SELO BLOG FM (4)

Categoria: junho 18, 2016

Procuradoria denuncia Henrique Alves ao STF por lavagem de dinheiro; Jornal Nacional deste sábado abordará o assunto

EM MEIO A UM MARREMOTO DE DENUNCIAS, HENRIQUE ALVES VIVE VERDADEIRO INFERNO ASTRAL

EM MEIO A UM MAREMOTO DE DENÚNCIAS, HENRIQUE ALVES VIVE VERDADEIRO INFERNO ASTRAL

A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou ao Supremo Tribunal Federal o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), sob suspeita de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O Jornal Nacional, que vai ar logo mais na Rede Globo de TV, irá abordar o assunto, trazendo matéria sobre a suposta conta da Suiça. Henrique, no entanto, afirma que não foi citado.

 “Não recebi citação de nenhum novo processo. Tão logo tome conhecimento do seu conteúdo, certamente darei a resposta necessária e rápida diante dos fatos a serem esclarecidos. Mantenho-me sereno, racional e republicano diante do vazamento seletivo ilegalmente publicizado. Acredito na imprensa livre e nas instituições judiciárias da nossa democracia”.

A acusação tem como base informações repassadas pelo Ministério Público da Suíça, que identificou uma conta secreta do ex-ministro em instituição financeira daquele país. Os dados foram encaminhados pelas autoridades suíças à PGR.

Segundo pessoas próximas às investigações, a conta de Alves teria um saldo de mais de R$ 2 milhões. A informação sobre a denúncia foi revelada neste sábado (18) pelo site da coluna “Radar”, da “Veja”.

O avanço das investigações da Lava Jato e a descoberta da conta na Suíça provocaram a demissão de Henrique Alves nesta semana, um dos peemedebistas mais próximos ao presidente interino Michel Temer.

O ex-ministro foi implicado nas delações de Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro, e Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa. Ao STF, a PGR já afirmou que Alves teria recebido rescursos desviados pelo esquema de corrupção da Petrobras em troca de favorecimeros à empreiteira OAS.

Caso a denúncia seja aceita, Henrique Alves será transformado em réu.

Com informações da Folha de São Paulo

Na rede: Ivete Sangalo atribui beleza ao Dermacoconut; no Instagran 33 mil pessoas visualizam na primeira hora

Dona de um dos corpos mais bonitos do Brasil, a cantora Ivete Sangalo atribui a sua boa forma ao Derma Coconut – hidratante spray à base de água de coco – que é produzido pelo empresário potiguar Haroldo Azevedo.  A musa do Axé lançou hoje a tarde um vídeo de 30 segundos nas suas redes sociais,  Instagram, Facebook e Twitter. No Instagram, só na primeira hora e meia, a peça publicitária foi visualizada por 33.000 pessoas.

 DERMA 02

O Dermacoconut Spray é um hidratante com água de coco natural, extraída de selecionadas plantações de coqueiros do Nordeste do Brasil. O produto representa um trabalho de seis anos de pesquisas, e foi inicialmente fabricado e lançado na Comunidade Europeia em 2011, e à venda nas lojas do El Corte Ingles e em centenas de farmácias da Península Ibérica. Desde 2015 está sendo produzido e comercializado no Brasil.

Depois de emplacar o DermaCoconut no mercado europeu, Haroldo Azevedo lançou no mercado americano, onde é comercializado em embalagens de 1 litro e de 330 ml. O envasamento utiliza a avançada tecnologia UHT, que permite preservar todas as características originais do produto.

ÁUDIO: Luiz Almir faz apologia ao sexo anal e diz que agora “bunda é moda”

Está circulando nos grupos de whatsap  um áudio no mínimo extravagante, de autoria do vereador Luiz Almir, uma  dos mais polêmicos personagens da Câmara Municipal do Natal. Na gravação, que parece ter sido originada a partir de um programa radiofônico de entrevistas, o vereador faz uma verdadeira apologia sobre os prazeres do sexo anal.

O vereador em sua fala diz que todo mundo gosta de uma bunda e que bunda agora é moda. Não satisfeito com a sua retórica exótica, ele acrescenta ainda que a única diferença da bunda de homens e mulheres é “apenas os cabelinhos”.

CAMPEÃO DE POLÊMICAS, LUIZ ALMIR DIZ QUE AGORA BUNDA É MODA

CAMPEÃO DE POLÊMICAS, LUIZ ALMIR DIZ NAS ONDAS DO RÁDIO QUE AGORA BUNDA É MODA

Não é raro Luiz Almir envolver-se em situações polêmicas, como a que recentemente protagonizou na Câmara Municipal, ao chamar professores da rede de ensino de Natal de ‘bestas’ durante a sessão ordinária. Em um outro episódio, o vereador  também polemizou com a esposa do governador Robinson farias, a primeira-dama e secretária estadual do Trabalha, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), Julianne Faria, ao sugerir que ela ficasse em casa fazendo faxina. Arrependido, depois, pediu desculpas públicas.

 Em 2014, o vereador, em seu programa de rádio, na 96 FM, chamou o ex-prefeito de Macau, Flávio Veras, de “moleque” e  “bêbado” , ao criticá-lo por ter tentar expulsar Renan Barão, lutador de MMA, do carnaval na cidade.

Comunicador nato, embora fortemente rejeitado por formadores de opinião da classe média natalense, Luiz Almir consagrou-se há anos como líder populista junto às camadas periférica da sociedade, principalmente na Zona Norte de Natal. Sem papas na língua, a sua intempérie verbal sempre causa tempestades.

Selo Unicef: Parnamirim mostra ações para melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens

PARNAMIRIM REALIZA FÓRUM E CUMPRE MAIS UMA ETAPA PARA A CONQUISTA DO SELO UNICEF

PARNAMIRIM REALIZA FÓRUM E CUMPRE MAIS UMA ETAPA PARA A CONQUISTA DA EDIÇÃO DO SELO UNICEF  2013/2016

O município de Parnamirim está empenhado em conquistar a edição do Selo Unicef 2013/2016. Um passo importante foi dado na última quinta-feira, ao promover na Escola Augusto Severo, o 2º. Fórum do Selo Unicef com a participação representantes das áreas da Saúde, Educação e Cultura, além de instituições como o Comdica (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente).

Na ocasião foi apresentado uma mostra das ações realizadas na cidade com a proposta de melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens da cidade.

A mediadora do Selo, Renata Barbosa, acompanhou todas as atividades, inclusive a Feira Crescendo Juntos e fez uma avaliação detalhada de tudo o que viu.

 Assim como Bruno Viécili, especialista em comunicação, o jovem Robson Araújo, do NUCA  (Núcleo de Cidadania dos Adolescentes) falou sobre as oficinas realizadas com os adolescentes  de Parnamirim e os relatórios montados como o mapeamento das oportunidades e riscos existentes na cidade para crianças e adolescentes. “Fizemos o mapeamento com o auxílio de 16 instituições da cidade e encaminhamos tudo para o Comdica”, disse Robson Araújo.

A articuladora do Selo Unicef, Vandilma Oliveira, falou sobre o empenho do município em cumprir todas as metas estipuladas pelo Selo. E, agradeceu o apoio de todos que trabalharam nessa empreitada com o objetivo de se construir uma cidade melhor para a população. Joseane Bezerra, presidente interina do Comdica, também fez questão de falar sobre a importância do selo para o município. “Já conquistamos três edições do Selo e esse é mais um desafio que só tem contribuído para melhorar os nossos serviços e ações”, disse.

O prefeito Maurício Marques elogiou a dedicação e a competência de sua equipe que luta para a obtenção da 4ª edição do Selo Unicef. “Sei que vamos conquistar porque temos compromisso e olhamos para as nossas crianças e jovens. Os serviços estão aí para mostrar o nosso empenho”, disse o gestor.

Um dos participantes do Fórum foi Maycon Queiroz, da Pastoral da Juventude do Meio Popular, que se juntou a essa causa por acreditar que o Selo pode possibilitar a fomentações de causas importantes como a discussão sobre gênero, igualdade e garantia dos direitos de crianças e jovens de Parnamirim. “Aqui temos o instrumento para apresentar propostas que renderão políticas públicas fundamentais e de garantia aos nossos direitos”, disse.

Durante todo o 2º. Fórum Comunitário do Selo Unicef houve várias apresentações culturais, com a participação de grupos da Fundação Parnamirim de Cultura, Educação e Saúde. Pedro Kauê, da Escola Ivanira Paisinho, arrancou aplausos do público ao recitar uma poesia de Jessier Quirino.

Tirol, Cidade Alta e Petrópolis amanhecem sem abastecimento de água; corte será até às 22 hs

CAERN SUSPENDE ABASTECIMENTO EM TRÂS BAIRROS DE NATAL

CAERN SUSPENDE ABASTECIMENTO  DE ÁGUA EM TRÊS BAIRROS DE NATAL, ATÉ ÀS 22 HORAS

Os bairros de Tirol, Cidade Alta e Petrópolis amanheceram neste sábado, 18, sem abastecimento de água. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) informou que o fornecimento será suspenso durante todo o dia. O corte do abastecimento teve início às 6h e prossegue até às 22h. A parada temporária será necessária para que sejam realizados trabalhos de melhoria na rede de abastecimento que atende aquela área.

Segundo o chefe da Unidade de Água da Regional Natal Sul, Jacques Pinheiro, será feito um serviço de melhoria da malha de rede na Rua Açu com a Avenida Afonso Pena. Logo que o trabalho for concluído, a rede será religada.

De acordo com a Caern, em um prazo de 24 horas, depois da reativação do sistema, o abastecimento estará totalmente normalizado.

Em um ano na prisão, o herdeiro Marcelo Odebrecht passou por ‘conversão’; agora é “gente boa”

ANTES ARROGANTE, MARCELO ODEBRECHT COMEÇOU A CONTAR PIADAS NA CARCERAGEM ONDE ESTÁ PRESO EM CURITIBA (PR).

ANTES ARROGANTE, MARCELO ODEBRECHT AGORA CONTA PIADAS NA CARCERAGEM EM CURITIBA (PR).

Nas últimas semanas, para susto dos agentes da Polícia Federal, Marcelo Odebrecht começou a contar piadas na carceragem onde está preso em Curitiba (PR).

O espanto tem motivo simples: Marcelo, cuja prisão completa um ano neste domingo (19), vivia cabisbaixo e quieto. Parecia arrogante, irascível e inconformado, como se fosse vítima de erros judiciais em série.

Agora se converteu em “gente boa”, como é chamado por agentes da Polícia Federal. Até assiste à TV ao lado do doleiro Alberto Youssef, dono do aparelho, já que a porta das celas na carceragem ficam abertas.

A mudança ocorreu após a maior empreiteira do país, que faturou R$ 132 bilhões em 2015, decidir fazer um acordo de delação que promete ser histórico pelas revelações.

Marcelo era inicialmente contra a colaboração, mas dobrou-se às evidências apresentadas por seu pai, Emílio Odebrecht: ou delata ou o grupo quebra. As dívidas chegam a R$ 90 bilhões. Finalmente ele topou.

Marcelo foi preso  em 19 de junho, a partir de acusação que seus advogados consideravam frágil: a de pagar propina no exterior.

O próprio juiz Sergio Moro revogou esse pedido e decretou uma nova prisão quando descobriu anotações que Marcelo fizera em seu celular, nas quais havia sugestão de destruição de provas e de interferência na apuração.

TRÊS PASSOS ATRÁS

Habituado a mandar e estar à frente dos concorrentes, Marcelo experimentou na prisão a sensação de estar sempre três ou quatro passos atrás dos investigadores.

Enquanto ele negava ter usado contas no exterior para pagar suborno, procuradores já tinham provas vindas da Suíça da movimentação.

Quando seus advogados imaginavam que poderiam entregar algo grandioso para a polícia num eventual acordo de delação, como um departamento especializado em pagar suborno, a PF descobriu essa divisão em Salvador (BA) e uma testemunha-bomba: a funcionária que cuidava desse setor, Maria Lúcia Tavares, que aceitou fazer um acordo de delação. Ela conseguira escapar dos advogados da Odebrecht para se salvar da prisão.

Advogado de delatores diz à Folha que Temer está refém da operação Lava Jato e da opinião Pública

PARA FIGUEIREDO BASTOS, TEMER ESTÁ REFÉM DA OPINIÃO PÚBLICA E DA OPERAÇÃO

PARA FIGUEIREDO BASTOS, PRESIDENTE  MICHEL TEMER É REFÉM DA OPINIÃO PÚBLICA E DA OPERAÇÃO

Advogado com o maior número de clientes delatores na Lava Jato, 20, Figueiredo Basto defende que a agenda política do Brasil não pode ser pautada pela operação.

Em entrevista à Folha, ele afirma que o presidente interino, Michel Temer, “está refém” da Lava Jato e diz que o peemedebista deve “bancar seus atos e trabalhar com quem confia”. Temer teve três ministros exonerados em decorrência da delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

Folha – A Lava Jato está dificultando que o país saia da crise?
Figueiredo Basto – Passou da hora de o chefe do Executivo se portar de maneira firme e não se preocupar em agradar quem quer que seja no âmbito da Lava Jato. A operação é fundamental para esclarecer crimes. Mas uma coisa é investigar corruptos, outra é influenciar a atividade política do Estado. Política é competência do Legislativo e do Executivo. Hoje o Brasil está imobilizado por falta de coragem de enfrentamento.

O governo Temer está a reboque da operação?
Está refém da opinião pública e da operação. O governante tem que bancar seus atos e trabalhar com quem confia. Não pode ficar à mercê de um órgão ou do que é divulgado na imprensa para escolher quem estará ao seu lado. O mais importante é ter gente competente para trazer governabilidade ao país.

As pessoas têm medo de criticar a operação?
De maneira geral, sim. Mas nem todos os atos da Lava Jato são adequados. Ela pode ser muito boa como um todo, mas tem problemas, falhas. Criticar uma operação é bem diferente de obstruí-la.

O que deve acontecer com a Lava Jato, então?
Enfrentamento não significa que a Lava Jato tem que parar. Mas não podemos ficar reféns de uma operação que não se sabe quando acabará. É preciso mais do que nunca atitude forte e corajosa por parte do Executivo e do Legislativo para dizer não, colocar a hierarquia de uma forma correta, quem manda e quem obedece. Tem muita gente dando palpite em assunto que não podia dar.

Por exemplo?
De quem pode ou não exercer um cargo público, exigências feitas ao legislativo em pautar determinadas matérias.

As 10 medidas de combate a corrupção defendida pela força-tarefa vai nessa linha?
É um exemplo. Não podemos querer influenciar esses poderes, sob pena deles terem suas raízes constitucionais ameaçadas. A operação é fundamental para o país, mas é preciso que se dê ao Estado capacidade de mobilização. Nem todas as pessoas de um governo são corruptas.

Acha que deputados e presidente têm credibilidade para tomar essa frente?
O judiciário hoje é quem mais representa os anseios da sociedade, não por vontade própria, mas por falta de opção. No contexto de dois poderes arruinados pela corrupção, é natural que quem está buscando debelá-la seja visto como salvação. A Lava Jato fez o strip-tease moral do executivo e do legislativo, e eles continuam com dificuldade de se movimentar para sustentar seus anseios. Ainda mantêm figuras como o [presidente do senado] Renan Calheiros (PMDBAL) cargos importantes.

O que acha da ideia proposta por petistas da sigla fazer uma leniência?
Sou contra. Quando um partido trai seus ideais e eleitores, não é o caso de negociar anistia. Isso não falo sobre o PT, mas sobre todos as siglas.

E sobre a delação premiada, todos devem ter direito?
A força-tarefa fez um trabalho brilhante, porém sou contra a ideia de ‘precisamos ter gente punida’. As pessoas já estão punidas, toda colaboração tem aplicação de pena. Sou favorável ao acordo a qualquer investigado. Temos que aprender a graduar as contribuições de acordo com seu valor, e não negá-las. Hoje o que acontece é que quando o MPF escolhe determinadas empresas ou pessoas para fazer a delação, privilegia os maiores e prejudica menores.

Por que é visto como anti-PT?
Não sei, nunca fui filiado a partidos. Acho que é porque fiz colaborações e atingiu o PT. Tanto que eu sou advogado do [senador cassado e ex-petista] Delcídio do Amaral. Meu posicionamento político é oposto a doutrina do PT, nunca votei e nunca votaria nele por questão ideológica. É importante lembrar que a corrupção dele veio antes dos acordos de colaboração.

FOLHA DE SÃO PAULO

SUS deixa de tratar 40% dos cânceres dentro do prazo legal, que prevê tratamento em até 60 dias

LEI PREVÊ QUE TODOS OS CASOS DE CÂNCER TENHAM DIREITO A TRATAMENTO EM ATÉ 60 DIAS DEPOIS DO DIAGNÓSTICO

LEI PREVÊ QUE  CASOS DE CÂNCER TENHAM DIREITO A TRATAMENTO EM ATÉ 60 DIAS DEPOIS DO DIAGNÓSTICO

O nódulo no seio direito apareceu em um exame de rotina em janeiro. Desconfiada, Adriana (nome fictício) resolveu pagar do próprio bolso a biópsia pedida pelo médico, para acelerar seu diagnóstico.

O resultado a levou para um hospital público especializado. Estava com câncer de mama. O tumor poderia ser retirado em cirurgia, ouviu.

Cinco meses depois do diagnóstico, ela não sabe quando fará esse procedimento e descobriu um novo nódulo, embaixo do braço. “Apareceu também no seio esquerdo. Está crescendo rápido.”

Apesar de existir uma lei que prevê que todos os casos de câncer tenham direito a tratamento em até 60 dias depois do diagnóstico, quatro em cada dez casos registrados em um sistema do governo federal esperam mais tempo para receber atendimento.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, dos 27.248 casos com data de tratamento registrada no Siscan (Sistema Nacional de Câncer), só 57% tiveram atendimento em até 60 dias. Outros 43% iniciaram tratamento depois desse prazo –a maioria após 90 dias ou mais.

A espera desses pacientes mostra que, três anos após entrar em vigor, a lei 12.732, sancionada em 2012 e chamada de “lei dos 60 dias”, ainda não é cumprida no país.

Para oncologistas, a demora pode agravar a situação do paciente. O impacto depende do estágio e de cada tipo de câncer. Em caso de linfomas mais agressivos, a espera pode ser fatal, diz Rafael Kaliks, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.

“Sessenta dias já não é o ideal, porque existem vários tipos de câncer. E também do ponto de vista psicológico. Imagina esperar dois meses para começar a tratar”.

Ele lembra que, no Reino Unido, o limite é de 30 dias a partir do diagnóstico.

Gustavo Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, diz que a ideia de ter um limite é importante, mas faz ressalvas. “Há pacientes que podem esperar até 90 dias. Outros, nem 15. Não pode ser uma regra única.”

GARGALOS

Antes de tratar, pacientes enfrentam outro gargalo: a espera por diagnóstico. “A doença não passa a existir só quando a pessoa tem o papel na mão”, diz Fernandes.

“Temos pacientes esperando há mais de dois anos por exames. Isso não é contabilizado”, diz o advogado Alber Sena, da Abrale (associação de linfoma e leucemia).

É o que ocorre com o auxiliar-administrativo Camilo Oliveira, 25, que mora em São Paulo. Em agosto de 2015, descobriu um nódulo na região cervical. Atendido por um clínico-geral, foi encaminhado para exames e especialistas. Em meio à dificuldade para agendar o serviço e novas consultas, ele ainda não tem uma resposta.

Para Rafael Kaliks, ao mesmo tempo em que a lei foi benéfica ao alertar para a necessidade de tratamento rápido, faltou planejamento para que o prazo pudesse, de fato, ser cumprido pelas instituições.

Segundo ele, a situação faz com que muitos hospitais optem por atender um número limitado de pacientes para continuar dentro do prazo.

“Se fecham a porta de entrada, não começa a contar o relógio de 60 dias”, afirma.

Para Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, que representa pacientes, a lei foi um “grito de socorro”. “O problema é que não veio com mais recursos. Tivemos a lei, mas não se parou para corrigir as barreiras.”

Com inforamções da FOLHA DE SÃO PAULO