
A Operação Mata Viva, deflagrada neste mês pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Rio Grande do Norte, já aplicou cerca de R$ 2 milhões em multas por infrações ambientais que causaram a degradação da Mata Atlântica nos últimos cinco anos.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (27)) e, no total, foram lavrados 25 autos de infração e realizados 30 embargos que somam mais de 1.600 hectares de áreas devastadas, o equivalente a aproximadamente o mesmo número de campos de futebol oficiais. A iniciativa também resultou em diversas notificações e outras sanções administrativas.
A operação pretende responsabilizar administrativamente os infratores e buscar a reparação dos danos ambientais causados a um dos biomas mais ameaçados do país. Atualmente, a Mata Atlântica ocupa apenas 2,5% de sua cobertura original no território potiguar, onde já chegou a abranger 6.400 km² (13% do estado), segundo dados de 2023 do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Fundação SOS Mata Atlântica.
Além das pressões históricas da agropecuária, o bioma enfrenta novos vetores de degradação, como o avanço desordenado do turismo, o crescimento urbano e a especulação imobiliária. Diante desse cenário, a Operação Mata Viva foi planejada para coibir atividades ilegais e preservar o que resta da floresta nativa.
“Estamos atuando firmemente para proteger os remanescentes de Mata Atlântica no estado, um bioma fundamental para a biodiversidade, para o equilíbrio climático e para a qualidade de vida das populações locais”, afirmou Frederico Fonseca, coordenador da operação.
Tribuna do Norte