A PARTIR DAS 14H, OS MINISTROS VÃO DECIDIR SE ABREM A SEGUNDA AÇÃO PENAL CONTRA O PARLAMENTAR
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar hoje (22) denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por supostas contas atribuídas a ele na Suíça. A partir das 14h, os ministros vão decidir se abrem a segunda ação penal contra o parlamentar nas investigações da Operação Lava Jato.
A denúncia foi apresentada em março pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em outubro do ano passado, o Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil documentos que mostram a origem de aproximadamente R$ 9 milhões encontrados nas contas atribuídas a Cunha.
De acordo com os investigadores da Lava Jato, os valores podem ser fruto do recebimento de propina em um contrato da Petrobras na compra de um campo de petróleo no Benin, na África, avaliado em mais de US$ 34 milhões.
A mulher de Cunha, Claudia Cruz, também foi citada na ação, mas a parte da investigação que envolve os parentes do deputado foi enviada ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba. A denúncia contra Claudia foi recebida no dia 9 de junho.
Ontem (21), Eduardo Cunha voltou a afirmar que está “absolutamente convicto” de que não mentiu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras quando prestou esclarecimentos sobre denúncias de participação no esquema investigado pela Lava Jato.
No último dia 14, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou pedido de cassação do mandato de Cunha por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de ter mentido, em depoimento à CPI, sobre contas no exterior.
Cunha já responde a uma ação penal no Supremo, na qual é acusado de receber US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras. Na terceira e mais recente denúncia que chegou à Corte, ele é acusado de cobrar propina para liberar verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS ) para construtoras nas obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
O MINISTRO DA JUSTIÇA, ALEXANDRE MORAES, AO LADO DO JUIZ SÉRGIO MORO, DA LAVA JATO, APÓS ENCONTRO NA SEDE DA JUSTIÇA FEDERAL, EM CURITIBA. (FOTO: JUSTIÇA FEDERAL DO PARANÁ)
O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, visitou nesta terça-feira, 21, o juiz federal Sérgio Moro e declarou apoio à Operação Lava Jato – investigação sobre esquema de propinas e cartel na Petrobrás entre 2004 e 2014.
Moro é o símbolo da Lava Jato. Ele mandou prender políticos, empreiteiros, doleiros e ex-dirigentes da Petrobrás.
Quando o governo do presidente interino, Michel Temer (PMDB), assumiu em maio, aliados da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) propagaram que a Lava Jato seria esvaziada. Além disso, cardeais do PMDB, entre eles o ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, caíram no grampo do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, tramando contra a grande investigação.
Desde que assumiu o cargo, porém, Alexandre Moraes vem reiterando total apoio à Lava Jato. Pela primeira vez, o ministro esteve na “República de Curitiba”.
Participaram do encontro ainda o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, o superintendente regional da PF no Paraná, Rosalvo Ferreira Franco, e o chefe da Lava Jato, em Curitiba, Igor Romário de Paula.
À tarde, se reuniu com os procuradores do Ministério Público Federal e teve um encontro na Superintendência da PF com investigadores responsáveis pela apuração do cartel de empreiteiras que atuou na Petrobrás e outras estatais.
A visita estava programada desde os primeiros dias de sua gestão na pasta. O ministro quis manifestar pessoalmente apoio às investigações sob a tutela de Moro.
Nos bastidores, a viagem a Curitiba foi vista como uma forma de Moraes rebater aliados da presidente afastada Dilma Rousseff, que tentavam colar nele a imagem de possível “algoz” da investigação. Um dos argumentos dos adversários era o fato de Moraes ter sido advogado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara, em uma ação relacionada ao uso de documentos falsos. Cunha foi absolvido na ação.
Além da questão política, a visita também seria uma sinalização para setores da própria PF e do Ministério Público que criticaram o ministro. Em maio, poucos dias após a posse de Moraes, o presidente da Associação Nacional dos Delegados Federais chegou a afirmar que a instituição estaria “preocupada” com a nomeação de ministros ligados à Lava Jato pelo presidente em exercício Michel Temer. Em junho foi a vez do procurador Deltan Dallagnol sugerir a possibilidade de “pessoas poderosas e influentes” tentarem encerrar as investigações.
Moraes tem batido na tecla do apoio do Ministério da Justiça à operação. Ao tomar posse, em 12 de maio, classificou a operação como “símbolo” do combate à corrupção.
ELES FORAM LEVADOS PAR AA DELEGACIA DE PAU DOS FERROS. (DIVULGAÇÃO/SESED)
Dois homens identificados por Valmir Dias Amorim e Wallacy Santos de Sales, vulgo “Lala”, foram detidos na cidade de Doutor Severiano suspeitos de tentarem executar um homem por engano, na RN 117, no município de Encanto, na Região Oeste do RN. Após o ocorrido, a dupla tentou se evadir. Rapidamente, os policiais do 7º Batalhão de Polícia Militar (7º BPM), que atuam nas cidades da região, foram acionados e conseguiram interceptar um veículo modelo Gol, de cor preta e placas KGZ 8515/Monte Alegre onde eles estavam. Na ocasião foram apreendidas uma pistola 380 com 39 munições, uma escopeta calibre 12 com dez munições, duas munições de calibre 38, um capuz e dinheiro fracionado. Ambos foram levados para a Delegacia Regional de Pau dos Ferros para os procedimentos legais.
Em 2014, Wallacy Santos de Sales havia sido preso pela Polícia Militar, em São José de Mipibu. Ele é suspeito de cometer homicídios no município e de atuar em uma organização criminosa, acusada de crimes de pistolagem. Na época, Wallacy foi detido portando um revólver calibre 38, duas espingardas, um capuz e um colete tático. Em 2013, Wallacy Santos foi preso durante uma operação na cidade de Lajes por ser suspeito de ter assassinado, no dia 14 de janeiro daquele ano, José Rocha de Almeida, 40 anos, mais conhecido entre populares por “Dedé de Joca”. Na época foi apreendido com ele um revólver calibre 38. A Polícia está ainda levantando mais informações sobre Valmir Dias Amorim, que é de Campina Grande.
O Senado aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (21) o texto-base do projeto de lei que altera os limites de enquadramento de pequenas e microempresas no programa Supersimples. Os senadores ainda precisam analisar destaques (sugestões e mudança no texto) nesta quarta-feira e, em seguida, a proposta seguirá para nova análise na Câmara.
Criado em 2006, o Supersimples é um programa que tem como objetivo diminuir impostos e reduzir a burocracia para o pagamento de contribuições de pequenas e microempresas. A proposta de atualização do programa tem origem na Câmara. Pelo projeto aprovado, as novas regras começam a valer a partir de 2018.
Segundo o texto, empresas de pequeno porte com receitas brutas de até R$ 4,8 milhões ao ano poderão aderir ao regime tributário. Hoje, o teto para participação dessas empresas no programa é de R$ 3,6 milhões anuais.Na Câmara, os deputados chegaram a aumentar o teto da receita bruta anual de empresas que podem aderir ao Supersimples para R$ 14,4 milhões. No entanto, a atualização foi considerada excessiva pelos senadores, que modificaram a proposta.
No caso das microempresas, a proposta eleva de R$ 360 mil para R$ 900 mil o teto da receita bruta anual dos empreendimentos desta modalidade que quiserem aderir ao Supersimples.
Microempreendedor individual
A proposta também altera o limite de enquadramento do microempreendedor individual (MEI) de R$ 60 mil para R$ 72 mil de receita bruta anual. O aumento no teto do MEI já havia sido aprovado pela Câmara, e foi mantido no substitutivo da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), relatora da proposta no Senado.
MEI é o empresário que trabalha sozinho ou, no máximo, com apenas uma pessoa contratada. Ele paga taxas fixas de impostos estaduais, como ICMS, e municipais, caso do ISS, mas é isento de tributos federais.
Parcelamento de dívidas
Outro ponto da proposta aprovada pelo Senado aumenta o prazo para que o empresário pague dívidas tributárias no âmbito do Supersimples. Caso o projeto seja aprovado pela Câmara e sancionado pela Presidência da República, o pequeno e o microempresário endividados poderão optar, em um prazo de 90 dias, pelo parcelamento de seus débitos tributários por um parcelamento em 120 meses.
Os valores das parcelas, no entanto, não poderão ser menores do que R$ 300 para micro e pequenas empresas, e R$ 150 para microempreendedores individuais. Se não fizer a opção dentro do prazo de 90 dias, o participante do Supersimples precisará quitar as dívidas tributárias em 60 meses como normalmente prevê o programa.
Novas modalidades
O texto aprovado no Senado autoriza que setores como micro e pequenas cervejarias e vinícolas, produtores de licores e micro e pequenas destilarias, que produzam e vendam no atacado, possam aderir ao Simples. Antes, os fabricantes de bebidas alcoólicas eram vetados de forma geral.
Impacto
No texto aprovado no Senado, Marta Suplicy apresenta, como justificativa para aprovação do projeto, o argumento de que a proposta vai aquecer a economia e gerar empregos, além de incentivar que mais empresas saiam da informalidade.
No entanto, a própria proposta prevê um impacto negativo na arrecadação de, pelo menos, R$ 1,7 bilhão nas contas públicas federais. Isso deve ocorrer porque mais empresas poderão ser enquadradas no programa, e aumentará, assim, o desconto no pagamento de tributos.
Os impactos na arrecadação dos estados e municípios não foram estimados na proposta. A aprovação do texto só foi possível após reuniões entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), líderes no Senado, governadores e secretários estaduais de Fazenda.
A ideia de Renan Calheiros era votar o projeto já na semana passada, mas não houve acordo para que o projeto fosse colocado em votação. Senadores da base governista pediram mais tempo para analisar a proposta, alegando que não tinham o cálculo exato do impacto que a aprovação da proposta poderia causar aos cofres públicos.
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) chegou a mencionar um estudo, feito pela Receita Federal, de que a proposta traria um déficit de arrecadação em torno de R$ 5 bilhões ao ano. No entanto, o texto contou com o apoio da maioria dos parlamentares e foi aprovada.
OPERADORA OI PEDE RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE R$ 65 BILHÕES/GNEWS (FOTO: REPRODUÇÃO GLOBONEWS)
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, descartou a possibilidade de o governo socorrer financeiramente a companhia de telefonia Oi, que nesta segunda-feira (20) apresentou pedido de recuperação judicial, informando dívidas de R$ 65,4 bilhões.
Padilha disse que o governo está atento ao caso e com a preservação dos empregos da companhia, mas ressaltou que a solução deve ser encontrada pelo próprio sistema financeiro.
“Até o momento, não há por parte do governo uma manifestação no sentido de intervir, interferir diretamente. Os nossos agentes do sistema financeiro nacional [bancos públicos] estarão prontos a prestar a colaboração no sentido de intermediar, preparar um projeto de busca de parcerias, se for o caso, para essa empresa. Mas participação direta do governo, dinheiro do governo, por óbvio que nesse momento, não há que se pensar nisso”, disse o ministro.
Como credores da Oi, Padilha lembrou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil podem participar das negociações para encontrar interessados em comprar a empresa telefônica, caso seja de interesse da Oi uma eventual negociação.
“Quando tem empresas que eles são credores, eles acabam vendo se conseguem buscar interessados. Quem está interessado em ver a situação resolvida são os credores. Se for demandado pela Oi [BNDES e BB podem buscar compradores], tentar formatar um projeto para poder pegar e receber o crédito e viabilizar a operação”.
Na segunda (20), no fato relevante comunicado aos acionistas e ao mercado, a empresa informou que ajuizou, em conjunto com suas subsidiárias integrais, diretas e indiretas, pedido de recuperação judicial, em caráter de urgência, conforme aprovado pelo Conselho de Administração da companhia e nos órgãos societários competentes das demais Empresas Oi.
No documento, a Oi esclareceu que o pedido de recuperação foi ajuizado em razão dos obstáculos enfrentados pela administração da companhia para encontrar uma alternativa viável junto aos credores que possibilitasse à empresa atingir os objetivos mencionados acima e para viabilizar a proteção adequada das empresas Oi contra credores, preservando a continuidade das atividades empresariais das empresas Oi.
A secretária de Administração da Prefeitura de Natal, Jandira Borges de Oliveira, notificou a empresa CKM Serviços Ltda, contratada para a realização do concurso público 004/2016 destinado ao preenchimento de cargos na secretaria municipal de Saúde. Na notificação, a secretária dá 48 horas para que a empresa se pronuncie sobre os indícios de irregularidades e descumprimento do contrato firmado para a realização do concurso. A CKM Serviços foi contratada por licitação realizada por pregão eletrônico.
A notificação foi realizada após a secretária receber hoje memorando enviado pela Comissão formada para realização do concurso público e também em virtude das denúncias que foram encaminhadas através do Ministério Público estadual.
A comissão apurou falhas na realização do certame e o descumprimento por parte da empresa de várias clausulas do contrato. Os membros da comissão também fiscalizaram a realização do concurso no domingo, dia da aplicação das provas, e constataram as falhas já confirmadas em uma das salas onde estavam sendo aplicadas provas para o preenchimento de cargos de fisioterapeuta e também para os cargos de médico mastologista. A empresa já se comprometeu a fazer a reaplicação das provas para os concorrentes a esses dois cargos. “Que aconteceram falhas já resta provado, mas antes de aplicar as sanções cabíveis ou mesmo determinar a anulação do concurso temos que apurar os fatos para ter uma decisão embasada”, diz a secretária.
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