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Categoria: janeiro 15, 2017

Estado deve se preparar para pagar indenizações a familiares de presos mortos

AINDA NÃO HÁ INFORMAÇÕES OFICIAIS SOBRE O NÚMERO DE PRESOS MORTOS DURANTEA REBELIÃO

AINDA NÃO HÁ INFORMAÇÕES OFICIAIS SOBRE O NÚMERO DE PRESOS MORTOS DURANTE A REBELIÃO

O governo do Estado do Rio Grande do Norte deve ir se preparando para enfrentar pedidos de indenização por parte de familiares dos presos mortos, durante a rebelião que teve início ontem no presídio de Alcaçuz e que foi controlada na manhã deste domingo, 15, após a entrada das forças de segurança na unidade prisional.

Parentes de apenados já estariam recebendo orientação jurídica para entrar com ação indenizatória contra o Estado.

Uma mulher de um apenado, identificada como Natália, de 30 anos, já declarou ao Portal  TN On Line, do Jornal Tribuna do Norte, que irá processar o Estado, por conta da morte do marido, que estava há dois anos cumprindo pena na unidade prisional.

“Quero processar porque desligaram a energia e abriram os portões para eles se matarem”, assinala.

Agentes entram em Alcaçuz e situação no presídio está sob controle; juiz Henrique Baltazar destaca no Twitter despreparo do Estado

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A Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social anuncia através do Twitter que agentes de segurança entraram na manhã deste domingo, dia 15, no presídio de Alcaçuz e que a situação a situação na unidade prisional já está controlada, sem a ocorrência de qualquer conflito com os presos. A partir das 10hs, será realizada uma coletiva de imprensa com o secretário de Segurança Pública, Caio Bezerra, para detalhar as ações policiais no presídio de Alcaçuz.

As tropas invadiram a unidade prisional por volta das 5h30 deste domingo (15), mais de 14 horas após o início do motim. O número de mortos ainda não foi confirmado.

O clima no em torno do presídio, no entanto, ainda é tenso. No início da manhã, presos foram avistados sobre o teto dos pavilhões do presídio, assim como uma fumaça escura saindo de uma das alas da penitenciária. Há sinais de deterioração da estrutura.

SUGESTÕES

Já o juiz da Vara de Execuções Penais, Henrique Baltazar, também destaca em sua conta no micro blog Twitter que a gestão do governo do estado não está preparada para enfrentar demandas decorrentes do sistema penitenciário, a exemplo da rebelião que teve início neste sábado no presídio de Alcaçuz.

Na sua página no Facebook, Baltazar deixa claro que o governo  não teria levado em consideração sugestões por ele emitidas, como a nomeação de um nome experiente para a Secretária de Justiça e Cidadania, que tem como titular o secretário Walber  Virgulino. Seguem as sugestões que Baltazar deu ao governo do RN:

1. No início inicio nomear alguém experiente para a Sejuc;
2 – construir emergencialmente vários pequenos presídios, diminuindo a superpopulação de Alcaçuz, PEP e outros maiores;
3 – contratar agentes Penitenciários temporários;
4 – apressar a construção da nova cadeia de Ceará Mirim;
5 – manter um presídio de maior segurança para os presos mais perigosos;
6 – escolher com cuidado os diretores de unidades prisionais;
7- usar os recursos do Fundo Penitenciário, equipando os presídios

 

 

Cenas fortes: vídeos veiculados pelo Portal da TV União mostram a proporção catastrófica da barbárie em Alcaçuz

Até o início da manhã deste domingo, dia 15, não se tem o levantamento oficial de quantas mortes ocorreram na rebelião iniciada ontem, na Penitenciária Estadual de Alcaçuz. No entanto, já se tem conhecimento de que a barbárie e selvageria atingiu proporções catastróficas. Imagens de vídeos que estão sendo exibidos com exclusividade no Portal da TV União de Natal mostram cenas capazes de chocar qualquer ser  humano.

O cenário em Alcaçuz é devastador: grades quebradas, colchões queimados, paredes destruídas, cabeças de presos arrancadas, cadáveres  espalhados e siglas de facções criminosas escritas com o sangue das vítimas nas paredes da penitenciária.

Em uma das gravações feitas em um celular, presos tentam quebrar a perna esquerda de um inimigo.

Segundo informa o jornalista especializado na área policial, João Ricardo Correia, o “combinado” entre os criminosos que comandaram a rebelião era torná-la mais sangrenta e cruel que a ocorrida há poucos dias, em Manaus.

Por enquanto, os bandidos “se divertem” lá dentro, enquanto seus familiares se desesperam do lado de fora, em busca de informações. Já foram registrados alguns confrontos entre parentes dos detentos e policiais.

Vídeos veiculados no Portal da TV União, mostram cenas são fortes, com imagens de cadáveres mutilados, despidos, decapitados. Há também cenas de tortura.