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Categoria: novembro 24, 2016

Divórcios caem e guarda compartilhada de filhos cresce, indica pesquisa

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O número de divórcios no país em 2015 caiu 3,6 % em relação ao ano anterior. A pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2015 registrou 328.960 divórcios concedidos em primeira instância ou por escrituras extrajudiciais no ano passado.

Em 2014, o total de divórcios concedidos em primeira instância ou por escrituras extrajudiciais foi de 341.181. Os dados foram divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A unidade da Federação com maior taxa geral de separações foi Roraima, onde, a cada mil habitantes, houve 3,78 divórcios, enquanto a menor taxa foi observada no Rio Grande do Norte: a cada mil habitantes foi contabilizado um divórcio.

A pesquisa revelou ainda que, em média, na data do divórcio, o homem se divorcia mais velho que a mulher. O homem tem, em média, 43 anos enquanto a mulher tem 40 anos.

Segundo o pesquisador do IBGE Luiz Fernando Costa, não é possível afirmar que há uma tendência de queda no número de divórcios, nem apontar uma causa específica para esse decréscimo recente. “Há oscilações na série histórica”, disse.

Guarda compartilhada

O estudo mostrou ainda que, em todas as unidades da Federação, há predomínio de mulheres responsáveis pela guarda dos filhos menores após o divórcio – o número chega a 91,4% em Sergipe. Já no Amapá, do total de divórcios com filhos menores, 12,9% apresentaram guarda concedida ao homem, maior proporção entre todos os estados.

Dentre os divórcios, na Região Centro-Oeste 16,6% foram encerrados com a decisão de guarda dos filhos menores para ambos os cônjuges. No Sul, foram 15,6%. Entre todas as unidades da Federação, o Distrito Federal teve o maior percentual de guarda compartilhada entre os cônjuges: 24,7%.

A pesquisa destaca que a Lei do Divórcio (Lei 6.515/1977) prevê a guarda compartilhada de filhos menores de idade em caso de divórcio, mas, somente com a Lei nº 13.058/2014, a guarda compartilhada entre os pais passou a ser regra. “A pesquisa Estatísticas do Registro Civil, desde a promulgação da Lei do Divórcio, capta informações sobre a guarda de um ou ambos os cônjuges. De 2014 a 2015, houve aumento na proporção de guarda compartilhada entre os cônjuges, de 7,5% e 12,9%, respectivamente”, informa o levantamento.

“As novas configurações familiares trazem essa mudança na guarda compartilhada. Há uma maior consciência de que toda a responsabilidade não pode recair apenas sobre a mulher”, disse o pesquisador do IBGE.

O estudo Estatísticas do Registro Civil é resultado da coleta das informações prestadas pelos cartórios de registro civil de pessoas naturais, varas de família, foros ou varas cíveis e tabelionatos de notas.

Agência Brasil

Caboclinhos viram patrimônio cultural imaterial do Brasil

Os caboclinhos, expressão da cultura popular de tradição centenária sobretudo em Pernambuco, foram reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O registro foi aprovado hoje (24) pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do órgão, em reunião realizada em Brasília.

Cultura presente também no Rio Grande do Norte, na Paraíba, em Alagoas e Minas Gerais, os caboclinhos são classificados pelos brincantes como uma homenagem aos primeiros habitantes do território que veio a se chamar Brasil. Os grupos – alguns com mais de 100 anos e ainda ativos – se apresentam nas ruas – principalmente no carnaval – vestidos com penas e pedrarias, em uma releitura carnavalesca dos trajes indígenas tradicionais, e dançam com agilidade os diferentes toques que representam temas de rituais da população indígena.

“Tem o toque de guerra, que é a preparação para o combate; o de perré, para pedir a chuva; o de baião, que é mais festivo, usada para comemorar qualquer coisa que a tribo quisesse; e o toré, que tem um aspecto religioso”, ensina o presidente do Clube Carnavalesco Tribo Indígena Tupã, do Recife, e secretário da Associação Carnavalesca dos Caboclinhos e Índios de Pernambuco (Accipe), Amauri Rodrigues de Amorim.

Como o próprio nome indica, a reverência ao caboclo (tanto o brasileiro filho de índio e branco como a entidade presente na umbanda, por exemplo) está presente na brincadeira, assim como o culto à Jurema, árvore nativa do Norte e do Nordeste do Brasil considerada sagrada e base de um chá usado em rituais. A brincadeira também tem referência na colonização do território brasileiro.

Uma data marcante para os caboclinhos, quando geralmente ocorrem encontros estaduais do folguedo, é 30 de março. Em 1645, foi neste dia que ocorreu uma grande assembleia de povos indígenas na aldeia de Itapecerica, em Pernambuco, quando escolheram seus próprios representantes divididos em conselhos de vereadores e três regedores de territórios.

A estimativa da associação de Pernambuco é que existam cerca de 70 grupos de caboclinhos  no estado – 30 apenas no Recife. “O meu é dos mais novos, tem 39 anos”, brinca Amauri. Para fabricar as roupas e instrumentos, as agremiações recebem apoio financeiro do Poder Público – no caso do Grupo Tupã, da prefeitura – e complementam a renda com bingos e outras atividades para angariar recursos. “A gente espera que, além do reconhecimento da nossa cultura, o título traga mais oportunidade fora de Pernambuco, e que o valor pago pela prefeitura tenha uma aumento”, diz.

O governo do estado fez o pedido de registro como patrimônio imaterial do Brasil em agosto de 2013, mesma ocasião em que foram solicitados os registros do maracatu nação, maracatu de baque solto e o cavalo narinho, expressões culturais transformadas em patrimônio nacional em dezembro de 2014.

O secretário de cultura de Pernambuco, Marcelino Granja, afirma que o apoio do Poder Público também é necessário para perpetuar a arte. “A gente precisa ajudar as sedes desses blocos, precisa se preocupar com a formação de novos mestres dessa arte. E determinadas políticas públicas precisam ser observadas, como a existência de concursos no carnaval do Recife. Por um lado é bom porque ajuda na profissionalização, na concorrência virtuosa, mas por outro lado incentiva a padronização”. Ele cita também o ganho de autoestima e de visibilidade da cultura como benefícios do título.

Justiça Federal acata pedido de entidades e polícias devem garantir rodovias livres nesta sexta (25)

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MAGNUS DELGADO, TITULAR DA 1ª VARA DA JUSTIÇA FEDERAL, CONCEDE “TUTELA ANTECIPADA”, OFICIA PF, PRF E PM E DETERMINA MULTA DE R$ 500 MIL POR DESCUMPRIMENTO

O juiz titular da 1ª Vara da Justiça Federal do RN, Magnus Delgado, concedeu nesta quinta-feira, 24, “Tutela Antecipada” na ação impetrada pelas Federações do Comércio, das Indústrias e dos Transportes, em conjunto com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Natal (Seturn), que visa evitar maiores prejuízos à sociedade e à economia potiguar durante os protestos previstos para acontecer nesta sexta-feira, 25, em virtude da paralisação geral convocada por entidades sindicais.

O juiz determinou que sejam oficiados os comandantes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar, além do superintendente da Polícia Federal no Estado, para que seja permitida “a livre circulação” em “toda e qualquer rodovia federal ou estadual que corte este Estado”.

Na sua decisão, o juiz diz ainda que esta livre circulação deve ser garantida “seja no dia 25 de novembro, seja em qualquer outro dia em que estejam marcadas quaisquer manifestações, a favor ou contra o que quer que seja, notadamente as BRs 101, 304 e 406. Deverão ser preservadas as vias de ida e vinda de cada uma destas rodovias e, acaso haja segurança, liberadas apenas as vias marginais, até porque rodovia não é lugar de manifestantes.” A multa por descumprimento, também estipulada na decisão, é solidária e de R$ 500 mil para cada um dos réus, em caso de descumprimento da decisão.

“Prevaleceu o bom senso. A nosso ver, esta paralisação é completamente descabida no atual contexto que vivemos, onde o que se impõe é a necessidade de trabalharmos, de produzirmos. Independente dos motivos ou causas de eventuais manifestações, é fundamental que sejam garantidos os direitos individuais, entre eles o de ir e vir. Esperamos que esta decisão tenha, na prática, o efeito de evitar que a cidade se transforme em um caos – como aconteceu em situações anteriores”, afirma presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN, Marcelo Queiroz.

Novo acordo de paz é assinado entre o governo da Colômbia e as Farc

 JUAN SANTOS(E)  E O COMANDANTE DAS FARC RODRIGO TIMOCHENKO APERTAM AS MÃOS APÓS ASSINAR O NOVO ACORDO DE PAZ EM BOGOTÁAGÊNCIA LUSA/ETA/MAURICIO DUENAS CASTANEDA/DIREITOS RESERVADOS

JUAN SANTOS(E) E O COMANDANTE DAS FARC RODRIGO TIMOCHENKO APERTAM AS MÃOS APÓS ASSINAR O NOVO ACORDO DE PAZ EM BOGOTÁAGÊNCIA LUSA/ETA/MAURICIO DUENAS CASTANEDA/DIREITOS RESERVADOS

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño Echeverri, o “Timochenko”, assinaram nesta quinta-feira (24) no Teatro Colón, em Bogotá, um novo acordo de paz.  As informações são da Agência ANSA.

O tratado foi firmado pouco menos de dois meses depois de o pacto anterior ter sido rejeitado em um referendo popular. Assim como o anterior, o novo acordo enfrenta resistências de parte da sociedade, principalmente do grupo liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe.

Desta vez, o documento será submetido apenas ao Parlamento e não passará pelo crivo das urnas. Na última terça-feira (22), o presidente Santos já havia reconhecido que o tratado não agradará a todos. O novo pacto mantém aberta a porta da política para os membros das Farc e não enquadra o narcotráfico como crime de lesa humanidade. Além disso, assim como no acerto anterior, não prevê que ex-guerrilheiros cumpram pena em prisões comuns, como defende Uribe.

As negociações entre Bogotá e as Farc para encerrar o conflito mais longevo da América Latina já duram mais de quatro anos e renderam a Santos o Prêmio Nobel da Paz deste ano, mesmo após o primeiro acordo ter sido rejeitado pelo povo.

Pelo novo tratado, os membros da guerrilha terão cinco cadeiras garantidas no Senado e na Câmara dos Deputados nos próximos dois ciclos legislativos. Além disso, a prática do narcotráfico só não terá anistia caso o combatente a tenha usado para enriquecimento pessoal, item que não estava detalhado no pacto anterior.

O documento também tira a possibilidade de participação de magistrados estrangeiros no Juizado Especial da Paz e determina que bens e ativos em poder das Farc sejam usados para indenizar vítimas do conflito. Estima-se que mais de 260 mil pessoas tenham morrido em 52 anos de hostilidades na Colômbia.

Agência Brasil

Terremoto de magnitude 7,2 sacode El Salvador e países vizinhos

TERREMOTOS: O ABALO SÍSMICO TEVE ORIGEM PERTO DA COSTA DE USULUTÁN, A 100 QUILÔMETROS DA CAPITAL SALVADORENHA (USGS/REPRODUÇÃO)

TERREMOTOS: O ABALO SÍSMICO TEVE ORIGEM PERTO DA COSTA DE USULUTÁN, A 100 QUILÔMETROS DA CAPITAL SALVADORENHA (USGS/REPRODUÇÃO)

Um terremoto de magnitude 7,2 na escala Richter originado nesta quinta-feira em El Salvador sacudiu grande parte da América Central e provocou um alerta de tsunami, informou o Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do país (MARN).

Ainda não houve relatos sobre vítimas ou danos materiais graves devido ao tremor, que aconteceu às 12h43 (hora local; 16h43 de Brasília) em Usulután, foi sentido em todo El Salvador e obrigou diversas instituições a esvaziar edifícios como prevenção contra possíveis desabamentos.

Segundo o MARN, um tsunami com ondas de 30 centímetros a 1 metro de altura “pode gerar fortes e incomuns correntes oceânicas e inundações de menor consideração em praias, estuários e baías, áreas de portos e píeres”.

Além disso, o órgão advertiu para o risco de inundações e danos em residências, restaurantes e hotéis próximos à costa.

O governo recomendou que a população se afaste de zonas litorâneas e vá, “se possível, em direção a regiões altas ou a qualquer lugar seguro fora da área de risco”.

Além disso, pediu que tripulantes de pequenas e médias embarcações “evitem zarpar nas horas seguintes ao terremoto”.

Já a Nicarágua decretou estado de emergência em todo o país por estar sendo afetada pelo furacão Otto, de categoria 2, e sob alerta de um tsunami após o terremoto.

Exame

Nome do dono da Consult Pesquisa é utilizado para golpe em Natal

 PAULO DE TARSO REVELOU AO BLOG DO FM QUE, SOMENTE HOJE (24) , DUAS PESSOAS JÁ FORAM VÍTIMAS DO GOLPE

PAULO DE TARSO REVELOU AO BLOG DO FM QUE, SOMENTE HOJE (24) , DUAS PESSOAS JÁ FORAM VÍTIMAS DO GOLPE

O diretor geral do Instituto Consult, o estatístico Paulo de Tarso Teixeira Ferreira, denuncia que o seu nome está sendo usado para por malfeitores que estão aplicando golpes financeiros. De acordo com o empresário, o seu nome está sendo utilizado para, através do aplicativo WhatsApp e de ligações telefônicas, arrecadar dinheiro que seria supostamente destinado a ajudar uma pessoa que precisa de um transplante.

Paulo de Tarso revelou ao BLOG DO FM que, somente hoje (24) , duas pessoas já foram vítimas do golpe, uma delas, a sua própria contadora, que sofreu um prejuízo de R$ 3.000,00.

O empresário, que está fora da cidade, ainda não registrou queixa na polícia. Ele está fazendo o alerta via redes sociais e esclarecendo que não participa de qualquer campanha para arrecadar valores financeiros.

Vice-presidente da Fecomércio RN participa do lançamento do novo Construcard em Brasília

 LUIZ LACERDA PARTICIPOU DA CERIMÔNIA, QUE TEVE A PRESENÇA DO PRESIDENTE MICHEL TEMER, E TAMBÉM MARCOU ASSINATURA DE CONVÊNIO COM A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE LOJISTAS DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

LUIZ LACERDA PARTICIPOU DA CERIMÔNIA, QUE TEVE A PRESENÇA DO PRESIDENTE MICHEL TEMER, E TAMBÉM MARCOU ASSINATURA DE CONVÊNIO COM A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE LOJISTAS DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

O vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), Luiz Lacerda, esteve nesta quinta-feira (24), em Brasília, no lançamento do novo cartão Construcard, benefício para incentivar a indústria da construção civil. A cerimônia aconteceu em Brasília, teve a presença do presidente da República, Michel Temer, e também marcou a assinatura de um convênio com a Associação Nacional de Lojistas de Material de Construção (Anamaco), para disponibilizar produtos e serviços em condições especiais para as lojas de materiais de construção.

“O Construcard é um dos projetos do Governo Federal que devem impulsionar o segmento da construção civil nesse momento tão delicado que todo o país vive. Estes recursos, como também o convênio com a Anamaco, irão estimular o setor, gerando emprego, renda e melhorando a vida dos brasileiros”, afirmou Luiz Lacerda, que também é presidente da Rede de Materiais de Construção do RN (Redecon RN).

O projeto irá beneficiar dois milhões de brasileiros com a liberação de R$ 7 bilhões para o novo cartão Construcard. Os beneficiados podem adquirir aparelhos mais modernos de eficiência hídrica e energética, financiando, por meio do cartão, equipamentos para a reutilização de água, fossas ecológicas, aquecedores solares e aerogeradores, além de equipamentos de energia fotovoltaica e de segurança residencial.

Com o cartão, o cliente faz uma operação de crédito normal, porém com condições mais acessíveis, como o financiamento quitado em até 240 meses e o consumidor terá o benefício de pagar apenas os juros no período inicial do contrato, o que pode variar de seis meses a dois anos.

Na prática, esse benefício permite ao cliente desembolsar um valor menor no início do contrato, o que vai diminuir o comprometimento da renda das famílias nesse período inicial. O valor médio dos financiamentos é de R$ 14 mil, mas o limite depende da capacidade de pagamento do cliente. A Caixa informou que 400 mil clientes já estão com os limites pré-aprovados.

Como usar o Construcard

O cartão é aceito em uma ampla rede de lojas, composta por mais de 60 mil estabelecimentos em todo o Brasil. O benefício pode ser usado para a compra de qualquer material de construção: tijolos, cimento, pisos, revestimentos, armários embutidos, piscinas e outros.

O cliente, a partir de agora, passa a receber o Construcard no ato da contratação do financiamento, o que pode ser feito em qualquer agência da Caixa. O consumidor sai do banco com o cartão já liberado para compras.

Federações e seturn vão à justiça para tentar evitar prejuízos com paralisação prevista para amanhã

 PRESIDENTES DE ENTIDADES EMPRESARIAIS CONCLAMAM SOCIEDADE A ATENTAR PARA A NECESSIDADE DE GERAR EMPREGO E RENDA QUE O MOMENTO DA ECONOMIA IMPÕE AO PAÍS

PRESIDENTES DE ENTIDADES EMPRESARIAIS CONCLAMAM SOCIEDADE A ATENTAR PARA A NECESSIDADE DE GERAR EMPREGO E RENDA QUE O MOMENTO DA ECONOMIA IMPÕE AO PAÍS

As Federações do Comércio, das Indústrias e dos Transportes, em conjunto com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Natal (Seturn), deram entrada nesta quarta-feira, 23, em uma ação judicial que tem como alvo eventuais prejuízos que a paralisação geral convocada pelas entidades sindicais do país para esta sexta-feira, 25 de novembro possa trazer no Rio Grande do Norte. A  “Ação de Obrigação de Fazer, com Pedido de Tutela Antecipada” pede que o Estado, por meio das autoridades constituídas, seja instado a garantir que, “… embora haja a reunião dos protestantes, permita-se a passagem, ainda que reduzida, de pessoas e automóveis e a segurança da população e dos empregados das empresas permissionárias do serviço de transporte urbano”.  A medida tem o apoio, ainda, da Faern, Associação Comercial, FCDL e CDL Natal.

No entendimento dos empresários, há uma grande preocupação e perplexidade com a paralisação. Segundo deles, a atitude vai de encontro ao sentimento que vem permeando a sociedade brasileira e também se choca com a necessidade que o atual momento de dificuldades econômicas impõe ao Brasil. Além disso, no caso específico do comércio, o dia 25 de novembro é a Black Friday, data promocional importada dos EUA e que já consegue grande mobilização de consumidores no Brasil. Caso haja de fato a paralisação, os prejuízos para o setor serão amplificados.

“A hora, no nosso entendimento, é de arregaçar as mangas e de trabalhar. Precisamos produzir, gerar emprego e renda para nosso povo. Esta, sim, é a melhor maneira de caminharmos para superar as dificuldades. Parar o país, os estados e as cidades é ‘jogar contra’ o esforço que vem sendo feito pela maioria da sociedade brasileira no sentido de retomarmos o rumo do crescimento”, afirma o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do RN, Marcelo Queiroz.  Ele ressalta ainda que a medida judicial tem como objetivo garantir a ordem e o respeito aos preceitos constitucionais, no caso de serem efetivamente realizados a paralisação e os protestos.

Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiern), Amaro Sales, diz que é preciso respeitar limites. “É inadmissível que, diante de tanto desemprego, trabalhadores sejam impedidos de acessarem seus locais de trabalho. O direito de manifestação é indiscutivelmente  legítimo, desde que respeite limites e o direito dos outros. Sinceramente, lamento bastante a insensatez de um protesto que tenta parar o Brasil, obstruindo o trabalho e a produção, valores estratégicos para a verdadeira retomada do crescimento econômico e, consequentemente, para a melhoria de vida de todos os segmentos sociais”, afirma Sales.

O presidente da Federação dos Transportes do Nordeste (Fetronor), Eudo Laranjeiras, classificou o movimento de “absurdo”. “Num momento em que o país está precisando trabalhar. Numa hora em que estamos precisando de empregos – afinal, temos 12 milhões de desempregados no país – não é possível que pessoas pensem em atrapalhar todo o setor produtivo e o ir e vir da população, realizando um movimento absurdo, em um dia de semana, útil, prejudicando todos os que querem trabalhar e as empresas, que estão com o 13º salário para ser pago. Só posso acreditar que quem organiza este tipo de protesto está seguindo a teoria do ‘quanto pior, melhor’. É um absurdo!”, disparou Laranjeiras.

O presidente da Federação da Agricultura do RN (Faern), José Vieira, também conclama a união de todos: “Para que possamos sair da crise em que o Brasil se encontra, é preciso haver compromisso de toda a sociedade. Não será fechando ruas, paralisando avenidas ou estradas, que iremos alcançar estes objetivos. É preciso que todos – setor privado, setor público, estudantes, produtores rurais, trabalhadores, enfim, todos -, nos unamos em torno de um único objetivo, que é o de trabalhar, produzir e gerar emprego. Esta é a única receita eficiente para que possamos sair dessa crise”, pontua ele.

“Este tipo de protesto, ferindo os direitos da maioria da sociedade e apostando na suspensão da produção é algo absurdamente contraditório. Não consigo aceitar a postura de pessoas que, para defender o direito de alguns sacrificam a tantos outros e, para protestar contra um momento de dificuldades econômicas que o país vive, obriga o setor produtivo a paralisar suas atividades, impondo mais dificuldades para quem precisa produzir. Todo o contexto me parece um enorme contrassenso”, diz o presidente da Federação das Associações Comerciais do RN, Itamar Maciel.

“É totalmente inoportuna, para o momento atual da nossa economia, uma greve geral. Todo mundo tem o direito de protestar, claro. Mas, com a economia tão fragilizada como estamos, este tipo de paralisação irá afetar fortemente todo o país. O bom senso, a meu ver, determinaria que os protestos ocorressem de outra forma. Mas, se  os organizadores do movimento mantiverem a decisão pela paralisação, que pelo menos seja respeitada a legislação que prevê, entre outras coisas, 30% do funcionamento dos serviços essenciais, entre eles os de transportes, sem os quais os prejuízos para a atividade produtiva são ainda maiores, uma vez que as pessoas não conseguem se locomover e, portanto, ficam impedidas de consumir”, diz o presidente da CDL Natal, Augusto Vaz.

O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Norte (FCDL RN) Afrânio Miranda está indignado e classifica como irresponsável a Greve Geral. “É um absurdo! Como é que um país que está em crise vai parar completamente em um dia útil? Como é que a indústria vai deixar um dia de produzir, o comércio de vender e os Governos de arrecadar impostos? Não podemos nos dar esse luxo. Essa greve é absurda, irresponsável! Estamos vivendo aqui no Rio Grande do Norte especificamente uma forte crise financeira. O poder Municipal e Estadual não tem recursos, estão atrasando pagamentos, sem condições para pagar décimo terceiro, e ainda assim vamos parar? Não deixaremos só de trabalhar, mas de gerar recursos para o Município e Governo, recursos esses que poderiam ser utilizados para pagar a folha dos servidores públicos. Se paramos neste dia o comércio deixará de recolher mais de R$ 3 milhões de impostos”, enfatizou.

Miranda ressalta ainda que a data marcada para a greve geral é a Black Friday, atualmente uma data forte para comércio e que a greve vai prejudicar ainda mais o setor. “Os comerciantes brasileiros tem amargado nos últimos meses constates quedas em vendas. O desemprego só cresce, o número de empresas fechando as portas é cada vez maior, e agora mais essa greve geral na melhor data para vendermos. Não podemos aceitar esse absurdo!” afirmou.