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Categoria: maio 8, 2025

Procon Natal identifica quarto aumento consecutivo no preço da cesta básica

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) realizou uma pesquisa de preços da cesta básica na capital e identificou aumento pelo quarto mês consecutivo neste ano. Em abril, dos quarenta itens que compõem a cesta básica, 62,5% tiveram reajuste em relação ao mês anterior. Em março, o preço médio era de R$ 450,69, o que representa um acréscimo de R$ 6,54 para o consumidor, equivalente a um aumento de 1,43%.

O estudo, realizado pelo Núcleo de Pesquisa do Procon Natal, que acompanhou as cinco semanas do mês de abril, constatou aumento nas quatro categorias pesquisadas. Na categoria de hortifrúti foi identificado o maior reajuste: 7,53%. Dez produtos subiram em relação ao mês anterior; os principais foram: tomate (kg), com aumento de 23,04%; cebola, 7,13%; repolho, 12,93%; e batata, 23,18%. Já na categoria de mercearia, o aumento foi de 1,33%, destacando-se o café (pacote de 250 g), com alta de 7,08%, e o leite, com 1,73%. As categorias de açougue e higiene/limpeza seguiram a mesma tendência, com aumentos de 0,24% e 1,76%, respectivamente.

Entre os 40 itens que compõem a cesta básica, 25 registraram aumento de preço, quatro a mais em comparação ao mês anterior. Esta tendência vem sendo observada a cada mês desde o início do ano.

A média dos preços da cesta básica por segmento mostrou que os hipermercados possuem os preços mais elevados, seguidos dos supermercados, enquanto os atacarejos apresentam os preços mais baixos.

A pesquisa comparou os preços da cesta básica em diferentes segmentos comerciais, visando orientar os consumidores. O preço médio mais alto foi encontrado nos hipermercados, que são 10,71% mais caros que os supermercados de bairro. Em relação aos atacarejos, a variação dos preços é ainda maior, cerca de 15,40%. Em valores monetários, o consumidor pode economizar R$ 47,93 e R$ 66,11, respectivamente, caso realize pesquisa antes das compras do mês.

Os preços médios pesquisados da cesta básica nas quatro regiões da cidade apresentaram variações. A região com o menor preço médio foi a oeste, com R$ 445,04; seguida pela região Sul, com R$ 454,89. Já nas regiões Leste e Norte foram encontrados preços de R$ 467,42 e R$ 469,87, respectivamente.

Os preços encontrados por região oscilam; no entanto, a diferença entre a região mais cara (Leste) e a mais barata (Oeste) chega a R$ 24,83. Este mês, a pesquisa observou um aumento de R$ 13,24 nos preços da Zona Norte em relação ao mês anterior. Esta região é considerada uma das mais acessíveis em termos de preços.

O setor de pesquisa do Procon Natal tem acompanhado a oscilação dos preços da cesta básica na capital, que continua subindo desde o início do ano. Na quarta-feira (7), o Comitê de Políticas Monetárias (Copom), aumentou a taxa Selic, meio ponto percentual, para 14,75%, maior patamar em quase vinte anos.

“Os dados reforçam a importância do monitoramento contínuo para garantir maior transparência e auxiliar os consumidores na busca por preços mais acessíveis, promovendo o consumo consciente e econômico com informações atualizadas sobre os preços praticados na capital”, pontuou Dina Perez, diretora-geral do Procon Natal.

Os dados completos estão disponíveis no site www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa. O Procon Natal recomenda que os consumidores fiquem atentos às promoções e estratégias de venda dos estabelecimentos, que costumam oferecer descontos em dias específicos. Utilizar as informações do Núcleo de Pesquisa e planejar as compras pode gerar uma economia significativa. Para mais detalhes, dúvidas ou denúncias, o consumidor pode entrar em contato pelo e-mail [email protected], ou presencialmente na sede do órgão, localizada na Rua Ulisses Caldas, 181, bairro Cidade Alta.

Natal sanciona lei de combate ao assédio moral e sexual no esporte

FOTO: SECOM

A prefeitura de Natal sancionou uma lei de combate à violência e à violação de direitos no ambiente esportivo. Publicada no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (7), a Lei nº 7.865/2025 institui ações de prevenção e enfrentamento ao assédio moral e sexual no esporte realizado na capital.

A nova legislação, aprovada pela Câmara Municipal, entra em vigor a partir de sua publicação e tem como objetivo garantir um ambiente seguro e ético para atletas, treinadores, comissões técnicas e familiares envolvidos nas práticas esportivas.

Objetivos da nova lei

  • Combate efetivo ao assédio: A legislação visa erradicar qualquer forma de assédio, seja moral ou sexual, nos ambientes esportivos.
  • Conscientização e esclarecimento: Serão implementadas ações educativas para informar atletas e profissionais do esporte sobre os tipos de assédio e como identificá-los.
  • Campanhas públicas: Serão realizadas campanhas de comunicação para destacar a ilegalidade e a imoralidade de condutas abusivas, incluindo o uso desproporcional do poder por treinadores e dirigentes.
  • Capacitação e cursos: Eventos esportivos deverão incluir treinamentos sobre como identificar e agir diante de situações de assédio.
  • Canais de denúncia e educação continuada: A lei prevê o desenvolvimento de mecanismos acessíveis para reclamações e programas regulares de capacitação.

Ainda segundo a lei, sempre que possível, essas ações devem ser conduzidas por profissionais capacitados na temática de enfrentamento ao assédio. As entidades esportivas que recebem patrocínio de instituições públicas também estão contempladas pela legislação. Elas poderão participar da campanha municipal e serão estimuladas a adotar protocolos de prevenção e combate à violência moral e sexual.

Tribuna do Norte

Sob pressão da Assembleia, Governo discute calendário para pagar emendas

FOTO: EDUARDO MAIA

O líder do Governo Fátima na Assembleia Legislativa, deputado Francisco do PT, afirmou que vai apresentar nesta quinta-feira 8 uma proposta aos colegas deputados para pagamento das emendas parlamentares de 2025. A expectativa é que Francisco apresente, em nome do governo, uma calendário para liberação dos recursos indicados pelos 24 parlamentares.

Cada deputado tem o direito de indicar cerca de R$ 4 milhões por ano na execução do orçamento. A liberação dos recursos cabe ao Governo do Estado. Cerca de metade da verba deve ser destinada para a saúde. Até agora, em 2025, o governo liberou um volume baixo de emendas.

Em pronunciamento nesta quarta-feira 7 na Assembleia, Francisco do PT afirmou que, além das dificuldades financeiras do Estado, problemas burocráticos impedem que um maior volume de emendas parlamentares seja liberado pela gestão estadual. Ele declarou também que os colegas deputados têm razão de cobrar emendas ainda não pagas, mas ressaltou que o governo não faz distinção entre bancadas de oposição e governista.

“Os colegas têm toda razão em cobras emendas, porque há restos a pagar de 2024. Mas temos acompanhado este debate e sempre tenho dito que há um respeito profundo por parte do governo por entender que a emenda parlamentar individual é um direito e, portanto, as cobranças são legítimas. O governo vai dentro das suas possibilidades efetuar o pagamento destas emendas no exercício de 2025”, disse.

Francisco deixou claro que não há discriminação na liberação das emendas. “Não há, por parte do governo, discriminação, mas há uma série de questões que têm que ser levadas em conta. São os problemas burocráticos, por exemplo, com situações em que o governo autorizou o pagamento e quando a emenda bateu na conta (da instituição ou município), a conta não existia e precisava ser atualizada. Há essas questões”, explicou.

O deputado estadual José Dias (PL), de oposição, elogiou a postura do líder do governo de buscar soluções para o impasse, mas fez duras críticas à gestão de Fátima Bezerra (PT) pelo atraso na liberação de emendas.

“Acho que nós temos que conversar e sermos tolerantes em relação aos valores. Agora, acho que não pode continuar a imoralidade que aconteceu ano passado. Para um deputado, são liberados R$ 4 milhões e, para outros, são liberados R$ 2 milhões. Então, o que eu realmente sinto nojo é não termos um tratamento igualitário”, afirmou José Dias.

Francisco do PT, então, relatou que recebe críticas de não pagamento de emendas de parlamentares da própria base governista. “Sou cobrado por deputados e deputadas da bancada do governo. Pode ter certeza que tem deputados da oposição que pagaram mais emendas parlamentares no ano passado do que deputados do governo”, afirmou.

Styvenson chama de ‘inadmissível’ proposta de aumentar número de deputados e anuncia voto contra

FOTO: JOSÉ ALDENIR

O senador Styvenson Valentim (PSDB-RN) afirmou nesta quinta-feira 7 que votará contra o projeto de lei complementar que aumenta o número de deputados federais no Brasil.

A proposta passou na Câmara dos Deputados nesta semana e agora segue para o Senado. Se aprovada em definitivo, o Brasil sairá de 513 para 531 parlamentares – o Rio Grande do Norte será beneficiado e terá dois a mais, saindo de 8 para 10 deputados.

“Não precisamos de mais deputados. Precisamos que os que já estão eleitos entreguem mais. O Brasil precisa de mais resultados, não de mais cargos”, afirmou Styvenson, em nota enviada à imprensa.

Leia também: Benes e Girão defendem aumento no número de deputados e dizem que RN vai ganhar mais emendas

Na avaliação de Styvenson, o aumento no número de cadeiras “não representa uma solução real para os desafios da representação política no Brasil”. “Ao contrário, trata-se de uma medida que amplia o custo do Estado sem a garantia de retorno efetivo à população”, disse o parlamentar.

Para o senador, “é inadmissível que, diante de tantas demandas urgentes nas áreas de saúde, segurança, educação e infraestrutura, se discuta expandir estruturas que já não entregam à sociedade o que dela se espera.” Ele defende que o foco do debate público e legislativo deve estar na eficiência e na eficácia do mandato parlamentar, com mais fiscalização, mais produção legislativa de qualidade e maior proximidade com os anseios da população.

Agora RN

Xandão de fralda, batom da Débora e ‘Faz o Elon’: o atrás do trio no ato pró-anistia de Bolsonaro

FOTO: REPRODUÇÃO

À frente do trio elétrico em que Jair Bolsonaro (PL) e políticos aliados pediam o perdão para quem invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, um religioso de batina rosa e solidéu na cabeça destoava do entorno verde e amarelo que o acompanhava.

Era Jonas Moreira, bispo da Igreja Anglicana Ortodoxa do Brasil que chegou em Brasília acompanhando o ex-presidenciável Padre Kelmon – este sim, em cima do trio – na caminhada rumo à Esplanada dos Ministérios em prol da anistia aos condenados do 8/1 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O religioso tenta explicar a razão da cor da sua batina e a origem da sua igreja, mas é interrompido por uma idosa de cabelos loiros que, envolta de uma bandeira do Brasil amarrada à de Israel, erguia uma escritura em defesa da mesma causa. Era a lendária ‘“velhinha com a Bíblia na mão”, que chegou a se ajoelhar e rezar quando o caminhão de som parou depois da Catedral de Metropolitana de Brasília para Bolsonaro descer.

Contrariando recomendações médicas, o ex-presidente – que ficou 23 dias internado em um hospital da cidade após passar por uma cirurgia abdominal – compareceu ao evento, discursou no final e, no momento de entrada no carro, chegou a sair por um dos lados para saudar seus apoiadores, bem colados a ele.

Dentro da corda do trio onde estavam o bispo e a idosa com a Bíblia, deputados federais e senadores circulavam para subir no carro e ter acesso ao microfone. No som, o mestre de cerimônia que entoava aos gritos os nomes dos parlamentares como um apresentador de rodeio dava o recado. “Quem já falou e fez seu vídeo desça, por favor, para dar lugar a outro deputado que também queira falar”, avisava.

Na “pipoca” da manifestação – que os organizadores deram nome de “caminhada pacífica” – havia pessoas com cartazes pedindo anistia, a saída de Alexandre de Moraes ou a imagem de uma boca feminina com um batom e o alerta: “Cuidado!!!! Usar essa arma te condena a 14 anos de prisão”, em referência à pena dada à cabeleireira Débora Rodrigues que, entre outros crimes, pichou a estátua “A Justiça” na Praça dos Três Poderes.

Ao longo de toda a caminhada, ambulantes tentavam chamar a atenção dos manifestantes com bandeiras, bonés e camisetas como a de Alexandre de Moraes atrás das , pedidos de “Anistia Já” e até um curioso “Faz o Elon Musk” em alusão ao “Faz o L” de Lula. A trajetória sem paradas do trio, no entanto, não ajudou tanto as vendas.

“Em outros eventos elas foram melhores, mas deu pra faturar”, garantiu Paulo Henrique, morador de Taguaí (SP) que junto com outras três pessoas veio a Brasília comercializar seus produtos. Cada peça custava R$ 70.

Na dispersão, prestes a anoitecer, outra figura presente em atos convocados por Jair Bolsonaro era um homem careca que se apresentou como Julinho.

De camisa, gravata, toga, meião, tornozeleira eletrônica e fralda – sim, fralda – Julinho segurava uma tampa de privada com as imagens de Lula e de Moraes, ele mesmo travestido daquele que é tido como o algoz do bolsonarismo. “Faço isso há quatro anos em protesto ao que estão fazendo hoje com o nosso país”, justificou.

O Tempo

Única prefeita do PT no RN, Andrezza Brasil anuncia saída do partido

FOTO: REPRODUÇÃO

A prefeita de Sítio Novo, Andrezza Brasil, anunciou sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda pela qual foi eleita e onde esteve filiada nos últimos cinco anos. Ela era a única gestora mulher sigla no Rio Grande do Norte e comunicou sua saída por meio de ofício formal encaminhado ao diretório municipal. A informação foi divulgada com exclusividade para a 98 FM, durante entrevista ao programa 12 em Ponto.

A decisão, de acordo com ela, foi tomada após reflexões sobre o cenário político atual e o desejo de construir um novo projeto partidário que fortaleça sua gestão, que sofreu com “ausência de parceria administrativa” do partido em momentos importantes.

Andrezza informou que deixará o PT e se filiará ao PSD, da senadora Zenaide Maia.

“Sou grata pelo espaço recebido no partido. Porém eu tive dificuldade na parceria administrativa, e fiquei frustrada. Nosso município é um município pequeno, que precisa de ajuda para desempenhar um trabalho, e aplicar minhas ideias. Eu já havia encontrado uma barreira por encontrar um município desorganizado, então precisava de ajuda”, disse ela.

Sobre as tratativas com o governo do RN, Andrezza contou que a população cobrava maior integração entre o Executivo e a prefeitura. Ela disse que seus pedidos foram atendidos em parte, mas pautas importantes, como a reestruturação na RN-093, ficaram esquecidas.

“Quando falamos dos problemas e das demandas, as pessoas respondem que os problemas deveriam ser resolvidos, porque a governadora é do PT. Tive quatro encontros com ela (Fátima Bezerra) e trouxe pautas. Fui atendida em algumas, mas a nossa RN está na mesma situação que outras já estiveram. Outros municípios foram beneficiados e Sítio Novo não”, criticou.

Com a saída de Andrezza, o PT diminui sua lista de prefeitos filiados no estado para seis, sendo todos homens.

São eles:

Reginaldo Vitorino, prefeito de Jandaíra
Doutor Raniery, prefeito de Santa Maria
Lucas, prefeito de Currais Novos
Genilson Maia, prefeito de São Fernando
Elvécio Gurgel, prefeito de Janduís
Jairo Mafaldo, prefeito de José da Penha

Pedido

Andrezza Brasil também preparou um pedido de desfiliação, que foi encaminhado ao PT. Em sua declaração, Andrezza expressou gratidão às lideranças locais, estaduais e nacionais do PT, reconhecendo a confiança e o espaço que teve para atuar com liberdade e responsabilidade.

No texto, a prefeita reforçou que a saída “não se deu por divergências ideológicas”, mas sim por uma “reorientação legítima de posicionamento político, dentro do regime democrático”.

“Essa é uma mudança de rota necessária para consolidar um novo projeto que dialogue melhor com os rumos que desejamos para a gestão e para o povo de Sítio Novo. Continuo com o mesmo compromisso com a justiça social, a democracia e os direitos da nossa população”, afirmou Andrezza Brasil.

Portal 98 FM

Vereadora de Natal condena aborto mesmo em casos de estupro e minimiza relações com menores

FOTO: DIVULGAÇÃO

A vereadora de Natal Camila Araújo (União) se manifestou contra a prática do aborto mesmo quando a gestante foi vítima de estupro – caso em que a interrupção da gravidez é permitida no Brasil. Segundo ela, realizar um aborto provoca um “trauma” maior para a adolescente do que levar a gestação adiante.

“Eu jamais vou dizer que aborto é legal. Aborto, para mim, continua sendo crime. É o homicídio de um ser vivo, de uma criança que tem guarida no nosso campo jurídico”, afirmou a vereadora, em pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal, nesta quinta-feira 8.

Nascida no Bairro Nordeste, Camila Araújo chegou à Câmara para realizar um sonho da comunidade: ter, pela primeira vez, um representante na Casa / Foto: Cedida
Vereadora condena aborto mesmo em casos de abuso: “Às vezes, existe namoro” – Foto: Cedida
Camila Araújo citou, também, que pode haver sim relações “consentidas” com adolescentes. “Ás vezes, existe um relacionamento, existe namoro”, declarou a parlamentar, citando o caso de uma menina de 13 anos que engravidou do “namorado”.

Por lei, qualquer tipo de relação sexual com menores de 14 anos é considerado estupro de vulnerável, independentemente de haver suposta concordância da criança ou do adolescente.

“Será que a criança que está no ventre daquela mãe, aquele bebezinho, aquele serzinho que está ali dentro, ele é culpado do que aconteceu?”, pontuou.

A vereadora do União Brasil condenou, ainda, a prática de assistolia fetal, uma das formas empregadas para a realização do aborto. “Através de um ultrassom, é inserida, no útero da mãe, uma seringa que vai até o coração daquela criança e se injeta ali cloreto de potássio, e faz com que aquele coração pare. Isso é uma dor absurda”, enfatizou a parlamentar.

Em seguida, ela conta, o feto é retirado do ventre da gestante aos poucos. “Estamos falando de uma criança que está esquartejada do ventre da sua mãe”, declarou.

“O que eu quero chamar a atenção e fazer um alerta é que o aborto não é a principal solução, não é a única solução, não é a primeira que deve ser pensada, minha gente. A gente deve pensar em trabalhar aquela criança, aquele adolescente, aquela adolescente, criança que sofreu de fato e de direito uma violência. Mas ensinando para ela que há possibilidade de trazer a vida, de dar para a adoção”, destacou.

Agora RN

A CASA CAIU: Polícia realiza operação no shopping Via Direta contra grupo suspeito de R$ 4 milhões em fraudes com 45 CNPJs

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A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Delegacia Especializada na Investigação de Crimes Contra a Ordem Tributária (DEICOT), em ação conjunta com auditores fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ/RN), deflagrou, nesta quinta-feira (08), a “Operação Fechamento”, com o objetivo de desarticular um esquema estruturado de fraudes fiscais e ocultação de patrimônio, operado por um grupo empresarial do setor de calçados, bolsas e vestuário. A ação foi realizada em estabelecimentos localizados em shoppings da capital potiguar, residências dos investigados e em um escritório de contabilidade vinculado ao grupo. Os principais articuladores foram presos e diversas lojas foram interditadas, com suspensão imediata das atividades.

As investigações apontam que o grupo utilizava, ao menos, 45 CNPJs diferentes para fracionar o faturamento, ocultar a real estrutura de gestão e evitar a migração para regimes tributários mais rigorosos. A estrutura empresarial era mantida por meio de interpostas pessoas – os chamados “laranjas”, entre familiares e funcionários – que figuravam formalmente como sócios, com o objetivo de dificultar a responsabilização dos verdadeiros gestores.

Entre os mecanismos fraudulentos empregados, destacam-se a abertura sucessiva de empresas em endereços já utilizados por unidades inativas ou endividadas; o uso de residências como sedes formais; reiterados parcelamentos fiscais cancelados por inadimplência; dissoluções fraudulentas; possível ocultação patrimonial; e a manipulação contábil por meio de escritórios vinculados ao grupo.

A dívida ativa estadual das empresas investigadas nas etapas iniciais supera R$ 1,3 milhão, sendo que os registros judiciais já apontam débitos acumulados superiores a R$ 4 milhões. A justiça determinou o bloqueio de bens, direitos ou valores no valor de R$ 1,5 milhão, além da restrição de circulação de veículos vinculados ao grupo. Também foram decretadas medidas cautelares como a suspensão de atividades profissionais de dois contadores investigados e a inabilitação de seus certificados digitais. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em residências, estabelecimentos comerciais e em um escritório de contabilidade ligado ao grupo. Houve ainda o cancelamento de 10 inscrições estaduais de empresas utilizadas no esquema. Também foi decretada a prisão preventiva dos principais investigados: um casal apontado como núcleo gestor da organização criminosa.

A operação contou com a participação de 50 policiais civis das unidades da DECCOR-LD, da DEICOR e da DPGRAN, além de dez equipes de auditores da SEFAZ e peritos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP/RN). Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em lojas, residências e no escritório de contabilidade vinculado ao grupo empresarial.

O nome Fechamento faz alusão ao encerramento compulsório das atividades fraudulentas conduzidas pelo grupo investigado, ao fechamento das lojas envolvidas e à interrupção de um modelo empresarial sustentado por práticas ilícitas, com impacto direto na arrecadação estadual e na concorrência leal no mercado.