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Categoria: novembro 16, 2016

O que pensa o polêmico grupo acusado de racismo e antissemitismo que terá representante no alto escalão do governo Trump

 SIMPATIZANTES DA CHAMADA ‘ALT-RIGHT’ VIBRARAM COM ANÚNCIO DE QUE DONALD TRUMP ANUNCIARIA STEVE BANNON ESTRATEGISTA-CHEFE E CONSELHEIRO SÊNIOR DE SEU GOVERNO (FOTO: DREW ANGERER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)

SIMPATIZANTES DA CHAMADA ‘ALT-RIGHT’ VIBRARAM COM ANÚNCIO DE QUE DONALD TRUMP ANUNCIARIA STEVE BANNON ESTRATEGISTA-CHEFE E CONSELHEIRO SÊNIOR DE SEU GOVERNO (FOTO: DREW ANGERER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)

A vitória de Donald Trump trouxe à luz um polêmico movimento nascido no submundo da internet – e que agora poderá ter um representante num cargo-chave da Casa Branca.

Simpatizantes da chamada “alt-right” (abreviação de “alternative right”, “direita alternativa”, em português) vibraram com o anúncio, no domingo, de que Trump nomearia o executivo Steve Bannon como estrategista-chefe e conselheiro sênior de seu governo.

Já críticos, de diferentes espectros ideológicos, inclusive da direita, dizem que a nomeação deixará o governo americano sob a influência de um movimento racista, antissemita e que acredita na superioridade dos brancos.

Bannon presidiu o Breitbart News, site de notícias que ele próprio definiu como a “plataforma da alt-right”. Deixou a função para ser o estrategista-chefe da campanha de Trump.

O site já comparou o trabalho de uma agência que provê assistência para o aborto ao Holocausto, chamou de “judeu renegado” um comentarista conservador e aconselhou mulheres que se queixam de assédio online a sair do computador e parar de “arruinar a internet para os homens”.

Para o Southern Poverty Law Center, ONG que monitora crimes de ódio nos EUA, Bannon é o principal responsável pela transformação do Breitbart News numa “máquina de propaganda etno-nacionalista branca”.

Antes tido como marginal, o site ganhou importância na eleição ao apoiar ferozmente Trump em seu embate com o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, após declarações inflamadas do candidato sobre mulheres, minorias e até veteranos de guerra.

“A extrema-direita racista, fascista estará representada a poucos passos do Salão Oval”, escreveu no Twitter John Weaver, assessor do governador de Ohio, John Kasich, que concorreu com Trump pela candidatura republicana.

O chefe de gabinete nomeado por Donald Trump, Reince Priebus, que disputará com Bannon o poder de influência sobre Trump, defendeu a escolha do presidente eleito e definiu Bannon como “uma força do bem”.

“Eu não vi nenhuma dessas coisas que as pessoas estão gritando sobre ele. É um bom time, funciona”, afirmou. Ele ainda sugeriu que as pessoas olhassem para ele, o conhecessem antes de emitir uma opinião.

Já o ex-líder da Klu Klux Klan (principal movimento supremacista branco nos EUA) David Duke elogiou a escolha de Bannon e disse que o assessor cuidará do aspecto mais importante do governo: a ideologia. Trump já foi criticado por não se distanciar claramente da KKK.

Identidade europeia X multiculturalismo
A ‘alt-right’ não tem uma definição única. Já foi chamada de extrema-direita da era digital e agrega grupos distintos com, em comum, uma intensa atuação nas redes sociais, muitas vezes provocadora. Não por acaso o Breitbart News, ‘plataforma da alt-right’ é o quarto site do mundo em total de comentários, segundo o próprio Bannon.

O termo foi cunhado em 2008 pelo jornalista Richard Spencer, considerado um dos principais ideólogos do movimento. Spencer preside o National Policy Institute, que se define como uma “organização dedicada à herança, identidade e ao futuro de pessoas de ascendência europeia nos EUA”.

Formado em filosofia política na Universidade de Chicago, Spencer já declarou que o ativista negro Martin Luther King Jr. (1929-1968) era uma “fraude” e um símbolo da “desconstrução da Civilização Ocidental”. Ele também afirmou que imigrantes latinos nos EUA estavam “se assimilando ao longo das gerações rumo à cultura e ao comportamento dos afro-americanos” e lamentou que o país estivesse se tornando diferente da “América Branca que veio antes”.

Um artigo no Breitbart News coassinado pelo britânico Milo Yannopoulos, editor do site e tido como um dos porta-vozes da alt-right, diz que o movimento agrega várias correntes de pensamento unidas mais pelo que querem destruir do que construir.

O principal alvo do movimento é o multiculturalismo, a crença de que povos com diferentes culturas podem conviver harmonicamente em um mesmo espaço. “A alt-right acredita que algum grau de separação entre os povos é necessário para que uma cultura seja preservada”, afirma o texto.

O movimento, que defende conter a imigração nos EUA para preservar a cultura branca e europeia, abraçou com entusiasmo a candidatura de Trump e sua proposta de construir um muro na fronteira com o México.

Em agosto, a candidata democrata Hillary Clinton citou a alt-right ao acusar Trump de promover o preconceito e a paranoia na campanha. Ela definiu a alt-right como uma “ideologia racista emergente”.

Membros do movimento agradeceram a publicidade. “A alt-right sempre se lembrará do dia em que você ajudou a nos tornar a verdadeira direita”, tuitou um simpatizante.

Racista ou racialista?
O professor de ciência política do City College of New York Thomas Main, que está escrevendo um livro sobre a alt-right, define o movimento como “racialista”.

“Racialismo é uma ideologia, a noção de que a minha identificação política está ligada à minha raça e de que eu buscarei avançar as bandeiras dela, mesmo que à custa de outras raças”, ele diz à BBC Brasil.

Main distingue a alt-right de grupos como a Klu Klux Klan e neonazistas. “Esses são grupos violentos, quase criminosos, formados por iletrados. A alt-right não é violenta, não prega a violência”.

O professor afirma que o movimento vem ganhando corpo desde o início deste século, período em que ocorreram os ataques de 11 de Setembro, sucessivas guerras no Oriente Médio, o colapso financeiro de 2008 e a eleição do primeiro negro como presidente dos Estados Unidos.

“Esses fatos chacoalharam muitas pessoas na direita, que pensaram que o velho sistema de pensamento conservador não estava funcionando mais, que era preciso buscar outras estratégias, outras retóricas. Isso deu fôlego à alt-right.”

Em sua pesquisa para escrever o livro, Main mediu o alcance dos principais sites ligados ao movimento. Ele afirma que, no último semestre, a audiência desses sites – Breitbart News à frente – cresceu 86% por mês e que eles tiveram em média 85 milhões de visitas mensais.

Em comparação, os principais sites da direita tradicional (como os das revistas National Review e Weekly Standard) tiveram 46 milhões visitas por mês e um crescimento mensal de 13,7% na audiência.

Apesar do crescimento, o professor diz que o movimento ainda é pouco conhecido nos EUA, embora possa ter tido um papel relevante na eleição.

Ele afirma que a alt-right “forneceu ideias e um vocabulário que foram usados por muitos dos apoiadores de Trump, e nesse sentido pode ter sido útil para a vitória dele”.

Durante a campanha, simpatizantes da ideologia identificada com a ‘alt-right’ inundaram as mídias sociais com memes favoráveis ao candidato. Essa atuação intensa nas mídias sociais já levou o movimento a ser classificado de extrema-direita da era digital.

Em agosto, após trazer Steve Bannon para a campanha, o candidato negou manter qualquer laço com a alt-right e disse que “ninguém sabe o que é isso”. De fato, a maioria dos americanos desconhece a denominação, mas a chance de já ter se deparado com as ideias expressas por simpatizantes é grande.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Newt Gingrich, cotado para assumir um cargo importante no próximo governo, rebateu as suposições de que a administração Trump será influenciada pela alt-right.

“Donald Trump é um conservador tradicional que quer golpear profundamente a esquerda”, ele afirmou na segunda, após as reações negativas à nomeação de Bannon.

Diversão e desafio das normas
No artigo no Breitbart News em que explica o movimento, Milo Yannopoulos diz que, desde os anos 1960, a mídia e o establishment político consideram aceitáveis discursos de movimentos de “mulheres, LGBT, negros e outos grupos demográficos não-brancos, não-héteros e não-masculinos, mesmo quando desembocam em puro ódio”.

Por outro lado, afirma que “qualquer discussão sobre a identidade branca, ou os interesses brancos, é vista como uma ofensa herética”.

Ele diz que muitos “jovens rebeldes” aderem à alt-right não por serem “instintivamente conservadores” nem por viverem um “despertar intelectual”.

Ironicamente, afirma Yannopoulos, esses jovens são seduzidos pela alt-right pelos mesmos motivos que os jovens dos 1960 eram atraídos pela nova esquerda: “porque ela promete diversão, transgressão e o desafio de normas sociais que eles simplesmente não entendem”.

G1 RN

Robinson confirma instalação de grupo português no RN; maior complexo hoteleiro do Estado começa a ser construído em dezembro

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O governador Robinson Faria recebeu na manhã desta quarta-feira (16) representantes do Vila Galé, um dos principais grupos hoteleiros portugueses e que integra o ranking das 207 maiores empresas hoteleiras a nível mundial. A empresa veio confirmar o início da construção do seu primeiro empreendimento no estado, no município de Touros. Anunciado em 2015, o Vila Galé será o maior complexo hoteleiro do Rio Grande do Norte. Na reunião, os investidores anunciaram o início das obras para o mês de dezembro e discutiram o andamento dos trâmites administrativos com o Idema (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente) e Corpo de Bombeiros. Robinson Faria destacou que o hotel movimentará ainda mais a economia e turismo do RN. “O Estado oferece segurança jurídica, atrativos naturais e estrutura para abrigar novos investimentos. Continuaremos colaborando e incentivando a instalação em empreendimentos que fomentem a cadeia turística e gerem mais emprego e renda para os potiguares”, explicou o governador.

O presidente do conselho administrativo do Vila Galé, Jorge Rebelo, afirmou que “quando estiver em operação, o resort vai gerar em média 450 empregos diretos e já durante as obras serão empregados cerca de 800 pessoas. Acreditamos que o resort estará pronto para iniciar a operação em setembro de 2018”. O investimento total do grupo no Estado é de cerca de R$ 100 milhões.

Também participaram da reunião a secretária chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha; o secretário de Turismo, Ruy Gaspar; o diretor geral do Idema, Rondinelle Oliveira; o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Otto Ricardo de Souza; o presidente da Caern, Marcelo Toscano e representantes do grupo Vila Galé e Touros Desenvolvimento Urbano.

Resort Vila Galé Touros

Esta será a 8ª unidade hoteleira no Brasil e a 6ª do Nordeste. O complexo será construído em uma área de 100 mil metros quadrados no município de Touros, a 90 quilômetros de Natal. Serão mais de 500 quartos, três restaurantes, SPA, centro de convenções, centro náutico, campo de futebol e de tênis, além de três piscinas.

 

Atrasos de pagamentos a terceirizados da Prefeitura do Natal já ocorrem há quase 1 ano

SEGUNDO INFORMAÇÕES APURADAS PELO AGORA RN, FUNCIONÁRIOS RECEBERAM VENCIMENTOS DE SETEMBRO NO INÍCIO DESTE MÊS; VALE-TRANSPORTE NÃO É PAGO INTEGRALMENTE DESDE AGOSTO

SEGUNDO INFORMAÇÕES APURADAS PELO AGORA RN, FUNCIONÁRIOS RECEBERAM VENCIMENTOS DE SETEMBRO NO INÍCIO DESTE MÊS; VALE-TRANSPORTE NÃO É PAGO INTEGRALMENTE DESDE AGOSTO

Os funcionários terceirizados da Prefeitura do Natal não têm previsão para receberem os salários referentes ao mês de outubro. Segundo informações apuradas pelo Portal Agora RN, a PMN ainda não estipulou data para o referido pagamento e os vencimentos de setembro só foram repassados no dia 03 deste mês.

A reportagem apurou ainda que os valores referentes ao vale-transporte, que devem ser pagos mensalmente aos terceirizados, não estão sendo repassados integralmente. Do valor referente a agosto, apenas metade foi pago (R$ 124,00) no início deste mês. Já os que são referentes a setembro e outubro não tiveram qualquer repasse.

Os atrasos aos pagamentos de funcionários que trabalham na Prefeitura através da terceirização já ocorrem há quase um ano. Pela legislação, deveriam ser pagos até o quinto dia útil do mês seguinte. Em boa parte deste período, vinham sendo pagos entre 20 e 25 de cada mês. Desde setembro chegaram no estágio de atraso atual.

Portal Agora RN

Prefeitura de Natal registra aumento nos repasses de FPM e ICMS

LEVANTAMENTO DA ASSOCIAÇÃO DE AUDITORES DO MUNICÍPIO QUESTIONA NÚMEROS DIVULGADOS PELA PREFEITURA

LEVANTAMENTO DA ASSOCIAÇÃO DE AUDITORES DO MUNICÍPIO QUESTIONA NÚMEROS DIVULGADOS PELA PREFEITURA

Um levantamento feito pela Associação dos Auditores do Município de Natal (ASAN), revelou que os repasses de ICMS e FPM ao município de Natal aumentaram de janeiro a agosto de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado do estudo levanta questionamentos sobre os reais motivos da crise enfrentada pelo município de Natal.

O estudo foi feito com base nos dados disponíveis no portal da transparência da Prefeitura de Natal que retratam as receitas e despesas da administração municipal.

Em coletiva à imprensa em 25 de outubro, o prefeito afirmou: “As nossas receitas, ISS e ITIV, por exemplo, cresceram. Mas as receitas da crise sofreram um golpe drástico. Para se ter uma ideia, de janeiro a setembro o município perdeu cera de R$ 95 milhões de receita, sobretudo de ICMS e FPM”. A frustração, que é a comparação da receita prevista com a efetivamente recebida, tem sido citada pelo prefeito Carlos Eduardo para justificar o atraso no pagamento de fornecedores e salários de servidores, mas isso não condiz com o resultado do estudo feito pelos auditores do município.

O levantamento realizado pela ASAN identificou que a frustração em relação as transferências de ICMS e FPM, até agosto de 2016, foi de apenas R$ 13 milhões. De acordo com a associação, a frustração é um conceito relativo porque, além de depender da qualidade da estimativa, há atualmente inúmeras ferramentas que permitem que o gestor público possa se prevenir e corrigir os seus efeitos, algumas delas descritas na própria lei orçamentária do município.

A análise comprovou que não houve queda das receitas provenientes dos repasses do ICMS e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) ao município de Natal. Até agosto de 2016, conforme último demonstrativo publicado, ingressou nos cofres deste Município um montante de aproximadamente R$ 162 milhões referente a repasses de ICMS. Se comparado ao mesmo período do ano passado o aumento ficou na ordem de 6,88%, que representa um valor de aproximadamente R$ 11 milhões.

Já em relação ao FPM, o aumento foi de 3,54% de janeiro a agosto de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2015, neste período, foram repassados cerca de R$ 137 milhões. Em 2016, o valor repassado foi de aproximadamente R$ 142 milhões.

O levantamento da ASAN revela que a informação dada pelo prefeito contradiz os dados disponíveis no portal da transparência. “Este estudo tem como objetivo promover uma ampla discussão sobre a transparência das contas públicas do município de Natal: as causas e soluções para a crise enfrentada. É interesse de toda a sociedade que os dados sobre receitas e despesas do município sejam tratados de forma responsável e transparente pela prefeitura”, disse um dos auditores fiscais responsáveis pelo estudo, Marcelo Oliveira.

No Dia do Policial Federal Federação Nacional divulga Nota de Repúdio contra ato de diretor-geral da PF

Leia a nota:

A Diretoria da Federação Nacional dos Policiais Federais e o seu Conselho de Representantes vem a público repudiar o ato do Diretor-Geral da Polícia Federal ao expedir a Instrução Normativa nº 108-DG/DPF, de 08 de novembro de 2016, de forma inconstitucional, corporativa, autoritária e desleal para com o conjunto dos cargos que fazem parte da instituição.

Inconstitucional, porque:

  • Trata de matéria que deve ser objeto de lei em sentido estrito, como as inovações que dispõem sobre atribuições de cargos policiais. Os cargos policiais não têm atribuições em lei e não podem ser normatizados por simples regramento interno organizacional do órgão.
  • A conduta do Diretor-Geral repete postura anterior – igualmente inconstitucional – quando expediu a Instrução Normativa nº 106-DG/PF/2016, pela qual adentrou em competência estranha à sua função e impôs restrição de direitos a policiais federais aposentados e policiais de outras forças, além de juízes, procuradores e promotores, impedindo-os de portar armas em aeronaves. Obviamente o normativo teve seus efeitos imediatamente suspensos em decisão do Poder Judiciário, quando o magistrado constatou a invasão de competência e a extrapolação do poder administrativo do gestor.

Corporativa, pois:

  • O texto da Instrução Normativa nº 108/DG/PF foi objeto de um grupo de trabalho criado pelo Diretor-Geral do qual participaram somente os cargos de delegado e perito, alijando os demais cargos que integram a “carreira policial federal”. Essa carreira (singular) está bem definida na Constituição Federal e nas leis que dispõem sobre os cargos policiais no âmbito do órgão, e são cinco, devendo-se sempre somar os cargos de agente, escrivão e papiloscopista aos de delegado e perito. Tal postura demonstra que a Direção-Geral da Polícia Federal é parcial e não administra para todos os cargos.
  • A Direção-Geral impediu a participação de profissionais não ocupantes dos cargos de delegado ou perito nas discussões sobre uma nova formatação das rotinas para as investigações no âmbito da Polícia Federal. As sugestões enviadas ao Diretor-Geral pelas entidades representativas sindicais sequer receberam resposta e nenhuma foi acatada. Dentre as sugestões está a inserção do Relatório de Investigação Policial, a ser elaborado pelos policiais federais, contendo os resultados das investigações de campo, entrevistas e diligências policiais, medida que busca a padronização e a eficiência da investigação em âmbito nacional.

2 · A IN 108/2016-DG/PF demonstra claramente a discriminação dos cargos de agente, escrivão e papiloscopista quando a esses se refere como “servidores auxiliares”, como se a Carreira Policial Federal não estivesse disciplinada constitucionalmente no art. 144, §1º, da Carta Magna, como ente singular. Ademais, os ditos “serviços auxiliares” são inerentes à organização dos serviços administrativos dos Tribunais e Ministério Público, conforme definidos na Constituição Federal, (art.96, I, b e art.127, §2º) e não se aplicam aos órgãos policiais, especialmente para os cargos de agente, escrivão e papiloscopista de Polícia Federal que exercem a atividade-fim de policiamento do Estado definida diretamente pelo texto constitucional.

  • O mesmo Diretor-Geral submeteu o texto da IN 108-DG/PF à revisão pela associação dos delegados federais (ADPF), conforme consta na parte superior de uma das versões:
  • Não podemos esquecer que ainda no início da sua gestão Leandro Daiello incrementou os requisitos para investidura no seu cargo, modificando o concurso de delegado de provas para provas e títulos, mais prova oral. Quanto aos demais, através da Fenapef, tiveram que implementar árdua luta para ter reconhecida condição de cargo de nível superior, sacrificando inúmeras famílias ao protelar a aceitação do percentual de 15,8%. Desleal, pois:
  • O Diretor-Geral Leandro Daiello em várias reuniões realizadas com a Diretoria da Fenapef quando foram levadas as preocupações dos policiais federais acerca do tema, afirmou que as discussões sobre a normatização dos serviços da polícia dita judiciária viriam de um consenso construído entre todas as entidades representativas de cargos da Polícia Federal.

3 Autoritária, porque:

  • Alterou diversas atividades do órgão realizadas por todos os cargos, inclusive servidores do Plano Especial de Cargos, atropelando propostas que vinham sendo objeto de estudo em grupo de trabalho formado em 2013, e resultando em medidas que estabelecem prerrogativas aos cargos de delegados e peritos e subjugam os demais cargos da Carreira Policial Federal, estabelecendo uma nova relação, agora assombrosamente hierarquizada, mas entre cargos e não a partir das funções de comando e chefias no órgão. Após a entrada em vigor da referida norma infralegal, policiais federais passarão a ter diminuídas, dificultadas e anuladas várias de suas atribuições, contribuindo ainda mais para o incremento da burocracia das investigações e, consequentemente, da impunidade no Brasil. É cediço que as atribuições de um cargo público devem ser delineadas por lei em sentido estrito (art.5º, II), que é o instrumento normativo adequado no Estado Democrático de Direito e cuja iniciativa para dispor sobre a organização e funcionamento da Administração Federal compete ao presidente da República (art.84, VI.a).

A limitação constitucional visa justamente evitar a advocacia de interesses corporativos de determinado cargo em relação a outros (o que aconteceu no caso da IN 108-DG/PF), em detrimento do interesse público. Acrescente-se que o atual Diretor-Geral da Polícia Federal tem demonstrado inexistirem razões para que os servidores da Polícia Federal creiam em suas palavras, já que, por reiteradas vezes suas falas e compromissos não são confirmados por meio de suas ações, o que têm trazido angustia e desânimo à maioria dos seus componentes. Foi assim na questão do bônus de R$ 3.000,00 (três mil reais) que ele teria conseguido para todos os policiais federais, foi assim quando afirmou estar cumprindo a Portaria Interministerial 002/2010 – SEDH/MJ (atendimento biopsicossocial).

E todo esse cenário de descrédito interno ocorre justamente na Polícia Federal, um órgão que amarga o triste recorde de número de suicídios, somando 27 (vinte de sete) casos durante os quase seis anos da atual gestão. Diante desses fundamentos e pela sua ingerência política e corporativa que privilegia o cargo de delegado federal que ocupa, a Fenapef manifesta a ilegitimidade do Diretor-Geral da Polícia Federal Leandro Daiello, na representação de todos os policiais federais do país, uma vez que discrimina e prejudica claramente os cargos de agente, escrivão e papiloscopista da Polícia Federal, que compõem 90% do efetivo policial do órgão. Temos muito a comemorar no Dia do Policial Federal, 16.nov.2016, mas preferimos fazer a nossa maneira, com os brasileiros, com os nossos familiares e amigos, e com os verdadeiros colegas de profissão, que desde o início da carreira aprendem o sentido do espírito de corpo, do cuidado mútuo e de lealdade.

O Dia do Policial Federal é um dia de reflexão, de luta e indignação.

Brasília, 16 de novembro de 2016.

Diretoria Executiva da Fenapef

Conselho de Representantes da Fenapef, constituído pelos 27

Presidentes dos Sindicatos Estaduais dos Policiais Federais

 

Brasil lidera ranking de juros do cartão na América Latina

A TAXA COBRADA NO ROTATIVO DO CARTÃO DE CRÉDITO É 10 VEZES MAIOR NO BRASIL QUE NO SEGUNDO COLOCADO, QUE É O PERU.

A TAXA COBRADA NO ROTATIVO DO CARTÃO DE CRÉDITO É 10 VEZES MAIOR NO BRASIL QUE NO SEGUNDO COLOCADO, QUE É O PERU.

No ranking das maiores taxas de juros da América Latina, o Brasil ganha disparado. Um levantamento feito pela Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – com seis vizinhos latinos mostra que a taxa cobrada no rotativo do cartão de crédito é 10 vezes maior no Brasil que no segundo colocado, que é o Peru. Lá, os juros médios cobrados do consumidor que entra no rotativo do cartão são de 43,7% ao ano, contra 436% no Brasil.

Na Argentina, onde a inflação está na casa de 40% ao ano, os juros cobrados no rotativo do cartão de crédito são de, no máximo, 43,29% ao ano, segundo os dados da Proteste. Já na Venezuela, que vive uma intensa crise econômica, há limites máximos estabelecidos: o juro no cartão não pode ultrapassar 29% ao ano. “Aqui no Brasil é praticamente impossível pagar o rotativo do cartão. Mesmo sendo um crédito pré-aprovado, não deveria haver taxas tão abusivas”, afirma a economista da Proteste, Renata Pedro, responsável pelo levantamento.

Discrepância

Ela conta que, no levantamento, encontrou taxas que chegaram a 1 158% ao ano. Nesse caso, calcula a economista, um consumidor que tiver uma fatura de R$ 1 mil e resolver pagar apenas o valor mínimo de 15%, no fim de 12 meses terá uma dívida de R$ 10 mil. “Não dá para entender como podem cobrar uma taxa tão discrepante (já que a Selic, que é a taxa básica de juros, está em 14% ao ano).”

O levantamento da Proteste avaliou 181 cartões de 17 bancos ou operadoras. Vários questionários foram enviados às instituições financeiras, mas apenas quatro responderam. “Começamos a ligar e pesquisar na internet. Em alguns casos, chegamos a contratar os cartões para saber quanto cada banco cobrava efetivamente”, afirma Renata. Nos demais países, como há uma regulamentação sobre a cobrança, as taxas dos cartões estão disponíveis em sites.

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) afirma que, no Brasil, a maioria das transações com cartão de crédito não tem juros, pois os brasileiros financiam suas compras por meio do parcelado sem juros. Além disso, 85% pagam a sua fatura em dia e apenas um entre dez usa o crédito rotativo. E, quando entra nessa situação, fica em média 12 dias.

Agência Estado

Advogado entrará com habeas corpus para tentar liberar Garotinho da prisão

O EX-GOVERNADOR DO RIO FOI PRESO PELA POLÍCIA FEDERAL DE CAMPOS DE GOYTACAZES (RJ) NA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA, 16.(FOTO: ANDRÉ COELHO / O GLOBO)

O EX-GOVERNADOR DO RIO FOI PRESO PELA POLÍCIA FEDERAL DE CAMPOS DE GOYTACAZES (RJ) NA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA, 16.(FOTO: ANDRÉ COELHO / O GLOBO)

 

O advogado Fernando Fernandes entrará com habeas corpus para tentar liberar o ex-governador Anthony Garotinho da prisão, considerada arbitrária, segundo o defensor.O ex-governador do Rio foi preso pela Polícia Federal de Campos de Goytacazes (RJ) na manhã desta quarta-feira, 16, em seu apartamento no Flamengo, na zona sul da capital fluminense.
Garotinho é acusado de crime eleitoral, investigado na Operação Chequinho da PF de Campos, no norte fluminense. A operação investiga o uso eleitoral do programa Cheque Cidadão. Oficialmente, a Polícia Federal ainda não confirmou a prisão. Já o advogado do ex-governador informou que vai liberar comunicado oficial sobre o habeas corpus na tarde desta quarta-feira.
Agência Estado

Audiência na Assembleia debate papel da UERN para o desenvolvimento do Estado

A AUDIÊNCIA PÚBLICA É UMA PROPOSIÇÃO DO DEPUTADO FERNANDO MINEIRO (PT). (FOTO: JOÃO GILBERTO)

A AUDIÊNCIA PÚBLICA É UMA PROPOSIÇÃO DO DEPUTADO FERNANDO MINEIRO (PT). (FOTO: JOÃO GILBERTO)

O “Papel da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) para o Desenvolvimento Econômico, Social e Cultural do RN” será tema de debate nesta quinta-feira (17), na Assembleia Legislativa. A audiência pública é uma proposição do deputado Fernando Mineiro (PT) e acontece a partir das 15h, no auditório da Casa.

“A instituição é fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado e um importante instrumento de inclusão e acesso de milhares de jovens ao ensino superior. O objetivo da audiência é mostrar dados e outras informações sobre o papel da UERN para o RN e desfazer equívocos e má fé”, justifica o parlamentar.

A defesa da UERN é um tema presente na atuação parlamentar de Mineiro, seja em pronunciamentos na sessão plenária, audiências ou intermediando reuniões. O deputado acompanha de perto as demandas da universidade e servidores. A instituição é, também, uma das prioridades na sua cota de emendas individuais. Em nota divulgada no início do mês, o parlamentar se posicionou contra a privatização da UERN e defendeu o seu fortalecimento como instituição pública.

Além dos deputados estaduais, também foram convidados para o debate o reitor da UERN, Pedro Fernandes Ribeiro Neto; o presidente da Associação dos Docentes da UERN (Aduern), Lemuel Rodrigues da Silva; o presidente do Sindicato dos Técnicos Administrativos da UERN – (Sitauern), Francisco Elineudo de Freitas Melo; o presidente do Diretório Central dos Estudantes Anatália de Alves Melo (DCE da UERN), Tasso da Costa Alves; representante dos Campis Avançados da UERN; e representante do Executivo.