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1° de maio: Trabalhadores de serviços funerários essenciais também estão na luta contra a Covid-19

FOTO: DIVULGAÇÃO

Em tempos de pandemia, o luto é um sentimento cada vez mais frequente e mais difícil de lidar. Com diversas restrições a velórios e sepultamentos para mortes de Covid-19 ou não, muitos familiares se sentem angustiados, mas contam com a ajuda e cuidado de colaboradores capacitados para atendê-los. Neste 1º de maio, Dia do Trabalho, alguns desses profissionais contam sobre como estão se adaptando à realidade atual.

O serviço funerário trabalha diretamente com a dor da perda e tem atuado diariamente com os cuidados relacionados tanto à prevenção quanto ao auxílio de clientes que perderam um ente querido, como é o caso de Érika Carvalho, uma das atendentes do Plano Sempre, empresa do Grupo Vila.

Para Érika, mesmo diante do risco da doença, poder contribuir para o conforto dos clientes em um momento de dor faz com que o medo fique em segundo plano. “Sabemos que nosso ramo de trabalho é um dos que não pode parar pois lidamos diariamente com pessoas enlutadas. Para mim, poder ajudar os clientes de forma que eles se sintam mais confortados com o meu serviço é algo que desperta ainda mais vontade de estar aqui e ajudar as pessoas que passam por um momento difícil a se concentrar na despedida, mesmo que por meios alternativos”, relata a colaboradora.

Em razão do risco de contágio pelo novo Coronavírus, as cerimônias de homenagem e despedida de falecidos acontecem sob restrições. Os velórios têm tempo e circulação de pessoas reduzidas e alternativas como o velório virtual estão sendo adotadas, como já acontece no Morada da Paz desde 2001.

Segundo Érika, que já teve contato com familiares de óbitos pela Covid-19, muitos clientes apresentam preocupação com os velórios e sepultamentos. “Alguns são flexíveis, entendem as restrições e cuidados, outros não querem aceitar, acredito que por termos essa cultura da despedida convencional, e por isso é importante fazer um bom atendimento, explicar que as restrições e normas de prevenção demonstram o cuidado que temos com nossos clientes e funcionários”, conta.

Já no Morada da Paz, o regime de home office também foi adotado por alguns colaboradores. Efigênio Gurgel, por exemplo, é supervisor do Morada São José e está fazendo seu trabalho remotamente, acompanhando tudo de casa.

“Adaptar o trabalho que faço presencialmente para dentro de casa é um desafio, mas que tem dado certo com todos os cuidados que somos orientados a ter. É claro que estamos sujeitos ao estresse, ao medo e por isso considero muito importante uma das iniciativas da empresa de disponibilizar atendimento psicológico por telefone para os funcionários”, disse.

O supervisor conta ainda sobre a realidade enfrentada diariamente no Morada da Paz, para ele, o serviço funerário por ser um dos que não podem parar pela sua essencialidade, precisou se adaptar rapidamente através de treinamentos.

“Todos os nossos colaboradores foram treinados para os procedimentos durante a pandemia. Os cuidados foram triplicados e, mesmo com o distanciamento social, nós recebemos as famílias dos falecidos com toda a solidariedade possível, nos colocamos no lugar daquela pessoa na hora do trabalho e essa empatia é o diferencial. Mesmo que nós não tenhamos o afastamento total como ocorreu em outros segmentos, estamos satisfeitos em trabalhar também na luta contra o Coronavírus, fazendo nossa parte e prestando um serviço de excelência com todos os cuidados necessários”, finaliza.

Tecnologia que auxilia a vivência do luto

No Morada da Paz, duas alternativas on-line foram pensadas para auxiliar famílias que não podem vivenciar o luto através de uma despedida presencial do ente querido. O Velório Virtual é uma delas, em que os clientes podem acompanhar através da web as cerimônias de velório e cremação.

Virtualmente, também é possível criar um espaço de memórias dos falecidos e cultivar boas lembranças na plataforma Morada da Memória, uma rede social que permite publicações com fotos, vídeos e mensagens.

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