SELO BLOG FM (4)

Categoria: novembro 4, 2016

Bandidos invadem Afonso Bezerra, explodem Correios e metralham unidade da polícia

ANTES DA FUGA O BANDO METRALHOU A DELEGACIA DA CIDADE E UMA VIATURA DA PM.

ANTES DA FUGA O BANDO METRALHOU A DELEGACIA DA CIDADE E UMA VIATURA DA PM.

Duas cidades do Rio Grande do Norte foram alvo mais uma vez de quadrilhas especializadas em explodir agências bancárias e Correios para saquear valores em dinheiro. Na madrugada desta sexta-feira (04), os municípios de Afonso Bezerra, distante 150 km de Natal e Macaíba, localizada na região metropolitana acabaram sendo escolhidos pelos criminosos.

Por volta das 3h cerca de dez homens fortemente armados invadiram Afonso Bezerra e explodiram o prédio dos Correios levando o cofre do local. Em seguida, com a ajuda de alguns moradores rendidos os suspeitos saquearam produtos de um mercado depois de arrombá-lo. Antes da fuga o bando metralhou a delegacia da cidade e uma viatura da PM.

As informações prestadas pela Polícia Militar ainda dão conta que quase que simultaneamente outros criminosos arrombaram dois caixas eletrônicos do banco do Brasil. Os suspeitos um maçarico para violar o terminal. Mas duas ações, apesar de diligências realizadas, ninguém foi preso.

Portal BO

No RN, uma mulher é estuprada a cada 36 horas

OS AUTORES DA PESQUISA ESTIMAM QUE OS CASOS POSSAM SER ATÉ DEZ VEZES MAIS FREQUENTES, O QUE ELEVARIA A TAXA DE ESTUPROS PARA MAIS DE 450 MIL AGRESSÕES.

OS AUTORES DA PESQUISA ESTIMAM QUE OS CASOS POSSAM SER ATÉ DEZ VEZES MAIS FREQUENTES, O QUE ELEVARIA A TAXA DE ESTUPROS PARA MAIS DE 450 MIL AGRESSÕES.

 

O Rio Grande do Norte registrou 320 casos de estupro em 2015, ou um caso a cada 36 horas. O Estado é o oitavo do Nordeste em ocorrência de violência sexual, só ficando atrás da Paraíba, que registrou 290 estupros em 2015. O levantamento foi feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que usou metodologia aplicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo o estudo, o Brasil registrou 45.460 casos de estupro em todo o ano passado. Considerando somente os boletins de ocorrência registrados, em 2015 ocorreu um estupro a cada 11 minutos e 33 segundos no Brasil, ou seja, cinco pessoas por hora.
O número é preocupante e pode ser ainda maior. Os autores da pesquisa estimam que os casos possam ser até dez vezes mais frequentes, o que elevaria a taxa de estupros para mais de 450 mil agressões.
“O crime de estupro é aquele com a maior taxa de subnotificação, então é difícil avaliar se houve uma redução da incidência”, avalia a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. “Pesquisas de vitimização indicam que os principais motivos para não reportar o crime às polícias são o medo de sofrer represálias e a crença que a polícia não poderia fazer nada”, justifica.
São Paulo foi o estado com maior índice de violência sexual, com 9.265 casos registrados. Já Roraima foi o estado com o menor número de estupros notificados, 180.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que não é possível afirmar que realmente houve uma redução do número de estupros no Brasil, já que a subnotificação deste tipo de crime é extremamente elevada.
A questão da subnotificação se baseia em estudos semelhantes sobre o assunto, como o “National Crime Victimization Survey (NCVS)”, do Ministério da Justiça dos Estados Unidos, que apontam que apenas 35% das vítimas desse tipo de crime costumam prestar queixas. Além disso, o estudo “Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde”, do Ipea, aponta que, no Brasil, apenas 10% dos casos de estupro chegam ao conhecimento da polícia.
Ainda de acordo com o estudo, o Rio Grande do Norte apresentou uma redução de 0,93% nos casos de violência sexual entre os anos de 2014 e 2015. Se no ano passado foram contabilizados 320 casos, já em 2014 o número foi de 323 ocorrências. A taxa é de 9,5 casos de estupro por grupo de 100 mil habitantes. A média nacional é de 24,5 casos a cada 100 mil habitantes.
O levantamento também traz números sobre Natal. A capital do Estado contabilizou 162 estupros em 2015. O número representa 50% dos casos de violência registrados em todo o Rio Grande do Norte.
Mau atendimento e impunidade reduzem as denúncias de violência sexual, diz ONG
O Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) alerta para a subnotificação dos crimes e destaca o fato de que muitas mulheres não denunciam o estupro. “Tem sido cada vez mais difícil sustentar as denúncias de estupro no Brasil por conta de uma onda de retrocesso bastante conservadora”, disse a assessora técnica do centro, Jolúzia Batista.
Ela cita a revitimização de mulheres durante o processo jurídico, a péssima qualidade do atendimento das vítimas, o constrangimento a que são submetidas e a impunidade de agressores como agravantes do quadro no país.
“Não acreditamos que os números tenham caído”, destacou Jolúzia. “É preciso falar sobre a qualidade do atendimento e sobre a questão da punição, de perseguir mesmo o caso e prender o estuprador. Isso tudo além de enfrentar a cultura do estupro, que seria promover uma educação igualitária para homens e mulheres, enfrentar o machismo e a educação sexista que dá poder ao homem de achar que pode dispor do corpo da mulher a qualquer hora e lugar”, acrescentou.
Outro fator que pode mascarar os números, segundo o Cfemea, é a alta ocorrência desse tipo de crime dentro das próprias residências das vítimas – sobretudo meninas menores de idade e normalmente abusadas por pais, padrastos, irmãos, tios ou primos. “São casos muito mais delicados e que não são denunciados”, explicou.
“O que devemos nos perguntar é: como enfrentar a cultura do estupro e o feminicídio numa sociedade em que o movimento conservador breca o debate da educação não sexista nas escolas? Se não for pela educação, com um debate transparente e de forma assertiva, como fazer isso? Até porque, ao mesmo tempo, temos instalada na sociedade a cultura do estupro. Como enfrentar tudo isso se não for pela educação de gênero?”, ponderou a ativista.
É preciso falar sobre a qualidade do atendimento e sobre a questão da punição, de perseguir mesmo o caso e prender o estuprador”
Novo Jornal

Cientistas brasileiros descobrem dois planetas: um super-Netuno e uma super-Terra

PLANETAS ORBITAM AO REDOR DE ESTRELA GÊMEA DO SOL QUE FICA A 300 ANOS-LUZ DA TERRA. PESQUISA FOI LIDERADA POR ASTRÔNOMOS DA USP.

PLANETAS ORBITAM AO REDOR DE ESTRELA GÊMEA DO SOL QUE FICA A 300 ANOS-LUZ DA TERRA. PESQUISA FOI LIDERADA POR ASTRÔNOMOS DA USP.

Cientistas descobriram dois novos planetas ao redor de uma estrela muito similar ao Sol. O super-Netuno e a super-Terra, que orbitam a estrela HIP 68468, estão entre os primeiros planetas descobertos por equipes lideradas por astrônomos brasileiros, depois da descoberta de um planeta semelhante a Júpiter anunciada em 2015.

Segundo o astrônomo Jorge Melendez, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) e líder da pesquisa, um dos principais objetivos do estudo era comparar o nosso Sistema Solar com outros sistemas planetários. A descoberta foi publicada pela revista especializada “Astronomy & Astrophysics”.

O que se encontrou ao redor da estrela HIP 68468 foi um sistema planetário bem diferente daquele que nos abriga. Isso porque, apesar de a massa dos planetas recém-descobertos ser comparável às da Terra e de Netuno, eles orbitam a uma distância muito próxima de sua estrela, o que sugere que os planetas tenham migrado de uma região mais externa para a região mais interna desse sistema planetário.

O super-Netuno, chamado de HIP 68468c, tem uma massa 50% maior que a do planeta Netuno. Mas enquanto o nosso Netuno fica bem distante do Sol (30 vezes a distância Terra-Sol), a órbita do novo planeta equivale a apenas 70% da distância Terra-Sol.

Já a super-Terra, chamada de HIP 68468b, tem uma massa equivalente a três vezes a terrestre e sua órbita equivale a apenas 3% da distância Terra-Sol, ou seja, fica quase grudada em sua estrela.

A estrela HIP 68468, que tem 6 bilhões de anos, fica a uma distância de 300 anos-luz de distância da Terra.

Planetas podem ser engolidos
Além de constatar que esses planetas podem ter migrado de regiões externas para regiões internas do sistema, as observações também dão sinais de que a estrela HIP 68468 pode ter engolido um planeta. Um dos indícios de que isso tenha ocorrido é a presença de um excesso de lítio, elemento mais abundante nos planetas e pouco comum nessa quantidade em estrelas

E planetas recém-descobertos não estão imunes ao “apetite” de sua estrela. “Especialmente o planeta que está mais próximo [a super-Terra] pode ser facilmente engolido”, diz Melendez. “Mesmo que sua órbita seja estável, o planeta está tão próximo de sua estrela que de qualquer jeito vai ser destruído. As estrelas, quando evoluem, vão aumentando de tamanho. Basta que essa estrela aumente um pouco seu tamanho para destruí-lo.”

Comparação com Sistema Solar
Segundo Melendez, observar esse sistema planetário em que existe uma migração dos planetas da área mais externa para a mais interna ajuda a entender a dinâmica do nosso Sistema Solar.

“Se os planetas migrassem no Sistema Solar, nosso planeta ficaria desestabilizado, com órbita caótica e risco de colidir com outro planeta, ser ejetado do Sistema Solar ou em direção ao Sol”, diz o astrônomo.

Uma das propostas dos cientistas para explicar por que isso não acontece é a de que Júpiter atuaria como uma barreira que não permitiria que os planetas gigantes do Sistema Solar migrassem para as regiões mais internas. No sistema planetário descoberto, não existe um planeta equivalente a Júpiter.

“Isso reforça o papel importante que Júpiter desempenha para manter a arquitetura planetária do Sistema Solar, com planetas rochosos na parte interna e gigantes na externa”, conclui Melendez.

Observatório Europeu do Sul
A descoberta dos dois novos planetas ocorreu graças a observações feitas em um sofisticado instrumento acoplado no telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO), que fica no deserto do Atacama, no Chile.

Melendez explica que não é possível fazer uma observação direta dos planetas. Em vez disso, o espectrógrafo é capaz de detectar movimentos muito sutis que as estrelas fazem quando um planeta gira ao seu redor devido à gravidade. Assim como a estrela puxa os planetas em sua direção, os planetas também têm efeito semelhante sobre sua estrela, levando o astro a fazer pequenos movimentos. É a partir desses movimentos que a existência de novos planetas é inferida.

Essas observações foram feitas durante 43 noites entre 2012 e 2016.

“O projeto a médio e longo prazo é procurar um planeta gêmeo da Terra. Isso vai ser possível muito em breve porque tem um instrumento no ESO que vai ter tecnologia suficiente para poder detectar esse tipo de planeta. Atualmente nosso limite são planetas com massa de 2 ou 3 vezes a da Terra”, diz o astrônomo.

Melendez lembra que a adesão do Brasil ao ESO, que é o maior consórcio de pesquisas astronômicas do mundo, está pendende desde 2010, quando o acordo de adesão foi assinado pelo então ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.

Ao aderir ao ESO, o Brasil abriria para os cientistas brasileiros a oportunidade de usarem telescópios e instrumentos de observação de ponta instalados no norte do Chile.O consórcio é responsável pelo projeto do megatelescópio E-ELT (Sigla para “European Extremely Large Telescope”, ou “Telescópio Europeu Extremamente Grande”), que deve ser o maior telescópio do mundo, com um espelho de 39 metros de diâmetro.

A equipe que descobriu os planetas também conta com pesquisadores do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade de Chicago, Universidade do Texas em Austin, Universidade Nacional da Austrália, Universidade de Göttingen, Academia de Ciências da China, Instituto de Astronomia Max Planck e Instituto de Ciência Telescópio Espacial.

G1

Acordo que limita o aumento da temperatura global entra em vigor hoje

SE CUMPRIDO À RISCA, O ACORDO DE PARIS MARCARÁ O INÍCIO DE UM NOVO CAPÍTULO PARA A HUMANIDADE

SE CUMPRIDO À RISCA, O ACORDO DE PARIS MARCARÁ O INÍCIO DE UM NOVO CAPÍTULO PARA A HUMANIDADE

O Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, adotado pelos líderes mundiais em dezembro de 2015 na capital francesa, entra oficialmente em vigor nesta sexta-feira (4). O acordo estabelece mecanismos para que todos os países limitem o aumento da temperatura global e fortaleçam a defesa contra os impactos inevitáveis da mudança climática.

Se cumprido à risca, o Acordo de Paris marcará o início de um novo capítulo para a humanidade e demonstrará que os países estão determinados a enfrentar o problema do aquecimento global.

Para comemorar este dia histórico para as pessoas e para o planeta, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, reunirá hoje (4) representantes da sociedade civil para uma conversa na sede da ONU, em Nova York. A reunião proporcionará aos grupos da sociedade civil a oportunidade de compartilhar com o secretário-geral suas contribuições para os objetivos do Acordo de Paris, bem como as suas visões e preocupações.

O evento será transmitido ao vivo pela TV ONU, das 12h às 12h45 (horário de Brasília).

Apesar do otimismo representado pela entrada em vigor do acordo, muitos políticos e profissionais responsáveis pelas políticas energéticas de vários países ainda duvidam do sucesso das medidas previstas. Eles acham que os governos e as grandes empresas terão um desafio pela frente, que é tentar alcançar pelo menos os modestos objetivos de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. As próprias empresas ainda desconhecem a quantidade de gás de efeito estuda que emitem.

Por isso, a maioria das empresas sequer fez planos para conter essas emissões. Os avanços tecnológicos, como por exemplo o carro elétrico, são importantes para melhorar a qualidade do ar, mas não são suficientes para deter as consequências do aumento de consumo de petróleo em todo o mundo. Muitas empresas ainda não descobriram quanto de gás de efeito estufa emitem, muito menos fizeram planos para conter essas emissões.

No aspecto de financiamento, a busca de uma solução para pagar pelas mudanças ainda não teve êxito. Ainda não se sabe, na maioria dos países, como cobrar um imposto sobre o carbono que  permita forçar as indústrias a pagar pela poluição que jogam na atmosfera. Felizmente, muitos recursos financeiros foram levantados em diversos países para financiar projetos ambientais. No entanto, esses recursos são ainda poucos para que possam realmente tornar o planeta mais limpo.

“Não é uma questão de bilhões [de dólares], é uma questão de trilhões [de dólares]”, disse o secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría, em entrevista ao The New York Times sobre a necessidade de recursos para melhorar o clima do planeta.

Em 12 de dezembro de 2015, 195 países se comprometeram, na Conferência de Paris, na capital francesa, a deter o aumento da temperatura do planeta a, pelo menos, 1,5 graus Celsius e a ajudar os países economicamente vulneráveis a deter o aquecimento. .

Nem todos os países porém ratificaram o Acordo de Paris. Segundo a ministra francesa da Ecologia, do Desenvolvimento Sustentável e da Energia da França,  Ségolène Royalda , do total de países que se comprometeram, só 94 firmaram o acordo.

Farc começam a examinar hoje propostas de novo acordo de paz

MAIS DE 5 MILHÕES ABANDONARAM SUAS CASAS PARA FUGIR DA VIOLÊNCIA.

MAIS DE 5 MILHÕES ABANDONARAM SUAS CASAS PARA FUGIR DA VIOLÊNCIA.

Num esforço para salvar o acordo entre o governo e a maior guerrilha da Colômbia, o presidente Juan Manuel Santos enviará nesta sexta-feira (4) negociadores a Cuba. Eles estão levando 400 propostas de emenda ao documento, que já havia sido assinado por Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que foi rejeitado no plebiscito de 2 de outubro.

A inesperada derrota nas urnas levou Santos e as Farc a abrir nova rodada de negociações – desta vez incluindo os líderes da campanha do “não”, que se opuseram ao acordo original. O principal opositor é o ex-presidente Álvaro Uribe, antecessor e antigo aliado de Santos. Durante seu governo, a Colômbia optou por combater militarmente a guerrilha e o narcotráfico.

Santos, que foi ministro da Defesa de Uribe, colocou como meta de seu governo a negociação de um acordo de paz. Depois de quatro anos de idas e vindas, o presidente colombiano e o líder dos 7 mil guerrilheiros das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri  (conhecido como Timochenko), assinaram um acordo de 297 páginas para colocar um fim a meio século de guerra.

Em 52 anos de conflito armado, que envolveu também os cartéis de narcotráfico e os grupos paramilitares contratados por eles, 220 mil pessoas morreram – a maioria civis. Mais de 5 milhões abandonaram suas casas para fugir da violência.

O acordo, celebrado pela comunidade internacional, foi rejeitado por estreita maioria num plebiscito realizado no último dia 2 de outubro – pouco antes de Santos receber o Prêmio Nobel da Paz deste ano. Uribe, líder da campanha do “não”, considera que foram feitas demasiadas concessões às Farc.

Além de uma reforma agrária e o compromisso de erradicar a produção de drogas ilegais, o acordo prevê perdão para os guerrilheiros – salvo os que cometeram crimes contra a humanidade – e subsídios para que eles possam depor as armas e se integrar à sociedade civil. As Farc teriam o direito de formar o próprio partido político, para defender suas ideias no Parlamento.

Segundo Uribe, não há garantia de que as Farc cumprirão a palavra. Ele considera que o acordo, tal como estava, apenas assegurava “a impunidade ao maior cartel de narcotráfico” do país. Com o fim da Guerra Fria, a guerrilha perdeu fontes de financiamento externo e passou a depender da produção e venda de cocaína para desenvolver suas atividades.

Conflito

O conflito começou nos anos 60, quando os partidos Liberal e Conservador pegaram em armas para resolver suas diferenças. Os camponeses, vitimas da violência, formaram as Farc –  a guerrilha mais antiga da América Latina, inspirada na Revolução Cubana, que lutava pela reforma agrária e uma economia socialista.

Apesar de não terem alcançado seu objetivo, as Farc cresceram – chegando a ter 20 mil homens armados. A guerrilha marxista sobreviveu ao fim da guerra fria e aos enfrentamentos – tanto com o Exército, como com os paramilitares, pagos pelos narcotraficantes para proteger suas terras e seus negócios.

Com a queda do comunismo e a dissolução da União Soviética, as Farc passaram a depender da fabricação e venda de cocaína para financiar suas atividades. E com isso perderam a simpatia – mesmo daqueles que um dia acreditaram no seu projeto de lutar por um país menos desigual.

Propostas

O governo e os representantes do “não” se reuniram para tentar encontrar uma proposta que pudesse satisfazer a todos e garantir o fim da guerra. Em comunicado à imprensa, os seguidores de Uribe disseram que “ainda não existem acordos, mas sim coincidências e diferenças com o governo, assim como propostas que permitem construir opções e avançar coletivamente rumo à paz que desejamos”. O comunicado, assinado também pelo ex-presidente Andres Pastrana, diz que “a bola agora está no campo das Farc” e que examinará essas propostas nos próximos dias.

Agência Brasil

Aprovado projeto de lei que cria o Troféu Paulo Freire

O TEXTO FOI ACATADO EM VOTAÇÃO ÚNICA COM PARECER FAVORÁVEL DAS COMISSÕES TÉCNICAS, SENDO SUBSCRITO PELOS VEREADORES FRANKLIN CAPISTRANO (PSB), PRESIDENTE DA CASA, E FERNANDO LUCENA (PT). (FOTO; ELPÍDIO JUNIOR)

O TEXTO FOI ACATADO EM VOTAÇÃO ÚNICA COM PARECER FAVORÁVEL DAS COMISSÕES TÉCNICAS, SENDO SUBSCRITO PELOS VEREADORES FRANKLIN CAPISTRANO (PSB), PRESIDENTE DA CASA, E FERNANDO LUCENA (PT). (FOTO; ELPÍDIO JUNIOR)

Por proposição da vereadora Eleika Bezerra (PSL), a Câmara Municipal de Natal aprovou, na sessão ordinária desta quinta-feira (03), a instituição do Troféu Paulo Freire para homenagear as cinco escolas públicas com maior nota no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O texto foi acatado em votação única com parecer favorável das comissões técnicas, sendo subscrito pelos vereadores Franklin Capistrano (PSB), presidente da Casa, e Fernando Lucena (PT).

A premiação acontecerá de dois em dois anos para as instituições de ensino das redes municipal e estadual, localizadas na capital potiguar. A solenidade de entrega do 1° Troféu Paulo Freire está marcada para o próximo dia 12 de dezembro, e as escolas agraciadas são: Escola Municipal Antônio Campos (1° lugar), Escola Estadual Kennedy (2° lugar), Escola Estadual Hesésippo Reis (3° lugar), Escola Estadual Joaquim Torres (4° lugar), Escola Estadual Berilo Wanderley (5° lugar) e Escola Municipal Lourdes Godeiro (5° lugar).
“Como educadora, acredito que este Troféu contribuirá para reconhecer e valorizar o trabalho das escolas públicas de Natal, além das suas práticas educativas que visam disseminar atitudes positivas para a efetivação de uma educação de qualidade, inclusiva e cidadã”, justificou a vereadora Eleika Bezerra. “Paulo Freire é considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, sendo também o Patrono da Educação Brasileira. É o nome ideal para o nosso troféu”, avaliou.
O plenário também aprovou, em segunda discussão, um projeto de lei encaminhado pelo vereador Fernando Lucena que dispõe sobre a avaliação periódica dos equipamentos das Academias da Terceira Idade (ATIS). “Cada Academia da Terceira Idade custa aos cofres públicos cerca de 40 mil reais. Em decorrência dos atos de vandalismo e do desgaste pelo uso, sugerimos que a prefeitura tenha uma rotina de reparos e fiscalização dos equipamentos esportivos”, defendeu o parlamentar.
Ao final da sessão, foi aprovada uma matéria de autoria do vereador Raniere Barbosa (PDT) que institui o dia 27 de setembro como o “Dia Mundial das Bandas de Fanfarras” no âmbito do Município do Natal. “A presença de bandas e fanfarras no seio das escolas natalenses, além de tradição, é um instrumento de grande importância para a vida estudantil, como também de iniciação à profissionalização musical e formação cultural”.

Servidores da saúde de Natal realizarão assembleia nesta sexta (04)

Na manhã desta sexta-feira (04), os servidores da saúde do município de Natal realizarão uma assembleia no auditório do Sindsaúde, às 08h. A categoria irá discutir a construção de uma greve contra o atraso de salários e agora com a nova ameaça do prefeito Carlos Eduardo, de parcelamento do pagamento.

Os servidores também irão discutir a construção dos próximos dias de luta que ocorrerão em Natal e em todo o país, nos dias 11 e 25 de novembro e eleições das Comissões de Base por local de trabalho.

Após a assembleia, a categoria sairá em caminhada em direção à prefeitura contra o pacote de medidas de ajuste do prefeito Carlos Eduardo, para reduzir despesas na folha do município. Entre uma das medidas está a ampliação da jornada de trabalho de seis horas para oito horas em algumas secretarias do município. Durante o percurso da manifestação, outras categorias, como os servidores da saúde estadual – que também estarão em assembleia, se somarão ao protesto.

Segundo informações de um áudio do secretário de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, o salário dos servidores será pago de forma escalonada. Os servidores que recebem até 2 mil reais receberão o pagamento integral, mas quem recebe acima desse valor, receberão em três pagamentos. A primeira parcela será 30% do salário, a segunda novamente em 30% e a última parcela em 40%. Além disso, o secretário anunciou uma possível ameaça de corte do ponto daqueles servidores que entrarem em greve contra o atraso de salários.