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Categoria: maio 27, 2016

Congresso nacional sobre saúde mental discute políticas públicas para as mulheres

A secretária de políticas públicas para as mulheres de Natal, Aparecida França, está em São Paulo nesta sexta-feira (27), onde participa do 5º Congresso Brasileiro de Saúde Mental. Promovido pela Associação Brasileira de Saúde Mental, o evento se propõe a discutir e defender o bem-estar coletivo, no âmbito da saúde mental, no território brasileiro. Iniciado nesta quinta-feira (26), o encontro segue até sábado (28).

Aparecida França, que é psicanalista, especialista em socialização e doutora em Psicologia, participará de uma mesa de discussão a respeito dos desafios da política pública para atender às mulheres, especialmente as que apresentam algum tipo de transtorno mental. “Precisamos nos preparar para atender uma demanda crescente de mulheres, que além de submetidas à violência física, psicológica, material, é também usuária de droga e apresenta algum tipo de transtorno mental”, alerta Aparecida França.

Uma mulher é violentada a cada 11 minutos no Brasil

NO BRASIL, 47,6 MIL MULHERES FORAM ESTUPRADAS EM 2014

NO BRASIL, 47,6 MIL MULHERES FORAM ESTUPRADAS EM 2014

O estupro coletivo que aconteceu no Rio nesta semana é “o caso mais grave já ocorrido no Brasil”, afirmou Samira Bueno, cientista social e diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), organização não governamental (ONG) que formula análises e pesquisa as estatísticas sobre a violência no País.

A especialista lembra que, até então, o episódio mais chocante havia sido o das quatro meninas do Piauí. No caso carioca, disse Samira, além da quantidade de agressores, choca o fato de nenhum dos envolvidos ter tentado impedir a violência e “ainda terem postado o vídeo nas redes, se orgulhando do que fizeram”.

“O que chama a atenção é a brutalidade em pensar que mais de 30 homens estupraram a adolescente e nenhum deles, em momento algum, tentou impedir”, disse ela, que ressalta ainda o aspecto cultural da violência. “O estupro está vinculado à cultura machista e misógina, que entende que os homens têm direito de ferir a mulher.”

As estatísticas das Secretarias de Segurança Pública de todo País, reunidas pelo FBSP, mostram que mulheres de diferentes classes e raças são violentadas, “embora as negras sejam as principais vítimas letais”, segundo a cientista social. A vítima do estupro coletivo não é negra.

Uma mulher é estuprada no Brasil a cada 11 minutos, segundo estatística recolhida pela FBSP. Como apenas de 30% a 35% dos casos são registrados, é possível que a relação seja “de um estupro a cada minuto”, de acordo com Samira. Ao todo, no Brasil, 47,6 mil mulheres foram estupradas em 2014, última estatística divulgada. No Estado do Rio, foram 5,7 mil casos.

Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão vinculado à Secretaria de Segurança do Estado, revelam 507 queixas de estupro na cidade do Rio, neste ano. O número é 24% inferior ao de igual período (janeiro a maio) de 2015, quando houve 670 registros. Na região da 28.ª Delegacia de Polícia, que inclui a Praça Seca, onde aconteceu o estupro coletivo, foram registrados 20 casos em 2016.

Redes

Na quinta-feira, 26, as redes sociais foram inundadas de campanhas contra a violência sexual contra mulheres. Fotos de perfis foram cobertas com as frases “Precisamos falar sobre a cultura do estupro” e “Eu luto pelo fim da cultura do estupro”. Em outra campanha, a imagem de uma mulher sangrando, pendurada como Jesus à cruz, era disseminada nas redes. Usuários ainda compartilharam mensagens como “Não foram 30 contra 1, foram 30 contra todas. Exigimos justiça!”.

Agência Estado

EMPARN promove Dia de Campo sobre algodão colorido

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) vai promover na próxima terça-feira (31) um Dia de Campo sobre algodão colorido. O evento, realizado em parceria com a Associação de Produtores de Lajes, é voltado para agricultores familiares da região. Representando a empresa, estarão presentes o Diretor Presidente Alexandre de Medeiros Wanderley e o pesquisador Aldo Arnaldo de Medeiros.

A programação começará às 9h, com uma reunião na Câmara de Vereadores de Lajes, onde o pesquisador Gilvan Alves Ramos, da Embrapa Algodão, vai proferir palestra sobre “A cadeia comercial do algodão colorido” e tirar dúvidas dos produtores. Na sequência, todos os participantes seguirão para a Fazenda Santa Luzia, em Angicos, para visitar um plantio da cultura.

O algodão colorido se configura como boa opção de emprego e renda na agricultura familiar do Rio Grande do Norte, pois tem uma rentabilidade cerca de 30% maior sobre o algodão branco.

‘Renan, o senhor dos anéis, deve cair’, reage Delcídio

DELCÍDIO AMARAL (ESQ) E RENAN CALHEIROS (DIR). (FOTO: ESTADÃO)

DELCÍDIO AMARAL (ESQ) E RENAN CALHEIROS (DIR). (FOTO: ESTADÃO)

O senador cassado Delcídio Amaral (ex-PT/MS) defendeu nesta quinta-feira, 26, a saída do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB/AL). “O Renan, como o Eduardo Cunha (presidente afastado da Câmara), deve sair urgentemente. Ele deve cair. Renan é o senhor dos anéis, faz o que quer, manipula tudo, usurpa.”

Delcídio partiu para o ataque e pediu a cabeça do presidente do Congresso depois da divulgação do áudio em que Renan conversa com ‘Vandenbergue’ sobre o processo de cassação do ex-petista.

Os investigadores suspeitam que o interlocutor de Renan é Vandenbergue Sobreira Machado, que é da diretoria de Assessoria Legislativa da CBF, foi chefe de gabinete do ex-ministro Marco Maciel (Educação/Governo Sarney) e é muito ligado ao PMDB e ao senador.

No diálogo, Renan diz a Vandenbergue que Delcídio ‘tem que fazer… Fazer uma carta, submeter a várias pessoas, fazer uma coisa humilde… Que já pagou um preço pelo que fez, foi preso tantos dias… Família pagou… A mulher pagou…’

Vandenbergue respondeu. “Ele (Delcídio) só vai entregar à comissão (Conselho de Ética), fazer essa carta e vai embora’.

O teor da conversa entre Renan e Vandenbergue Machado, divulgada com exclusividade pela repórter Camila Bonfim, da TV Globo, nesta quinta, 26, deixou Delcídio indignado. E com a certeza de que sua cassação foi ‘manipulada’ pessoalmente por Renan. “Ele (Renan) tinha medo da minha delação, ele tinha comprometimento com o Palácio do Planalto.”

Delcídio fechou acordo de colaboração com a Procuradoria-Geral da República em fevereiro. Dias depois, foi colocado em liberdade – ele havia sido preso em 25 de novembro de 2015 por suspeita de tramar contra a Operação Lava Jato.

“Esse Vandenbergue é um cara que eu conheço há muito tempo”, afirma Delcídio. “Ele é diretor da CBF, mas se criou sempre no PMDB. Começou como chefe de gabinete do Marco Maciel no Ministério da Educação (Governo Sarney) e depois fez carreira no PMDB, especificamente com o Renan.”

Delcídio relata que ‘tinha boas relações’ com Vandenbergue. “Mas achei estranho que ele ia ao meu gabinete aparentemente para prestar solidariedade, para me visitar e o caramba, mas agora percebo que ele ia a mando do Renan para sondar, para saber se eu ia mesmo fazer delação premiada. A conversa gravada entre eles mostra que estavam mal informados. Pelo que vi, a conversa foi no dia 24 de março. Eu já havia fechado o acordo antes de ser solto em fevereiro. Vandenbergue sempre frequentava o meu gabinete, sempre uma relação boa, amistosa, mas o interesse dele era efetivamente me monitorar. Não só a mim como a minha família. A mando do Renan.”

“Fomos perceber mais na frente um pouco que não era solidariedade do Vandenbergue, ele estava sendo mandado pelo Renan para me monitorar. Como eu tinha uma boa relação com o Vandenbergue me foi oferecido para minha defesa o filho dele, que é advogado. Ele se apresentou para advogar de graça para mim. Mas ele não é meu advogado.”

Na avaliação de Delcídio, o diálogo entre Renan e Vandenbergue revela a preocupação do presidente do Congresso em tirar seu mandato, o que de fato ocorreu no dia 10 maio por um placar devastador – 74 senadores votaram pela saída de Delcídio, nenhum colega a seu favor.

“Dentro dessas condições, como um Eduardo Cunha, ou seja, tendo todas as rédeas do processo para julgar alguém e usado os poderes que tem, ele (Renan) manipulou minha cassação”, protesta Delcídio. “O diálogo (com Vandenbergue) só confirma que Renan, o senhor dos anéis, deve ser afastado imediatamente. Não tem mais condições de comandar o Senado.”

Na avaliação do ex-senador, o áudio de Renan e Vandenbergue ‘caracteriza uma ação forte dele (Renan) de manipulação, igual à que o Eduardo Cunha promoveu no processo da Dilma. Ficou muito claro que Renan controla a situação. O cara está usurpando de um espaço que ele tem dentro do Senado, usando a presidência para fazer o que quer.”

Delcídio analisou um outro áudio, em que Renan chama de ‘mau caráter, mau caráter’ o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Isso é muito grave, mostra mais uma vez como ele, Renan, é o senhor dos anéis. Ele manipula tudo. Fui cassado por livre arbítrio do senhor dos anéis. Queimou etapas do processo. Eu nunca vi, em treze anos de Senado, uma reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no próprio Plenário.”

Para o ex-petista, Renan “tem medo, claro’ de sua delação à Procuradoria-Geral da República. “Ele tinha compromissos com o Planalto, com senadores que se sentiam atingidos pela minha colaboração. Pensaram em me tirar o mais rápido possível e não deixar eu ir para o plenário. Não queriam que eu votasse o afastamento da Dilma. Essa fala dele no áudio demonstra nitidamente que ele tinha condições de manipular tudo. Esse áudio vai ser usado na minha defesa.”

“Se eu conheço um pouco o Sérgio Machado o que ele deve ter falado nos depoimentos da delação dele à Procuradoria é brincadeira. Dez anos de Transpetro é muita coisa. Na minha colaboração eu falei especificamente do Sérgio Machado na Transpetro e da proximidade dele com o Renan. Ele despachava com o Sérgio na residência oficial da Presidência do Senado. É muito grave esse cenário. É o cáos.”

Estadão

Operação Saturação aborda 200 pessoas, captura foragidos e prende suspeitos na zona Norte de Natal‏

(DIVULGAÇÃO/SESED)

(DIVULGAÇÃO/SESED)

Cerca de 200 pessoas foram revistadas durante operação policial realizada na noite desta quinta-feira (26), na zona Norte de Natal. Durante a ação dois foragidos da Justiça foram capturados e outros dois homens, detidos por estarem portando arma de fogo.

Em Igapó, os policiais realizavam patrulhamento tático quando se deparam com dois homens identificados por Bruno Araújo da Costa, de 23 anos e Thalles Bruno do Nascimento, de 19 anos, em atitude suspeita. Ao perceberem a presença policial, a dupla tentou se evadir mas foi rapidamente detida. Com eles a PM encontrou um revólver calibre 38 com quatro munições. Ambos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil para melhor apuração dos fatos e demais providências.

No Bairro Lagoa Azul, os policiais localizaram e capturaram Uelsio Jordão Alcântara Abreu, de 32 anos. Além de estar foragido da Justiça, ele é suspeito de comercializar drogas naquela região. O infrator foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de onde será encaminhado ao sistema prisional.

Um terceiro homem, também foragido da Justiça, foi capturado durante uma barreira na zona Norte visando garantir a segurança dos profissionais e usuários do transporte público na região. O infrator, que estava no interior de um ônibus da linha 64, demonstrou nervosismo ao constatar a presença policial, sendo abordado e constatado o mandado de prisão em aberto em seu desfavor. Ele foi conduzido à Delegacia de Plantão da zona Norte de Natal.

No total, 106 veículos foram abordados e revistados na operação do 4º BPM que ocorreu simultaneamente nas localidades de Santa Catarina, Alto da Torre, Sarney, Parque das Dunas, Jardim Brasil, Brasil Novo, Redinha Velha e Nova e Santa Rita.

‘Não dói o útero e sim a alma’, diz menina vítima de estupro coletivo

JOVEM VÍTIMA DE ESTUPRO NO RIO DEIXOU MENSAGEM EM REDE SOCIAL (FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK)

JOVEM VÍTIMA DE ESTUPRO NO RIO DEIXOU MENSAGEM EM REDE SOCIAL (FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK)

A adolescente de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo em uma comunidade da Zona Oeste do Rio voltou a fazer um desabafo nas redes sociais. Diante de tantas mensagens de apoio e solidariedade, a jovem acrescentou a mensagem: “Todas podemos um dia passa e por isso .. Não, não doi o útero e sim a alma por existirem pessoas cruéis sendo impunes !! Obrigada ao apoio”, disse a menina.

Na noite desta quinta (26), ela já havia feito um agradecimento na internet. “Venho comunicar que roubaram meu telefone e obrigada pelo apoio de todos. Realmente pensei que seria julgada mal”. De acordo com relatos da vítima, 33 homens armados teriam participado do crime.

A polícia já pediu a prisão de quatro homens. Um deles é Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, com quem a adolescente tinha um relacionamento, Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos, Michel Brazil da Silva, de 20, e Raphael Assis Duarte Belo, de 41. Segundo a família da menina, o rapaz que a menina conheceu na escola e com o qual ela já havia tido um relacionamento, teria agido premeditadamente.

“Um deles é namorado dela, tinha sido namorado dela, que ela conheceu na escola. E isso foi uma vingança dele. Ele fez isso com ela e chamou mais 30 para fazer o mesmo. O pai dela nem aguenta falar que chora muito. Um ser humano que é capaz de fazer isso com uma menina de 16 anos só, cheia de sonho, né? E eles fazem isso. A família está assim, sem palavras”, lamentou.

A polícia pede que qualquer pessoa que tenha informações sobre um dos suspeitos de participação nesse crime entre em contato com o Dique-Denúncia através do telefone 2253-1177.

G1 Rio

Áudios apontam que MBL recebeu financiamento de partidos em atos pró-impeachment

O GRUPO SE DEFINE COMO APARTIDÁRIO E SEM LIGAÇÕES FINANCEIRAS COM AGREMIAÇÕES POLÍTICAS. (FOTO: MBL/FACEBOOK/REPRODUÇÃO)

O GRUPO SE DEFINE COMO APARTIDÁRIO E SEM LIGAÇÕES FINANCEIRAS COM AGREMIAÇÕES POLÍTICAS. (FOTO: MBL/FACEBOOK/REPRODUÇÃO)

O MBL (Movimento Brasil Livre), entidade civil criada em 2014 para combater a corrupção e lutar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), recebeu apoio financeiro, como impressão de panfletos e uso de carros de som, de partidos políticos como o PMDB e o Solidariedade.

O movimento negociou também com a Juventude do PSDB ajuda financeira a suas caravanas, como pagamento de lanches e aluguel de ônibus, e teria tido apoio da “máquina partidária” do DEM.

Quando fundado, o movimento se definia como apartidário e sem ligações financeiras com siglas políticas. Em suas páginas em redes sociais, fazia campanhas permanentes para receber ajuda financeira das pessoas, sem ligação com partidos.
Os coordenadores do movimento, porém, negociaram e pediram ajuda a partidos pelo menos a partir deste ano. Atualmente, o MBL continua com as campanhas de arrecadação nos seus canais de comunicação, mas se define como “suprapartidário”. Aliás, a contribuição financeira concedida é vinculada ao grau de participação do doador com o movimento. A partir de R$ 30, o novo integrante pode ter direito a votos.
Já os partidos políticos que teriam contribuído com o MBL têm versões distintas para explicar o caráter e a forma desses apoios, chegando em alguns casos a negá-los. Conheça cada caso.

PMDB e os panfletos

O PMDB teria custeado a impressão de panfletos para o MBL divulgar as manifestações pró-impeachment ocorridas pelo país no último dia 13 de março. O presidente da Juventude do PMDB, Bruno Júlio, informou que solicitou ao presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, que custeasse 20 mil panfletos de divulgação dos atos, com a inscrição “Esse impeachment é meu”. A assessoria de Moreira Franco nega.
O dirigente da JPMDB afirma que o material foi pago pelo partido e entregue ao MBL, que distribuiu para suas sedes regionais e espalhou por todo o país. “O MBL auxiliou na logística, distribuindo os panfletos e colando cartazes, mas a Fundação Ulysses Guimarães pagou porque se tratava de uma campanha nossa, da Juventude do PMDB, que nós encampamos”, explica.
O lema “Esse impeachment é meu”, no entanto, pertence ao MBL, que estampou a frase em camisetas, faixas e cartazes, além de tê-lo utilizado em discursos e vídeos gravados por suas lideranças.
Procurada, a assessoria do atual secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) do governo interino, Moreira Franco, disse, no primeiro momento, que o ex-ministro da Aviação Civil do governo Dilma não se recordava se teria pago ou não pela impressão. Posteriormente, negou que o pagamento tenha ocorrido e afirmou que nem Moreira Franco nem o PMDB jamais trabalharam em parceria com o MBL.
Questionado sobre o apoio, o MBL não confirmou o custeio dos panfletos, disse apenas que o PMDB fazia parte da comissão pró-impeachment.

Solidariedade e DEM

Em uma gravação de fevereiro de 2016 a que o UOL teve acesso, Renan Antônio Ferreira dos Santos,  um dos três coordenadores nacionais do MBL, diz em mensagem a um colega do MBL que tinha fechado com partidos políticos para divulgar os protestos do dia 13 de março usando as “máquinas deles também”.
Renan diz ainda que o MBL seria o único grupo que realmente estava “fazendo a diferença” na luta em favor do impeachment de Dilma Rousseff.
Em nota, Renan Santos confirmou a autenticidade do áudio e informou que o comitê do impeachment contava com lideranças de vários partidos, entre eles, DEM, PSDB,  SD e PMDB.
“As manifestações não são do MBL. 13 de Março pertence a todos os brasileiros, e nada mais natural que os partidos de oposição fossem convidados a usar suas redes de divulgação e militância para divulgar a data. Não houve nenhuma ajuda direcionada ao MBL. Pedimos apenas que divulgassem com toda energia possível. Creio que todos o fizeram,” informa nota do MBL. A assessoria de imprensa do Solidariedade confirmou a parceria em nota : “O apoio do Solidariedade ao MBL foi com a convocação da militância para as manifestações do impeachment, carro de som nos eventos e divulgação dos atos em nossas redes.”

Já o DEM informou que atuou em conjunto com o MBL, mas negou qualquer tipo de ajuda financeira ou apoio material ao movimento. “O Democratas se uniu aos movimentos de rua em favor do impeachment. Não houve nenhum tipo de apoio financeiro, apenas uma união de forças com os movimentos de rua, dentre eles o MBL”, disse o partido.

PSDB

Em gravação feita no dia 5 deste mês, o secretário de Mobilização da Juventude do PSDB do Rio de Janeiro, Ygor Oliveira, dá detalhes a seus colegas de partido sobre uma “parceria com o MBL” para financiar uma manifestação que veio a ocorrer no dia 11 de maio, em Brasília, durante a votação no Senado que resultou no afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República.

Oliveira confirmou ao UOL a autenticidade da mensagem, mas disse que a “parceria” acabou por não se concretizar. “Isso foi um rascunho de uma parceria, que acabou não dando certo”, afirmou.

Ele disse também que essa fora a primeira iniciativa conjunta entre a Juventude do PSDB e o MBL, e que não pretende realizar outras: “Foi o primeiro projeto conjunto (de financiar a viagem de manifestantes a Brasília), e por ora não existe nenhuma outra iniciativa em vista.”

Procurado pela reportagem, o MBL confirmou a “aproximação ao PSDB”, mas não informou se a parceria com o partido para pagar o lanche e o transporte de manifestantes no dia 11 de maio efetivamente se concretizou.

Em nota, Renan Santos, coordenador nacional do movimento e filiado ao PSDB entre os anos 2010 e 2015, afirmou que “o MBL não criminaliza a política nem os políticos. A aproximação com as lideranças (políticas) foi fundamental para pavimentar o caminho do impeachment.”

Uol

Barack Obama faz visita histórica a Hiroshima

 É A PRIMEIRA VEZ QUE UM PRESIDENTE AMERICANO EM EXERCÍCIO VAI AO LOCAL DO PRIMEIRO ATAQUE NUCLEAR DO MUNDO.(FOTO: CARLOS BARRIA/REUTERS)


É A PRIMEIRA VEZ QUE UM PRESIDENTE AMERICANO EM EXERCÍCIO VAI AO LOCAL DO PRIMEIRO ATAQUE NUCLEAR DO MUNDO.(FOTO: CARLOS BARRIA/REUTERS)

Mais de 70 anos depois de uma bomba atômica devastar Hiroshima, um presidente americano visita a cidade japonesa. Barack Obama chegou por volta das 5h da manhã desta sexta-feira e, apesar da homenagem às vítimas, deixou claro que não pediria desculpas. O ataque a Hiroshima, no fim da Segunda Guerra Mundial, deixou mais de 140 mil mortos.

Depois de colocar uma coroa de flores no Memorial da Paz de Hiroshima, Obama defendeu um mundo sem armas nucleares, e disse que a memória às vítimas nunca deve desaparecer.

— Há 71 anos, a morte caiu do céu e o mundo mudou — declarou o presidente diante do memorial das vítimas da bomba lançada pelos EUA em Hiroshima — Viemos aqui para refletir sobre a terrível força desencadeada em um passado não tão distante. Viemos para chorar todos os inocentes mortos naquela terrível guerra. Temos uma responsabilidade de olhar diretamente nos olhos da história. Devemos perguntar o que devemos fazer de maneira diferente para conter tal sofrimento novamente. O progresso tecnológico sem o equivalente progresso nas instituições humanas podem nos condenar. A revolução científica que levou à divisão do átomo requer uma revolução moral também.Obama chegou a Hiroshima acompanhado pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. A viagem ao país acontece após uma reunião do G-7.

A visita é uma homenagem às vítimas do ataque de 6 de agosto de 1945 — e, possivelmente, aos outros 74 mil mortos pela bomba que atingiu Nagasaki, três dias depois, forçando a rendição japonesa meses após a derrota da Alemanha nazista. No início do primeiro mandato, Obama disse ter desejo de conhecer a cidade.

Anos após deixar o cargo, o ex-presidente Jimmy Carter foi a Hiroshima em 1984 para falar contra a proliferação nuclear. Em março, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, visitou o memorial do bombardeio de Hiroshima, marcando a primeira ida de um chefe da diplomacia americana em exercício ao local. Ele também não pediu desculpas, mas disse lamentar profundamente os fatos que levaram aos ataques.

— Jamais esquecerei aquelas imagens que revolvem o estômago — disse Kerry, comentando os estragos provocados pela explosão da bomba, cujo lançamento foi autorizado pelo presidente Harry Truman.

O Globo