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Humorista ‘troca’ carro por pacotes de café e vídeo viraliza

FOTO: REPRODUÇÃO

Enquanto a maioria das pessoas reclama do preço do café, que pode ultrapassar os R$ 30 em alguns supermercados de BH, o humorista pernambucano Paulo Araújo encontrou um jeito criativo de rir da situação. Morador de Minas Gerais há mais de uma década, ele publicou um vídeo em suas redes sociais no qual troca seu carro por 10 pacotes do produto e tenta angariar um convite para tomar um café na casa de algum vizinho, sem sucesso.

Simulando uma matéria jornalística, e fingindo que está sendo entrevistado, o comediante explica para a câmera o motivo de estar se “desfazendo” dos seus bens para poder consumir o produto. “Sem carro a gente até fica né, dá para andar a pé. Mas, sem café eu não dou conta não”, ironiza. Em seguida, ele aparece “vendendo” o automóvel por 10 pacotes de café em duas prestações.

Em outro momento do vídeo ele aparece perambulando pela vizinhança em busca de um convite para tomar um cafezinho, hábito tão arraigado entre os mineiros. “Ô Geraldo, bão sô? Vai chamar não? Para tomar um café?”, pergunta ao vizinho imaginário. Sem sucesso, ele lamenta o “fim dos convites” para tomar a bebida e continua a busca.

O vídeo, com quase 25 mil curtidas, divertiu os usuários das redes sociais e estimulou respostas criativas. “Tem gente comprando até casa com pó de café”, escreveu uma internauta. “Também aceito convite para tomar café”, respondeu uma seguidora.

Por que está tão caro?

Ao contrário do que é dito em muitos vídeos que se espalham em aplicativos de mensagens, o governo federal não tem responsabilidade sobre o encarecimento e não tem poder para derrubar os valores pagos pelos consumidores. A pressão sobre o café tem relação direta com os períodos de estiagem prolongada em 2023 e 2024.

Em um ano, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP, o valor da saca de café de 60 kg pago aos produtores encareceu 152% no Brasil.

A fase crítica sem chuvas regulares, no ano passado, é considerada uma das mais duradouras da história, de acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas (Sistema Faemg Senar), Antônio Pitangui de Salvo.

“Não foi a maior (seca), mas foi uma das maiores. Isso impacta muito em uma cultura perene como a cafeicultura. Além dessa seca, nós tivemos temperaturas mais altas, o que também ocasionou uma queda de produção, aliado a anos anteriores que também não foram bons no que diz respeito ao clima, tanto na temperatura quanto nas chuvas com presença de granizo”, observou Salvo.

O Tempo

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