
A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, anunciada com pompa e promessa de “mudança na governança global”, termina com um gosto amargo — tanto para o Palácio do Planalto quanto para o agronegócio brasileiro. Com a suspensão da importação de carne de frango por parte do governo chinês, o Brasil, que esperava estreitar laços estratégicos, acabou sofrendo um duro golpe comercial.
Lula partiu para a China cercado de simbolismos e declarações ambiciosas. Em solo asiático, celebrou 36 supostos acordos bilaterais e discursou sobre um novo mundo multipolar com protagonismo do Sul Global. A China, como maior parceiro comercial do Brasil, parecia alinhada com a visão petista. No entanto, bastou o surgimento de um caso isolado de gripe aviária no Rio Grande do Sul para expor a fragilidade dessa aliança.
Pequim corta sem piedade
A resposta do governo chinês foi imediata: suspensão total das importações de carne de frango brasileira por 60 dias. A decisão, que causou surpresa no setor produtivo e no governo federal, terá um impacto financeiro estimado em mais de 100 milhões de dólares por mês. Um baque imenso para um setor responsável por mais de 25% das exportações brasileiras para a China.
A decisão expôs a rigidez da diplomacia chinesa e a ilusão de uma relação baseada em alinhamento ideológico ou afinidades políticas. Em Pequim, interesses econômicos e sanitários prevalecem, independentemente de sorrisos em fotos oficiais ou discursos sobre solidariedade entre emergentes.
Frustração e discurso esvaziado
Internamente, a visita foi vendida como um triunfo diplomático. No entanto, os fatos contam outra história. A suspensão chinesa também foi acompanhada por medidas semelhantes adotadas pela União Europeia e pela Argentina. O resultado: um governo pego de surpresa, em meio a explicações evasivas e promessas de que “tudo está sob controle”.
A oposição e analistas críticos veem na situação uma metáfora perfeita do atual momento da diplomacia brasileira. O colunista Ricardo Kertzman resumiu com ironia: “Lula foi a Pequim como embaixador da multilateralidade e voltou como vendedor de frango depenado e rejeitado”.
O que resta agora?
Diante da crise, o governo tenta minimizar o impacto, destacando que o surto foi isolado e que não há riscos para o consumo de carne de aves. O Itamaraty afirma estar em diálogo com os parceiros afetados, mas especialistas alertam: confiança e mercado, uma vez perdidos, são difíceis de reconquistar.
A lição deixada por esse episódio é clara: em política internacional, não basta retórica e boas intenções. A realidade é que os interesses nacionais falam mais alto — e, neste caso, o Brasil ficou sem voz, sem mercado e com o frango na mão.
Diário do Brasil Noticias
2 Comentários
Esse o resultado de uma (des)gestão caótica, impregnada de CORRUPÇÃO em todos os setores, aonde prevalece o interesse PESSOAL em detrimento dos interesses nacionais. Parabéns aos gestores chineses, NÃO é atoa que chegaram ao patamar organizacional que possuem. TRABALHO, SERIEDADE, HONESTIDADE, COMPETÊNCIA e comprometimento são REQUISITOS essenciais para o sucesso de uma gestão, quer pública ou privada, exatamente o que NÃO TEMOS NO NOSSO BRASIL. A ÚNICA esperança que tínhamos para MUDAR esse quadro seria o outrora ORGULHO maior do País – FORÇAS ARMADAS – mas, infelizmente, deixou-se corroer pela ideologia barata e criminosa do comunismo e o resultado dessa omissão descabida, imoral e criminosa está em fase de metástase, aniquilando TODOS os órgãos nacionais. Mas …. NADA QUE JANJA NÃO RESOLVA. Lamentável e revoltante.
Querer associar a suspensão dos embarques de frango com a viagem de Lula e comitiva à China só revela ignorância sobre como funciona exportações de proteína animal. Mera lacração
oportunista fantasiada de análise.