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Categoria: maio 1, 2016

Guerra de Gigantes: América e ABC na batalha pelo título do estadual 2016

'Boaventura e Nando se olham no olho num momento mais pesado do Clássico-Rei'. Foro: (Reprodução Novo Jornal)

‘Boaventura e Nando se olham no olho num momento mais pesado do Clássico-Rei’. Foro: (Reprodução Novo Jornal)

Esses dois vão se encarar o jogo inteiro. Onde um estiver, o outro também estará como uma sombra. Na entrada da área, no círculo central, até fora do campo se for preciso.

Apesar de posições e funções distintas, ambos têm a cara de suas torcidas. A final de hoje, às 16h na Arena das Dunas, colocará o zagueiro Flávio Boaventura, do América, e o atacante Nando, do ABC, frente a frente. Um não dará sossego ao outro.

A raça nunca faltou a ambos. E, apesar, de toda polêmica sobre ingressos e do festival de farpas trocadas entre dirigentes de maneira desnecessária na semana, ambos vão na contramão de toda essa incitação pública.

O respeito impera até mesmo quando Boaventura e Nando se olham no olho num momento mais pesado do Clássico-Rei. Eles têm a quem respeitar. Um ao outro. E às camisas de ABC e América, que são muito mais importantes que qualquer picuinha que se prezou.

A única motivação que eles querem dar ao torcedor é a do título. Os dois se conhecem de longa data, inclusive. Jogaram juntos, em 2010, no Mogi Mirim-SP. Hoje, se enfrentam como adversários numa importante final num palco de Copa do Mundo, mas, principalmente, sem nunca deixar a essência esportiva de lado.

No América, o momento é delicado. Com o treinador interino Moura e vindo de um segundo turno abaixo do esperado, Boaventura representa uma consistência no setor defensivo, uma aposta do América nesta final. Além do poder de decisão que possui – e que definiu o título do ano passado.

O contraponto está no atacante abcedista: a boa fase de Nando dá luz ao sonho do torcedor de recuperar a hegemonia do Campeonato Potiguar. O Alvinegro não vence um Estadual desde 2011.

E o camisa 9 tem sido o melhor remédio em todos os momentos do ano no clube. Vice-artilheiro do Brasil no ano com 14 anos, ele é a esperança para barrar a defesa americana. O atacante tem levado bom retrospecto contra a defesa do Dragão. Nos dois Clássicos-Rei deste ano, Nando balançou a rede em ambos.

No primeiro duelo, em janeiro, na Arena das Dunas, que será o palco do duelo de hoje, anotou um dos tentos mais bonitos do Estadual, quando arrematou de voleio para o gol defendido por Pantera. No Frasqueirão, manteve sua boa média no ano – e diante do rival, balançando as redes de pênalti.

Assim, ajudou ao Alvinegro a manter uma escrita nesta temporada: segue invicto diante do rival americano, o que deseja manter.

Reportagem: Novo Jornal

Desemprego: 11 milhões de pessoas padecem no Dia do Trabalho

Imagem: Divulgação

Imagem: Divulgação

O Brasil chega ao Dia do Trabalho, neste 1º de maio, com taxa de desemprego de 10,9%, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já os números de março do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mostram supressão de 1,85 milhão de vagas formais em 12 meses. O aprofundamento do desemprego atinge as economias emergentes em geral. Mas o caso brasileiro é agravado pelas crises política e fiscal.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) projeta aumento em 2,4 milhões no número de desempregados nas economias emergentes em 2016. Steven Tobin, do Departamento de Pesquisa da OIT, explica que a deterioração do mercado de trabalho nesses países está ligada à redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país).
A população desocupada chegou a 11,1 milhões de pessoas, aumentando 22,2% (2 milhões de pessoas), em relação ao número de desempregados do período imediatamente anterior (outubro a dezembro de 2015). Na América Latina e Caribe, a situação é considerada mais grave, com contração do PIB em 2015.

“Enquanto as economias emergentes navegaram pela primeira fase da recessão global relativamente bem, elas recentemente experimentaram marcada deterioração nas perspectivas econômicas e do mercado de trabalho. A situação é particularmente crítica na América Latina e Caribe. A região deve crescer significativamente abaixo da média mundial nos próximos anos”, destaca Tobin.

O pesquisador ressalta que, dadas as características de alguns países emergentes, os efeitos sociais do desemprego podem se tornar mais nefastos. “Desde que muitas dessas economias não têm um sistema de benefícios abrangente, ou políticas ativas para o mercado de trabalho, os efeitos de um aumento do desemprego nesses países pode afetar negativamente os padrões de vida e a qualidade dos empregos”, afirma citando com uma das consequências o aumento do emprego informal.
Particularmente no Brasil, Tobin cita a diminuição da demanda externa, em especial da China, e a queda nos preços das commodities (produtos primários com cotação internacional) como fatores que contribuíram para o aumento da taxa de desemprego. No entanto, diz ele, esse cenário acabou revelando fraquezas estruturais do país, como a baixa produtividade. Segundo o pesquisador, o Brasil teve “excessiva confiança” na exportação de commodities durante os anos de prosperidade.

Informações: Novo Jornal

Crise: Indústria perde espaço na economia da maioria dos estados

Imagem: Divulgação

Imagem: Divulgação

A indústria perdeu importância na economia da maioria dos estados entre 2010 e 2013, segundo pesquisa divulgada neste domingo (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em todo o país, a participação do setor caiu de 27,4% do total do Produto Interno Bruto para 24,9% no período analisado.
A queda foi sentida em 22 estados e no Distrito Federal – apenas no Amapá, Maranhão, Espírito Santo e Rio de Janeiro a participação da indústria na economia mostrou crescimento.
O maior recuo foi registrado na Bahia, de 6,6 pontos percentuais: a indústria do estado “encolheu” de 27,1% do total do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 para 20,5% em 2013. Segundo a CNI, a perda está relacionada a quedas nos setores de informática, eletrônicos e ópticos (-46,9%), veículos automotores (-32,9%) e metalurgia (-23,9%).
Houve recuos acentuados também da participação da indústria no PIB no Amazonas (-5,7 pontos percentuais, para 37%), Tocantins (-4,3 pontos percentuais, para 16,7%) e São Paulo (-3,5 pontos percentuais, para 22,9%).
Já o Amapá liderou a expansão do setor dentro da economia do estado: a indústria, que representava 7,7% do PIB estadual em 2010, passou a 13,2% no último ano da pesquisa. A alta acompanhou a maior diversificação da indústria do estado que, em 2010, era a menor do país.
Altas foram vistas ainda no Maranhão (de 16,8% para 19%) – puxada principalmente pela alta de 106% na indústria da transformação –, no Espírito Santo (de 40% para 40,5%) e no Rio de Janeiro (de 28,7% para 30,5%), em ambos os estados influenciadas pelo setor extrativo.
Participação da Indústria na economia dos Estados em 2013. (Gráfico: Portal G1)

Participação da Indústria na economia dos Estados em 2013. (Gráfico: Portal G1)

“Lambendo as feridas”: A rotina melancólica de um presidente após o afastamento

 Collor procura livro na estante do pai - 29-11-1992 / Orlando Brito

Collor procura livro na estante do pai – 29-11-1992 / Orlando Brito

Na manhã do dia 2 de outubro de 1992, após 20 meses de um governo que sacudira o país, o casal Fernando e Rosane Collor, de mãos dadas e olhar altivo, se despediu do Planalto pela porta dos fundos. Na véspera, o Senado aprovara a admissibilidade do impeachment do presidente. Assim que o helicóptero decolou, quando sobrevoava o Lago Paranoá em direção à Casa da Dinda, o presidente afastado ordenou ao major comandante que desviasse o voo para que pudesse observar uma escola de tempo integral que construíra na Vila Paranoá e que era seu orgulho. Queria se despedir com a imagem do Centro Integrado de Atendimento à Criança (CIAC). O militar, então, disse-lhe:

— Excelência, sinto muito, mas o combustível e o plano de voo que temos só nos permitem ir até o destino previsto, a Casa da Dinda.

Fernando Collor não disse coisa alguma. Mas, segundo auxiliares, ao ouvir a negativa do major, percebeu que não comandava mais nada e que jamais voltaria ao Planalto. Estava certo. Sessenta dias depois, em 2 de dezembro, o plenário do Senado aprovou o parecer da comissão especial pela procedência da acusação.

RARAS VISITAS PARA UM CAFÉ

No dia 29 de dezembro, mesmo com uma carta de renúncia lida durante a sessão, o julgamento prosseguiu, e os direitos políticos de Collor foram cassados em votação nominal, no plenário do Senado, em sessão presidida pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Sidney Sanches.

Durante esse prazo de menos de três meses entre a admissibilidade e o julgamento final no Senado, Collor e Rosane atravessaram um calvário. Isolado na Casa da Dinda, magro e deprimido, Collor se apegou à religiosidade, incluindo a realização de rituais de umbanda, na esperança de voltar ao Planalto.

O então presidente afastado, ao contrário da guerra jurídica capitaneada hoje pelo PT e aliados da presidente Dilma Rousseff, não bateu de frente contra o processo na Câmara ou no Senado. Inconformado com o afastamento, tentou, sem sucesso, manter a rotina de despachos como na Presidência da República. Aproveitou parte da estrutura da biblioteca do pai, Arnon de Mello, do outro lado da rua da Casa da Dinda, e adaptou o que ficou conhecido como “Planaltinho”.

Na tentativa de reverter a cassação, além de rezar na capela com imagens do milagreiro Frei Damião, um dos gurus durante sua campanha e mandato, Collor e Rosane participavam de rituais de magia negra no porão da Casa da Dinda, como ela revelaria anos depois em entrevista ao “Fantástico”.

Conta-se que no período de “freezer”, fora da Presidência, toda vez que alguém ligava e perguntava o tradicional “como vai?”; A resposta de Collor era sempre a mesma:

— Aqui, meu caro, lambendo as minhas feridas!

Reportagem: (MARIA LIMA/ O Globo)

Obama ironiza Trump em discurso para correspondentes da Casa Branca

Barack Obama fazendo caretas. (Imagem: Ilustração/ Arquivo Pessoal)

Barack Obama fazendo caretas. (Imagem: Ilustração/ Arquivo Pessoal)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, brincou neste sábado sobre sua vida fora da Casa Branca como “comandante do sofá”, e previu que Hillary Clinton será sua sucessora, aproveitando para criticar a inexperiência internacional e o mau humor nas redes sociais de Donald Trump.

“No próximo ano outra pessoa estará neste lugar, e é difícil saber quem será ela”, afirmou Obama em seu último discurso no tradicional jantar de correspondentes da Casa Branca, carregado de ironia, em referência à favorita para a candidatura democrata, Hillary Clinton.

“E eu”, acrescentou, “passarei de comandante em chefe a comandante do sofá”. Cerca de 3.000 convidados se reuniram no grande salão do Hotel Hilton para homenagear a Associação de Correspondentes da Casa Branca, em um evento que pretende aproximar os  jornalistas que cobrem o presidente e os funcionários da Administração dos EUA.

Como era de se esperar, Obama não pôde evitar falar do controverso empresário nova-iorquino Donald Trump, atual favorito à candidatura presidencial republicana, e que se tornou a sensação da campanha eleitoral. “Não quero gastar tempo demais com Donald. Seguindo seu exemplo, quero mostrar um pouco de contenção”, disse, em uma ironia para a imprensa americana sobre a ampla cobertura midiática dada a Trump.

Obama também se referiu às críticas ao favorito pré-candidato republicano e sua falta de experiência em política internacional. “Passou anos se reunindo com líderes de todo o mundo: Miss Suécia, Miss Argentina”, disse Obama, sobre o concurso Miss Universo administrado por Trump.

"Passarei de comandante em chefe a comandante do sofá", comenta Obama. (Foto: Divulgação / Casa Branca)

“Passarei de comandante em chefe a comandante do sofá”, comenta Obama. (Foto: Divulgação / Casa Branca)

(Foto: Michael  Snyder/AP)

(Foto/ Ilustração: Michael Snyder/AP)

‘Briga de Forças’ II: Dilma vai anunciar aumento do Bolsa Família no 1º de maio

Dilma fará anuncio sobre o programa no Dia do Trabalho - Givaldo Barbosa / Agência O Globo

Dilma fará anuncio sobre o programa no Dia do Trabalho – Givaldo Barbosa / Agência O Globo

A presidente Dilma Rousseff anunciará neste domingo, em evento do Dia do Trabalho em São Paulo, um aumento escalonado nos benefícios do Bolsa Família. Segundo auxiliares da presidente, o reajuste será feito por faixas. O maior percentual será de cerca de 5%. Dilma, que está reunida com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, no Palácio da Alvorada, estuda ainda correção das faixas do Imposto de Renda. A decisão de aumentar o benefício ocorre após o secretário do Tesouro, Otavio Ladeira, afirmar que não há espaço fiscal no Orçamento para a medida.

Assessores da presidente reconhecem que o “dinheiro é curto”, mas que, apesar das restrições financeiras, Dilma optou por fazer um reajuste “significativo”. Segundo um auxiliar, a presidente tem ordenado aos ministros que reforcem marcas da área social do governo, dando a “sinalização devida de que não pode haver retrocessos”. Fontes do Planalto têm afirmado que Dilma não promoverá, com o aumento, um rombo nas contas públicas. O impacto dessa medida será de no máximo R$ 1 bilhão.

— Não se está promovendo nenhum rombo e sim uma reafirmação de prioridades — diz um auxiliar presidencial.

Ontem, Barbosa foi perguntado sobre o Bolsa Família e disse que estava sendo estudado, mas que não havia decisão sobre o assunto. Com relação à correção das faixas do IR, caso feita, só valerá para as declarações feitas em 2017.

Imagem: Divulgação/ Publicidade

Imagem: Divulgação/ Publicidade

R$ 100 MILHÕES PARA PROPAGANDA

A duas semanas da votação no Senado que poderá afastá-la do cargo, Dilma Rousseff começou a anunciar medidas de última hora. Ontem, ela prorrogou o Programa Mais Médicos, liberou R$ 100 milhões para gastos com publicidade da Presidência e outros R$ 80 milhões para infraestrutura das Olimpíadas no Rio.

Na próxima semana, o governo promete liberar todo o orçamento da Polícia Federal previsto para o restante do ano, o equivalente a R$ 160 milhões. O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, deixou claro que a liberação dos recursos da PF vai garantir que a instituição não seja afetada em eventual saída de Dilma. Sem citar nomes, fez alusão a eventuais ingerências do governo do vice na PF e Lava-Jato:

— É muito simples. É possível que nós tenhamos uma presidenta suspensa de suas funções. E nós estamos querendo garantir que durante esse período excepcional de até 180 dias a PF funcione independentemente da crise política.

Imagem: Ilustração

Imagem: Ilustração

Briga de Forças I: Temer garante todo apoio às Olimpíadas do Rio

Eduardo Paes recebe promessas de apoio para as olimpíadas (Foto: André Mourão - Ag. O Dia)

Eduardo Paes recebe promessas de apoio para as olimpíadas (t/ Ilaçãor André Mourão – Ag. O Dia)

O vice-presidente Michel Temer acaba de prometer ao prefeito Eduardo Paes que, caso venha mesmo a substituir a presidente Dilma, um dos seus primeiros atos de governo será o de ligar para o O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, e assegurar todo o apoio do seu governo para a realização das Olimpíadas no Rio, marcada para daqui a menos de 100 dias.

Imagem: Divulgação

Imagem: Divulgação

Cunha tenta influenciar eventual governo Temer, indicando aliados

Eduardo Cunha | Aílton de Freitas

Eduardo Cunha | Aílton de Freitas

Apesar de ser réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no Supremo Tribunal Federal (STF), alvo na mesma Corte de pedido de afastamento do cargo e de processo de cassação de seu mandato na Câmara por quebra de decoro, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), trabalha incansavelmente para influenciar o eventual governo Michel Temer com indicações em diversas áreas e pode ter êxito em algumas das demandas.

Para garantir que terá alguma ascendência sobre a gestão Temer e, assim, tentar sobreviver aos embaraços que enfrentará este ano na Câmara e no Supremo, Cunha tenta emplacar nomes para se sentarem bem perto do possível futuro presidente. É o caso de Gustavo Rocha, cotado para a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Advogado do PMDB por indicação do presidente da Câmara, Rocha foi nomeado para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no ano passado por influência de um de seus mais ilustres clientes, o próprio Cunha

O peemedebista também atua para emplacar o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) na Esplanada e um nome do PRB, partido que lhe dá sustentação, na Agricultura. O nome que vem sendo proposto por Cunha é do deputado César Halum (PRB-TO). Motta mostrou sua fidelidade a Cunha quando, em fevereiro, enfrentou o então candidato governista à liderança do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), a pedido do presidente da Câmara. Já o PRB é um partido que tem caminhado afinado com Cunha quando, por exemplo, foi o primeiro da base a fechar questão totalmente favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Quem tem mantido o diálogo mais próximo com Cunha é o ex-ministro Geddel Vieira Lima, cotado para ser ministro da cota pessoal de Michel Temer na Articulação Política. Responsável por tocar as negociações com deputados e senadores, Geddel tem sido visto com frequência no gabinete da Presidência da Câmara nos últimos dias. O contato direto de Cunha com Temer, por outro lado, tem sido mais restrito neste momento.