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Categoria: maio 29, 2025

Prefeitura do Natal apresenta Plano ‘Pra Frente Natal’ nesta sexta-feira (30)

FOTO: MAGNUS NASCIMENTO

A Prefeitura do Natal vai realizar, nesta sexta-feira (30), a apresentação oficial do Plano “Pra Frente Natal” — Plano Plurianual Participativo (PPA) para os anos de 2026 a 2029. O evento será online, no formato de webinar, com transmissão ao vivo a partir das 10h. Quem quiser assistir, pode acessar o link bit.ly/PraFrenteNatal.

O PPA é uma lei que define as principais ações, programas e investimentos da Prefeitura para os próximos quatro anos. O documento foi construído com a participação de vários setores da sociedade: representantes do governo, moradores, conselhos municipais, universidades, empresas e até representantes das cidades vizinhas que fazem parte da região metropolitana. Todos ajudaram a construir o plano, pensando em como melhorar a vida das pessoas e preparar Natal para o futuro.

Durante o evento, pessoas que ajudaram a construir o PPA vão contar como foi o processo. Estarão presentes o prefeito Paulinho Freire, a vice-prefeita Joanna Guerra, o secretário de Planejamento, Vagner Araújo, e representantes das secretarias, dos conselhos, da população e do poder legislativo.

Cumprindo a meta prevista na Lei Orgânica do Município, que exige que o projeto de lei do PPA seja entregue à Câmara Municipal até o dia 31 de maio, o prefeito Paulinho Freire realiza a entrega do Plano dentro do prazo estabelecido.

A partir de agora, os vereadores vão analisar o Plano nas comissões da Câmara e, depois, votar em plenário. Quando for aprovado, se tornará lei e passará a ser o principal guia das ações da Prefeitura entre 2026 e 2029.

“O evento desta sexta-feira é, portanto, um momento importante e simbólico. Marca o fim de uma etapa de escuta e construção coletiva e o início do caminho para transformar o plano em realidade. A cidade de Natal dá um passo à frente, com planejamento, participação e compromisso com um futuro melhor para todos”, disse o secretário de Planejamento, Vagner Araújo.

Fim do Perse leva bares e restaurantes do RN à justiça para manter isenções

FOTO: GETTY

A extinção dos benefícios trazidos pelo Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos (Perse), do Governo Federal, tem motivado bares e restaurantes no Rio Grande do Norte a ingressarem com medidas judiciais na Justiça Federal do RN visando manter as isenções fiscais obtidas pelo programa, que foi criado durante a pandemia com o objetivo de auxiliar um dos setores mais impactados com as medidas de restrição social. No RN, uma empresa obteve liminar favorável no começo desta semana. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no RN (Abrasel-RN) entrou com um mandado de segurança na JFRN sobre o assunto.

Além das medidas locais, há uma série de petições protocoladas em todo o Brasil, com pelo menos uma dezena de decisões favoráveis para as empresas. No Rio Grande do Norte, são dezenas de empresas que peticionaram ações individuais junto à Justiça Federal do RN. Coletivamente, a Abrasel ingressou com ação no último dia 18 de maio. Em seu pedido liminar, a entidade alega falta de transparência quanto ao atingimento do teto alegado pelo Governo Federal e do risco de “difícil ou impossível” reparação ás empresas que passaram a ser obrigadas a recolher os tributos.

“Vemos com bons olhos essas primeiras decisões, mesmo sabendo que esses processos tendem a serem uniformizados pelo STF porque realmente acreditamos no nosso direito. O Supremo já havia entendido que a supressão de isenção fiscal precisa que ter uma série de requisitos. Essa supressão do direito do Perse não foi correta porque todas essas empresas já tinham planejamentos feitos que o benefício iriam até o ano de 2027”, explica o advogado Rodrigo Morquecho, que representa a Abrasel-RN.

Em outros pedidos impetrados na justiça, empresários têm alegado uma série de itens, como a Súmula 544/STF, que aponta que isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas e de que o fim do benefício, isto é, a volta dos impostos, aumenta a carga tributária, o que ensejaria a aplicação do princípio anterioridade, que veda a cobrança imediata de tributos majorados.

Quem obteve decisão liminar favorável nesta semana foi uma empresa do setor de eventos do RN. A ação foi protocolada no começo do mês e obteve decisão liminar favorável para suspender os efeitos do Ato Declaratório Executivo RFB nº 2/2025, preservando a alíquota zero de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS até o término do prazo legal de 60 meses.

“Pedimos esse prazo para que o empresário pudesse se adequar a essas mudanças que estão por vir sem o Perse. Com a lei, gerava a esse empresário essa expectativa de que ele teria aquele benefício fiscal pelos próximos anos, mas o governo antecipou e revogou antecipadamente a lei. Estamos trabalhando em duas frentes: a primeira, que é essa prorrogação desse prazo para manter uma continuidade agora e a segunda é tentar que esse prazo seja estendido até o fim da lei”, explica o advogado, alegando ainda que possui pelo menos outros 15 clientes com petições semelhantes.

Um dos fundamentos da decisão favorável foi de que “a cessação abrupta do benefício fiscal, com exigência dos tributos a partir de abril de
2025, implica ônus financeiro imediato e desproporcional às empresas representadas, muitas das quais ainda em recuperação dos efeitos da pandemia de COVID-19”, diz trecho da decisão.

Na avaliação do presidente da Comissão de Direito Tributário e Finanças Públicas da Ordem dos Advogados do Brasil no RN (OAB-RN), Igor Silva de Medeiros, o fim antecipado do programa criou um cenário de insegurança jurídica para milhares de empresas que, “amparadas pela Lei nº 14.148/2021, reestruturaram suas operações e finanças com base na vigência do programa”.

“A judicialização tem sido uma reação legítima dos contribuintes diante da ausência de diálogo e transparência na alteração do programa. Empresas de eventos, turismo e gastronomia — que foram duramente atingidas pela pandemia — agora enfrentam uma quebra de expectativa legítima, sem tempo hábil para reorganizar seus fluxos de caixa”, explica.

Ainda segundo Igor Silva de Medeiros, na Justiça Federal do RN há decisões liminares favoráveis e desfavoráveis aos contribuintes. “Ainda não há um consenso em relação ao tema”, cita.

“Além disso, mesmo que se admitisse a revogação, a cobrança imediata viola os princípios da anterioridade tributária, pois novos tributos só podem ser exigidos após prazos mínimos legais. Já há diversas decisões liminares concedidas em favor de entidades representativas de classe como a Abrasel, assim como em favor de empresas individualmente, tanto no RN quanto em outros Estados”, acrescentou o representante da OAB-RN.

No Brasil, um levantamento feito pelo jornal Valor Econômico apontou que pelo menos 14 decisões judiciais estenderam o prazo do benefício fiscal do Perse. No entanto, as decisões são minoria no Judiciário até agora. De 77 casos ajuizados envolvendo a Lei nº 14.589, de 2024, que impôs o fim do incentivo, o pedido dos contribuintes foi negado em 40 deles – alguns processos ainda não foram julgados.

Perse

O Perse foi instituído pela Lei nº 14.148/2021 e posteriormente atualizado pela Lei 14.859/24, que estabeleceu o teto de R$ 15 bilhões e determinou sua vigência até dezembro de 2026, mas com o limite do teto em reais também imposto. O programa zerou as alíquotas de PIS/Pasep, Cofins, CSLL e IRPJ para empresas do setor, desde que habilitadas até agosto de 2024. Entre os beneficiados estavam hotéis, casas de eventos, agências de viagens, organizadores de feiras e empresas de transporte turístico. Com o fim do programa, essas empresas voltam a recolher os tributos a partir de abril.

Em março, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) deveria ser encerrado em abril. A decisão já era esperada, já que, pela lei que regulamenta o benefício, ao atingir o teto de R$ 15 bilhões, o Perse seria extinto no mês seguinte.

Tribuna do Norte

‘Critério não pode ser só pesquisa’, diz Paulinho sobre escolha do candidato da oposição em 2026

FOTO: JOSÉ ALDENIR

O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), defendeu que a escolha do nome da oposição para a disputa do Governo do Estado em 2026 deve ir além das pesquisas eleitorais. “Se fosse só por pesquisa, eu não teria sido candidato. Tinha 3% e outros estavam lá em cima. Mas agreguei mais, trouxe vereadores, prefeitos, grupos”, afirmou, em entrevista à 96 FM.

“Cada um, dentro do seu grupo, vai procurar viabilizar sua candidatura, mas no futuro a gente tem que sentar e escolher um candidato. E o critério não pode ser só pesquisa. Pesquisa é um dos critérios. Porque se fosse só isso, eu não teria sido candidato”, acrescentou.

Paulinho defende que o campo da centro-direita lance apenas um candidato a governador e dois ao Senado. “Se forem dois candidatos ao governo e quatro ao Senado, perdemos a chance de eleger. Tem que ter unidade. O Governo quer que a gente entre em rota de colisão e não saia com uma candidatura forte”, declarou.

Ele disse manter diálogo com o senador Styvenson Valentim (PSDB), o senador Rogério Marinho (PL), o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos), o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), e também com lideranças do próprio partido, como José Agripino, e o deputado federal João Maia, presidente do PP, partido ao qual o União Brasil agora está federado.

“Todos têm vontade de ser. Mas nós precisamos sentar e ver quem aglutina mais, quem tem menor rejeição, quem soma melhor”.

Sobre os boatos de que teria candidatos próprios a deputado federal ou estadual, Paulinho desconversou. “Tenho conversado com meu grupo. Não tomei decisão ainda. Alguns vereadores têm intenção de se candidatar. Vamos ver o que é melhor para todos”.

Agora RN

Invasões do MLB geraram prejuízos de R$ 3 milhões para supermercados de Natal, diz associação

FOTO: DIVULGAÇÃO

O empresário Eugênio Pacelli, diretor da Associação de Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn), afirmou nesta quarta-feira (28) que recentes ocupações promovidas por movimentos sociais em supermercados de Natal resultaram em um prejuízo de R$ 3 milhões para o setor. A declaração foi feita durante depoimento na Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Invasões, instaurada na Câmara Municipal de Natal para investigar ocupações e invasões ilegais na cidade.

De acordo com Pacelli, o montante foi calculado com base em estudos da Fecomércio, que analisaram a queda no fluxo de clientes e nas vendas nos dias das manifestações. Ele destacou que a maioria das ações ocorreu em dezembro, período de maior movimento e faturamento para os supermercados.

“De quatro movimentos, três foram justamente em dezembro, que é um período mais crítico de fluxo, de muito movimento”, afirmou. “Historicamente nós sabemos que o mês de dezembro é o mês que mais se vende nos supermercados durante todo o ano”, completou o empresário.

Pacelli também mencionou um acordo nacional entre o Carrefour e os movimentos sociais, no qual a rede se comprometeu a doar cestas básicas. “O Carrefour, através de sua matriz, conversou com o movimento e se comprometeu, à época, a doar 20 mil cestas básicas como uma forma de atenuar e ajudar”, disse.

Apesar disso, o diretor da Assurn afirmou que os supermercados potiguares não foram procurados previamente pelos movimentos sociais para discutir doações. “Nunca nos foi dito que esses movimentos nos procuraram através da associação ou da própria rede de supermercados no sentido de fazer esse tipo de pleito”, afirmou.

Segundo Pacelli, as ações não envolveram violência ou danos ao patrimônio. “Não há registro de quebra, nem de conflito […] não houve comprometimento de doação, e aí sim, em função disso, essa permanência se estendeu por quase 4 horas.”

Durante a mesma sessão, Bianca Soares, representante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), defendeu as ocupações como forma de denúncia contra a ausência de políticas públicas de habitação. “O movimento hoje luta pela dignidade à moradia. O déficit habitacional em todo o nosso país é de mais de oito milhões de famílias, enquanto temos aí cerca de onze milhões de imóveis abandonados, sendo inclusive trinta mil apenas aqui em Natal”, afirmou.

Bianca destacou que as ações do MLB são pacíficas e não envolvem imóveis habitados. “Era uma casa pequena, com três núcleos familiares, onde não tinha emprego, e aí não tinha mais condições de manter o pagamento do aluguel”, relatou ao falar sobre sua motivação pessoal para integrar o movimento.

Ela acrescentou que o MLB apoia centenas de famílias em situação de vulnerabilidade e que mantém ocupações organizadas em três pontos da capital potiguar. Segundo a militante, o grupo participa de conselhos municipais e atua no controle social das políticas habitacionais.

Durante a audiência, Bianca também explicou que as ocupações em supermercados buscaram denunciar o desperdício de alimentos e os preços elevados. “Insegurança alimentar é só um jeito bonito de dizer que as pessoas comem uma vez por dia ou ficam sem nada no prato. Enquanto o preço da comida sobe, o acesso some, e o lucro fica acima da vida das pessoas”, declarou.

Ela afirmou que ofícios foram enviados a supermercados solicitando doações antes das ocupações, mas não houve resposta. “Não impedimos o funcionamento dos mercados. Alguns fecham por decisão própria.” Bianca também afirmou que a Polícia Militar acompanhou as manifestações e não registrou nenhum tipo de crime. “A Polícia Militar apenas verificou e se retirou sem conflitos em todos os casos”, disse.

Os vereadores presentes questionaram a legalidade das ações e os recursos recebidos pela militante por meio do Governo do Estado. Bianca confirmou que recebeu passagens para participar de reuniões sobre habitação em São Paulo, custeadas pelo Gabinete Civil. “Esses recursos foram para debater políticas públicas. Nosso movimento conquistou 140 unidades habitacionais através do Minha Casa Minha Vida Entidades, pressionando o poder público a cumprir seu papel”, justificou.

Ela reafirmou o compromisso do movimento com a pauta habitacional e criticou a ociosidade de imóveis públicos. “Enquanto imóveis públicos são abandonados, o povo fica sem moradia digna.”

O relator da CEI, vereador Matheus Faustino (União Brasil), criticou a atuação do MLB. “O MLB age de forma coordenada, invadindo propriedades”, disse. Segundo ele, o movimento atua sob orientação nacional e usa recursos públicos para militância. Bianca rebateu: “Nossas ações são decididas coletivamente para combater a desigualdade.”

Portal 98 FM

‘HEREGE’: Católicos e evangélicos reagem à fala de Lula sobre Deus

FOTO: SERGIO LIMA

A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um evento no sertão da Paraíba provocou reação entre católicos, evangélicos e líderes da sociedade civil.

Ao discursar em Cachoeira dos Índios, Lula afirmou que “Deus deixou o sertão sem água porque ele sabia que eu ia ser presidente da República e que eu ia trazer água para cá”.

A frase foi recebida com indignação. O jornalista Felipe Moura Brasil comentou a declaração em seu perfil no X/Twitter e acusou o petismo de assumir contornos de seita.

“Lula se coloca acima de Deus, como um milagreiro que resolve um boicote divino. É a mistura máxima de egolatria e sacrilégio, típica de líder de seita”, escreveu.

O professor Flávio Lúcio Vieira, da Universidade Federal da Paraíba, também criticou o conteúdo da fala presidencial. “O povo do semiárido nordestino descobriu hoje o motivo de tanto sofrimento causado por séculos de seca: Lula. A idade parece que acentuou o messianismo de Lula, que revelou hoje que ele tinha uma combinação com o próprio Deus. Vejam o tamanho da asneira.”

Na mesma linha, a jornalista Eliana Lima, diretora da Revista Bzzz, rebateu: “Lula não é Deus, e nem escolhido por Ele. Lula blasfema. Lembra-me o bufão da última ópera de Verdi.”

Outro que reagiu foi o jornalista Rafael Fontana: “Lula debocha do sofrimento dos nordestinos e comete blasfêmia.”

Pastores, padres e influenciadores cristãos também usaram termos como “herege” e “blasfemo” para classificar o tom da fala do petista, acusando-o de escarnecer da fé e de transformar o sofrimento sertanejo no Nordeste em discurso de autopromoção.

A Presidência da República ainda não se manifestou sobre as críticas.

Conexão Política

Caminhão movido a GNV é testado no RN e será apresentado nesta quinta-feira (29)

FOTO: DIVULGAÇÃO

Uma alternativa mais limpa, silenciosa e econômica para o transporte de cargas pesadas já começa a ganhar espaço no Rio Grande do Norte. O primeiro caminhão movido 100% a gás natural veicular (GNV) testado no estado será apresentado nesta quinta-feira (29), às 16h, na Scania Conterrânea, em Macaíba.

Fabricado pela Scania, o modelo já foi testado e aprovado pela Agrícola Famosa, uma das maiores exportadoras de frutas do Brasil, que realizou rodagem real com o veículo em rotas da empresa. O resultado animou indústrias e transportadoras potiguares — além de empresas do Ceará — interessadas em adotar o GNV em suas frotas.

O evento de apresentação é uma oportunidade para acompanhar de perto essa novidade, com direito a demonstração técnica do caminhão, entrevistas com representantes da Scania e da Potigás, além de empresários que estão avaliando a transição para o gás natural.

O movimento responde a uma demanda global por transporte mais sustentável e pode representar uma virada de chave no setor logístico do estado: 85% menos poluição, menos ruído, economia no combustível e 50% de desconto no IPVA, já concedido pelo Governo do RN.

Além disso, o caminhão a GNV integra o projeto do Corredor Azul, que pretende conectar o Sul ao Nordeste com postos de abastecimento para veículos pesados movidos a gás.

‘Dilma mandou Abin espionar Eduardo Campos’, diz presidente do PSB

FOTO: FABIO RODRIGUES POSSEBOM

O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, revelou ontem (28) que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) atuou contra a candidatura do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), utilizando a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar seu adversário. Campos tinha potencial eleitoral que ameaçava a reeleição de Dilma, conquistada pela petista em 2014, após o ex-governador morrer em acidente aéreo durante sua campanha presidencial, em agosto daquele ano, em Santos (SP).

“Quando Eduardo saiu pré-candidato, era uma renovação. E a pré-candidatura dele saiu a fórceps, porque a presidente Dilma Rousseff interferiu tanto. Ele sofreu muitas ameaças, teve uma greve em Suape, Dilma botou um agente da Abin lá. Vivi tudo isso intensamente, sei o quanto foi difícil, as dificuldades políticas que passamos foram muito grandes, insufladas pelo governo Dilma e por gente do PT. Infelizmente teve o acidente. Mas essa resistência [contra a renovação] é só do PT”, disse Carlos Siqueira.

A grave revelação foi feita durante entrevista ao podcast do jornalista da Folha de Pernambuco, Magno Martins, “Direto de Brasília”, quando Carlos Siqueira revelou estar esperançoso de que o prefeito do Recife e filho do ex-governador, João Campos, assuma a presidência nacional do PSB para fazer uma renovação na esquerda, hoje carente de líderes jovens com potencial de enfrentar uma nova direita com nomes da juventude como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e André Fernandes (PL-CE).

“Quando se olha o panorama para 2026, você vê na direita os governadores Romeu Zema, Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, entre outros. Na centro-esquerda, que não tratou de fazer uma renovação, só vê o presidente Lula. Acho que a dificuldade de renovar está no PT”, argumentou Siqueira, que está deixando a Presidência Nacional do PSB, após 11 anos e sete meses e três reeleições.

Dúvidas sobre acidente

Em 2023, Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco, usou suas redes sociais para afirmar ter usado pistas de duas cartas mediúnicas atribuídas a Eduardo Campos, ao pedir para que a Justiça determinasse a reabertura do inquérito policial para investigar o acidente aéreo que matou o então candidato a presidente da República do PSB.

“Não guardo ódio, mas, sim, ainda, revolta”, diz trecho atribuído à carta psicografada em agosto de 2023, na qual ele afirmaria ter aprendido nos meios espirituais que, nem sempre, o livre arbítrio para matar faz parte da lei divina.

Na carta mediúnica citada por Antônio Campos, o político desencarnado estaria lançando “um olhar de piedade aos [seus] falsos amigos, traidores que foram” e avisando que os ajudará a “resgatá-los da tenebrosa esfera de dor que os aguarda”.

“O Brasil precisa saber a causa do acidente, se teve conotação política e se existe a real possibilidade de Eduardo Campos ter sido assassinado“, disse Antônio Campos, ao jornal Folha de Pernambuco, quando apontou deficiências no inquérito policial e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

O inquérito chegou a ser desarquivado, em setembro de 2023, por determinação da Justiça Federal. Mas voltou ao arquivo, em abril de 2024, após o juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, enviar o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) e receber o parecer de que não havia elementos para reabrir a investigação.

A investigação teve resultado inconclusivo, com quatro hipóteses para a queda da aeronave Cessna Citation prefixo PR-AFA. E resultou no primeiro arquivamento do inquérito, em 2019.

Diário do Poder

Senado aprova projeto de autoria de Styvenson Valentim que impõe limites à publicidade de apostas on-line

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Senado Federal aprovou, nessa quarta-feira (28.05), o Projeto de Lei que estabelece novas regras para a veiculação de publicidade de apostas on-line – as chamadas bets. A proposta é de autoria do senador Styvenson Valentim (PSDB-RN), que desde 2023 vem alertando para os impactos negativos da explosão do mercado de jogos de aposta no Brasil, especialmente entre os jovens e a população de baixa renda.

De acordo com o texto aprovado, fica proibido o uso da imagem ou participação de atletas, artistas, comunicadores, influenciadores digitais e autoridades em peças publicitárias de bets veiculadas em rádio, televisão e meios digitais. Também foram estabelecidas restrições de horário para a veiculação desses conteúdos, visando limitar o alcance sobre públicos vulneráveis e minimizar os riscos de vício.

“O que estamos fazendo aqui é proteger a sociedade de uma indústria que cresce de forma agressiva, sem que as pessoas estejam preparadas para lidar com suas consequências. Não é censura, é responsabilidade”, afirmou o senador Styvenson Valentim. “O vício em apostas está destruindo famílias, corroendo orçamentos e substituindo o esforço pelo acaso como ideal de vida. Não podemos fechar os olhos para isso.”

O projeto, que teve relatoria do senador Carlos Portinho (PL-RJ), busca equilibrar os interesses econômicos com a preservação da saúde pública e dos valores sociais. Portinho destacou que, embora defendesse a vedação total da publicidade, optou por um caminho mais moderado para evitar insegurança jurídica.

O crescimento vertiginoso do mercado de bets no Brasil tem chamado atenção. Estima-se que em 2023 esse segmento tenha movimentado cerca de R$ 120 bilhões no país, com milhares de sites operando legal ou ilegalmente. A ausência de uma regulação rigorosa vem expondo a população – especialmente os mais pobres – a armadilhas financeiras disfarçadas de diversão. Em muitos casos, trabalhadores comprometem parte considerável da renda em apostas, agravando o endividamento, afetando o consumo de bens essenciais e desequilibrando a economia tradicional, especialmente nos setores de comércio e serviços.

Apesar da resistência de clubes da Série A do futebol brasileiro, que alegam risco de “colapso financeiro” do setor esportivo, o projeto foi aprovado com ampla maioria. “Precisamos reordenar prioridades: antes do faturamento dos clubes, está o bem-estar da população. Há outras formas de financiar o esporte sem sacrificar a saúde mental e econômica de milhões”, finalizou Styvenson.

A proposta segue agora para a Câmara dos Deputados, onde será novamente apreciado.