Um bom exemplo de “Faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Assim foi recebida a declaração da candidata à presidência da OAB-RN, Rossana Fonseca, pela advogada Margarida Seabra.
Em entrevista à 96FM na manhã desta segunda-feira (11), perguntada sobre misoginia na Ordem, Rossana Fonseca exemplificou como caso no meio jurídico a não nomeação de Margarida Seabra em um concurso em 1967.
Margarida Seabra não gostou e postou nota nas redes sociais.
Confira o texto publicado por Margarida Seabra:
Hoje fui mencionada pela advogada Rossana Fonseca, candidata da oposição à Presidência da OAB, em entrevista na 96 FM, referindo-se a um concurso de magistratura que realizei nos anos 60, no qual fui preterida por ser mulher. O tema da pergunta era a suposta misoginia na OAB.
Ao contrário do que foi insinuado na resposta, a atual gestão não se limita a discursos vazios sobre igualdade; tem realizado ações concretas e efetivas para valorizar as mulheres advogadas, promovendo mudanças que vão muito além da mera ocupação de cargos.
Manifesto ainda minha perplexidade ao ver justamente o meu nome associado pela Chapa 20 à luta contra a misoginia, especialmente considerando que essa mesma chapa, liderada por uma mulher, não hesitou em impugnar a candidatura de outra mulher ao Conselho Seccional da OAB/RN – que, por coincidência, é minha nora – sob a justificativa de uma suposta pendência junto à Seccional da Paraíba, ocorrida justamente durante um momento tão especial e desafiador na vida de todas nós: a gravidez, fase em que, inclusive, a isenção da anuidade é um direito garantido.
Dito isto, quero reafirmar meu apoio à candidatura de Carlos Kelsen e Bárbara Paloma, pela Chapa 10, que, estou certa, darão continuidade ao belo trabalho conduzido por meu querido amigo Aldo Medeiros à frente da nossa Ordem, cuja gestão sempre se pautou pela pluralidade, inclusão e respeito às minorias e diferenças.
Justiça Potiguar