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Categoria: julho 11, 2016

“Sei da interinidade, mas estou agindo como se fosse efetivo”, diz Temer a jornal

 EM ENTREVISTA À FOLHA DE S.PAULO, MICHEL TEMER AFIRMA QUE HÁ UM PLANO PARA PRIVATIZAR OS AEROPORTOS CONGONHAS E SANTOS DUMONT. (FOTO: BETO BARATA)


EM ENTREVISTA À FOLHA DE S.PAULO, MICHEL TEMER AFIRMA QUE HÁ UM PLANO PARA PRIVATIZAR OS AEROPORTOS CONGONHAS E SANTOS DUMONT. (FOTO: BETO BARATA)

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada neste domingo (10), o presidente interino Michel Temer afirmou que sabe de sua interinidade, mas que age “como se fosse efetivo”. Questionado sobre o que fará de diferente caso o impeachment de Dilma Rousseff seja aprovado, ele afirmou que fará viagens internacionais, atividade que não tem feito para evitar “qualquer espécie deconstrangimento”. “[Faria as viagens] Com o objetivo de revelar que o país entrou numa normalidade absoluta e buscar investimentos”, acrescentou.

Para atingir a meta fiscal de 2017, que prevê déficit primário de R$ 139 bilhões, Temer afirmou que não gostaria de aumentar impostos, possibilidade já cogitada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ele diz, entretanto, que se for necessário, sua equipe estuda  elevar a Cide, que incide sobre combustíveis, e o PIS/Cofins. Do lado da receita, há um plano para privatizar os aeroportos Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. “Entraram em pauta, ontem [quinta-feira, dia 7], os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont, o que deve dar uma boa soma. Não quero dizer que haja uma confirmação, mas pensa-se nesses dois aeroportos. Tudo isso vai abatendo do déficit”, disse ao jornal.

Época

Centrão acerta com Maranhão e eleição da Câmara será na 4ª feira, às 19h

O PLENÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS.

O PLENÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS.

Uma reunião durante toda a tarde deste domingo (10.jul) entre deputados de vários partidos, a maioria do chamado centrão, definiu que a eleição do novo presidente da Câmara será nesta 4ª feira (13.jul), às 19h.

O encontro foi na casa do deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF), um dos pré-candidatos à sucessão de Eduardo Cunha, que renunciou ao cargo na última 5ª feira (7.jul).

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, concordou com a nova data. Inicialmente, Maranhão queria que a disputa ocorresse apenas na 5ª feira (14.jul). O Palácio do Planalto e deputados mais próximos a Eduardo Cunha, por outro lado, preferiam uma votação já na 3ª feira (12.jul).

Alguns deputados independentes e outros próximos ao Planalto também concordaram com a nova data. O ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) fez também vários telefonemas a candidatos e a líderes partidários pedindo que evitassem que a disputa acabasse na Justiça por causa da divergência sobre a melhor data para fazer a eleição.

As regras para a disputa serão definidas em um encontro da Mesa Diretora da Casa nesta 2ª feira (11.jul), às 15h. A Mesa Diretora é o grupo de deputados responsáveis pela gestão da Câmara. Entre outros detalhes, terá de ser decidido quantos minutos cada 1 dos candidatos terá para discursar. Como são, no momento, cerca de 10 os interessados, é possível que o sucessor de Eduardo Cunha seja conhecido apenas na madrugada de 4ª para 5ª feira.

Para ser eleito presidente da Câmara é necessário ter 257 dos 513 votos possíveis (no momento, apenas 512 pelo fato de Eduardo Cunha estar afastado da função por determinação do STF). Se nenhum dos postulantes tiver 257 votos, os 2 mais bem colocados disputam novamente em 2º turno. Não está claro ainda quanto tempo será concedido a todos os partidos para negociarem apoios entre o 1º e o 2º turnos, o que pode tornar a eleição ainda mais demorada.

Uol