientes, entre eles, uma cooperativa que, em 2014, emprestou uma garagem da sede pra uma reunião política e, dentre os participantes havia investigados por ligação com o crime organizado.
Segundo Moraes, o assunto repercutiu de forma deturpada, em 2015, quando ele assumiu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Ele disse que na época tomou as medidas judiciais cabíveis contra os meios de comunicação que proliferaram a informação.
PLÁGIO
Disse ainda que é “absolutamente inverídica e falsa” a acusação de plágio, divulgada na imprensa, de que um livro de direito publicado por ele reproduz, sem citar a fonte, trechos idênticos ao de uma obra do jurista espanhol Francisco Rubio Llorente, que compila decisões do tribunal constitucional daquele país.
“O próprio Tribunal Constitucional espanhol disse que o conteúdo do livro citado são compilações de decisões públicas do tribunal. E a viúva do autor foi induzida pelo repórter. Ela disse que ‘se’ houve cópia, isso não deveria ter sido feito”, disse aos senadores da CCJ. “Algo também absolutamente difamatório.”
ATUAÇÃO DA ESPOSA
Outra pergunta feita a Alexandre de Moraes sobre a atuação da esposa, que é advogada, em processos no Supremo Tribunal Federal.
No início da sessão da CCJ, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou questão de ordem pedindo o adiamento da sabatina de Alexandre de Moraes. Segundo Randolfe, Moraes omitiu que tem vínculo familiar com profissional que trabalha para o STF. A esse respeito, Moraes disse que informou ao Senado não ter parentes exercendo trabalho vinculado a função que exerce como ministro da Justiça.
Ele afirmou que, caso assuma a vaga no STF, irá se declarar impedido em causas que envolvam a atuação de sua esposa ou do escritório onde ela trabalha. Ele lembrou que há uma vedação legal para casos como esse e disse que se declararia impedido mesmo que não houvesse essa previsão legal. “Obviamente seguirei a risca o que todos os ministros sempre fazem de se declararem impedidos”.
TESE DE DOUTORADO
Com relação ao conteúdo de sua tese de doutorado, em que critica a indicação de ocupantes de cargos públicos à condição de ministro do Supremo Tribunal Federal, Moraes explicou que na verdade apresentou vários modelos de indicações defendidos por diferentes juristas, de diversos países. O sabatinado afirmou que não vê nenhuma incoerência, nenhuma incompatibilidade entre defender uma alteração no modelo brasileiro de nomeação do STF e sua indicação para o cargo.
“O que eu posso garantir que não considero, não considerarei, entendendo que a minha indicação, e a minha eventual aprovação por Vossas Excelências, tenha qualquer ligação de agradecimento ou favor político. Isso eu posso garantir que, se aprovado for por Vossas Excelências, atuarei com absoluta independência, absoluta imparcialidade, e não falo isso da boca para fora”, declarou Moraes.
As primeiras questões respondidas por Moraes foram apresentadas pelo relator Eduardo Braga (PMDB- AM). Braga trouxe inicialmente as dúvidas registradas pelos internautas no portal do Senado, entre as quais estão as polêmicas que envolveram o nome do indicado nas últimas semanas. Segundo o relator, o portal recebeu mais de 1350 manifestações populares sobre a sabatina de Moraes.
ISENÇÃO E LAVA JATO
Depois de responder à primeira etapa de questões apresentadas pelo relator Eduardo Braga, o indicado Alexandre de Moraes é submetido às questões dos outros senadores inscritos na sessão da CCJ. O primeiro a questionar Moraes foi o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que criticou a apresentação de várias questões polêmicas de uma só vez pelo relator.
Lindbergh destacou que um juiz precisa ser “imparcial e isento” e questionou Moraes sobre sua isenção em relação ao governo federal. O senador criticou a indicação de Moraes, que, caso nomeado, poderá ser revisor do processo da Lava Jato no Supremo.
Lindbergh questionou Moraes sobre a relação dele com Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, que está preso em Curitiba no âmbito da Lava Jato.
O senador perguntou se Moraes se considera isento para ser revisor e se ele se colocaria como impedido para exercer esta tarefa e julgar o processo da Lava Jato, que tem integrantes do governo federal citados em delações premiadas.
Alexandre de Moraes se defendeu dizendo que a indicação de parlamentares ou ministros de Estado para o STF é uma tradição da Corte. Moraes citou outros casos de ministros do Supremo que já ocuparam cargos públicos e exercem a magistratura com independência. “É uma tradição história do STF de ministros que atuavam no Executivo e Legislativo. Isso desde o início do Supremo. A corte tem quatro membros que tiveram participação no mundo político”, disse.
Moraes destacou ainda sua capacidade para ocupar o cargo.”Eu me julgo absolutamente capaz de atuar com absoluta imparcialidade, com absoluta neutralidade dentro do que determina a Constituição, sem nenhuma vinculação partidária”, afirmou Moraes.
O indicado disse que a partir do momento que alguém é honrado com o cargo de ministro do STF, deve atuar somente de acordo com a constituição. Moraes disse também que provavelmente não será o revisor da Lava Jato, posto que deve ser ocupado pelo ministro Celso de Mello. “É importante ver o papel do revisor. Ele apenas age após o trabalho do relator”, afirmou
Na réplica, Lindbergh afirmou que o indicado desconsidera o contexto político atual, em que vários membros do governo são citados na Lava Jato, e o questionou se ele se declarará impedido para julgar o processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, caso venha a participar da composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Moraes reafirmou que atuará, se aprovado, com “absoluta independência” e quando pertinente avaliará se a participação em determinado julgamento é caso de impedimento ou suspeição.
O PRESIDENTE MICHEL TEMER, EM REUNIÃO COM A COMISSÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA/ FOTO ANTONIO CRUZ
Ao lado do presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (21) que a recessão já terminou no Brasil e que o país está em crescimento, com sinais sólidos de recuperação. Os dois participaram da reunião da Comissão Especial da Reforma da Previdência, no Palácio do Planalto.
No encontro, Temer comentou a aprovação ontem (20), pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, do projeto que permite a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Segundo o presidente, com a aprovação, o projeto deve ser enviado ainda hoje ao Congresso, visando às contrapartidas dos estados para receber recursos federais.
“Ontem, a Assembleia do Rio de Janeiro permitiu, por meio da aprovação de um projeto, a privatização da Cedae, que é um órgão importantíssimo, o que nos entusiasma aqui, na área federal, a tentar aprovar um projeto que deverá chegar hoje ao Congresso, disse o presidente. “Nós só podemos auxiliar a União se tivermos essa conjugação: a lei federal, que autoriza as chamadas contrapartidas, e a lei estadual, fazendo as contrapartidas, sob pena de incidirmos na Lei de Responsabilidade Fiscal, o que seria política e economicamente desastroso para o governo federal”, acrescentou Temer, durante a reunião da Comissão Especial da Reforma da Previdência, no Palácio do Planalto.
Segundo Temer, o fato de a Assembleia Legislativa do Rio já ter aprovado a matéria serve como exemplo para que a área federal possa também buscar a aprovação dessa matéria no Congresso.
“RECESSÃO TERMINOU”
Ao abrir a reunião, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o Brasil dá “sinais sólidos de recuperação”, com a subida e a valorização da Bolsa de Valores, o ganho de valores que tiveram o Banco do Brasil, a Petrobras, a Vale, e com a queda do risco Brasil e do dólar.
“Tudo isso é mensagem de confiança no ajuste e nas reformas que estamos fazendo. É um apoio profundo às mudanças fundamentais. Todas as reformas disponibilizarão recursos para a sociedade brasileira. Crescimento dos gastos geraria crise, não fosse esse tipo de medida tomada”, afirmou.
De acordo com o ministro, o Brasil hoje está crescendo. “O Brasil hoje já está crescendo e essa recessão já terminou. É uma recuperação sólida, impulsionada por medidas fundamentais. A PEC [proposta de emenda à Constituição] do Teto foi impulsionadora desse crescimento, e a da Previdência, além de ser fundamental, está no centro desse processo. A mensagem [a ser passada] é de que é mais importante ter a segurança de que vão receber a aposentadoria do que a expectativa de que vão se aposentar um pouquinho mais cedo ou tarde, gerando insegurança no futuro”, disse Meirelles.
Sobre a reforma tributária, o ministro afirmou que pretende reduzir em um quarto o tempo de trabalho que é destinado ao pagamento de impostos. “Além de [o sistema tributário] ser complicado, tem o problema do tempo gasto para pagar imposto. O tempo médio é 2,6 mil horas por ano [de trabalho], pelas empresas, só para conseguir pagar. Com todas essas medidas que estão sendo tomadas, será possível reduzir esse tempo para menos de 600 horas”.
BARRAGEM DE LUCRÉCIA, NO INTERIOR DO RN, SOFRE COM A SECA / FOTO FRED CARVALHO
A Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) divulgou nesta terça-feira (21) o resultado da Reunião de Análise e Previsão Climática para a Região Nordeste do Brasil para os próximos três meses. De acordo com o Gerente de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, “a média de chuvas no semiárido deve girar em torno de 500mm, o que não será suficiente para encher os grandes reservatórios, mas garante uma boa recarga de água nas pequenas bacias”.
No mapa apresentado na reunião, o Rio Grande do Norte aparece quase completamente na área verde, que significa chuvas “próximas a normalidade climatológica”. Segundo a Emparn, a previsão é feita com base em relatórios de instituições como a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
MAPA ELABORADO NA REUNIÃO MOSTRA EXPECTATIVA DE CHUVAS PARA O NORDESTE/ FOTO DIVULGAÇÃO/EMPARN
Na análise das condições oceânicas e atmosféricas, os meteorologistas concluíram que um fenômeno que influencia as chuvas, o La Niña, pode “perder forças” no período estudado, o que contribui para a normalidade das chuvas. “O enfraquecimento do Fenômeno La Niña ocorreu de acordo com os resultados dos modelos de previsão de anomalia de TSM, e a condição de neutralidade deverá prevalecer no Oceano Pacifico equatorial nos meses de março, abril e maio”.
Destacaram também que “no Oceano Atlântico, as águas estão mais aquecidas do que o normal em toda a bacia tropical”, o que significa que as áreas mais ao norte da região serão beneficiadas com as chuvas e as mais ao sul da região serão pouco influenciadas pelas chuvas deste sistema meteorológico.
No mês de março a reunião dos especialistas acontecerá em Pernambuco, quando será divulgado o prognóstico para a quadra chuvosa de abril a junho para o Nordeste.
SECAS NO NORDESTE
Os primeiros registros de seca no Nordeste datam de 1583, algumas décadas depois que os portugueses começaram a conquistar o Brasil. Ao longo da história, os ciclos de estiagem se repetiram; o coordenador do Inmet, Expedito Rebello, destaca o período de 1776 a 1778, quando boa parte do gado morreu por causa da seca.
Segundo Expedito, a primeira ação governamental para tentar mitigar o problema da seca foi em 1877, com o incentivo à construção de cacimbas. Em 1909, o governo federal criou o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e o Inmet. Desde os anos 40, a estratégia do poder público é investir na construção de reservatórios.
COLAPSO HÍDRICO NO RIO GRANDE DO NORTE
O Rio Grande do Norte passa atualmente pela mais longa e severa estiagem da história do estado. Dos 167 municípios do estado, 153 estão em situação de emergência. De acordo com dados da Companhia de Águas e Esgotos do estado (Caern), o abastecimento foi cortado em 18 cidades. Em outras 76, sistemas de rodízio foram adotados.
Após ser mordido por um cachorro de rua, Kumar Marewad, de 17 anos, ficou criticamente doente e teve que ser internado. Kumar estava respirando com ajuda de aparelhos e um médico disse que a infecção havia se espalhado pelo seu corpo. Não havia expectativa de que o adolescente sobreviveria sem os aparelhos.
De acordo com o site britânico Independent, ele foi transferido para casa de sua família, mas depois de um tempo parou de se mexer e respirar, fazendo com que acreditassem que ele estava morto. O funeral de Kumar foi planejado, mas dois quilometros antes de chegar ao velório, Kumar abriu os olhos e começou a se mexer.
O adolescente foi levado de volta para o hospital e está em estado grave. O caso aconteceu na cidade de Karnataka, na Índia, mas não é o primeiro. Ano passado um homem, em Mumbai, que se acreditava estar morto, acordou alguns momentos antes da sua autópsia começar.
EM MEIO AO TRÂNSITO TUMULTUADO, MOTOS SÃO ALTERNATIVA PARA FUGIR DOS ENGARRAFAMENTOS/ DIVULGAÇÃO/VIVER SEGURO
O trânsito das grandes cidades está cada dia mais caótico. Engarrafamentos nas principais avenidas, tráfego pesado de carros, ônibus, caminhões por toda cidade. Para quem quer agilidade para chegar ao seu destino, o Piloto 31 é uma alternativa. Para garantir a segurança necessária do passageiro, foi criado o aplicativo no qual o piloto profissional de motocicleta será a ferramenta chave para a melhoria do transporte urbano na cidade.
O Piloto 31 surge em um momento em que o aumento do número de motociclistas nos centros urbanos se torna uma tendência nas grandes metrópoles brasileiras por ser um dos poucos meios de transporte capaz de se movimentar pela cidade de forma acessível, com a agilidade e eficiência necessárias à vida globalizada. Com o número cada vez mais abundante de motociclistas nas ruas, a solução é simples: qualificar a mão-de-obra desses profissionais e oferecer o transporte privado de passageiros para os usuários.
SEM PORCENTAGEM COBRADA
o pagar apenas uma mensalidade de R$100 para custos de manutenção e serviços, os pilotos, se quiserem, poderão realizar apenas uma viagem diária de R$5 (tarifa mínima fixa para percursos de menos de 4km) durante 20 dias e conseguirão pagar a mensalidade do aplicativo. No restante das viagens, o lucro é todo do motociclista, uma vez que a Piloto 31 não cobra nenhuma taxa sobre as viagens.
Por exemplo: se a primeira viagem do dia do parceiro for uma de até 4km, os R$5 da tarifa mínima serão utilizados para pagar a mensalidade e todas as outras corridas do dia ficarão com o nosso colaborador.
PRÉ-REQUISITOS PARA SER COLABORADOR
Ter 21 anos ou mais;
Pelo menos dois anos de carteira A ou AB;
Exercer Atividade Remunerada na CNH;
Motocicleta acima de 125cc, com modelo a partir de 2010;
VEREADORES, PREFEITO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE E O COMANDO DA PM DO RN/ FOTO DIVULGAÇÃO
A cidade de São Gonçalo do Amarante, RN, é considerado uma das mais violentas na região metropolitana de Natal. A cada ano são mais de 80 mortes violentas registradas. O efetivo reduzido das policias militar, civil e rodoviária, além da guarda municipal que atual com dificuldades e baixos investimentos estão na lista de problemas para garantir segurança pública.
A maioria dos crimes tem relação com tráfico de drogas, acerto de contas ou são motivados por relações entre pessoas que convivem juntos. Os jovens, negros e pobres estão na lista da maioria das vitimas. Somente neste fim de semana o Rio Grande do Norte, registrou cerca de 22 mortes. Até para elucidar os crimes ou investigar, as polícias encontram dificuldades.
Em apenas uma semana, São Gonçalo teve três mortes e cerca de três roubos de carros. A cidade tem uma área territorial extensa, com locais de difícil acesso que dificulta o trabalho das policias. Existem localidades onde o efetivo não consegue entrar. Não são comuns na cidade blitz das polícias, ou rondas. Também não são vistos pela cidade policiais atuando em pontos estratégicos.
O investimento da prefeitura em câmeras de monitoramento eletrônico ainda não apresentou resultados. O assunto ainda vem sendo debatido ano, após ano, pelos 17 vereadores locais. Os parlamentares não conseguem definir ações concretas para cobrar as autoridades mais segurança. Criaram recentemente uma comissão que vai levantar dados da criminalidade. Vereadores de oposição e do bloco governista nas últimas semanas criticaram a demora do prefeito para buscar solução para a onda de violência e fizeram ensaios para pedir providências do governo do RN.
Mas nesta semana um grupo de seis vereadores esteve reunido com o prefeito e o comando da Polícia Militar. O prefeito Paulo Emídio, estava na reunião. O Coronel André Azevedo relatou como a PM tem atuado no RN, e se comprometeu em reforçar o efetivo policial na cidade.
“Pode deixar, prefeito. Iremos intensificar as operações da Polícia Militar em São Gonçalo do Amarante”, disse o comandante. A prefeitura também solicitou reforço no policiamento local.
Na campanha eleitoral de 2016, quando disputava prefeitura, Paulo Emidio disse que uma de suas promessas seria transformar a Companhia da Polícia Militar em Batalhão. Afirmou ter garantia do governo de aumento da tropa, após realização de concurso público.
Agora é esperar que a criminalidade seja reduzida na cidade por mais ações e operações policiais em toda cidade.
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