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MDB quer fazer pelo menos 8 deputados estaduais e 2 federais, diz Walter Alves

FOTO: CARMEM FELIX

O MDB no RN pretende eleger oito deputados estaduais, dois federais, conquistar a presidência da Assembleia Legislativa e participar da chapa majoritária em 2026, ocupando a vaga para vice-governador ou para o Senado. Quem afirma é o presidente estadual do partido, o vice-governador Walter Alves.

Ele assumirá a chefia do Governo do Estado em abril, quando a governadora Fátima Bezerra (PT) se desincompatibilizar para disputar uma das duas vagas ao Senado. Como governador, ele poderia concorrer ao cargo, mas decidiu por outra estratégia: não concorrer e trabalhar para fortalecer o partido localmente visando o futuro da legenda.
Todas essas informações foram dadas pelo vice-governador em entrevistas que ele concedeu na última semana às rádios 98FM e 96FM.

Walter Alves explicou que foi convidado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva e também pela governadora para ser o candidato do grupo ao governo do Estado. Mas decidiu recusar a proposta porque — no entender dele — o melhor caminho é fortalecer o MDB localmente. O vice-governador também comentou que poderia ser mais cômodo, não assumir o Executivo e concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa. Mas que também recusou esse caminho.

“O nosso projeto, o projeto estratégico do partido, é trabalhar para eleger de oito a nove deputados estaduais, o presidente da Assembleia em fevereiro de 2027, elegermos dois deputados federais e compor a chapa majoritária ou com o vice-governador ou com candidato a senador”, afirma.

Para que esse plano se encaminhe, um dos passos mais importantes é a filiação do atual presidente da Assembleia legislativa, o deputado estadual Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB). O novo MDB seria composto pelos aliados do deputado estadual e os emedebistas que já estão no partido.

O que é que eu tenho dito a Ezequiel? Venha para o MDB. Vamos fortalecer o partido com o grupo de deputados que você tem, com 40 prefeitos do MDB, com 30 vice-prefeitos, com o maior número de vereadores, com a capilaridade do MDB, que está presente em 159 dos 167 municípios potiguares. Com a capilaridade do MDB, um grupo de deputados, com mais uns vinte e poucos prefeitos que Ezequiel tem, a gente fica muito forte”, diz Walter Alves.

O vice-governador lembra que desde a eleição passada, em 2022, a aliança entre ele e Ezequiel Ferreira vem se mantendo; e que isso é um indicativo de que essa nova composição pode dar certo. Contribui nesse sentido o fato do PSDB ser um partido classificado como decadente. Atualmente vários quadros da legenda estão indo para outras siglas.

Os exemplos mais fortes e recentes disso são a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra; e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que agora integram o PSD comandado pelo ex-ministro Gilberto Kassab. Outro fato que pesa no RN é que o senador Styvenson Valentim ingressou no PSDB, o que pode resultar em conflito, já que ele não apoio o atual governo estadual.

De acordo com Walter Alves, caso confirmada a entrada de Ezequiel Ferreira de Souza no MDB, a presidência poderia ser exercida de forma compartilhada. “Eu estou propondo uma gestão compartilhada. O que é isso? O diretório tem os componentes e que os deputados possam participar do diretório”, afirmou.

Composições e conversas

Dentro dessa estratégia de fortalecer o MDB nas próximas eleições, o vice-governador tem conversado com deputados e outros políticos fazendo um movimento semelhante ao que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, tem feito nacionalmente.

Entre os nomes que têm conversado estão o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD), o ex-deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade) e o ex-senador Jean Paul Prates (PT). Também foram procurados para conversas os deputados estaduais Doutor Bernardo e Hermano Morais. No caso desses dois nomes, eles podem ser opções para concorrer à vaga de vice-governador na chapa que terá o secretário de Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, como candidato a governador.

“A gente faz parte de um grupo. Quem é esse grupo? É o grupo da governadora, é o grupo do presidente da assembleia, é o grupo de deputados que já estão e outros que vão vir, que podem vir”, explica, reafirmando o apoio ao candidato do grupo, Cadu Xavier.

Walter Alves disse ainda que pretende ficar no cargo de governador até dia 31 de dezembro de 2026. E que mesmo tendo uma gestão curta, ele pretende deixar uma marca, seguindo o exemplo de seu pai, o ex-governador Garibaldi Alves Filho, responsável pelo maior programa de adutoras já feito no Brasil.

Diário do RN

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