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PT só se lembrou dos movimentos sociais na hora de apagar incêndios, diz Frei Betto

O escritor Carlos Alberto Libânio Christo, conhecido como Frei Betto

O escritor Carlos Alberto Libânio Christo, conhecido como Frei Betto

Frei Betto foi um dos primeiros nomes de destaque dos governos do PT. Escolhido para coordenar a Mobilização Social do programa Fome Zero, um dos pilares sociais do partido desde 2003, o escritor ocupou o cargo de assessor especial do ex-presidente Lula entre 2003 e 2004.

O religioso, porém, durou pouco no governo. Já em 2004, insatisfeito com as alianças feitas entre partido e mercado financeiro, afastou-se. Desde então, tornou-se um crítico das Presidências de Lula e Dilma, cobrando uma maior pauta social nos governos petistas.

Em entrevista por e-mail ao UOL, Frei Betto diz que o PT precisa “fazer uma séria autocrítica” e “tentar recuperar seus três capitais simbólicos perdidos”: a classe trabalhadora, a ética e as reformas estruturais.

Para Frei Betto, é fundamental que as manifestações populares que eclodem pelo Brasil desde 2013 apresentem também propostas. Segundo ele, o volume de críticas sem uma contrapartida política pode criar um perigoso vácuo de poder.

“Sem proposta alternativa ao que está aí, fundada em programa consistente de reformas estruturais, o Brasil não tem futuro, exceto o risco de passar do Estado de Direito para o ‘Estado da direita'”, avalia.

Mesmo diante das críticas que faz ao segundo governo de Dilma Rousseff, Frei Betto é contrário à renúncia da presidente ou à proposta de novas eleições – para ele, “se [o PT] aceitar antecipar novas eleições estará, de fato, renunciando”.

“Qualquer interrupção do mandato da presidente é golpe branco, como já ocorreu em Honduras e Paraguai. E, se o governo não completar seu mandato até 2018, abriremos um precedente que favorecerá, em mandatos futuros, permanente instabilidade política”, afirmou.

Programa do MPRN recupera homens que agridem mulheres

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Alecsandro Cristiano recorda daquele dia, quase três anos atrás, com tristeza e arrependimento. Em agosto de 2013, após se envolver em uma discussão com a esposa e o enteado, o mecânico eletricista tomou uma das piores decisões de sua vida: agrediu a mulher. Os vizinhos foram quem chamaram a polícia e ele foi detido, autuado na Lei Maria da Penha, que protege vítimas de violência doméstica em todo o país.

Por ser réu primário, Alecsandro pôde responder o processo em liberdade. No entanto, como parte do acordo feito com a Justiça, o eletricista de 41 anos de idade precisa participar periodicamente de atividades de ressocialização.

Foi assim que ele conheceu o Grupo Reflexivo de Homens, mantido pelo Núcleo de Apoio à Mulher Vítima de Violência Doméstica (NAMVID) do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN).

A iniciativa pioneira entre órgãos públicos de todo o país, criada em 2012, tem uma taxa de recuperação de 100%. Ou seja, nenhum dos 300 agressores que já passaram pelo programa nesse período reincidiu em práticas violentas.

O excelente índice inspirou outros Ministérios Públicos do país e serviu, até mesmo, como justificativa para uma alteração na própria Lei Maria da Penha. Aprovada recentemente no Senado Federal, a modificação quer obrigar homens autuados em crimes contras as mulheres a participarem de grupos lúdicos como esse.

De acordo com a coordenadora do NAMVID, a promotora Érica Canuto, uma das metas traçadas com a criação do Grupo de Homens era a de reabilitar pelo menos 50% dos acusados de crimes contra as mulheres. Entretanto, os resultados têm sido bem melhores que o esperado.

“Os grupos reflexivos, de um modo geral no país, chegam a apresentar uma taxa de reincidência de até 2%. Nós começamos há três anos e temos um índice zero. Ou seja, estamos abaixo até da média nacional”, comemora.

Fonte: (ILDRIMARCK RAUEL / NOVO jornal)

William e Kate fazem visita oficial à Índia

William e Kate. (Foto: Reuters)

William e Kate. (Foto: Reuters)

O príncipe William e sua mulher, Kate, a Duquesa de Cambridge, participaram hoje de um jogo de cricket com crianças em Mumbai, na Índia.

O casal está em visita de sete dias ao País e sua primeira parada foi no hotel do Taj Mahal, onde se hospedaram e prestaram homenagem às vítimas dos ataques terroristas em 2008.

William e Kate tiveram um almoço à base comida vegetariana no hotel – à pedido de Kate, segundo o cozinheiro.

(Foto: Reuters)

(Foto: Reuters)

 (Foto: Reuters)

(Foto: Reuters)

Governo mexe em cargos do 2º escalão que têm verbas de R$ 38 bilhões

7.abr.2016 - A presidente Dilma Rousseff participa do Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia realizado no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)

7.abr.2016 – A presidente Dilma Rousseff participa do Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia realizado no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)

As mudanças no segundo escalão do governo, em busca de votos para brecar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, envolveram a negociação de cargos que podem movimentar até R$ 38 bilhões em recursos do Orçamento deste ano, dos quais R$ 6,2 bilhões são investimentos. Chamado de “repactuação” da base pelo governo e de “balcão de negócios” pela oposição, o processo se acelerou após rompimento oficial do PMDB com Dilma e às vésperas da votação do afastamento da petista pelo plenário da Câmara.

A estratégia do governo é fidelizar apoios ou ao menos garantir abstenções na votação no plenário da Câmara de partidos médios e pequenos como PP, PROS, PDT e PTN, ou até mesmo dentro do próprio PMDB – sigla do vice-presidente Michel Temer, cujos aliados trabalham para levá-lo ao Palácio do Planalto também com a promessa de cargos. Mesmo com o contingenciamento no Orçamento, que proíbe temporariamente o uso de parte dos recursos de investimento, os órgãos de segundo escalão têm sido cobiçados pelas siglas.

Até o momento, as legendas que mais perderam influência foram o PMDB e o PTB, do relator do impeachment na Câmara, o deputado Jovair Arantes (GO). As mudanças no segundo escalão devem ser intensificadas até o dia 15 de abril, data em que começará a ser votado no plenário da Câmara o pedido de abertura do impeachment contra Dilma.

Na minirreforma, o governo tem atuado para limar ou retirar dos cargos aliados de Temer e do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves, único dos sete ministros da legenda que respeitou a decisão da direção partidária de entregar imediatamente os cargos que ocupavam no governo federal.

Acumulou Novamente! Mega-Sena pode chegar a R$ 50 milhões

Prêmio pode chegar a R$ 50 milhões Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Prêmio pode chegar a R$ 50 milhões
Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Ninguém acertou as seis dezenas do sorteio do concurso 1.807 da Mega-Sena, realizado em São Domingos (SC), neste sábado (9), e o prêmio acumulou. A estimativa da Caixa é que o próximo sorteio pague R$ 50 milhões.

As dezenas sorteadas foram: 01 – 15 – 16 – 22 – 25 – 43.

Segundo a Caixa, a quina teve 94 apostas ganhadoras e cada uma levou R$ 41.428,63. A quadra teve 7.609 apostas ganhadoras, e cada uma levou R$ 731,14.

“Moro cometeu um erro grave”, diz ex-procurador do mensalão sobre grampos

Imagem: Arquivo

Imagem: Arquivo

Quando assumiu a PGR (Procuradoria-Geral da República), em 2009, Roberto Gurgel, 61, se viu comandando as investigações do até então mais rumoroso escândalo de corrupção do país: o mensalão. Durante os quatro anos em que ficou no cargo (2009-2013), ele foi um dos principais personagens daquele julgamento.

Atualmente, aposentado há quase três anos e a quatro meses de terminar sua quarentena obrigatória, Gurgel avalia com conhecimento de causa os episódios da Operação Lava Jato que, na avaliação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, transformou o mensalão em “crime de pequenas causas”.

Em entrevista ao UOL, Gurgel diz que o juiz federal Sérgio Moro cometeu um “erro grave” ao divulgar conversas telefônicas entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Foi um erro grave”, afirmou. Gurgel declara ainda que sempre ficou “perplexo” com as alegações de que Lula não sabia do mensalão e que não se surpreende com as indicações feitas pela Lava Jato de que o ex-presidente, de fato, tinha conhecimento tanto do mensalão quanto do petrolão. O ex-procurador-geral da República afirma ainda ter suspeitas quanto ao processo de impeachment contra a presidente Dilma e admite que, no Brasil, é difícil responsabilizar poderosos. “O poder fala muito”, afirmou.

Primeiro-ministro da Ucrânia renuncia ao cargo, em anúncio feito neste domingo (10)

Anúncio de Arseni Iatseniouk foi feito em transmissão televisiva.  Ele aponta problemas nas tentativas de realizar mudanças no país. (Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters)

Anúncio de Arseni Iatseniouk foi feito em transmissão televisiva. Ele aponta problemas nas tentativas de realizar mudanças no país. (Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters)

“Eu tomei a decisão de me demitir (…). Vou apresentá-la ao Parlamento. Minha decisão está baseada em muitos motivos – a crise política do governo foi desencadeada artificialmente, o desejo de mudar uma pessoa cegou políticos e paralisou a vontade deles de trazer reais mudanças para o país”, afirma Iatseniouk, de acordo com a Reuters, em transmissão televisiva.

A demissão ocorre em um momento de pressão na Ucrânia. Desde que houve a decisão de o país se aproximar da União Europeia, são esperadas reformas para combater a corrupção.

Em fevereiro, as autoridades receberam um alerta do Fundo Monetário Internacional (FMI), seu principal credor. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, ameaçou cortar o fornecimento caso não visse “novos esforços significativos” do governo ucraniano para reformas e luta contra a corrupção. As consequências foram imediatas: a moeda despencou e afastou os investidores da dívida pública do país.

Peru tem eleições presidenciais neste domingo; Keiko Fujimori é favorita

Keiko Fujimori, candidata à presidência do Peru, durante evento de campanha nesta quinta-feira (7) em Lima (Foto: REUTERS/Mariana Bazo)

Keiko Fujimori, candidata à presidência do Peru, durante evento de campanha na última quinta-feira (7) em Lima (Foto: REUTERS/Mariana Bazo)

Os peruanos elegem neste domingo (10) seu novo presidente para os próximos cinco anos, com Keiko Fujimori, candidata de centro-direita filha do ex-presidente Alberto Fujimori, como favorita.

Com um sobrenome e uma história que provoca a fúria entre alguns peruanos e a adoração de outros, Keiko tem registrado o apoio constante de cerca de um terço dos peruanos nos últimos dois anos, segundo a agência Reuters. No entanto, ela enfrenta uma crescente oposição que provavelmente não a deixará ter a maioria simples necessária para uma vitória final.

A chance de enfrentá-la num segundo turno em junho tem alimentado uma disputa ferrenha pelo segundo lugar, com dois rivais com plataformas radicalmente diferentes brigando pelo apoio de milhões de eleitores indecisos.
Segundo pesquisa do instituto Ipsos, Fujimori tem 31,5% dos votos, seguida de Pedro Pablo Kuczynski, ex-economista do Banco Mundial, com com 17% e da parlamentar de esquerda Veronika Mendoza com 16,8%. A margem de erro é de 2,3 pontos porcentuais.

Pedro Kuczynski e Veronika Mendonza disputam o segundo lugar nas eleições presidenciais deste domingo (10) (Foto: REUTERS/Mariana Bazo/ Janine Costa )

Pedro Kuczynski e Veronika Mendonza disputam o segundo lugar nas eleições presidenciais deste domingo (10) (Foto: REUTERS/Mariana Bazo/ Janine Costa )

Nos EUA, Marina Silva volta a defender cassação da chapa Dilma e Temer

Marina Silva, em imagem de arquivo (Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil)

Marina Silva, em imagem de arquivo (Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil)

A ex-senadora e ex-candidata à presidência Marina Silva (Rede-AC) voltou a defender neste sábado (9) a cassação da chapa formada pela presidente Dilma Rousseff e pelo vice Michel Temer, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em uma palestra para estudantes brasileiros nos Estados Unidos.

“Defendo que nesse momento o melhor caminho é o do TSE. Porque se ficar comprovado que o dinheiro do Petrolão foi para as eleições, deve ser caçada a chapa Dilma e Temer”, disse durante conferência organizada pela associação de estudantes brasileiros no exterior, BRASA, em Chicago.

Tramita no TSE uma ação, de autoria do PSDB, a qual alega que a campanha da presidente Dilma Rousseff foi permeada por irregularidades. Entre as falhas, está o recebimento de propinas desviadas da Petrobras e a suspeita de que o PT teria utilizado máquina de governo em favor da reeleição da presidente. O PT nega as irregularidades.

“Se ganharam a eleição com esse dinheiro é melhor que se devolva a possibilidade aos 200 milhões de brasileiros de novas eleições”, afirmou Marina Silva. “Defendo por convicção, por achar que é melhor para o Brasil. Acho que o impeachment se explicitou e tem uma formalidade legal e política, mas não cumpre com a finalidade. Porque ao final nos encontraremeos com um partido igual ao PT”, disse Marina, referindo-se ao PMDB de Temer. Para ela, PT e PMDB “são faces da mesma moeda”.

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