Ministro da Justiça apresenta Plano Nacional de Segurança em reunião do CNPG

CONSELHO NACIONAL DE PROCURADORES-GERAIS

CONSELHO NACIONAL DE PROCURADORES-GERAIS

PRESIDENTE MICHEL TEMER
O presidente Michel Temer errou eticamente ao tratar um interesse pessoal do ex-ministro Geddel Vieira Lima como se fosse um conflito entre ministérios, mas não há crime.
Essa é a opinião de Gustavo Badaró, professor de direito penal da USP, sobre o caso que provocou o pedido de demissão do ministro da Cultura, Marcelo Calero, e a queda do chefe da Secretaria do Governo, Geddel Viera Lima.
Calero pediu demissão porque diz ter sofrido pressão de Padilha e Geddel para aprovar um prédio de 30 andares em Salvador (BA) que o Iphan, instituto do patrimônio histórico, havia vetado. Os edifícios do entorno, uma área histórica, têm o limite de dez andares.
Badaró diz não ter a mesma certeza sobre a inocência do ministro Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, acusado de fazer pressão para que Calero enviasse o caso para a AGU (Advocacia Geral da União), que teria uma solução para o caso. Para Badaró, há indícios de que Padilha pode ter cometido o crime de advocacia administrativa, que ocorre quando um funcionário público promove interesses privados no governo.
Folha SP

A liberação de R$ 100 milhões que Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte pretende fazer para o governo estadual está suspensa por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). É que a conselheira Daldice Maria de Almeida acatou liminar da Associação dos Magistrados do RN e decidiu que é ilegal a proposta do presidente do TJRN Cláudio Santos visando transferir recursos do Poder Judiciário potiguar para o Executivo.
Segundo a AMARN, o Judiciário do Rio Grande do Norte vem sofrendo com a falta de investimentos e, consequentemente, perde na qualidade da prestação jurisdicional à população. Além disso, a Associação dos Magistrados relatou a destinação, no início deste mês, de R$ 20 milhões ao Executivo na forma de empréstimo para a construção de presídio, sem sequer existir projeto para a obra.
Na decisão, a conselheira determinou que fica sustado, cautelarmente, qualquer ato de transferência, empréstimo ou doação de recursos do Poder Judiciário estadual ao Poder Executivo até o julgamento do mérito deste procedimento.
“A AMARN recebeu o resultado com tranquilidade, pois como juízes devemos defender a legalidade das ações dos gestores, principalmente dentro do Judiciário. A falta de investimentos na prestação do serviço judiciário não gera qualquer economia ao Poder Público, mas, ao contrário, penaliza a população, pois exaspera ainda mais os problemas sociais já enfrentados”, disse o presidente da AMARN juiz Cleofas Coelho de Araújo Júnior.
O presidente disse ainda que a AMARN sempre procurou agir em harmonia com os poderes. ”Não há radicalismo na medida, pois se pode observar aspectos formais para colaborar com o Executivo dentro da harmonia entre os poderes, mas não se pode admitir uma ilegalidade, reconhecida na decisão, no final de uma gestão que deixou de investir no próprio Judiciário, buscando o interesse pessoal”, conclui Cleofas Coelho.
G1 RN
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