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Categoria: setembro 2, 2016

Aliados de Cunha querem adiamento de votação

 O JULGAMENTO DE EDUARDO CUNHA ESTÁ MARCADO PARA 12 DE SETEMBRO. (FOTO: ED FERREIRA)


O JULGAMENTO DE EDUARDO CUNHA ESTÁ MARCADO PARA 12 DE SETEMBRO.
(FOTO: ED FERREIRA)

Aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) defendem que o pedido de cassação do peemedebista só seja votado na Câmara após o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar as ações que devem ser protocoladas pelo PSDB, DEM, PPS e PV hoje, questionando o fatiamento da votação do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff.

A justificativa é de que é preciso esperar a Corte resolver a questão para evitar possíveis nulidades do processo contra Cunha. O adiamento, porém, pode beneficiar o deputado afastado, pois aumenta as chances de a cassação só ser votada após as eleições de outubro, quando seria mais fácil para os deputados votarem abertamente a favor do peemedebista, sem temer prejuízos eleitorais.

“Tem que esperar. O julgamento só pode acontecer depois que o Supremo pacificar essa questão”, afirmou o deputado Carlos Marun (MS), vice-líder do PMDB e aliado de Cunha. “Entendo que, por cautela e segurança constitucional, o prudente seria aguardar uma decisão do STF”, disse o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), também aliado do peemedebista.

Tanto para aliados quanto para adversários de Cunha, a decisão do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, de aceitar votar em separado o impeachment e a inabilitação para o serviço público de Dilma criou um “precedente” para a votação da cassação do deputado afastado. “Ou vale para todo mundo ou não vale para ninguém”, afirmou o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB).

Precedente. O adiamento da votação da cassação de Cunha, porém, não é consenso entre os aliados do deputado afastado. Em reservado, alguns defendem votar a perda de mandato de Cunha logo, para tentar emplacar o precedente do Senado, antes de a Corte decidir definitivamente sobre a questão. No entanto, caso o Supremo desfizesse o precedente criado, a votação da cassação poderia se tornar nula no futuro.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também concorda que a decisão do STF em relação ao impeachment abriu um precedente, mas reafirmou ontem que vai manter a votação da cassação de Cunha para 12 de setembro.

Parecer. Técnicos da Câmara ouvidos pelo Estado avaliam que o fatiamento da votação do impeachment não cria precedente para a votação de cassação de Cunha. Lembram que a habilitação para o serviço público de Dilma pode ser votada separadamente no Senado, porque ela já constava no parecer que estava sendo votado. Ou seja, não foi incluída por meio de um texto novo.

Bancários entram em greve a partir do dia 6 em todo o país

 BANCÁRIOS DECIDIRAM ENTRAR EM GREVE NACIONAL A PARTIR DO DIA 6 DE SETEMBRO. (FOTO: ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL)

BANCÁRIOS DECIDIRAM ENTRAR EM GREVE NACIONAL A PARTIR DO DIA 6 DE SETEMBRO. (FOTO: ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL)

Os bancários de diversos estados recusaram em assembleia na noite de ontem (1º) a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e decidiram entrar em greve nacional a partir do dia 6 de setembro. A informação foi divulgada nos sites da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e da Conderação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec).

Segundo a Contraf, bancários de algumas cidades e estados farão assembleias nesta sexta-feira (2) para decidir se aderem, ou não, à paralisação nacional.

A proposta da Fenaban foi apresentada no dia 29 e oferece aos bancários reajuste de 6,5% no salário e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil, além de participação nos lucros e resultados (PLR). Segundo a Contraf, a proposta da entidade patronal não cobre a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano, e representa perdas de 2,8% para a categoria.

A Contraf pede, entre outras reivindicações, reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização.

Entre as cidades e os estados que tiveram assembleias em que os bancários confirmaram a greve estão Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espirito Santo, Tocantis, Maranhão, Espírito Santo, Pernambuco, Pará, Sergipe, Cuiabá, Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, e cidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, como as duas capitais, Campinas (SP), Bauru (RJ), Angra dos Reis (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ).

A Fenaban foi procurada mas não foi encontrada para falar sobre a greve dos bancários. Em seu site, a entidade disse que a proposta enviada aos bancários “mostra o empenho dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de garantir a satisfação e o bem-estar dos empregados do setor em um momento de dificuldades e incertezas na economia brasileira.”

Já a federação dos trabalhadores diz, também em seu site, que “o lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de 2016 chegou a R$ 29,7 bilhões, mas houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano”.

Agência Brasil

Governo do RN inicia hoje pagamento de servidores; pensionistas ficam de fora

 GOVERNO ANUNCIOU CALENDÁRIO DE PAGAMENTO DE SERVIDORES NESTA QUINTA-FEIRA (1) (FOTO: RAYANE MAINARA)


GOVERNO ANUNCIOU CALENDÁRIO DE PAGAMENTO DE SERVIDORES NESTA QUINTA-FEIRA (1) (FOTO: RAYANE MAINARA)

O Governo do Rio Grande do Norte divulgou o calendário de pagamento dos servidores do Estado. O pagamento é feito por faixa salarial sem distinção entre ativos e aposentados. A folha começa a ser paga hoje com os servidores da Educação e segue até 17 de setembro com ativos e inativos que recebem acima de R$ 5 mil. A data do pagamento dos pensionistas não foi divulgada pelo governo. A assessoria da Secretaria Estadual de Planejamento informou que “o Governo está levantando informações da arrecadação para anunciar os pensionistas”.

No dia 6 terão os vencimentos depositados os servidores que recebem até R$ 2 mil. O calendário prossegue dia 8, após o feriado da Independência, com o pagamento creditado na conta daqueles que recebem entre R$ 2.001 até R$ 3 mil. Os servidores que ganham de R$ 3.001 a R$ 4 mil terão os pagamentos efetuados dia 10, quando 84% do funcionalismo já terá recebido os salários. No dia 14 será a vez daqueles que recebem de R$ 4.001,00 até R$ 5 mil. Os servidores que recebem acima de R$ 5 mil receberão os salários dia 17.

Receitas
Os servidores da Administração Indireta que possuem fonte própria de recursos já receberam os salários desde o dia 30 de agosto, quando teve início o pagamento de setembro.

De acordo com a Secretaria Estadual de Planejamento , o Rio Grande do Norte já acumula de janeiro a agosto deste ano uma frustração de receitas de R$ 320.160.390,58, em comparação ao previsto no orçamento de 2016. Levando em conta o mesmo período do ano passado, as receitas efetivas tiveram queda real de 4,3%. As receitas próprias registraram redução de 1%, enquanto as transferências da União tiveram queda de 9,5%.

G1 RN

Adolescente é apreendido em Ponta Negra após assaltar salão de beleza

 O MENOR ESTAVA ARMADO COM UMA ESPINGARDA CALIBRE 12. (FOTO: SERGI COSTA)

O MENOR ESTAVA ARMADO COM UMA ESPINGARDA CALIBRE 12. (FOTO: SERGIO COSTA)

Moradores da Vila de Ponta Negra conseguiram deter um adolescente de 15 anos suspeito de praticar assaltos naquela região. O menor estava armado com uma espingarda calibre 12, no momento em que foi apreendido.

O adolescente, de acordo com a polícia, havia realizado um assalto em um salão de beleza, onde roubou celulares. No entanto, populares conseguiram seguir e deter o suspeito. A polícia foi acionada e conduziu o menor para a Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal.

Lá, ele declarou que já praticou pelo menos cinco assaltos. O adolescente ainda comentou que consegue armas emprestadas para realizar seus crimes.

Portal BO

Temer vai mudar regras de acesso ao Bolsa Família

 GOVERNO CRUZARÁ INFORMAÇÕES DOS BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA EM SEIS BASES DE DADOS PARA EVITAR DECLARAÇÕES FALSAS DE RENDA.(FOTO: MICHEL FILHO)

GOVERNO CRUZARÁ INFORMAÇÕES DOS BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA EM SEIS BASES DE DADOS PARA EVITAR DECLARAÇÕES FALSAS DE RENDA.(FOTO: MICHEL FILHO)

O governo Temer finaliza um decreto para mudar regras de acesso e permanência no Bolsa Família. Haverá cruzamento com seis bases de dados oficiais no momento da inscrição no programa para evitar declarações falsas de renda; todos os integrantes das famílias terão de ter CPF e será reduzida a duas vezes a tolerância para que participantes que caiam na “malha fina” do programa sejam desligados. Hoje, o benefício é perdido na terceira ocorrência.

Na prática, as medidas dificultarão o acesso ao Bolsa Família, que hoje atende a cerca de 50 milhões de pessoas. O governo defende as mudanças apontando a necessidade de colocar regras mais consistentes de checagem dos critérios exigidos pelo programa. Uma fiscalização mais rigorosa, já determinada pela nova gestão, levará ao desligamento de 600 mil famílias somente na folha de pagamento de setembro. Desde maio, quando Temer assumiu, foram 916 mil cancelamentos, ante 1,3 milhão feitos em 2015.

 De acordo com o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, as mudanças beneficiarão o público que realmente precisa da transferência de renda:

— O Bolsa Família não pode ser um destino das pessoas. É preciso ser criterioso na hora de conceder e também criar portas de saída para os que realmente precisam do apoio governamental.

CPF ATÉ PARA CRIANÇAS

O decreto presidencial com as mudanças vem sendo construído por técnicos dos ministérios do Desenvolvimento Social e Agrário, Planejamento e Fazenda. A ideia é que as novas regras valham para a inclusão no Cadastro Único, a maior base de dados sociais do país que antecede o acesso ao Bolsa Família e a outros programas, como a tarifa social de energia e o Minha Casa Minha Vida.

 Como o valor do benefício recebido no Bolsa é variável, conforme o número de pessoas que integram a família, o governo vai exigir que todos os membros tenham CPF, até mesmo as crianças. Isso evitará que uma mesma pessoa esteja contada em duas famílias diferentes, explica Alberto Beltrame, secretário-executivo do MDSA:

— O sistema já faz uma conferência por nome, filiação e pelo NIS (Número de Identificação Social). Mas é menos consistente que o CPF, que é um denominador comum de várias bases de dados.

O governo quer que a Caixa Econômica, que valida a inscrição das famílias no Cadastro Único, possa emitir o CPF. Mas isso ainda depende de negociações com a Receita Federal. Ficará também a critério do banco estatal a checagem dos dados declarados pela família antes de cadastrá-la.

Beltrame explica que hoje essa checagem é feita posteriormente, em cruzamentos periódicos com poucas bases de dados. O governo quer essa fiscalização logo na entrada do Bolsa Família com o uso de pelo menos seis cadastros oficiais que trazem informações de renda, carteira assinada, aposentadoria e até indícios de atuação informal no mercado de trabalho.

O cerco às fraudes usará, no que for pertinente, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a folha de pagamento do INSS, o Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape), o Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (Gfip) e o Guia da Previdência Social (GPS).

Além da checagem inicial, os cruzamentos serão feitos periodicamente. O uso do Caged, que reúne informações de empregados e desempregados, é considerado o pulo do gato na fiscalização dos beneficiários. Isso porque ele é mensal, permitindo acompanhar beneficiários do Bolsa Família que eventualmente entraram no mercado de trabalho sem comunicar a nova renda.

Nesses casos, existe hoje uma regra de permanência que permite a continuidade do benefício por dois anos, desde que a nova renda familiar não ultrapasse meio salário mínimo per capita. Para entrar no Bolsa Família, esse teto é bem menor, de R$ 170. Mas se o beneficiário não informa, é desligado do programa. Com o Caged, que é mensal, flagrantes dessa natureza tendem a aumentar.

CERCO AOS POLÍTICOS

Outra medida estudada perlo governo é cancelar automaticamente o benefício na segunda vez que a família for notificada por inconsistências cadastrais, uma espécie de malha fina do programa, o que acontece, nas regras atuais, na terceira ocorrência.

O governo fará um cerco também aos políticos que se elegerem nas eleições municipais deste ano. Um convênio assinado entre o Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério do Desenvolvimento Social garantirá que os dados dos candidatos que tiverem sucesso nas urnas cheguem ao governo antes de janeiro, para que eventuais beneficiários do Bolsa Família sejam cortados do programa.

O Globo

Morre, aos 103 anos, o empresário Wober Lopes Pinheiro, pai do ex-deputado Wober Júnior

NÃO ABRIA MÃO DE EXERCER, NOS PERÍODOS ELEITORAIS, O DIREITO DO VOTO

WOBER LOPES NÃO ABRIA MÃO DE EXERCER, NOS PERÍODOS ELEITORAIS, O DIREITO DO VOTO

Aos 103 anos, faleceu no início da madrugada de hoje o empresário aposentado Wober Lopes Pinheiro, que durante muito tempo se destacou no ramo farmacêutico, atuando no bairro do Alecrim, onde, no passado distante, montou a primeira das várias farmácias que conquistou ao longo da vida empresarial.

Apesar da idade avançada, Wober Lopes, pai do presidente regional do PPS, ex-deputado Wober Júnior, levava uma vida relativamente saudável e ainda residia no tradicional casarão da família, na Avenida Alexandrino de Alencar, sob os cuidados dos filhos, em especial da filha Gorete.

 Apesar da idade secular, Wober Lopes tinha um aguçado sentimento de cidadania – não abria mão de exercer, nos períodos eleitorais, o direito do voto. Diante disso, tornou-se tradição os filhos Wober Junior e Gorete, levá-lo, junto com amigos, até a cabine eleitoral.

 Este ano, a secção eleitoral do Colégio Maristela ficará mais triste, pois não contará com a sua presença, que sempre cativava mesários, fiscais e os demais envolvidos no processo eleitoral naquele local.

 O patriarca da família Lopes Pinheiro nasceu no Acre, em Etelvi, dentro de um seringal, justamente na época em que brasileiros lutavam contra bolivianos para a conquista do território acreano.

Ele, em 1915, mudou-se para o Rio Grande do Norte  e ainda criança vendia cocadas na feira de Lages para ajudar no sustento da família.

 Até o momento, a família não divulgou o local e horário do velório e do posterior enterro do empresário.

 Outras informações em instantes.

Governo vai propor aposentadoria aos 65 anos para homens e mulheres

 A PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL JÁ ESTÁ PRONTA E CABERÁ A TEMER DECIDIR QUANDO ENVIAR PARA O CONGRESSO NACIONAL.A PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL JÁ ESTÁ PRONTA E CABERÁ A TEMER DECIDIR QUANDO ENVIAR PARA O CONGRESSO NACIONAL.

O governo do presidente Michel Temer vai propor a implantação de uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria tanto para homens como para mulheres. A proposta de reforma da Previdência Social já está pronta e caberá a Temer decidir quando enviar para o Congresso Nacional.

Pela proposta, tanto os servidores públicos quando os trabalhadores da iniciativa privada só poderão se aposentar aos 65 anos de idade. A nova regra só valerá, caso aprovada pelo Congresso, para os trabalhadores com menos de 50 anos.

Quem tem mais de 50 anos, ficaria submetido ao regime atual, mas teria de pagar um “pedágio” proporcional ao tempo que falta para a aposentadoria.

De acordo com o texto, mulheres e professores teriam um tratamento diferenciado.

Para eles, a idade de transição não seria de 50 anos, mas 45. Ou seja, a regra valerá para aqueles que ainda não completaram 45 anos.

O tempo de contribuição, pela proposta, teria peso para o valor do benefício.

Como é atualmente
Atualmente, não há idade mínima para aposentadoria.

Para receber a aposentadoria integral, o homem tem de ter contribuído com a Previdência por 35 anos ou a soma de sua idade mais o tempo de contribuição tem de ser 95 anos.

No caso das mulheres, são 30 anos de contribuição ou 85 anos, se somados o tempo de contribuição e a idade.

Governo explica

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, explicou ao Jornal Nacional que o ponto de partida do governo é convencer a sociedade da urgência da reforma previdenciária. Segundo o governo, o déficit da Previdência é crescente e deve chegar a R$ 200 bilhões em 2017.

“A gente, quando tem dúvida, veja como o mundo resolveu essas questões. O mundo resolveu com a idade mínima. O Brasil não vai querer ser o ‘Joãozinho’ do passo certo. Também vai resolver com idade mínima, porém nós não vamos criar esse sistema agora”, explicou Padilha.

“No primeiro sistema previdenciário de 1934 do governo do presidente [Getúlio] Vargas, a idade mínima era 65 anos e lá a expectativa de vida era 37 anos. Hoje, nós queremos os mesmos 65 com uma expectativa de vida de 78 anos. […] A capacidade da União pra poder fazer essa reposição, ela está no limite. Nós temos que encontrar uma forma de estabilizar num primeiro momento e depois cair essa responsabilidade”, disse.

TV Globo Brasilia

PSDB, DEM e PPS entrarão no STF contra manutenção de direitos políticos de Dilma

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), anunciou que o partido voltou atrás e decidiu ingressar com um mandado de segurança coletivo no Supremo Tribunal Federal contra a divisão da votação do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff na quarta (31). O instrumento jurídico será assinado também pelo DEM e pelo PPS e deve ser apresentado hoj1 (2).

Ontem, os senadores dividiram a votação do julgamento de Dilma em duas partes. Na primeira, condenaram a presidenta por crime de responsabilidade à perda do mandato. Na segunda, rejeitaram a sanção de perda da função pública por oito anos, permitindo que Dilma volte a atuar no setor público, inclusive como gestora, se for o caso.

Para os senadores tucanos, a segunda decisão do Senado não poderia ter sido aprovada, uma vez que a sanção de perda da função pública faz parte da condenação no impeachment. No entanto, ontem, segundo Cunha Lima, o PSDB e o DEM tinham entendido que a vitória maior tinha sido conquistada com o afastamento definitivo de Dilma e tinham decidido não questionar a segunda votação no STF.

Brasília - O senador Cassio Cunha Lima, fala durante o quinto dia de julgamento final do processo de impeachment da presidenta afastada, Dilma Rousseff, no Senado (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

CASSIO CUNHA LIMA, LÍDER DO PSDB NO SENADO, DISSE QUE OS SENADORES MUDARAM DE POSIÇÃO DEPOIS QUE O PT ACIONOU A SUPREMA CORTE QUESTIONANDO TODO O JULGAMENTO. (FOTO: FABIO RODRIGUES POZZEBOM)

No entanto, os senadores mudaram de posição depois que o PT acionou a Suprema Corte questionando todo o julgamento e pedindo sua nulidade. Para Cunha Lima, se tornou necessário que o questionamento apenas à segunda parte da votação seja apresentado para que o Judiciário possa apreciar essa questão separadamente e não corra o risco de anular tudo.

“Ontem, no calor, na emoção, a sensação primeira que foi predominante no partido foi de termos uma postura de serenidade, não transformar uma vitória em uma derrota e dar uma contribuição para uma estabilidade maior no país. Mas, diante dessa ação do PT, acreditamos que seja o caminho correto entrar com a ação para que essa parte da decisão, que está equivocada, possa ser revista”, explicou o líder.

Relação com PMDB

O líder tucano também não escondeu o desconforto do PSDB com o protagonismo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no movimento para livrar Dilma da sanção de perda da função pública. Para ele, “ficou claro” que um acordo foi feito “às escondidas”, sem que os senadores tucanos tivessem conhecimento.

“O que aconteceu ontem é algo que nós vamos superar, mas não é algo que nos agrade. É óbvio que com maturidade, experiência e sobretudo com a gravidade da crise que o Brasil vive, nós não vamos colocar mais lenha na fogueira. Após a volta do senador Renan Calheiros da China, nós teremos uma conversa com ele. Não se faz política com bola nas costas, não se faz política com atitudes como a que aconteceu no julgamento do impeachment”, disse.

Na opinião de Cunha Lima, Renan desequilibrou o julgamento quando fez um encaminhamento inesperado a favor da ex-presidente na segunda votação. Para ele, o PSDB se expôs ao longo de toda a votação e foi surpreendido negativamente pelo PMDB.

“Nós não podemos atribuir ao governo esta ação, mas sim ao próprio presidente Renan Calheiros que encaminhou a votação. Ele esteve esse tempo todo distante do processo, numa posição de prudência, mas depois dos encaminhamentos já terem ocorrido, ele fez um terceiro encaminhamento. Inclusive, desequilibrando. Porque foram dois a favor, dois contra e aí veio o presidente Renan, que usou suas prerrogativas de presidente e encaminhou o voto. Ele pediu explicitamente o voto não. Mas não vamos fazer disso um cavalo de batalha, o Brasil está acima disso”, disse.

Cunha Lima espera que, ao voltar da China, o próprio presidente Michel Temer trate do assunto com seus colegas de partido e outros partidos da base.

Agência Brasil