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Categoria: dezembro 16, 2016

PF deflagra operação de combate a exploração sexual infantil no RN

OPERAÇÃO MEFISTO ACONTECE EM NATAL, MOSSORÓ, CAICÓ E TIBAU DO SUL.(FOTO: DIVULGAÇÃO)

OPERAÇÃO MEFISTO ACONTECE EM NATAL, MOSSORÓ, CAICÓ E TIBAU DO SUL.(FOTO: DIVULGAÇÃO)

A Polícia Federal do Rio Grande do Norte deflagrarou na manhã desta sexta-feira (16) uma operação de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. A ação acontece na capital potiguar e nas cidades de Tibau do Sul, na região Leste potiguar, em Caicó, no Seridó, e em Mossoró, na região Oeste.

Segundo a PF, 52 policiais federais estão cumprindo 12 mandados judiciais de busca e apreensão nos endereços residenciais de 10 pessoas investigadas. Sete delas moram em Natal. Os mandados fazem parte da Operação Mefisto, que visa identificar suspeitos e levantar dados que confirmem as provas já existentes dos crimes de exploração sexual através do assédio, armazenamento, produção e compartilhamento de material contendo cenas de pornografia infanto-juvenil.

Ainda de acordo com a PF, as investigações foram iniciadas em agosto. Foi constatado um aumento exponencial de crimes relacionados à exploração sexual de crianças e adolescentes através da internet, inclusive, com a utilização de redes sociais.

A operação foi batizada de Mefisto em alusão a Mefistófeles, uma entidade satânica da Idade Média conhecida como uma das encarnações do mal. Segundo a mitologia, o demônio era aliado de Lúcifer na captura de almas inocentes através da sedução e encanto.

G1 RN

Morre Villas-Bôas Corrêa, ícone do jornalismo político, aos 93 anos

O MAIS ANTIGO JORNALISTA POLÍTICO DO PAÍS MORREU NA NOITE DESTA QUINTA-FEIRA (15)

O MAIS ANTIGO JORNALISTA POLÍTICO DO PAÍS MORREU NA NOITE DESTA QUINTA-FEIRA (15)

Luiz Antônio Villas-Bôas Corrêa contou uma vez que havia nascido em uma família tipicamente classe média, na Tijuca. E explicou. Na casa dele, liam-se muitos livros. O avô, Luiz de Castro Villas-Bôas, não tinha uma grande biblioteca em casa, mas comprava livros. Tinha José de Alencar, Machado de Assis, Paulo Setúbal, Humberto de Campos. E liam-se jornais também. No tempo em que matutinos e vespertinos eram separados. Depois, chegou o rádio, na década de 30. Todos em sua casa liam, ouviam rádio, mas praticamente não falavam de política, conforme ele contou em depoimento ao CPDoc da Fundação Getúlio Vargas.

As conversas de Villas-Bôas nessa seara começaram exatamente na Faculdade Nacional de Direito, onde entrou em 1943. Na época, viveu o clima estudantil, presidiu o centro acadêmico e redigiu o manifesto da instituição saudando a queda de Getúlio Vargas e do Estado Novo juntamente com Ciro Maciel. Ali, já estava formado o perfil do analista político mais antigo em atividade no Brasil, que se autodefinia como o “último sobrevivente da geração que cunhou o modelo de reportagem política que ainda hoje se pratica”.

Já formado pela Faculdade Nacional de Direito, onde se graduou em 1947, ele era funcionário público do antigo Serviço de Alimentação da Previdência Social quando decidiu se iniciar no jornalismo. O motivo: precisava de mais dinheiro para pagar as despesas do parto do segundo filho, que nascera de cesariana. Estreou então em 1948 no jornal “A notícia”, cuja redação ficava na Avenida Rio Branco, no Centro. Escrevia pequenas notas sobre diferentes assuntos, inclusive policiais. Sua primeira grande reportagem foi uma denúncia sobre propina envolvendo um tabelião — irmão do então vice-presidente da República, Nereu Ramos — e o ministro da Viação e Obras Públicas da época, Clóvis Pestana.

“Durante 12 anos, meu local de trabalho foi a Câmara, no Palácio Tiradentes. Como não havia gabinetes privativos, à exceção da Presidência e de algumas lideranças, o ambiente facilitava o convívio. Os jornalistas passavam o dia acompanhando o processo político e os debates”, lembrou Villas-Bôas, em entrevista publicada no site da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em dezembro de 2008.

Para os jornalistas, Villas-Bôas sempre foi uma referência.

— Ao lado de Carlos Castelo Branco, o Castelinho, Villas-Bôas foi um dos maiores nomes do jornalismo político durante toda a metade do século XX. Nesse período, ele viveu momentos intensos, passando pelos governos de Juscelino Kubitschek e João Goulart. Houve o golpe de 1964, a ditadura militar, as lutas pela redemocratização, a anistia, as Diretas Já. Ou seja, ele foi um analista privilegiado desses momentos intensos da história do Brasil — disse o jornalista Ancelmo Gois, colunista do GLOBO, que trabalhou com Villas-Bôas no “Jornal do Brasil”.

O escritor e jornalista Zuenir Ventura também foi colega de Villas-Bôas no “JB”, além de grande amigo do colunista.

— O Villas foi um dos grandes representantes daquela geração de cronistas políticos que tiveram a maior importância no Brasil durante períodos difíceis como a ditadura. Ele era também um grande repórter, além de analista político. Lembro-me quando houve o atentado no Riocentro, a bomba lançada pelos terroristas de direita. Foi ele quem deu esse furo. Na época, ele foi o primeiro a dizer que eram terroristas de direita, ou seja, um tenente e um sargento do Exército. Ele teve a coragem de dizer isso. Villas era um repórter de grande perspicácia jornalística e um grande analista. Ele e o Castelinho foram dois dos melhores representantes do jornalismo político do Brasil.

Villas-Bôas estava internado desde sexta-feira passada no Hospital São Lucas, em Copacabana, com problemas respiratórios. Ele morreu hoje, aos 93 anos. Viúvo, deixa três filhos e três netos.

O Globo

Pastor Silas Malafaia é detido em condução coercitiva pela PF

 ELE É SUSPEITO DE EMPRESTAR CONTAS DA INSTITUIÇÃO DELE PARA AJUDAR A OCULTAR DINHEIRO

ELE É SUSPEITO DE EMPRESTAR CONTAS DA INSTITUIÇÃO DELE PARA AJUDAR A OCULTAR DINHEIRO

O pastor Silas Malafaia foi alvo de mandado de condução coercitiva nesta sexta (16) pela manhã dentro da Operação Timóteo, deflagrada em 11 estados e no Distrito Federal.
Os policiais fazem buscas e apreensões em 52 diferentes endereços relacionados com uma organização criminosa investigada por um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral (65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM – tem como destino os municípios).
Entre os investigados está o pastor Silas Malafaia, que teria participado da lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. Ele é suspeito de emprestar contas da instituição dele para ajudar a ocultar dinheiro.
O diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral, Marco Antonio Valadares Moreira, e a mulher dele foram presos pela PF.
Segundo nota da PF, além das buscas, os 300 policiais federais envolvidos na ação também cumprem, por determinação da Justiça Federal, 29 conduções coercitivas, 4 mandados de prisão preventiva, 12 mandados de prisão temporária, sequestro de 3 imóveis e bloqueio judicial de valores depositados que podem alcançar R$ 70 milhões.
O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da Justiça Federal de Brasília, determinou ainda que os municípios se abstenham de realizar quaisquer atos de contratação ou pagamento aos 3 escritórios de advocacia e consultoria sob investigação.
A Operação Timóteo começou ainda em 2015, quando a então Controladoria-Geral da União enviou à PF uma sindicância que apontava incompatibilidade na evolução patrimonial de um dos diretores do DNPM. Apenas esta autoridade pública pode ter recebido valores que ultrapassam os R$ 7 milhões.
As ações da PF acontecem nas seguintes unidades da federação: BA, DF, GO, MT, MG, PA, PR, RJ, RS, SC, SE e TO.
O nome da operação é referência a uma passagem do livro Timóteo, integrante da Bíblia Cristã: “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição”.
As provas recolhidas pelas equipes policiais devem detalhar como funcionava um esquema em que um Diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral detentor de informações privilegiadas a respeito de dívidas de royalties oferecia os serviços de dois escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria a municípios com créditos de CFEM junto a empresas de exploração mineral.
Em 2015, os valores recolhidos a título de CFEM chegaram a quase R$ 1,6 bilhão.

Câmara mantém Proeduc e garante recursos para educação infantil

A MATÉRIA FOI APROVADA COM QUATRO EMENDAS PARLAMENTARES CONSENSUAIS, QUE IMPEDEM A DIMINUIÇÃO DE RECURSOS NA EDUCAÇÃO

A MATÉRIA FOI APROVADA COM QUATRO EMENDAS PARLAMENTARES CONSENSUAIS, QUE IMPEDEM A DIMINUIÇÃO DE RECURSOS NA EDUCAÇÃO

O plenário da Câmara Municipal de Natal apreciou, na sessão ordinária desta quinta-feira (15), o Projeto de Lei Complementar n° 010/2016 de autoria do Executivo que integra um pacote de medidas para conter despesas e aumentar a arrecadação de tributos. Entre outros pontos, o prefeito Carlos Eduardo propôs a suspensão de benefícios fiscais de empresas e a revogação da concessão de bolsas de estudo aos alunos da rede de ensino superior nos termos da Lei Promulgada 257/2008 (Proeduc).
Durante os debates, foram apresentadas emendas com a intenção de melhorar o projeto do governo. Destaque para duas emendas: uma da vereadora Amanda Gurgel (PSTU) que direcionou 50% dos tributos pagos pelo setor privado de ensino superior para as escolas públicas da capital potiguar e uma do vereador Júlio Protásio (PDT) que garante a continuidade do Proeduc pelos próximos dois anos.
A presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, vereadora Eleika Bezerra (PSL), que adotou uma postura crítica em relação ao programa de financiamento estudantil, frisou sua preocupação com as deficiências no ensino infantil e a falta de vagas nas creches. “Eu não sou contra o Proeduc, mas creio que a educação básica deve ser a prioridade do Município. Deixei bem clara a minha posição desde o início. São mais de 30 mil crianças sem creche ou escola, com matrículas feitas por sorteio. Enfim, acredito que primeiro devemos investir na base para depois pensar na universidade”, justificou Eleika.
Por fim, a matéria foi aprovada com quatro emendas parlamentares consensuais, que impedem a diminuição de recursos na educação e retiram isenções fiscais para gerar receitas afim de manter investimentos. “A manutenção do Proeduc representa uma conquista dos estudantes da nossa cidade. Toda iniciativa para promover a educação da juventude é bem-vinda. O programa garante o acesso ao ensino superior dos estudantes que não podem arcar com os custos de uma faculdade particular”, defendeu o vereador Júlio Protásio, autor da Lei que instituiu o Proeduc.
De acordo com a vereadora Amanda Gurgel (PSTU), os esforços devem estar direcionados para a educação pública. “Defendi a continuidade do Proeduc sem a compensação fiscal para as instituições privadas do ensino superior. Além disso, os alunos beneficiados pelo programa podem ocupar as vagas ociosas nestas universidades sem custos adicionais para a população”, disse ela. “Também garantimos que metade de todos os impostos pagos pela iniciativa privada seja aplicada nas cheches e escolas públicas”, completou.