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Paulinho Freire implanta escuta popular para definir investimentos nos próximos anos

FOTO: JOSÉ ALDENIR

A Prefeitura de Natal deu início a um novo modelo de planejamento para os próximos anos baseado na escuta direta da população. O Plano Plurianual (PPA) 2026-2029 está sendo construído com a participação dos moradores dos bairros da capital potiguar. Em vez de definir as prioridades de dentro dos gabinetes, secretários municipais estão percorrendo as comunidades para ouvir o que de fato precisa ser feito em cada região.

O secretário municipal de Planejamento, Vagner Araújo, explicou em entrevista à rádio 96 FM que a proposta é saber, da boca do povo, o que deve ser priorizado pela gestão. “Não é uma meia dúzia de técnicos diante de um computador que sabe a dor do cidadão. Quem vive o bairro, quem sofre com os problemas, sabe o que é mais urgente”, afirmou. Segundo ele, a iniciativa segue orientação direta do prefeito Paulinho Freire (União Brasil), que determinou que os gestores saiam dos gabinetes e conheçam a realidade das ruas.

Exemplos práticos já foram relatados: no Santa Catarina, a demanda mais citada foi a lagoa de captação; no Bom Pastor, iluminação pública; nas Rocas, a recuperação do campo de futebol; e em Ponta Negra, a finalização da estação de tratamento. Em cada localidade, os encontros têm servido para levantar o que é prioridade para a comunidade. As reuniões já passaram por Felipe Camarão e pela Zona Norte. Naquele dia, a agenda previa encontro em Neópolis, na Escola da Rua Arapiraca.

Para ampliar a participação de quem não pode comparecer presencialmente, a Prefeitura lançou um canal no WhatsApp. Por meio do número (84) 3232-4900, os cidadãos podem enviar sugestões diretamente para a equipe de planejamento. A ferramenta utiliza inteligência artificial e funciona como uma assistente virtual, capaz de receber mensagens de texto ou voz. A expectativa é que o canal se torne, em breve, um espaço permanente de contato entre a gestão municipal e a população, com serviços como marcação de consultas, exames, emissão de documentos e solicitação de serviços urbanos.

A decisão de utilizar o WhatsApp em vez de um aplicativo próprio se baseou no alcance e simplicidade do mensageiro, presente em mais de 90% dos celulares dos natalenses. “É uma ferramenta que todo mundo sabe usar e que não consome dados móveis. As pessoas não precisam instalar mais nada nem aprender a usar uma nova plataforma”, explicou Vagner.

Essa primeira etapa, centrada no PPA, deve ser expandida nos próximos 90 dias para outros serviços. A proposta é que, no futuro, até mesmo turistas possam acessar o sistema, com atendimento em diferentes idiomas, como já acontece em outras cidades. Segundo Vagner, a tecnologia já existe, falta apenas integrar as secretarias para garantir agilidade no atendimento.

Agora RN

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