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Planetário de Parnamirim reabre e fecha parceria para ampliar acervo

FOTO: JOSÉ ALDENIR

Após passar por uma reforma completa, o Planetário Municipal Professora Neirivan Maia Lima, localizado em Parnamirim, na região da Grande Natal, deverá contar com uma maior variedade de temáticas e passará a exibir conteúdos do acervo do Planetário do Rio de Janeiro, o maior do País.

A parceria foi confirmada pelo secretário municipal de Cultura, Thiago Cartaxo. “Conseguimos bater o martelo para ter acesso a todo o acervo do planetário do Rio de Janeiro. Eles também colocaram à nossa disposição algumas exposições que não estão mais em cartaz”, afirmou.
A definição dos temas que passarão a ser apresentados no espaço ainda está em discussão. Essa colaboração ocorreu após a reinauguração do planetário, que passou por reforma completa e reestruturação. Reaberto em 11 de abril, o espaço agora conta com novos equipamentos, ambientes revitalizados e ampliação da proposta de funcionamento.

Com a modernização, o Planetário de Parnamirim tornou-se o primeiro do Brasil a oferecer sessões externas com projeção em cúpula 360 graus, além das sessões internas tradicionais. A infraestrutura foi atualizada com quatro projetores internos e um reserva, todos com resolução Ultra HD e potência de 3.000 lumens. A parte externa conta com três projetores 4K de alta potência.

Segundo a planetarista Flora Inês, a mudança foi tecnológica e abriu espaço para sessões de mais qualidade. “O planetário partiu de uma projeção óptica mecânica para uma projeção totalmente digital, a gente tem quatro projetores. É um grande diferencial do Planetário de Parnamirim. A gente tem projeção interna e externa”, informou.

Inaugurado originalmente em 30 de dezembro de 2008, o espaço funcionava até então com os mesmos equipamentos e estrutura inicial, de acordo com a Secretaria de Cultura. A reinauguração incluiu troca de carpetes, pintura, manutenção de poltronas, revisão do sistema de ar-condicionado e reorganização das salas de direção.

“Desde quando a gente chegou aqui, a gente encontrou um planetário com um material que ainda era usado desde a sua fundação. Acompanhando a sala de exposição do mini-museu, a gente usou as peças antigas do planetário para transformar esse ambiente aqui”, disse Thiago Cartaxo.

O novo sistema de som foi instalado com tecnologia estéreo e subwoofer, e a mesa de comando também foi modernizada. Os antigos equipamentos, segundo a planetarista Flora Inês, deixaram de ser viáveis. “Nós tínhamos esse equipamento original. Por falta de manutenção, cuidado, e por falta de assistência da própria empresa [não foi possível utilizar]”.

A secretária adjunta de Cultura, Natalia Chagas, explicou que os antigos projetores e materiais do planetário foram incorporados ao novo espaço do museu interno. “Quando tinha uma coisa muito especial aqui o planetário era aberto, mas ele estava muito defasado. A ótica que fazia a projeção era bem antiga, então a gente colocou inclusive numa espécie de museu que a gente fez”.

Além das sessões regulares, o planetário criou o projeto Domingo no Bosque, com o objetivo de ampliar o acesso ao público geral aos fins de semana. “Nós fizemos o primeiro Domingo no Bosque no dia 18, e nesse dia, a gente teve o prazer de colocar três sessões à disposição, e foram feitas seis pela quantidade da procura, que estava grande”, contou Cartaxo.

O espaço também tem enfatizado o atendimento a escolas, com sessões voltadas para diferentes níveis e faixas etárias. “Somos o único planetário fixo do Rio Grande do Norte. É muito importante para a questão da educação, porque a gente tem recebido muitas escolas aqui. O carro-chefe do planetário são as escolas que vêm durante a semana”, afirmou o secretário.

Entre os planos da equipe está a realização de sessões bilíngues, com o intuito de transformar o espaço em uma oportunidade de aprendizado em outras línguas, em contato com escolas que também sejam bilíngues. Além de ampliar as projeções externas no domo do planetário, que possibilita que pessoas de outros municípios e estados possam visualizar conteúdos de campanha e conscientização projetados no local.

Segundo Flora Inês, 2025 ainda marca uma data simbólica para os planetários ao redor do mundo. “Esse ano é o centenário dos planetários. O dia 7 foi 100 anos que o primeiro planetário abriu suas portas na Alemanha. A gente conta uma história um pouquinho, fala da história dele e da inauguração”, disse.

A Secretaria de Cultura também pretende integrar os conteúdos exibidos com outras disciplinas escolares e contextos profissionais. “A gente tem várias formas de utilização educacional em relação a esse planetário. Você vê uma infinidade de temas que podem ser utilizados. Então, o que a gente está plantando é essa ideia de que mais pra frente a gente possa fazer ligações com profissões específicas, matérias específicas”, afirmou Natalia.

O planetário tem capacidade para 60 pessoas, cúpula de 8 metros de diâmetro e funciona de segunda a sexta-feira e também aos domingos. As sessões são agendadas por meio do site da Secretaria Municipal de Cultura de Parnamirim. É necessário um grupo mínimo de 15 pessoas para realizar o agendamento.

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