O CARNATAL 2016 COMELOU ONTEM E SEGUE ATÉ O PRÓXIMO DOMINGO (04) NA ARENA DAS DUNAS
O Carnatal 2016 chega ao seu segundo dia de folia hoje no entorno do estádio Arena das Dunas, com 4 blocos. Passam pelo corredor da folia nesta noite os blocos: “Vumbora”, “Me Abraça”, “Largadinho” e “Swingaê”. Já a Arena Carnatal recebe a Banda Eva, a partir de 00h30. A expectativa para os 4 dias de folia é de 200 mil pessoas.
Após uma primeira noite eletrizante, com direito a participação da banda “Oito7nove4” na última volta do trio, o cantor Bell Marques não demonstra cansaço para agitar o segundo dia de festa e abre a noite, com o bloco “Vumbora!” a partir das 18h30.
Às 19h é a vez de um outro nome bastante disputado ano a ano no Carnatal: Durval Lelys. Ele comanda o primeiro dia de “Me Abraça”, a partir das 19h, repetindo a dose amanhã no mesmo horário.
Outro nome bastante concorrido hoje é o de Claudia Leitte que coloca o seu “Largadinho” na avenida a partir das 19h30 com um motivo a mais para comemorar: em 2016 ela completa 15 anos de Carnatal. Pelas redes sociais, a cantora já agradeceu o carinho.
“Eu cheguei na cidade do sol adolescente, de rosa, cheia de sonhos. Fui acolhida como uma da terra… ganhei título… Sou uma cidadã natalense. Fiz despedida de solteira lá, meu último show antes do nascimento do meu primeiro filho…Eu amo Natal, RN”, publicou a cantora há alguma semanas em suas redes.
Para a avenida ela traz uma porção de hits, incluindo “Taquitá”, sua aposta mais recente, extraída de seu próximo álbum de inéditas que mira forte no mercado norte-americano.
Léo Santana encerra a noite com o Swingaê, que entra na avenida a partir de 21h30. Há algumas semanas o baiano esteve em Natal, na Central do Carnatal, autografando discos para os foliões que comprassem o abadá do Swingaê. Entre os sucessos que ele traz este ano estão: “Nossa Cor”, Fenômeno”, “Deboche”, “A Casinha Caiu”, “Santinha”.
Meia noite e meia a “Banda Eva” entra na Arena Carnatal prometendo festa até altas horas da madrugada para quem curte o formato “pista + palco”. Vale salientar que todos os blocos passam duas vezes pelo Corredor da Folia, representando 4h, em média, de desfile.
O percurso para este ano continua o mesmo das edições mais recentes, com aproximadamente 3 km, sendo 350 metros de Corredor da Folia, onde estarão as arquibancadas, que neste ano comportarão 1.600 pessoas; e a ala de camarotes particulares e empresariais.
Quatro blocos fazem hoje a alegria dos ‘carnatalescos’. Expectativa dos organizadores para os quatro dias de folia do Carnatal é de um público de 200 mil pessoas.
O GRUPO DE ARTESÃS DA TERCEIRA IDADE FAZ APRESENTAÇÃO DO PASTORIL
O projeto “Nossa Orla” chega pela primeira vez à praia da Redinha neste sábado, a partir das 8h até às 13h, oferecendo atividades diversificadas, com ações sociais, cultural e de lazer. O “Nossa Orla” é uma iniciativa da Prefeitura do Natal, que vem sendo executada pela Secretaria Municipal de Turismo (Setur), e que faz parte da programação do “Natal em Natal”.
Na praia acontece a exposição fotográfica do workshop de fotografia que aconteceu no último dia 19, na abertura do projeto. Simultaneamente, no Mercado da Redinha, o fotógrafo Cláudio Abdon também expõe o seu trabalho sobre a Redinha.
A grande novidade do sábado é o primeiro 1º Festival Gastronômico da Ginga. Sabemos que a “ginga com tapioca” já virou tradição na capital potiguar e que o berço desse saboroso prato é a praia da Redinha, visando isso, os comerciantes locais aceitaram o desafio e elaboraram 18 diferentes pratos, todos tendo a ginga como carro chefe e estarão à venda durante todo o dia. Também haverá degustação da cachaça Maria Boa, de Goianinha.
Os estudantes das Escolas Municipais Professora Noílde Ramalho e Nossa Senhora dos Navegantes participam do projeto com coral, dança e grupo de flauta. A orquestra filarmônica Reis Magos, de Pium, também se apresenta durante a programação. O grupo de artesãs da terceira idade faz apresentação do pastoril e a música fica por conta de Moab Alex, Grupo Pagode, Maestro Neemias e encerrando a programação cultural, Flávio Show com o seu forró pé-de-serra.
A secretaria municipal de Saúde (SMS) estará no local realizando teste de glicemia e verificação da pressão arterial. A secretaria municipal de Mobilidade Urbana (STTU) fará o ordenamento do trânsito e brincadeiras educativas. A Urbana participa do projeto garantindo a limpeza e preservação do local e a ONG “Amigos da Praia”, juntamente com o conselho comunitário e a UFRN promovem um mutirão de limpeza na praia. A operadora de telefonia Claro que apoia o projeto, estará com um estande de vendas e panfletagem e também fará distribuição de brindes.
O “Nossa Orla” conta com o apoio das secretarias de Educação (SME), Segurança e Defesa Social (Semdes) Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana), Administração (Semad), Esportes e Lazer (SEL), Comunicação Social (Secom), Serviços Urbanos (Semsur), Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), Trabalho e Assistência Social (Semtas), Planejamento (Sempla), Procon Natal e Saúde (SMS), Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), Ministério do Trabalho, Procon Natal, além da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ministério do Trabalho, Natal Card, Telepesquisa, César Treinamento Funcional, Claro, Senac, Fercomércio RN, Life Esport, Casa do Bem e Cruz Vermelha.
A FISCALIZAÇÃO CONTABILIZOU 848 TESTES DE ETILÔMETRO (BAFÔMETRO) RESULTANDO EM 30 CNHS RETIDAS, SETE PESSOAS PRESAS POR EMBRIAGUEZ. (FOTO: DETRAN/RN)
O Detran/RN iniciou a primeira noite de Carnatal com uma fiscalização intensa realizada pela equipe da Operação Lei Seca. As abordagens a condutores visando combater a combinação álcool e direção iniciaram ainda na noite da quinta-feira (1º) e foram concluídas na madrugada desta sexta-feira (02).
A fiscalização contabilizou 848 testes de etilômetro (bafômetro) resultando em 30 CNHs retidas, sete pessoas presas por embriaguez, 14 autos de infração por motivos diversos e três veículos apreendidos e removidos ao pátio do Detran.
Durante a blitz os policiais da Lei Seca prenderam um taxista que estava transportando pessoas sob influência de álcool. O teste do bafômetro registrou 0,42mg de álcool por litro de ar expelido, o que configura crime de trânsito. “O taxista foi levado pra delegacia de plantão onde terá que pagar fiança e responder processo criminal, além de ter sido multado pela infração da lei seca”, explicou o coordenador da Operação Lei Seca do RN, capitão Isaac Paiva.
Outro fato flagrado na fiscalização foi relacionado a um veículo da imprensa que conduzia uma equipe de TV que cobria o Carnatal. O motorista foi parado na blitz e se recusou a fazer o teste do bafômetro. O mesmo foi autuado administrativamente e deve pagar multa de R$ 2.934,70, além de ter o direito de dirigir suspenso por 12 meses.
“O veículo também foi apreendido e removido ao pátio do Detran, pois foi averiguado que o mesmo não estava devidamente licenciado”, contou o capitão Isaac. As intervenções da Operação Lei Seca durante o Carnatal vão continuar durante todas as noites de realização da festividade. O diretor geral do Detran, Marco Medeiros, fez um apelo para que os motoristas evitem beber e dirigir no sentido de evitar acidentes e até mesmo o registro de vítimas fatais devido a imprudência e ao desrespeito as regras de segurança no trânsito.
“O trabalho da Lei Seca é o de preservar vidas no trânsito. Nossa intenção não é multar e sim zelar pela segurança do cidadão. Por isso pedimos a conscientização do condutor, pois estaremos fiscalizando para evitar o abuso”, disse. Dados do setor de Estatística do Detran/RN apontam que nos primeiros 10 meses deste ano foram autuados na Lei Seca um total de 2.345 condutores.
Desses, 287 foram presos sob acusação de crime de trânsito com base no artigo 306 do CTB, e responderão, não só pelas sanções administrativas, mas também penalmente, podendo receber punição de seis meses a um ano de prisão.
AGÊNCIA DO BANCO DO BRASIL É ARROMBADA NA MADRUGADA DESTA SEXTA-FEIRA (2) EM ACARI. (FOTO: PM / DIVULGAÇÃO)
Um vigia foi atingido de raspão por um tiro e dois carros incendiados na madrugada desta sexta-feira (2) após o arrombamento do cofre de uma agência bancária na cidade de Acari, na região Seridó do Rio Grande do Norte. Ninguém foi preso.
Segundo a Polícia Militar, os criminosos invadiram o Banco do Brasil por volta das 2h30 e usaram um maçarico para violar o cofre da agência. Cerca de dez homens teriam participado da ação. Durante o crime, um vigia de rua que passava pelo local acabou baleado. O tiro atingiu de raspão um dos braços dele. Socorrido, ele passa bem.
Ainda de acordo com a polícia, um dos carros usados pelo bando na fuga foi uma Hilux. O veículo foi abandonado e incendiado na BR-226, próximo à entrada da cidade de Currais Novos. A caminhonete ficou atravessada na rodovia, interrompendo a passagem de veículos pelo local. Grampos de metal também foram jogados na pista.
Apesar dos obstáculos, a PM chegou a perseguir os criminosos, mas os perdeu de vista ao se aproximarem de Campo Redondo, que fica a 80 quilômetros de Acari. Em Parelhas, na mesma região, os policiais encontraram um outro carro queimado, cujo modelo não foi identificado.
A quantia levada pelos criminosos não foi divulgada.
“TEREMOS UM GRANDE MURO NA FRONTEIRA”, DISSE EM EVENTO NA NOITE DESTA QUINTA-FEIRA (1º), EM OHIO (CINCINATTI). (CHIP SOMODEVILLA/GETTY IMAGES)
Em seu primeiro comício após ser eleito presidente dos Estados Unidos, o magnata Donald Trump voltou a afirmar que construirá um muro na fronteira com o México.
“Teremos um grande muro na fronteira”, disse em evento na noite desta quinta-feira (1º), em Ohio (Cincinatti). Ainda na questão dos imigrantes, o magnata voltou a dizer que irá impedir que pessoas de países com problemas com o terrorismo entrem nos Estados Unidos.
“Não sabemos quem são, de onde eles vêm, o que pensam. Nós os deixaremos fora do nosso país. A violenta atrocidade em Ohio demonstra a ameaça à segurança que foi criada por nossos muitos estúpidos programas sobre refugiados políticos”, disse Trump sobre o ataque provocado por um somali em uma universidade da cidade que deixou 11 feridos.
O presidente eleito, no entanto, voltou a pedir a união dos norte-americanos, lembrando que o período eleitoral já passou. “Somos um país dividido, mas não permaneceremos divididos por um longo tempo. Reunificarei o país porque, para vencer, precisamos de todos os norte-americanos, sem distinção de raça, idade, renda, geografia. Agora é tempo de unir-se”, afirmou ao discursar.
Trump ainda se defendeu das críticas de que está formando um governo de bilionários, nomeando apenas pessoas que possuem um alto poder aquisitivo. “Eles são ricos porque sabem fazer dinheiro”, disse.
OS QUATRO PAÍSES FUNDADORES INTIMARAM O GOVERNO DO PRESIDENTE NICOLÁS MADURO A ADOTAR ATÉ 1º DE DEZEMBRO TODOS OS COMPROMISSOS DE ADESÃO
Os quatro países fundadores do Mercosul – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – enviaram uma “comunicação” à Venezuela nesta quinta-feira (1º), indicando que os direitos do país no bloco “estão suspensos”. A decisão do bloco ainda não foi oficialmente anunciada porque Caracas ainda não recebeu a notificação.
A decisão está relacionada ao vencimento do último prazo acordado em setembro para que Caracas cumprisse suas obrigações de adesão ao Mercosul. Os chanceleres do bloco elaboraram um comunicado no qual explicam que a Venezuela não cumpriu seus acordos.
A marginalização da Venezuela se desenhava desde que os demais sócios bloquearam, em julho passado, o acesso do país à presidência semestral do bloco. Em setembro, os quatro países fundadores decidiram ocupar o posto de forma colegiada e intimaram o governo do presidente Nicolás Maduro a adotar até 1º de dezembro todos os compromissos de adesão. Entre eles, a livre-circulação de mercadorias entre os países do Mercosul e a cláusula democrática.
Determinação de Caracas de permanecer no Mercosul
Na última terça-feira (29), a Venezuela se declarou disposta a aderir a um dos acordos comerciais pendentes – aquele relacionado às tarifas comuns e à livre-circulação de bens. “Finalizadas as revisões técnicas, a Venezuela se encontra em condições de aderir ao Acordo de Complementação Econômica”, afirmou a ministra das Relações Exteriores, Delcy Rodríguez, em uma carta dirigida aos governos da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Rodríguez ressaltou que, atendendo aos “princípios de gradualidade, flexibilidade e equilíbrio que regem seu processo de adequação ao Mercosul, [a Venezuela] está preparada para iniciar imediatamente o processo de adesão”. “Nem saímos, nem vão nos tirar do Mercosul. (…) Fazemos um apelo aos povos das capitais do Mercosul para defenderem a Venezuela, porque isso é defender os maiores ideais de integração, união e cooperação”, declarou na segunda-feira (28), dia em que insistiu na determinação de Caracas de permanecer no bloco.
Tensões entre Maduro e governos de direita
O Mercosul foi fundado em 1991 e aceitou a Venezuela como membro em 2012. As tensões entre o governo Maduro e seus sócios aumentaram desde a chegada ao poder de governos liberais na Argentina e no Brasil.
O Mercosul atravessa uma de suas piores crise, equiparável apenas àquela gerada pela suspensão do Paraguai em 2012, depois de um processo parlamentar que destituiu o presidente de esquerda Fernando Lugo. Foi nesse período que Argentina, Brasil e Uruguai aprovaram o ingresso da Venezuela, que contava com a oposição de Assunção.
O FACEBOOK DO BRASIL NÃO ATENDEU O PEDIDO DA ATRIZ PARA QUE FOSSE RETIRADO DO AR TODOS OS PERFIS FALSOS COM O NOME DELA.(DIVULGAÇÃO)
O Facebook foi condenado pela justiça do Rio de Janeiro a indenizar a atriz global Giovanna Lancellotti, a Milena de “Sol nascente”, por danos morais.
É que a atriz havia pedido à rede que retirasse os perfis falsos com o seu nome. Mas o Facebook no Brasil se recusou. Alegou que apenas a matriz americana poderia remover o conteúdo.
Agora, a rede de Mark Zuckerberg terá de pagar R$ 55 mil à atriz.
BATIZADA DE ‘ERGA OMNES’, A PF PRENDEU NESTA FASE O PRESIDENTE DA ODEBRECHT, MARCELO ODEBRECHT, EM JUNHO DE 2015. (FOTO: GERALDO BUBNIAK)
O empresário Emílio Odebrecht e seu filho, Marcelo Odebrecht, assinaram acordo de delação premiada e o acordo de leniência da empresa. Emílio assinou o acordo na Procuradoria Geral da República em Brasília. Marcelo, em Curitiba, onde está preso desde junho de 2015. Maior empreiteira do país, a empresa se comprometeu a pagar US$ 2,5 bilhões – R$ 6,8 bilhões na cotação do dólar de hoje – a título de indenização por ter se envolvido em atos de corrupção. No fim da tarde desta quinta-feira, o grupo divulgou nota na qual admite o erro, pede desculpas e diz que está comprometido a “virar a página”.
Marcelo Odebrecht, terceira geração da família a conduzir o grupo Odebrecht, fundado por seu avô, Norberto Odebrecht, deverá permanecer preso até o fim de 2017, totalizando dois anos e meio de prisão. A partir de então, cumprirá prisão domiciliar, regime semiaberto e aberto. No total, serão 10 anos de pena acordada.
Ao todo, 77 executivos da Odebrecht começaram a assinar seus acordos de delação, os mais esperados e mais temidos desde o início da Operação Lava-Jato. Há uma estimativa de que cerca de 200 políticos de todos os grandes partidos do país, do governo Michel Temer e da oposição serão denunciados pelos delatores.
Um dos alvos principais da Lava-Jato, por sua proximidade com o governo durante a gestão do PT, a empresa informou que a partir de agora vai combater e não vai tolerar qualquer forma de corrupção, incluindo extorsão e suborno.
Um dos responsáveis pelo acordo disse que a delação da Odebrecht será suficiente para colocar em xeque o sistema de financiamento de campanhas eleitorais. Uma outra fonte, que acompanha o caso de perto, sustenta que, depois de muita relutância, a Odebrecht decidiu fazer um acordo de delação de alto padrão. Ou seja, seus executivos receberão carta branca para contar tudo que sabem, sem qualquer restrição ou filtro de ordem política, ideológica ou pessoal.
A ideia era evitar vexames como o do ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo e de outros delatores que, depois de se comprometerem a contar tudo que sabiam, foram pegos em contradição e terão que revisar depoimentos, sob o risco de perderem os benefícios da delação.
As negociações com vistas aos acordos de delação e leniência tiveram início entre fevereiro e março deste ano, numa reunião entre o advogado Theo Dias e procuradores da Lava-Jato, em Curitiba. No início, mesmo depois de passar meses na prisão, Marcelo Odebrecht rejeitava duramente qualquer possibilidade de delação. Num depoimento à CPI da Petrobras, ele chegou a dizer que uma eventual delação poderia ser um problema moral mais grave que o envolvimento em fraudes.
— Entre o meu legado, eu acho que tem valores, inclusive morais, dos quais eu nunca abrirei mão. Eu diria que entre esses valores, eu, desde criança, quando, lá em casa, as minhas meninas tinham discussão e tinham uma briga, eu dizia: “Olha, quem fez isso?”. Eu diria o seguinte: eu talvez brigasse mais com quem dedurou do que com aquele que fez o fato — disse o executivo.
Ele só mudou de ideia depois que o pai, Emílio Odebrecht, entrou em cena para tentar tirar o filho da prisão e salvar a empresa da falência. Depois de idas e vindas, o acordo quase foi implodido por tentativas dos delatores de fazer uma delação parcial. Num certo momento, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou no circuito e lançou um ultimato: se Marcelo e outros executivos não decidissem contar logo tudo que sabiam, as negociações seriam suspensas em caráter definitivo. Diante do alerta, os executivos mudaram de posição, abriram a caixa-preta do setor de operações estruturadas, o departamento de propinas da Odebrecht, e passaram a falar abertamente sobre casos de corrupção e sobre a movimentação do dinheiro repassado a políticos de todos os grandes partidos.
ESCÂNDALO E DÍVIDAS
O envolvimento no maior escândalo de corrupção do país, iniciado com as investigações em torno da Petrobras, criou dificuldades para o caixa da empresa. Em comunicado divulgado nesta quinta, a Odebrecht informou que vai vender mais R$ 7 bilhões em ativos até meados de 2017 para reestruturar suas dívidas. Até agora já foram vendidos R$ 5 bilhões em ativos do grupo. Ao final do período, a empresa terá cumprido seu plano de reestruturação, que é o de se desfazer de R$ 12 bilhões em ativos para garantir liquidez financeira. O aporte financeiro na empresa alcança R$ 4 bilhões e a capitalização inclui ainda integralização de ativos de energia renovável (R$ 2 bilhões).
Ao se desfazer dos negócios, o grupo reduz sua dívida inicial de R$ 76 bilhões, pois as empresas vendidas levam junto suas próprias dívidas. A reestruturação inclui também negócios no exterior.
Em junho passado, a Odebrecht vendeu o controle acionário da concessão rodoviária Rutas de Lima, no Peru, para a Brookfield. A Odebrecht ficou com 25% das ações. Vendeu também a totalidade da Concessionaria Trasvase Olmos (CTO) e da H2Olmos, concessões vinculadas a projetos de irrigação no Peru.
O Grupo Odebrecht ainda busca compradores para uma usina hidrelétrica e um gasoduto no Peru, e negocia a venda de participação em um bloco de petróleo em Angola. Em junho passado, 58% da receita do grupo vieram de negócios fora do Brasil. Antes da Lava-Jato, esse percentual chegava a 90%.
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