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Categoria: dezembro 22, 2016

Diálogo entre Estados Unidos e Rússia está congelado, diz porta-voz do Kremlin

AS RELAÇÕES ENTRE A RÚSSIA E OS ESTADOS UNIDOS SÃO MARCADAS POR GRANDES TENSÕES POR CAUSA DE SUAS DIVERGÊNCIAS NO CONFLITO SÍRIO E NA CRISE UCRANIANA.

AS RELAÇÕES ENTRE A RÚSSIA E OS ESTADOS UNIDOS SÃO MARCADAS POR GRANDES TENSÕES POR CAUSA DE SUAS DIVERGÊNCIAS NO CONFLITO SÍRIO E NA CRISE UCRANIANA.

O diálogo entre a Rússia e os Estados Unidos está “congelado em quase todos os níveis”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. “Não nos comunicamos, ou reduzimos ao mínimo os contatos”, acrescentou Perskov, em entrevista à emissora russa Mir-TV, Alguns trechos da entrevista foram divulgados pela agência de notícias estatal Ria-Novosti.

As relações entre a Rússia e os Estados Unidos são marcadas por grandes tensões por causa de suas divergências no conflito sírio e na crise ucraniana.

Já o porta-voz do Departamento de Estado americano, John Kirby, garantiu que “o compromisso diplomático com a Rússia se mantém em relação a grande número de questionamentos”, em particular sobre o conflito sírio.

Desde o início do mês, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, conversou por telefone três vezes com o secretário de Estado americano, John Kerry, segundo a Chancelaria russa.

“O fato de termos divergências significativas com Moscou é algo muito conhecido, mas não há pausas no diálogo”, afirmou Kirby.

Essa deterioração de relações, inédita desde o final da Guerra Fria, começou depois da reanexação da península da Crimeia por parte da Rússia, enquanto Moscou é acusada por Washington de apoiar os rebeldes pró-russos no Leste da Ucrânia. Por esse motivo, sofreu sanções econômicas dos Estados Unidos e da União Europeia.

Ontem, a diplomacia russa disse “lamentar” o prolongamento dessas sanções decidido na véspera pelo Tesouro americano.

As tentativas de pressão sobre Moscou “não têm futuro e estão destinadas ao fracasso”, disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, acrescentando que a Rússia tomará “naturalmente medidas de represália”.

Depois da vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais americanas em novembro, o presidente russo, Vladimir Putin, chegou a afirmar que esperava um “diálogo construtivo” e um “trabalho mútuo” com Washington, “para tirar as relações entre a Rússia e os stados Unidos de sua situação crítica” atual.

Agência Brasil

Governo anuncia reforma trabalhista; acordo deve prevalecer sobre legislação

”NENHUM DIREITO DO TRABALHADOR SOFRE AMEAÇA. OS DIREITOS DO TRABALHADOR SERÃO APRIMORADOS”, TEM AFIRMADO O MINISTRO DO TRABALHO, RONALDO NOGUEIRA.

”NENHUM DIREITO DO TRABALHADOR SOFRE AMEAÇA. OS DIREITOS DO TRABALHADOR SERÃO APRIMORADOS”, TEM AFIRMADO O MINISTRO DO TRABALHO, RONALDO NOGUEIRA.

A poucos dias de encerrar o ano, o governo anuncia hoje (22)  mudanças na legislação trabalhista. Entre as possíveis medidas, está a ampliação da terceirização – restrita hoje a atividades de suporte, como segurança e serviços de limpeza -, que deverá incluir novas áreas além das permitidas atualmente. Outra medida deve ser a prevalência do acordo entre empresas e sindicatos dos trabalhadores sobre a legislação.

Outros temas que estão sendo discutidos são a ampliação do contrato de trabalho temporário de 90 para 120 dias. Há também a formalização da jornada diária de até 12 horas. Atualmente, contratos de trabalho com jornadas superiores a oito horas diárias são frequentemente questionados na Justiça do Trabalho, que ainda não reconhece formalmente a jornada mais longa.

Uma das possibilidades é a criação de dois novos modelos de contrato. O governo avalia o tipo de contrato que inclui horas trabalhadas e produtividade, além do modelo que já vigora atualmente, baseado na jornada de trabalho.

As mudanças se darão por meio da instituição do Programa Seguro e Emprego (PSE), que alterará o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, tem afirmado que não existe a intenção de mexer em direitos adquiridos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), tais como férias, décimo terceiro salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e vales-transporte e refeição, nem com o repouso semanal remunerado. ”Nenhum direito do trabalhador sofre ameaça. Os direitos do trabalhador serão aprimorados”, tem afirmado o ministro à imprensa.

A preocupação do governo é com a retomada da economia para reduzir o quadro de desempregados, estimado em 12 milhões de pessoas. Segundo Nogueira, a proposta está centrada em três eixos: segurança jurídica, criação de oportunidades de ocupação com renda e consolidação dos direitos.

Empresários

As mudanças nas leis trabalhistas tem sido defendidas por sindicatos patronais, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que, no início do ano, chegou a criar um grupo para discutir possíveis mudanças nas regras atuais. Na ocasião, foram citados como problemas os dez primeiros artigos da CLT, que vigoram desde 1942. Os artigos definem os papéis do empregado e do empregador.

Ao longo do segundo semestre, o presidente Michel Temer chegou a se reunir com empresários para tratar da questão. Após uma dessas reuniões, com representantes do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse que para melhorar a situação do déficit fiscal, serão necessárias “mudanças duras” tanto na Previdência Social quanto nas leis trabalhistas.

Trabalhadores

A proposta de alterar a legislação vem recebendo críticas das centrais sindicais. Em nota, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que reúne cerca de 4 mil sindicatos, diz que as mudanças podem resultar em “jornada de trabalho intermitente, com o trabalhador ficando inteiramente à disposição do patrão e recebendo pagamento apenas pelas horas trabalhadas, quando for recrutado, em contratos temporários com validade de 180 dias e em demissões mais baratas, com redução da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outras”.

Segundo a entidade, uma das principais propostas é a que institui a soberania do negociado sobre o legislado. Isso significa que patrões e empregados ficariam livres para promover negociações à revelia da legislação trabalhista. “Para os críticos da proposta, a medida é perigosa porque tende a esvaziar direitos históricos assegurados em lei”, disse.

Agência Brasil