SELO BLOG FM (4)

Categoria: novembro 4, 2016

Justiça determina que Estado do RN assegure carga horária de professores

A juíza Francimar Dias Araújo da Silva, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Natal, determinou que o Estado do Rio Grande do Norte assegure, no prazo de 30 dias, o cumprimento integral da carga horária de 30 horas semanais com base na hora-relógio, medida de tempo padrão, na qual uma hora corresponde a 60 minutos, em benefício dos professores da rede estadual de ensino.

A magistrada determinou também que a Secretaria Estadual de Educação encaminhe relatório àquele Juízo comprovando o integral cumprimento da carga horária de 30 horas dos professores, mediante a indicação do cumprimento de 24 aulas de 50 minutos por semana, devendo, ainda, apresentar o relatório do novo déficit de professores para a rede estadual.

Pela sentença, o Estado fica obrigado a implementar a composição da carga horária na forma fixada pela Lei nº 11.738/2008, aos profissionais do magistério da Rede Estadual de Ensino do RN (ensino médio, fundamental e EJA), com base na hora-relógio, com a finalidade de assegurar o cumprimento das 800 horas de aula, de 60 minutos por ano, exigidas pela nº 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

A Ação Civil Pública foi ajuizada pelo Ministério Público Estadual contra o Estado do RN. Nela, o MP informou que instaurou Inquérito Civil visando apurar a contagem da hora atividade dos professores da rede estadual de ensino, a fim de compatibilizar a jornada destes servidores de acordo com a hora relógio, caso a jornada estivesse em desacordo com a mencionada medida de tempo.

O MP afirmou que, conforme documentos anexado aos autos, observou que a jornada de trabalho dos professores da rede estadual de ensino “era computada com base na hora-aula de 50 minutos nos períodos matutino e vespertino e 45 minutos no período noturno”.

Renan diz que só é investigado por ‘ouvir dizer’

 ALVO DE 12 PROCESSOS, OITO DOIS QUAIS RELATIVOS À LAVA JATO, RENAN RECONHECE NA NOTA QUE “RESPONDE A INQUÉRITOS”

ALVO DE 12 PROCESSOS, OITO DOIS QUAIS RELATIVOS À LAVA JATO, RENAN RECONHECE NA NOTA QUE “RESPONDE A INQUÉRITOS”

O presidente do Senado, Renan Calheiros, mandou divulgar uma nota para tranquilizar os brasileiros. No texto, guiando-se por autocritério, o senador assegura que é um político probo. Por isso, não tem nada a ver com ele o julgamento inconcluso em que a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal já se manifestou a favor do banimento de réus dos cargos situados na linha de sucessão da Presidência da República.

Veiculado no site do Senado na noite desta quinta-feira (3), o documento anota que Renan “não é réu em qualquer processo judicial e, portanto, não está afetado pela manifestação dos ministros do Supremo Tribunal Federal, ainda inconclusa.”

Encontra-se sobre a mesa da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, a denúncia da Procuradoria da República em que Renan é acusado de pagar com propinas da empreiteira Mendes Júnior as despesas de uma filha que teve fora do casamento. O caso é de 2007. Está pronto para ser julgado há três anos e oito meses. Decerto a Suprema Corte se abstém de realizar o julgamento para não desperdiçar tempo com um inocente que não tem cara de réu.

Alvo de 12 processos, oito dois quais relativos à Lava Jato, Renan reconhece na nota que “responde a inquéritos”. Mas reitera, estalando de pureza moral: “Todos são por ouvir dizer ou interpretações de delatores.”

Chama-se Sérgio Machado um dos delatores cujas futricas foram mal interpretados. Apadrinhado por Renan, passou 12 anos na presidência de uma subsidiária da Petrobras, a Transpetro. Disse em depoimentos que desviou R$ 100 milhões para pajés do PMDB. Calculou a fatia de Renan em R$ 32 milhões.

Até aqui, todos os delatores da Petrobras conduziram os investigadores a provas que fizeram da jurisdição do doutor Sérgio Moro uma histórica usina de condenações. Nada a ver, naturalmente, com Sérgio Machado, que estava na Transpetro graças ao patriotismo que levou Renan a indicá-lo a Lula.

Premonitório, o presidente do Senado realça na nota que “todos os processos serão arquivados por absoluta ausência de provas…” Até lá, Renan certamente estará pronto a desfrutar do gozo de pequenas provações e a sofrer na própria pele as insuportáveis vantagens que Brasília costuma lhe impor. Alguém precisa fazer aos brasileiros o favor de se sacrificar pelo país.

Uol

Enem será adiado para 240 mil candidatos por causa de ocupações de escolas

OS ESTUDANTES REIVINDICAM MELHORIAS NO PRÉDIO E SE POSICIONAM CONTRA O PROJETO DE EMENDA CONSTITUCIONAL 241. (FOTO: FÁBIO CORTEZ)

EM NATAL, ESCOLA ESTADUAL ANÍSIO TEIXEIRA É UMA DAS QUE ESTÃO OCUPADAS. (FOTO: FÁBIO CORTEZ)

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será adiado em 364 locais de prova, o que atingirá 240.304 candidatos. O número foi atualizado hoje (4) pelo Ministério da Educação (MEC) em coletiva de imprensa. A lista com os locais em que a prova será cancelada neste final de semana (5 e 6), estará disponível na internet, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A lista foi ampliada para incluir locais que foram ocupados após a divulgação da primeira lista pelo Inep, na última terça-feira (1º). Esses estudantes farão as provas nos dias 3 e 4 de dezembro e serão informados do adiamento por SMS.

O MEC também corrigiu a lista de locais ocupados e dez escolas que haviam sido dadas como ocupadas terão prova neste fim de semana. Serão 8.186 candidatos que devem comparecer para fazer o Enem nos dias 5 e 6.

O MEC estabeleceu o prazo para a desocupação até as 23h59 dessa segunda-feira (31). Mesmo que os locais tenham sido desocupados depois desse prazo, o Enem será remarcado. Segundo o Inep, para a nova data, serão definidos novos locais de prova.

A prova aplicada em dezembro, de acordo com o Inep, terá o mesmo modelo e nível de dificuldade do Enem deste fim de semana, mas com questões diferentes.

Ocupações

As ocupações ocorrem em diversos estados do país. Estudantes do ensino médio, superior e educação profissional têm buscado pressionar o governo por meio de ocupações de escolas, universidades, institutos federais e outros locais. Não há um balanço nacional oficial. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), até ontem, 134 campi universitários e mais de 1 mil escolas e institutos federais estavam ocupados.

Os estudantes são contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto. Estudos mostram que a medida pode reduzir os repasses para a área de educação, que, limitados por um teto geral, resultarão na necessidade de retirada de recursos de outras áreas para investimento no ensino. O governo defende a medida como um ajuste necessário em meio à crise que o país enfrenta e diz que educação e saúde não serão prejudicadas.

Os estudantes também são contrários à reforma do ensino médio, proposta pela Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada ao Congresso. Para o governo, a proposta vai acelerar a reformulação da etapa de ensino que concentra mais reprovações e abandono de estudantes. Os alunos argumentam que a reforma deve ser debatida amplamente antes de ser implantada por MP.

Local de prova

Os candidatos do Enem podem acessar o local de prova na internet ou pelo aplicativo do Enem. Além do local, data e horário de prova, o cartão de confirmação traz o número de inscrição do estudante, a opção de língua estrangeira e, quando for o caso, a indicação de atendimento especializado e específico e a solicitação de certificação do ensino médio.

O cartão de confirmação está disponível pela internet, na Página do Participante, e também no aplicativo do Enem, nas plataformas Android, iOS e Windows Phone. De acordo com o Inep, responsável pelo exame, 5,2 milhões do total de mais de 8,6 milhões de candidatos já sabem onde farão as provas. O número equivale a mais de 60% dos candidatos.

Para lembrar os estudantes, o Inep fez uma campanha de alerta, enviando SMS e e-mail a cada três dias para quem ainda não acessou o cartão. No dia da prova, não é obrigatória a apresentação do cartão. O acesso é de responsabilidade do candidato. A recomendação é que os participantes conheçam o trajeto para o local de prova com antecedência para evitar atrasos no dia do exame.

Agência Brasil

Vereadores de Natal discutem mudanças administrativas para nova legislatura

 OBJETIVO É CONSTRUIR UM NOVO MODELO DE GESTÃO PARA A CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL A PARTIR DA PRÓXIMA LEGISLATURA.

OBJETIVO É CONSTRUIR UM NOVO MODELO DE GESTÃO PARA A CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL A PARTIR DA PRÓXIMA LEGISLATURA.

Um grupo de vereadores eleitos e reeleitos composto por Aldo Clemente (PMB), Ana Paula Protásio (PSDC), Cícero Martins (PTB), Dinarte Torres (PMB), Professora Eleika (Livres), Eriko Jácome (PTN), Eudiane Macêdo (PS), Fernando Lucena (PT), Júlia Arruda (PDT), Klaus Araújo (PS), Luiz Almir (PP), Ney Lopes Jr (PSD), Paulinho Freire (PS), Raniere Barbosa (PDT), Robson Carvalho (PMB), Sandro Pimentel (PSOL) e Sueldo Medeiros (PHS) tem se reunido semanalmente como objetivo de construir um novo modelo de gestão para a Câmara Municipal de Natal a partir da próxima legislatura.

As principais mudanças propostas pelos vereadores são: realização de concurso público para técnicos legislativos e consequente diminuição de cargos comissionados, Programa “Câmara nos Bairros” para que a população possa interagir mais com os parlamentares, transparência total de todos os gastos da Câmara Municipal que serão disponibilizados no site da CMN, criação de um contato direto com a sociedade para receber proposições de iniciativa popular, reforma do regimento interno da casa para permitir uma maior produção legislativa, criação de um site interativo para que a população possa conhecer e acompanhar os projetos de lei em tramitação, fortalecimento da escola do legislativo com cursos de extensão e profissionalizantes, em parceria com outras instituições, como forma de contribuir com a formação dos cidadãos natalenses e redução do salário dos vereadores que faltarem as sessões ordinárias, dentre outras.

 O grupo, em suas reuniões, prioriza a propositura de novas ideias para a Câmara Municipal mas é natural que entres seus membros saia a nova mesa diretora para o biênio 2017/2018 bem como os membros das comissões permanentes da casa legislativa municipal pelo mesmo período.

TJRN vai decidir sobre investigação contra deputados, determina STF

 DAMA DE ESPADAS FOI DEFLAGRADA NA AL EM AGOSTO DE 2015 (FOTO: SÉRGIO HENRIQUE SANTOS/INTER TV CABUGI)

DAMA DE ESPADAS FOI DEFLAGRADA NA AL EM AGOSTO DE 2015 (FOTO: SÉRGIO HENRIQUE SANTOS/INTER TV CABUGI)

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte terá que decidir se as investigações contra deputados estaduais potiguares com “fortes indícios de envolvimento delitivo” irão transcorrer em 1ª ou em 2ª instância. A determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin se refere ao processo decorrente da Operação Dama de Espadas, deflagrada pelo Ministério Público do RN em agosto de 2015 para investigar um esquema de desvios de recursos na Assembleia Legislativa. Os nomes de três deputados constam no despacho de Fachin.

No documento, aparecem os nomes dos deputados Álvaro Dias (PMDB), Ricardo Motta (PROS) e Getúlio Rego (DEM), todos em trechos destacados por Fachin porque, segundo ele, “há menção expressa a possível envolvimento de deputados estaduais nos delitos investigados”. Esses trechos constam em pedidos de compartilhamento feitos por um promotor de Justiça não identificado na decisão.

O promotor frisa que “no que diz respeito especificamente ao deputado Álvaro da Costa Dias, não seria forçoso pontuar que várias pessoas que perceberam cheques da Assembleia Legislativa igualmente figuram como doadores de campanha do parlamentar no pleito de 2006”. Esses doadores, segundo o MP, são dois irmãos, uma assessora e uma prima do deputado. No pleito de outubro passado, Álvaro foi eleito vice-prefeito de Natal e vai assumir o cargo em 1º de janeiro.

Em relação ao deputado Ricardo Motta, o promotor cita que uma mulher “efetuava o saque por uma grande quantidade de pessoas supostamente vinculadas ao seu gabinete”. Mas em depoimento ao MP em 2014, essa mesma mulher “se mostrou completamente alheia às atividades do gabinete do deputado referido na Assembleia Legislativa, desconhecendo, inclusive, várias das pessoas por quem sacou os cheques em questão”. Entre os beneficiados com os cheques supostamente sacados por essa mulher, ainda de acordo com o MP, estão dois filhos e uma irmã de Ricardo Motta. Por meio da assessoria de imprensa, o deputado estadual Ricardo Motta informou que “está tranquilo, sempre esteve e estará à disposição da Justiça e somente se pronunciará no momento adequado, em razão de o referido processo correr em segredo de Justiça”.

O trecho que fala sobre o deputado Getúlio Rego diz que “há suspeitas da existência de pessoas lotadas em seu gabinete e que não exerciam efetivamente suas funções”. O deputado disse desconhecer que servidores dele tenham trabalhos externos. “Há em meu gabinete vários servidores que trabalham em cidades onde tenho atuação política. Não é de meu conhecimento que qualquer auxiliar meu tenha trabalhos externos. Caso isso tenha ocorrido, não é da minha responsabilidade. Essa conduta não faz parte do meu cotidiano, da minha índole. Não ajo de encontro à Lei. Minha ação é mais social que de profissão legislativa. Minha prioridade número um é atender a população em relação à saúde. Estou tranquilo e à disposição da Justiça e do Ministério Público para prestar quaisquer esclarecimentos”.

O trecho que cita os três deputados é concluído com o pedido do promotor ao juiz da 8ª vara Criminal de Natal, Ivanaldo Bezerra dos Santos, para que ele permita o compartilhamento das informações obtidas com o procurador-geral de Justiça.

O processo da Operação Dama de Espadas havia sido remetido ao STF em dezembro do ano passado após nove desembargadores – dos 15 que compõem a Corte – alegarem suspeição (quando não se sentem neutros para julgar um caso).

Na decisão da Ação Ordinária 2.038, Fachin determina que todo o material de cunho criminal da Dama de Espadas seja remetido ao TJ “para análise e decisão acerca da pertinência ou não da cisão dos autos investigativos”.

O ministro, no documento, reforça que “em razão dos fortes indícios de envolvimento delitivo de autoridade estadual com prerrogativa de foro no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, a totalidade do caderno investigatório criminal deverá ser remetida àquela Corte para deliberação sobre o desmembramento ou não dos autos”.

Edson Fachin também determinou que o TJ analise e delibere sobre requerimentos pendentes no processo, entre eles um pedido de vista de deputados estaduais aos autos, e também um pedido de imediata retomada da investigação.

Por meio de nota, o Ministério Público confirma que Supremo Tribunal Federal remeteu os autos do processo e determinou ao Tribunal de Justiça que analise o possível desmembramento da investigação. “O TJRN recebeu os processos e abriu vistas ao Ministério Público do Rio Grande do Norte, que recebeu toda a documentação remetida pelo Tribunal no dia 31 de outubro. A Procuradoria-Geral de Justiça está analisando os processos para avaliar as medidas a serem adotadas”, diz a nota.

A assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do RN informou que caberá ao desembargador-relator Cornélio Alves decidir como irá proceder após essa determinação do ministro Edson Fachin.

Dama de Espadas
A operação Dama de Espadas foi deflagrada em agosto de 2015. De acordo com o Ministério Público, os desvios dos cofres da AL podem passar de R$ 5,5 milhões. Ainda segundo informações do Ministério Público, a associação criminosa era composta por servidores públicos do órgão com o auxílio de um gerente do banco Santander. Eles utilizavam “cheques salários” como forma de desviar recursos em benefício próprio ou de terceiros. Os cheques eram sacados, em sua maioria, pelos investigados ou por terceiros não beneficiários, com irregularidade na cadeia de endossos ou com referência a procurações, muitas vezes inexistentes.

A então procuradora-geral da Assembleia Legislativa, Rita das Mercês, e a assessora direta dela, Ana Paula Macedo Moura, foram presas durante a operação, mas foram libertadas por força de um habeas corpus três dias depois. Atualmente, ambas estão soltas.

G1 RN

Muitos alunos não sabem contra o que protestam, diz chefe do Inep

 MARIA INÊS FINI: PRESIDENTE DO INEP AFIRMA QUE ALUNOS COM PROVA ADIADA TERÃO PERGUNTAS COM MESMO NÍVEL DE DIFICULDADE QUE OS DEMAIS (WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL)

MARIA INÊS FINI: PRESIDENTE DO INEP AFIRMA QUE ALUNOS COM PROVA ADIADA TERÃO PERGUNTAS COM MESMO NÍVEL DE DIFICULDADE QUE OS DEMAIS (WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL)

Com escolas ocupadas desde o último 3 de outubro contra a PEC do Teto, o Ministério da Educação (MEC) tomou uma medida drástica nesta semana: adiou a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 191 mil estudantes, e foi alvo de uma série de críticas pela falta de habilidade para contornar o problema.

Em entrevista a EXAME.com,  Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e criadora da primeira versão do Enem , afirmou que o governo federal não encabeçou as negociações com os manifestantes porque os espaços escolares “não estão na governabilidade” do Executivo federal, mas sob responsabilidade das secretarias de educação.

“Como vamos interferir em um espaço que não é nosso?”, disse. Ela fez ainda críticas ao propósito dos protestos: “Eles estão reivindicando o direito de manifestação contra algumas medidas que muitos deles nem sabem o que significa”.

Maria Inês conversou com EXAME.com na quinta-feira à noite, minutos após a liminar que pedia o cancelamento do exame ser negada na Justiça. Ela garantiu que a data da prova continua a mesma para a maior parte dos alunos: este sábado e domingo.

O ministério havia determinado o último dia 31 de outubro como o prazo máximo para os estudantes desocuparem as escolas a fim de que o Enem ocorresse sem alterações. Diante da negativa de mais de 300 ocupações de locais de prova, a aplicação do certame nesses espaços foi adiada. Nesta sexta-feira (4), o MEC vai divulgar a lista definitiva de locais que terão a prova adiada.

Os alunos que fariam o Enem nessas escolas ocupadas farão o exame nos dias 3 e 4 de dezembro. Segundo Maria Inês, não há a possibilidade de mudança de data, mesmo que haja conflito com outros vestibulares.

Veja a entrevista completa concedida a EXAME.com:

EXAME.com: Como vai ficar o Enem no fim de semana? O MEC vai divulgar uma nova lista de escolas em que a aplicação do exame será adiada?

Maria Inês Fini: A lista só será acertada se novas ocupações ocorrerem e nós formos informados oficialmente. E esse balanço nós estamos fazendo e, nesta sexta, às 11 horas, o ministro vai dar uma coletiva e vai anunciar então as novas ocupações. Mesmo que tenha havido já escolas desocupadas, por questão de segurança nós não conseguimos preparar os locais de prova ainda para poder fazer o exame neste final de semana. Então eu acredito que a grande maioria fará o exame agora e os demais farão em dezembro.

Novas ocupações foram detectadas e podem levar a mais adiamentos?

Por enquanto, o número é de 191 mil [alunos que terão o Enem adiado]. No entanto, não descarto, de jeito nenhum, que esse número possa aumentar. A gente tem recebido muitos avisos no 0800, muitos trotes, infelizmente, algumas indicações por e-mail. Nós estamos verificando tudo isso com os nossos coordenadores de local de prova para poder monitorar pelas forças de segurança para a gente poder ter um bom levantamento para poder divulgar. É tudo prematuro porque vem de todas as fontes possíveis que você possa imaginar. E ainda tem gente que quer brincar com o assunto e quer tumultuar mais ainda a organização. Mas estamos monitorando direitinho.

Essa é a prova anual mais importante do Brasil e a segunda mais importante do mundo, só perde para a da China. Por que o Inep não tomou antes medidas para aplicar a prova para todos já que o governo sabia das ocupações desde o dia 3 de outubro? Por que não foram encontrados locais alternativos de prova?

Esse movimento é extremamente dinâmico. Hoje nós tínhamos dez [ocupações] e desocuparam várias escolas. Você não pode substituir simplesmente a escola A por uma escola B, por exemplo. A escola B tem que ter o mesmo número de salas, o mesmo número de perspectiva de atendimento especializado para cadeirantes, para provas que tem mais uma hora de duração, provas em braile. Você não tira de um espaço físico e coloca no outro. Além do que todas as perspectivas de segurança têm que estar garantidas. Então não foi possível trocar uma coisa pela outra. Em algumas localidades nós não tínhamos nem outra opção. Além do que tínhamos sempre aviso ou de diretores ou até de prefeitos que estavam fazendo um esforço pela desocupação. Então ficou algo extremamente volátil para nós tomarmos essa decisão.

Os alunos afirmaram que iam desocupar se as pautas deles fossem atendidas, mas não houve negociação. O MEC não ouviu os estudantes?

Veja bem, a gestão desses espaços escolares é da secretaria de educação, dos diretores, etc e tal. Eu não posso entrar lá para negociar algo que não está na nossa governabilidade. Eles estão reivindicando o direito de manifestação contra algumas medidas que muitos deles nem sabem o que significa. Alguns jornalistas foram entrevistar os jovens para perguntar se eles sabem o que é a reforma do ensino médio e eles dizem que eles querem uma escola melhor, mas que eles não sabiam nem mesmo da PEC 241.

Como nós vamos interferir em um espaço que não é nosso, que não está na nossa governabilidade? Então, nós conversamos com os diretores, professores, e eles tentaram de fato mostrar para esses alunos a importância de que outros fizessem provas ali. Os que conseguiram desocuparam até o dia 31 [de outubro]. Os demais infelizmente vamos ter que dividir esse ônus com as pessoas que causaram essa questão. Não tem como não fazer isso.

A alegação do procurador Oscar Costa Filho, que pediu o cancelamento no Enem, era de que esse adiamento fere a isonomia da prova, especialmente no que se refere à redação. A senhora acha que os alunos que não fizerem a prova agora serão prejudicados?

Não acho. Não é o tema da redação que garante a isonomia, mas as categorias linguísticas que permitem que a correção da prova seja absolutamente equivalente. Senão nós não poderíamos comparar o tema do ano passado com o desse ano, o do PPL [Enem para pessoas que estão na prisão] com os alunos que não são privados de liberdade. Enfim, há toda uma metodologia que vem sendo desenvolvida desde 1998, quando nós fizemos o primeiro Enem, e que garante essa isonomia.

O procurador chegou a propor que apenas a nota da redação fosse desconsiderada. É possível que isso seja feito?

Não tenho essa informação. E isso não é possível porque, veja bem, no dia 19 de janeiro, todas as análises da teoria de resposta ao item, todas as provas têm que estar absolutamente corrigidas, e o cálculo das notas pronto para a gente poder entregar para que o Sisu [Sistema de Seleção Unificado] faça a sua listagem classificatória para os alunos poderem escolher as vagas e os outros que vão se beneficiar com programas de bolsa, seja Fies ou ProUni, possam fazer isso nesse tempo com matrícula na universidade para começar em março.

Não há possibilidade de nós esperarmos mais tempo para fazer o exame. O limite máximo que nós tínhamos era até o dia 3 e 4 de dezembro, até para preparar a logística da outra prova a partir do número exato que nós teremos depois desse domingo. Não seria possível esperar o resultado da redação, deixar para depois, porque ela também entra no cômputo da nota do aluno.

Mas e o psicológico dessas crianças? São estudantes que estão disputando o ingresso no ensino superior, o que determina o futuro deles.

Isso é terrível. Infelizmente, esse custo emocional vai ficar por conta dos alunos, dos jovens. O que nós podíamos fazer era garantir que eles tenham direito igual e garantido. Mas é lamentável, porque eles não têm culpa de terem sido destinados a esses locais de prova e acabam assumindo um efeito de uma medida que não foram eles que tomaram. Então, eu acho lamentável. O nível de ansiedade é muito grande, esperar mais um pouco. É lamentável. Eu lamento profundamente isso.

A data do próximo Enem vai coincidir com a de outros vestibulares. Como o MEC vai garantir que esses estudantes não serão prejudicados?

Eu não tenho outra data possível para fazer o exame. Eu lamento profundamente, mas não fomos nós que provocamos essa situação. Lamento muito, mas não tenho como fazer em outra data. Nem antes é possível nem depois em função de processar os resultados.

Por que o MEC não cancela para todos?

Por quê? Para quê? Toda a operação logística está montada. Todas as rotas do correio garantidas, faltando apenas a última milha. Todos os coordenadores estão absolutamente mobilizados. Para processar os resultados, em torno de 200 mil até o cálculo dos resultados finais, eu posso. Dos 8 milhões, eu não consigo processar todos os resultados e as análises a tempo de não comprometer o Sisu.

O governo já fechou a conta de quanto ficará fazer dias adicionais de prova?

Não fechamos porque não temos o número exato de alunos. Enquanto estávamos com 191 mil, era em torno de 12 milhões de reais. Mas o que eu tenho explicado é que essa última milha dos Correios que nós ainda precisamos fazer para o lugar que vai ter prova neste fim de semana será substituída para uma compensação de gastos para a gente poder apurar o gasto final ainda. Então pode ser que [o gasto] seja menos ou mais.

Diante dessa dimensão que o Enem tomou ao longo dos anos, virando um vestibular e não apenas uma avaliação do ensino médio, ele vai passar a ter um novo formato no ano que vem, com a reforma do ensino médio? Ele vai deixar de ser vestibular?

Essa é a pergunta que vale um milhão de dólares. Nós só vamos falar disso depois do Enem de 2016. Eu estou pedindo aos jornalistas, por favor, que aguardem, para a gente não tumultuar mais ainda.

Mas há possibilidade de reforma?

Falaremos disso oportunamente.

Neste ano, pelo menos, será o formato normal da prova?

Sim, normal. Eu, pessoalmente, como educadora, mãe, avó, não gostaria que nenhum dos nossos jovens dessa geração perdessem qualquer vantagem que eles adquiriram com o Enem, que  foi o exame que eu criei, com extremo carinho e muito profissionalismo. Então, não gostaria que qualquer modificação no Enem pudesse impedir a vantagem que ele trouxe para esses jovens.

Suspeito de tráfico de drogas é preso em Pipa

 COM O SUSPEITO, A PM ENCONTROU UM TABLETE DE MACONHA, COCAÍNA E CRACK, ALÉM DE DINHEIRO FRACIONADO.


COM O SUSPEITO, A PM ENCONTROU UM TABLETE DE MACONHA, COCAÍNA E CRACK, ALÉM DE DINHEIRO FRACIONADO.

Policiais do Pelotão de Polícia Militar da Praia da Pipa em ação conjunta com o Destacamento de Tibau do Sul realizaram nesta quinta-feira (3) mais uma operação policial que resultou no fechamento de mais um ponto de droga na Rua Dourada, em Pipa.

Durante uma abordagem de rotina, os militares flagraram uma movimentação suspeita e ao se aproximarem flagraram uma venda de entorpecentes. José Israel Ferreira da Silva, 18 anos, recebeu voz de prisão. Com ele a PM encontrou um tablete de maconha, cocaína e crack, além de dinheiro fracionado. O suspeito e o material apreendido foram conduzidos à Delegacia Polícia Civil para as devidas autuações. 

Suspeito de espancar filho de 11 anos com barra de ferro é preso no RN

 COM MARCAS DA VIOLÊNCIA PELO CORPO, CRIANÇA FOI LEVADA PARA FAZER EXAME DE CORPO DE DELITO (FOTO: PM/DIVULGAÇÃO)

COM MARCAS DA VIOLÊNCIA PELO CORPO, CRIANÇA FOI LEVADA PARA FAZER EXAME DE CORPO DE DELITO (FOTO: PM/DIVULGAÇÃO)

Suspeito de espancar o filho de 11 anos com uma barra de ferro, um homem de 36 anos foi preso na tarde desta quinta-feira (3) em Santo Antônio, no Agreste potiguar. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito foi preso por força de um mandado de prisão preventiva.

De acordo com o delegado Everaldo Fonseca, o homem se apresentou para prestar depoimento sobre o caso na delegacia de Santo Antônio. Durante o depoimento, o delegado foi informado sobre o mandado e efetuou a prisão do suspeito.

“A Polícia Civil e o Ministério Público já haviam feito a recomendação para que a Justiça determinasse a prisão preventiva. Durante a oitiva, contatamos o fórum e fomos informados que o mandado já tinha sido expedido e prendemos ele. Não houve reação”, disse Fonseca.

Entenda o caso
Dono de uma oficina mecânica e morador da zona rural de Lagoa de Pedras, distante cerca de 50 km de Natal, um homem de 36 anos é suspeito de espancar o filho, um menino de 11 anos, com uma barra de ferro. De acordo com a mãe do garoto, o pai espancou o filho porque “ficou com raiva” do fim do casamento dos dois.

O menino ficou com o corpo coberto por hematomas e foi levado até o Instituto Técnico de Perícia (Itep), em Natal, para passar por exame de corpo de delito nesta segunda-feira (31).

G1 RN